Wednesday, August 30, 2006
Sobre a UNIFIL
Publicada por Miguel Madeira em 23:44 2 comentários
Monday, August 28, 2006
Manifesto do "Terceiro Campo"
"We must stand up with all our power to the US government’s and its allies’ bullying. We must put an end to the crimes of the opposite pole, i.e. Islamic terrorism. We must help the people of Islam-stricken countries to get rid of the menace of Islamic terrorist states and forces. American militarism and Islamic terrorism have brutalised the world. Neither of them has a solution to the present crisis and its resulting problems. Rather, they are themselves the cause of this crisis and its aggravation. Civilised humanity must rise up against both these poles and the suffering that they have imposed on the world. The human and genuine solution to the problem of nuclear weapons, to Islamic terrorism and its horrific crimes against the people of the world, and to the militaristic bullying of the US and Western governments lies in the hands of us people."
"Amid all this, the struggle of the people of Iran for freedom holds a prominent and critical place. For years there has been a mass social movement in Iran against the Islamic regime and for liberty and equality. The triumph of this movement over the Islamic Republic of Iran would be a decisive blow to political Islam and Islamic terrorism throughout the world. It would also be a powerful response to the US government’s political-military interventionism aimed at regime change, in the name of “exporting democracy”, and imposition of reactionary puppet regimes on other societies. The victory of the Iranian people would be a giant step forward and a turning point in the struggle against militarist and Islamic terrorism and in defence of liberty, civilisation and universal rights for all throughout the world."
"We, the undersigned, declare:"
"1- No to war, No to economic sanctions"
"Economic sanctions and a military strike on Iran will have catastrophic human, political and social consequences. What happened in Iraq should not be repeated in Iran. These threats must stop immediately."
"2- No to US militarism, No to political Islam"
"In the conflict between the state terrorism of the West and Islamic terrorism, the civilised world is not represented. Both sides of this conflict are reactionary and inhuman. They must be driven back."
"3- Nuclear disarmament of all states"
"Neither Iran, nor the USA, nor any other state should have nuclear weapons. The Iranian regime’s nuclear project must stop immediately. However, states which have the largest stockpiles of nuclear weapons themselves are not competent authorities to judge on the nuclear capability of other states. Halting the Islamic Republic of Iran's nuclear project is the task of the freedom-loving people of the world, in particular the people of Iran - just as the nuclear disarmament of all states and liberation from the global nuclear nightmare can only be achieved by the struggle of the people of the world."
"4- Attacks on civil liberties in the West in the name of ‘war on terror’ must stop"
"The governments in the West are violating or restricting civil rights and liberties in the name of fighting the terrorist threat and safeguarding security. Increased surveillance and control of citizens, curtailing freedom of _expression and movement and denying the rights of immigrants are some of the commonest forms that this attack on people’s rights is taking. This must be stopped. No excuse for an attack on civil rights and liberties is acceptable."
"5- We actively support the struggle of the people of Iran against a military attack and against the Islamic Republic of Iran"
"For 27 years the people of Iran have been fighting against repression, violation of women’s rights, sexual apartheid, stoning, torture, execution of political prisoners and poverty and economic deprivation. The people of Iran want to and can determine their own political destiny. Support for the struggle of the Iranian people for freedom, the victory of this struggle against the Islamic Republic and the establishment of people’s own direct rule will be a crucial step in standing up to the US government’s bullying and a decisive blow to Islamic terrorism in the Middle East and the world."
"6- The Islamic Republic must be expelled from the international community"
"The Islamic regime in Iran must be kicked out of the international community, just like the racist South African regime, for 27 years of crimes against humanity, for the brutal suppression of the rightful struggles of the people, for the execution of over one hundred thousand political prisoners, for establishing a sexual apartheid in Iran and for promoting Islamic terrorism in the Middle East and throughout the world. We call for the non-recognition of the Islamic Republic as the representative of the Iranian people, for the ending of diplomatic ties with it and the closure of its embassies everywhere. We call for the expulsion of the regime from international institutions."
