quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Jaime Graça (1942 - 2012)


Na segunda metade do mês de Agosto de 1991 tive o prazer de entrevistar Jaime Graça, para o "Contra-ponto", a minha página fixa dos domingos no "Record".

Descobri agora que foi a única entrevista que realizei nas Caldas, numa altura em que Jaime Graça era o treinador da equipa principal do quase centenário, Caldas Sport Clube.

Gostei bastante de falar com ele e também da forma como fui recebido no velho Campo da Mata. Voltámos-nos a encontrar mais duas vezes, uma em Setúbal e outra em Lisboa. Na Cidade do Sado foi durante um almoço, daqueles que se prolongam pela tarde fora, cheios de histórias deliciosas, muitas das quais com o selo de proibido, por se intrometerem com a "batota" que continua a existir no mundo do futebol. 

Estive a reler a entrevista, publicada a 1 de Setembro de 1991 e transcrevo apenas duas frases. A primeira é a resposta a uma quase provocação, pois ele apesar de realizar um bom trabalho por onde passava, nunca treinou nenhum clube da primeira divisão...

«Existem bons técnicos em equipas mais modestas, só que é difícil arranjar-se uma bitola para fazer certas medidas. Noto que na primeira divisão há  uma rotação entre os mesmos treinadores. Há alguns que deixam descer constantemente  equipas e continuam em voga. Faz-me lembrar a selecção do meu tempo, um jogador mesmo abaixo de forma era sempre convocado. Éramos quase sempre os mesmos.»

Também lhe perguntei o que achava das Caldas da Rainha:

«É uma cidade muito gira, é pequena, tem pouca poluição, tem um bom ambiente cultural e está cercada de uma série de vilas com interesse turístico. É uma boa cidade para se viver sem grandes vícios.»

É a minha homenagem ao Homem e ao Ídolo do futebol, sem pés de barro.

A imagem foi retirada do jornal, "A Bola", de hoje.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Ainda a Festa das Artes da SCALA


Esta foi outra das fotografias com que participei na Festa das Artes da SCALA, exposição artística de artesanato, escultura, fotografia, ilustração e pintura.

Como disse anteriomente, o meu "portefólio" foi  dedicado às Caldas e ao Parque D. Carlos.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Festa das Artes da SCALA



Este ano resolvi participar na "Festa das Artes da SCALA", com quatro fotografias do Parque D. Carlos, das Caldas da Rainha.


Duas delas já as publiquei aqui, a de hoje é uma estreia, que nos mostra as várias tonalidades de verde, durante um passeio de barco pelo lago, com os Pavilhões como pano de fundo...

sábado, fevereiro 11, 2012

O Painel de Júlio Pomar


Quando o " Café Central" esteve em riscos de fechar, houve muitas manifestações contra o seu encerramento, veio ao de cima toda a sua história tertuliana, protagonizada por uma elite da Cidade.

Mesmo sem ter sido frequentador assíduo do café, manifestei-me contra, com uma crónica publicada na "Gazeta das Caldas".

Nessa altura a primeira coisa que me lembrei foi do painel de Júlio Pomar, que quando ainda não era um artista famoso, andou pela Secla, onde havia uma espécie de "laboratório de arte barrista", que chamou muitos jovens, que hoje são nomes sonantes das artes plásticas.

Até Manuel Cargaleiro, antes de partir para Paris, veio várias vezes às Caldas e à Secla (confidenciou-me ele, quando soube que eu era natural das Caldas...).

domingo, fevereiro 05, 2012

«Estamos "arrumados" como o Caldas.»


Esta expressão está mais actual que nunca, quer pela situação do país, quer pela classificação do Caldas no campeonato da II divisão de futebol, o primeiro a contar do fim da zona sul.

Embora sempre que procuro os resultados deste campeonato, esteja esperançado que o Clube possa ter iniciado a recuperação, a realidade futebolística diz-me que os "milagres" têm um preço demasiado elevado.

Como caldense fico aborrecido, mas percebo que deverá ser difícil fazer melhor com uma equipa jovem e barata. Como consequência dos maus resultados o treinador (Gila) - que não conheço pessoalmente, mas tenho a certeza que é um bom técnico - pediu a demissão. São situações normais no futebol português. Provavelmente já estava a ser contestado, tal como acontece com Domingos (para mim  é o melhor treinador da primeira liga...) em Alvalade e que não merecia tanto azar.

Embora distante (são mais ou menos cem quilómetros), prefiro que o Caldas continue a apostar nos jogadores da região e a fazer uma gestão rigorosa, mesmo que isso tenha custos desportivos, que a contratar "prima-donas" de segunda, para ficar a meio da tabela...