VELA LATINA

SANTANA – A FAVOR E CONTRA

(aceitam-se contributos para este Correio )

A Favor:
Figueira da Foz;
Lisboa;
Noites K;
Einhardt Paz;
Parque Mayer;
Frank Ghery;
Congressos do PSD;
Oposição de Manuela Ferreira Leite.

Contra:
Túnel;
Chopin;
Sá Fernandes;
Sms;
Algumas Camisas;
Monsanto;
Casa Braganza vs Hotel Bragança (contributo via email);
Cinha Jardim (contributo via email);
Apoio de Luís Filipe Menezes.

E AGORA?

Comecei por ter uma forte convicção de que o Presidente Sampaio pediria ao PSD a indicação de novo governo (tal e qual como fez com o PS aquando da saída de Guterres). A certeza aumentou depois de ouvir Vítor Constâncio. Agora ouvi João Salgueiro que fez com que as minhas dúvidas pelo menos igualem as certezas.

Mesmo supondo que não há eleições, neste momento dois grupos de Ministros arrumam os papéis: os que não querem Santana e os que Santana não quer. Manuela Ferreira Leite, Ministra de Estado e das Finanças e Luís Marques Mendes, Ministro dos Assuntos Parlamentares, já terão percebido que pertencem aos dois grupos.

Tenho imensa curiosidade em saber que opinião Cavaco Silva levará ao Presidente da República. Se, por um lado, com Santana em S. Bento o caminho fica livre para uma caminhada mais fácil para a candidatura a Belém, por outro a apreciação do Professor sobre a dupla Lopes/Portas deve ser absolutamente esmagadora.

Depois do muito que se disse e escreveu em relação à nomeação de Durão Barroso para a Presidência da Comissão Europeia, aguardava o pior do artigo que Mário Soares publica hoje na Visão. Não se podiam esperar elogios e votos de sucesso ao novo Sr. Europa, mas afinal Soares não consegue mais do que escrever, sem argumentos de peso, um texto inofensivo.

A MORTE

A temática dos atentados suicidas e do radicalismo e fanatismo islâmicos é muitas vezes tratada como um simples "assunto político" que, de facto, não é. Para além das nossas posições mais ou menos politizadas sobre os conflitos no Médio Oriente há um muito sério problema que ameaça a nossa civilização. Essa realidade indesmentível, a par da indisponibilidade dos ocidentais para lutarem pelas suas causas, são uma mistura inquietante. Educados nas malhas dos filmes dos heróis americanos, das vitórias hollywoodescas simples e limpíssimas, não nos lembramos mais que lutar é também morrer, que algures no tempo os soldados seremos nós e que tudo isto se passa aqui, à porta do nosso canto aparentemente tão seguro e intocável. A este propósito, a Rua da Judiaria tem um excelente artigo com o qual vale a pena gastar alguns minutos.

Post Scriptum - A morte de Sousa Franco é impressionante pelo momento, pelo modo como aconteceu e pela perda de, como muito bem alguém disse, um "homem bom".