"We invite all humanitarian, secular, anti-war and freedom-loving organisations, forces, parties and individuals in the world to sign this Manifesto and join the Third Camp to confront both poles of terrorism."
Publicada por Miguel Madeira em 12:17 0 comentários
Sunday, August 27, 2006
The One-State Solution
(...)
"But consider the things Israel has not accomplished (...) Israel was supposed to serve as a safe haven, yet it is in fact one of the more dangerous places on earth in which to be Jewish."
Nessa questão, eu concordo mais com o Daniel Oliveira ("Estão lá os palestinianos e os israelitas (...). Parece evidente que, infelizmente, não conseguirão viver num Estado multiétnico e multireligioso. Não têm outro remédio se não o de se suportarem mutuamente. Tem de haver dois estados viáveis. Israel e Palestina"). Claro que a quem cabe decidir isso não é mim, nem ao Daniel Oliveira, não ao Daniel Lazare: é aos israelitas e palestinianos.
Publicada por Miguel Madeira em 18:12 0 comentários
"The Rise of Paramilitary Police Raids in America"
O tema é sobre o alegado uso excessivo das forças policias militarizadas (os esquadrões SWAT) nos EUA.
Publicada por Miguel Madeira em 17:57 1 comentários
Miguel Esteves Cardoso e Israel
As razões:
"Os israelitas têm, em comparação com aqueles com que guerreiam, algumas grandes vantagens. Não querem a destruição completa do povo a que pertence o exército adversário".
Onde é que MEC foi buscar a ideia que os árabes querem a "destruição completa" do povo israelita? O que muitos árabes defendem é destruição do Estado de Israel, não a destruição física dos seus habitantes*. A respeito do que fazer com os israelitas judeus quando Israel fosse destruido, a posição dos árabes varia entre a expulsão em massa (o famoso "atirar os judeus ao mar"), a permanência - pelo menos de alguns - na Palestina com o estatuto de "cidadãos de segunda" (ou de "dhimmis", para as facções mais islamitas) ou mesmo a criação de um estado multi-étnico em que judeus e árabes tenham direitos iguais (a posição da OLP desde 1974 até 1989).
Refira-se que, durante a guerra de 1947/49, os judeus que foram capturados pelos exércitos regulares árabes foram expulsos para a zona "judia", não mortos - p.ex., quando o exército jordano capturou a Cidade Velha de Jerusálem, os judeus locais não foram chachinados, mas sim deportados para a Cidade Nova (já as forças irregulares de árabes palestinianos fizerem vários massacres de civis judeus, como em Kfar Etzion).
Aliás, desde 1950 que os paises árabes apresentaram várias propostas de paz a Israel, em troca do direito ao regresso dos refugiados palestinianos (o que, é verdade, provavelmente seria o fim de Israel como "Estado judaico").
"Votam e deixam votar"
É verdade que, tecnicamente, os israelitas não impedem os palestinianos de votar. Mas como, após estes votarem, raptam os politicos que foram eleitos (na prática, impedindo-os de governar), isso vai dar no mesmo que "não deixar" os palestinianos votar.
Ainda a respeito das pessoas que apoiam Israel porque "Israel é uma democracia" - imagino que em 1948 achem que a razão estava do lado dos árabes, não? Afinal, em 48, a Siria e o Libano eram democracias, enquanto Israel tinham um governo,em larga medida auto-nomeado.
* Adenda: nos comentários, "ho" refere que Hassan Nasrallah terá dito "if they [Jews] all gather in Israel, it will save us the trouble of going after them worldwide", o que significa que alguns árabes querem mesmo exterminar os judeus. Esse discurso de Nasrallah foi publicado pelo jornal libanês Daily Star (link pago, mas há varias cópias do artigo por aí) - as únicas objecções que encontrei a essa interpretação foi numa discussão da Wikipedia, em que dos participantes argumentava que o "they" não se referiria a "judeus", mas a "sionistas".
Publicada por Miguel Madeira em 15:42 4 comentários
Pena de Morte
Publicada por Miguel Madeira em 15:32 1 comentários
11 de Setembro de 2001: a importância da memória
[Como escreve o A.A.Alves, a memória é importante]
Publicada por Miguel Madeira em 03:26 0 comentários
Friday, August 25, 2006
O "caso Cory Maye"
- Em que circunstancias é aceitável que a policia possa entrar em casa de alguêm (sobretudo à noite), sem bater à porta?
- Em que circunstâncias é aceitável disparar a matar contra alguêm que entra na nossa casa (sobretudo à noite)?
Publicada por Miguel Madeira em 12:40 6 comentários
Tuesday, August 22, 2006
A esquerda "moderada" e "radical" na blogosfera
- Aspirina B ("algo radical") > 1.381 links
- Causa Nossa ("algo moderada") > 1.294 links
- Glória Fácil ("algo moderada") > 814 links
- Bicho Carpinteiro ("algo moderada") > 692 links
- Arrastão ("algo radical") > 579 links
- Canhoto ("algo moderada") > 536 links
- Kontratempos ("algo moderada") > 533 links
- Renas e veados ("algo radical") > 350 links
- Filho do 25 de Abril ("algo radical") > 293 links
- Radom Precision ("algo moderada") > 271 links
Já agora, ainda a respeito da "moderação" e do "radicalismo", repare-se que, mesmo entre os "radicais", quem domina parecem ser "os mais moderados dos radicais". Olhe-se, p.ex., para os principais bloggers da área do Bloco de Esquerda e arredores: Joana Amaral Dias, Daniel Oliveira, Ivan Nunes (oriundos da Politica XXI, considerada por alguns como a "ala direita" do BE), Rui Curado Silva (que dá-me a impressão que é bastante crítico da ala mais radical do Bloco), etc. O que não se diria se os principais blogues de esquerda fossem próximos do Ruptura...
Publicada por Miguel Madeira em 23:48 4 comentários
"Seven Facts You Might Not Know About the Iraq War"
"Neither the Iraqi government nor the American-led occupation has a significant presence in most parts of Iraq. This is well-publicized in the three Kurdish provinces, which are ruled by a stable Kurdish government without any outside presence; less so in Shia urban areas where various religio-political groups – notably the Sadrists, the Supreme Council of Islamic Revolution in Iraq (SCIRI), Da'wa, and Fadhila – vie for local control, and then organize cities and towns around their own political and religious platforms. While there is often violent friction among these groups – particularly when the contest for control of an area is undecided – most cities and towns are largely peaceful as local governments and local populations struggle to provide city services without a viable national economy. "
"This situation also holds true in the Sunni areas, except when the occupation is actively trying to pacify them. When there is no fighting, local governments dominated by the religious and tribal leaders of the resistance establish the laws and maintain a kind of order, relying for law enforcement on guerrilla fighters and militia members. "
"All these governments – Kurdish, Shia, and Sunni – have shown themselves capable of maintaining (often fundamentalist) law and (often quite harsh) order, with little crime and little resistance from the local population. Though often severely limited by the lack of resources from a paralyzed national economy and a bankrupt national government, they do collect the garbage, direct traffic, suppress the local criminal element, and perform many of the other duties expected of local governments. "
"The portrait of chaos across Iraq that our news generally offers us is a genuine half-truth. Certainly, Baghdad has been plunged into massive and worsening disarray as both the war against the Americans and the civil war have come to be concentrated there and as the terrifying process of ethnic cleansing has hit neighborhood after neighborhood, and is now beginning to seep into the environs of the capital. "
"However, outside Baghdad (with the exception of the northern cities of Kirkuk and Mosul, where historic friction among Kurd, Sunni, and Turkmen has created a different version of sectarian violence), Iraqi cities tend to be reasonably ethnically homogeneous and to have at least quasi-stable governments. The real violence often only arrives when the occupation military makes its periodic sweeps aimed at recapturing cities where it has lost all authority and even presence. "
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Monday, August 21, 2006
A sustentabilidade da Segurança Social (II)
Publicada por Miguel Madeira em 14:39 5 comentários
Friday, August 18, 2006
"I Did Not Speak Up And Now I Wish I Had"
Publicada por Miguel Madeira em 22:59 0 comentários
Sobre a escolaridade obrigatória
Publicada por Miguel Madeira em 11:21 5 comentários
Thursday, August 17, 2006
Venezuela, Socialism to the Highest Bidder
Publicada por Miguel Madeira em 12:50 0 comentários
Recuperated Enterprises in Argentina: Reversing the Logic of Capitalism
Publicada por Miguel Madeira em 00:40 0 comentários
Wednesday, August 16, 2006
"Que fazer para crescer?"
"Proponho dois remédios"
"Aplicar a fundo o principio do custo de oportunidade e «contratualizar e alienar» (...) a transferencia de produção pública (e respectivos recursos humanos) para o sector privado, sempre que tal proporcione um ganho de eficiência"
"Isso obriga, porém, a um novo olhar sobre as funções do Estado. Infelizemente, o governo, por preconceito ideológico, tem-se recusado a tal"
(...)
"O 2º remédio que proponho visa libertar a «industrial policy» do chavão redutor de que ela se deve confinar à criação de um ambiente favorável à actividade empresarial em geral, abstendo-se de apoiar selectivamente «clusters» potencialmente sinérgicos e empreendedores potencialmente vencedores em mercados globais"
"Esta abstenção do governo é no mínimo ingénua, nesta economia europeia em que nos integramos; e tem-nos impedido de obter os fortes ganhos na produtividade que tais apoios selectivos têm proporcionado noutros estados-membros"
O interessante é que Patinha Antão acha que o Estado não tem capacidade para fornecer serviços públicos, defendendo a sua "contractualização" a privados, mas já acredita na sua capacidade para escolher as empresas e sectores a que iria dar apoios priviligiados na competição pelos "mercados globais" - quando, apesar de tudo, gerir uma escola ou um hospital é menos díficil do que analisar a estrutura de um mercado, conhecer as potenciais economias de escala e/ou externas das empresas que lá actuam, prever a evolução desse mercado a longo prazo, refazer este estudo para todos os sectores económicos e, depois, decidir que empresas e sectores apoiar.
"Acontece que em Portugal - onde o empreendedorismo é relativamente mais escasso e mais concentrado em PME - tais apoios selectivos poderão proporcionar ganhos ainda relativamente maiores"
Em primeiro lugar, ainda gostava que me explicassem o que quer dizer "empreendedorismo" - se tem a ver com criar empresas, Portugal até é um país com uma grande densidade de PME's, o que parece indicar que até há muito "empreendedorismo" (diga-se que, muitas vezes, ouve-se - ou lê-se - que "os portugueses são pouco empreendedores e preferem empregos «seguros» " e, na linha seguinte, que "a economia portuguesa é frágil e pouco dinâmica, sendo composta essencialmente por PMEs" - será que as pessoas que dizem estas coisas não percebem que se estão a contradizer?).
Agora, a tese de Patinha Antão de que os "apoios selectivos", em Portugal, "poderão proporcionar ganhos ainda relativamente maiores", por o "empreendedorismo" estar concentrado em PME parece-me, na melhor das hipoteses, um non sequitur, e na pior, um contra-senso - a ideia de que pode ser vantajoso o Estado dar apoio às empresas nacionais contra os seus competidores estrangeiros faz sentido sobretudo em sectores económicos em que a competição seja entre poucas grandes empresas, não entre muitas pequenas empresas (para uma compreensão mais detalhada das circunstâncias em que pode ser proveitoso um Estado apoiar empresas, leia-se alguns textos dos economistas James Brander e Barbara Spencer, como este[pdf])
Publicada por Miguel Madeira em 22:53 0 comentários
Mudança nos comentários
É certo que estes comentários normalmente eram feitos em posts antigos, mas atrapalhavam o meu mail.
Publicada por Miguel Madeira em 22:44 0 comentários
Monday, August 14, 2006
"Se estivessem lá, pensavam de outra maneira"
Publicada por Miguel Madeira em 12:46 0 comentários
Apoio popular a Fidel?
Publicada por Miguel Madeira em 00:33 0 comentários
A Matança de Badajoz
Las matanzas de Badajoz
Portugal dos Pequeninos, post do blogue xatoo
Publicada por Miguel Madeira em 00:09 1 comentários
Saturday, August 12, 2006
O (não-)reconhecimento de Israel pelos árabes
Publicada por Miguel Madeira em 23:58 2 comentários
Friday, August 11, 2006
Ainda a respeito de "Tudo o que é mau faz bem"
Publicada por Miguel Madeira em 12:50 0 comentários
Thursday, August 10, 2006
Haverá alguma maneira de saber quem diz a verdade?
Publicada por Miguel Madeira em 14:24 2 comentários
Wednesday, August 09, 2006
Inteligência e "infantilidade"
Publicada por Miguel Madeira em 10:11 6 comentários
Tuesday, August 08, 2006
Artigo do Haaretz
Katyushas kill 15 in Haifa and Galilee
By Amos Harel
The Israel Defense Forces plan to ramp up their offensive in Lebanon in response to yesterday's rocket attacks on northern Israel, which killed three civilians in Haifa and 12 reservists near Kfar Giladi. A senior General Staff officer told Haaretz that for the first time since the fighting began, Israel plans to attack strategic infrastructure targets and symbols of the Lebanese government.
Other than bombing the Beirut airport to prevent arms transfers to Hezbollah, Israel has hitherto not targeted Lebanon's infrastructure, insisting that it is only at war with Hezbollah, not with the Lebanese government or people.
However, the officer said, "we are now in a process of renewed escalation. We will continue hitting everything that moves in Hezbollah - but we will also hit strategic civilian infrastructure." Prime Minister Ehud Olmert and Defense Minister Amir Peretz will meet with senior defense officials this morning to discuss the continuation of the operation.
Altogether, Hezbollah fired more than 170 rockets at Israel yesterday, including a barrage of at least 22 rockets on Haifa at about 8 P.M. that killed three people and wounded about 40.
The 12 reservists were killed, and another 12 wounded, by a single rocket that hit their muster point at around noon - one of about 35 fired at the Galilee panhandle yesterday.
Altogether, the Magen David Adom ambulance service said that it treated 138 wounded people yesterday, including five with serious injuries and six with moderate wounds. Sources in the IDF General Staff said that until the chances of a UN-sponsored cease-fire become clearer, which is expected to happen in the coming days, Israel will continue to press its offensive. If Hezbollah has not ceased its fire by this weekend, they added, the IDF will recommend an additional significant expansion of the operation, including the conquest of most of Lebanon south of the Litani River, including the area around Tyre, and a significant increase in air strikes on infrastructure targets. "It could be that at the end of the story, Lebanon will be dark for a few years," said one.
The General Staff believes that Hezbollah leader Hassan Nasrallah has recently stepped up his attacks because he expects the international community to impose a cease-fire soon. "He thinks that we're nearing the end, and therefore, he's taking risks, such as activating long-range rocket launchers, even though he knows that the air force will destroy almost every such launcher immediately after the launch," explained one officer.
Aluf Benn, Eli Ashkenazi, Jack Khoury, Zafrir Rinat and Ran Reznick contributed to this report.
Publicada por Miguel Madeira em 12:19 0 comentários
Saturday, August 05, 2006
Os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaky
Faz sentido: sem a rendição do Japão provocada pelos bombardeamantos (ou não foi bem assim?) teria sido necessário uma campanha prolongada para expulsar os japoneses dos territórios que estes ainda ocupavam - ou seja, a guerra teria continuado nas "Indias holandesas" (Indonésia), na "Indochina francesa" (Vietname, Cambodja e Laos), na China, na Coreia, etc. Assim, graças ao uso da bomba atómica, esses territórios ganharam a paz e a tranquilidade (em vez de terem ainda mais uns anos - décadas? - de guerra pela frente, como teria acontecido sem a bomba atómica).
Numa prespectiva puramente "norte-americana", temos que assinalar que esta poupou aos EUA o envolvimento numa guerra terrestre no Extremo-Oriente: sem a bomba atómica, provavelmente montes de soldados norte-americanos teriam morrido em territórios como a Coreia ou o Vietname, a expulsar os japoneses. A bomba atómica salvou essas vidas, já que graças a ela nenhum soldado norte-americano morreu nesses sitios.
Publicada por Miguel Madeira em 14:42 0 comentários
Spectrum X My Guide to Your Galaxy (V)
"A economia não pode ser uma entidade divina quando é uma consequência natural da actividade humana. E está tão próxima do Homem (há uma diferença entre o que se gostaria que fosse a realidade e o que é efectivamente a realidade) que a mais pequena oscilação influencia toda a gente. Compreendeu a parte sobre a noção de corpo dinâmico ou o alegado barroquismo do texto também o deixou confuso? Quanto à responsabilidade humana, é muito curioso o que diz. É que não consigo imaginar outro regime económico que mais assente sobre a "responsabilidade humana sobre os seus próprios sobre actos e escolhas" do que o capitalismo, que se baseia precisamente na responsabilização individual dos seres humanos pelas seus acções"
Dos Santos diz que, na economia, "a mais pequena oscilação influencia toda a gente"; também diz que o capitalismo se baseia na responsabilização individual dos seres humanos pelas suas acções" - parece-me haver uma certa contradição entre estes dois principios: se cada oscilação afecta toda a gente, quer dizer que não há verdadeira "responsabilização individual", já que as minhas escolhas e acções não me vão afectar apenas a mim, mas toda a gente.
Publicada por Miguel Madeira em 02:23 1 comentários
Spectrum X My Guide to Your Galaxy (IV)
Pois a mim parece-me que nos blogs de "esquerda" até há muito mais "diferenciação pessoal" no que nos de "direita": no Spectrum, p.e.x, já houve discussões intensas entre os "postadores" do blog sobre assuntos como as caricaturas de Mahomed, a publicidade urbana, as greves de professores ou enfermeiros, em quem votar nas eleições, etc.
Pelo contrário, o único blog de direita em que costuma haver discussões entre os membros do blogue parece-me ser a Causa Liberal.
Isto será a confirmação que o "individualismo burguês" destrói a individualidade?
Publicada por Miguel Madeira em 02:11 4 comentários
Spectrum X My Guide to Your Galaxy (III)
Imagine-se a seguinte situação:
- se A,B e C não fizerem um determidado acordo, A ganha 200 e B e C ganham 100;
- se A fizer um acordo com B e não com C, A ganha 250, B ganha 110 e C ganha 50 (e vice-versa)
- se A fizer um acordo com B e C, A ganha 300 e B e C ganham 70 cada um
Publicada por Miguel Madeira em 02:00 3 comentários
Spectrum X My Guide to Your Galaxy (II)
Por exemplo, durante a colonização da América Latina, as autoridades coloniais doaram grandes parcelas de terra aos "conquistadores", o que está na origem da existência de uma vasta massa de camponeses sem terra nesses paises - ou seja, mesmo que os actuais latifundiários e capitalistas não sejam descendentes dos "conquistadores", continuam a beneficiar de uma reserva de mão-de-obra relativamente barata que foi criada pelo Estado.
[Duas leituras recomendadas sobre o assunto da intervenção do Estado a favor dos capitalistas são "The Iron Fist behind the Invisible Hand" e "Studies in Mutualist Political Economy" (nomeadamente a Parte II), de Kevin Carson]
Publicada por Miguel Madeira em 01:45 2 comentários
Spectrum X My Guide to Your Galaxy
Dos Santos escreve que "cada transacção económica consciente e voluntária apenas se verifica quando ambas as partes crêem obter de si um benefício, uma vez que seria necessária a recorrência à coacção para que o contrário fosse expectável", ao que a Joystick contrapõe "em que casos o comportamento de agentes económicos - tratemo-los por pessoas, só para facilitar - está livre de elementos coactivos (...)?".
A mim parece-me que, a partir do momento em que está estabelecido um sistema de direitos de propriedade, temos um elemento de coacção a funcionar: a propriedade (seja ela privada, estatal, comunitária, feudal, etc.) assenta no recurso à força. Quando alguém (um individuo ou uma instituição) diz "Isto é meu!", está a dizer "Quem tocar nisto contra a minha vontadade, leva um tiro/uma chapada/vai preso/etc.".
Um exemplo: há primeira vista, pode-se argumentar que os contratos de trabalho entre os latifundiários e os trabalhadores rurais alentejanos eram "voluntários", mas os trabalhadores só estavam na situação de ter que aceitar esses contratos porque estavam impedidos de, em vez de trabalharem para um patrão, entrarem nos terrenos e cultivarem-nos por sua própria conta (que foi o que fizeram quando o aparelho repressivo do Estado fraquejou, e deixaram de poder fazer quando este se reconstituiu).
Muitos liberais tentam contornar este problema adoptando uma definição de coacção que remete para os direitos de propriedade: em vez de coacção significar aqulo que normalmente significa ("levar alguém a comportar-se de certa maneira através do uso da força ou ameaça de força") passa a aplicar-se a qualquer violação do direitos de propriedade (mesmo que sem recurso à força), enquanto que a força usada para defender a propriedade nunca é "coacção".
Só que essa definição de "coacção" leva a uma situação em que num conflito entre diferentes "teorias da propriedade" cada um dos lados pode-se apresentar como "o defensor da liberdade" contra "a coacção".
Um exemplo: imaginemos que o Manuel acha que alguém tem direito a ser proprietário de uma frequência radiofónica se operar uma estação de radio nessa frequência durante 5 anos; o Fernando acha que o direito de propriedade só surge ao fim de 10 anos. Agora vamos supôr que o Manuel operou uma estação de rádio (numa frequência que antes não tinha dono) que emitia nesse frequência durante 7 anos, e depois (por qualquer razão) deixou de emitir; então o Fernando começa a emitir nessa frequência e o Manuel chama a policia (ou uma agência de segurança privada) por o Fernando estar a usar a sua propriedade. Questão - quem está a coagir quem? De acordo com o Manuel, a frequência é dele, logo as emissões radiofónicas do Fernando estão a coagi-lo; de acordo com o Fernando, a frequência não tem dono, logo, a partir do momento em que ninguém a estava a usar, ele tem todo o direito de a usar e o Manuel, ao tentar impedi-lo, está a coagi-lo.
A solução mais simples - considerar que o proprietário é quem a lei em vigor reconhecer como proprietário - não serve, já que isso iria implicar que a diferença entre "liberdade" e "coacção" variaria conforme a lei (ou seja, os defensores da legalidade vigente seriam sempre defensores da "liberdade" e os contestatários seriam sempre agentes de coacção).
E repare-se que eu estou a dar um exemplo em que ambas as partes seguem a mesma filosofia básica (apenas diferem no número de anos para adquirir direitos de propriedade); se nos lembrarmos do monte de "teorias da propriedade" que existem*, facilmente verificamos como essa definição de "coacção" acaba por não significar nada de concreto.
* P.ex., mesmo dentro do liberalismo (uma ideologia que tem a propriedade como ponto fundamental), temos liberais pró-propriedade intelectual e anti-propriedade intelectual; liberais que defendem a reforma agrária em certas condições e liberais que são contra; etc. (note-se a polémica que há entre os "libertarians" dos EUA sobre o caso dos horticultores de South Central, para ver como a questão "quem é o legitimo dono disto" é quase impossível de ter uma resposta universal, mesmo entre pessoas com as mesmas raizes politicas)
Publicada por Miguel Madeira em 00:10 4 comentários
Tuesday, August 01, 2006
Acerca de Trotsky
A respeito de Trotsky, parece-me que há uma "lenda dourada" e uma "lenda negra", ambas parciais.
A "lenda dourada", defendida pelos trotskistas e grupos aparentados (como os "socialistas internacionais") apresenta Trotsky como o grande defensor da democracia operária na URSS contra a "degeneração burocrática". Ora, nos primeiros anos da revolução, Trotsky foi um dos principais impulsionadores da tal "degeneração burocrática": foi Trotsky que reinstalou os oficiais do czar no comando do exército e aboliu (ou, pelo menos, limitou) os "comités de soldados"; foi Trotsky quem, a principio, mais defendeu a "autoridade do dirigente individual" na indústria, contra a gestão colectiva pelos "comités de fábrica" (a respeito disso, leia-se "Os bolcheviques e o controle operário", de Maurice Brinton, publicado pela colecção "O Saco de Lacraus" das Edições Afrontamento).
Na questão da relação entre o Estado e os sindicatos, a principio Trotsky foi quem mais defendeu a submissão dos sindicatos ao Estado (já que estou numa de recomendação bibliográficas, leia-se "A plataforma da Oposição Operária", de Alexandra Kollontai, também publicada n'"O Saco de Lacraus"). No entanto, refira-se que Trotsky mudou rapidamente de posição nessa matéria: a questão dos sindicatos começou com uma polémica entre Trotsky e Bukharine no politburo do PC, polémica essa perante a qual se definiram as várias facções que se apresentaram ao congresso de 1921 do PC. Ora, no final da "campanha eleitoral" para esse congresso, já Trotsky e Bukharine (inicialmente os opostos em confronto) tinham fundido as suas moções numa só!
Além disso, na Ucrãnia e em Kromstadt, Trotsky foi o responsável operacional pela sangrenta repressão contra os anarquistas (esses sim, podem ser considerados como os defensores da "pureza revolucionária").
Dentro dos bolchevique, grupos como a Oposição Operária, os "comunistas de esquerda", o Grupo Operário, a Verdade Operária, etc, foram muito mais coerentes na defesa da "democracia operária".
Agora, também temos a "lenda negra", que apresenta Trotsky como igual ou pior que Estaline, e que não faz qualquer distinção entre trotskistas e estalinistas.
Ora tal posição também não corresponde aos factos: durante os anos 20, Trotsky e a sua facção bateram-se arduamente pelo direito de tendência dentro do partido bolchevique (aliás, a causa primeira de ruptura entre Trotsky e Estaline foi a democracia interna, a questão "revolução mundial vs. socialismo num só país" só surge mais tarde).
Em 1927, a Plataforma da Oposição, redigida por Trotsky, defende, entre outras coisas a negociação colectiva nas empresas (à época, as administrações podiam alterar unilateralmente os acordos de trabalho) e o estabelecimento de um mínimo de 1/3 de não-militantes do PC nas direcções sindicais - uma posição bastante diferente da dos "estalinistas".
Nos anos 30, Trotsky veio a considerar que a ilegalização dos partidos oposicionistas teve grandes culpas na "burocratização" da URSS e criticou duramente a tese que o socialismo implicaria um partido único (Trotsky argumentou que ele e Lenine sempre tinham sido a favor do multipartidarismo e que a ilegalização dos partidos da oposição só tinha ocorrido porque eles haviam se envolvido em acções armadas contra o governo soviético - essa afirmação é muito contestável).
A respeito da liberdade de imprensa, em 1938 Trotsky opôs-se à campanha para abolir a imprensa conservadora no México, argumentando que: a) as leis contra a impresa "reacionária" acabariam por ser usadas contra a impresa de esquerda; e b) que mesmo num regime "proletário", deve haver o mínimo de limites à liberdade de impressa, já que esta é uma defesa contra o aparecimento de uma casta burocrática "bonapartista" (de novo, Trotsky defende a tese que as restrições impostas à impresa após a Revolução de Outubro - segundo ele, devido à Guerra Civil - tiveram grande culpa na "degenerescencia" do regime).
Quando se acusa os trotskistas (e não apenas Trotsky) de "totalitários", a acusação então é completamente absurda: o trotskismo enquanto corrente só surge nos anos 20/30, quando Trotsky defendia posições mais ou menos democráticas, e - pelo menos segundo a biografia de Trotsky por Victor Serge - o grupo trotskista nos anos 20 na URSS até foi criado com base nos grupos que, anos antes, haviam dinamizado a oposição às posições mais autoritárias que Trotsky tinha tido anteriormente.
Publicada por Miguel Madeira em 23:42 2 comentários