quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Ser cristão

 

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Num mundo em que todos se entitulam alguma coisa e ser cristão quase virou moda para alguns, é importante ver a definição de cristão no dicionário. Escolhi o Infopédia.

cris.tão separador fonéticakriʃˈtɐ̃w̃

adjetivo
1.
pertencente ao cristianismo
2.
que crê em Jesus Cristo
3.
figurado (ato, gesto) que obedece aos princípios do cristianismo
4.
figurado razoávelconveniente
nome masculino
aquele que professa religião cristã

Do latim christiānu-, «idem»


Quando me desafiaram a definir o que é ser cristão em 10 linhas, não resisti a partilhar aqui a minha singela opinião.

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Somos cristãos quando ouvimos a Sua voz pela manhã a nos despertar e agradecemos, pois, compreendemos que no final de cada dia deveríamos ter morrido.

Somos cristãos quando a vontade de Jesus passa a ser a nossa vontade e tudo o que queremos é amá-Lo e obedecer-Lhe. É ser submissos a Ele e aceitar a Sua disciplina quando nos desviamos e cair a Seus pés, certos da Sua infinita misericórdia, tal como David fez em 2 Samuel 24:14

Ser cristão é, durante o dia, manter a comunhão com Ele orando, louvando e estudar a Sua Palavra pois sem isso não conseguimos respirar e devemos respirar Cristo a cada instante.

É morrer de saudades de Jesus quando nos afastamos e renascer na Sua presença sempre que O buscamos.


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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Sentar

 

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Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo a Sua palavra. Lucas 10:39.

Proximidade nem sempre é sinônimo de intimidade. Um dia, Marta convidou Jesus para entrar em sua casa, mas, quando fechou a porta, acabou deixando o convidado de honra na sala e foi cuidar dos preparativos para que aquela visita fosse inesquecível. Essa história deixa claro que é possível receber Jesus em casa sem necessariamente dar atenção ao que Ele está dizendo. Hospedar não significa ouvir. Dividir o mesmo espaço geográfico nem sempre corresponde a compromisso. 

Há quem pense que, quando Jesus entra em nossa vida, Ele Se assenta em uma cadeira e fica em silêncio assistindo ao que estamos fazendo. Acham que andar com Cristo é ocupar os mesmos espaços que Ele. Se Jesus está dentro, então está tudo bem. Seguindo essa linha de pensamento, a presença de Cristo passa a ser uma espécie de amuleto que valida os esforços humanos. Jesus está lá, mas está em silêncio. 

A irmã mais nova de Marta teve uma postura diferente. Maria é citada pelo menos três vezes nos evangelhos. Em situações diferentes, mas sempre no mesmo lugar: aos pés de Jesus. Em João 11, ela se joga aos pés de Jesus para lamentar a perda de seu irmão Lázaro. Em João 12, ela se prostra para lavar os pés de Jesus, em sinal de adoração. No texto bíblico de hoje, em Lucas 10, ela aparece assentada para ouvir as palavras do Mestre da Galileia. Ali está Maria, aos pés de Jesus. Enquanto Marta vai de um lado para o outro, Maria senta e ouve. Maria entendeu que o que fazemos com Cristo é mais importante do que aquilo que fazemos para Cristo. 

Aprendi que as coisas no reino de Deus começam quando estamos sentados, dispostos a ouvir e aprender. Tem muita gente que aprendeu a correr antes de aprender a sentar. É gente que não para. Que realiza, que conquista, que alcança, mas que não conhece a boa parte. Falta ainda parar e ouvir Jesus, como fez Maria. 

Comece esse dia assentado na presença de Deus. Ouça o que Ele tem a ensinar sobre a vida e até sobre você mesmo. Não tenha pressa. Essa é a boa parte. Conhecê-la e desfrutá-la faz toda diferença.

(Meditação Jovem, Sexta-feira, 04 de outubro)

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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

À Flor da Pele


Nas férias, quando tentei atualizar as minhas leituras, dei uma olhadela pelos livros que estão na estante, por ler. Alerto já que não compro livros sem ter a certeza que os vou ler num curto espaço de tempo, mas este foi um dos que comprei numa loja em segunda mão para aproveitar o preço, tal como o anterior. Quatro livros custaram 5 euros.




Três mulheres que aparentemente, não têm nada em comum, a não ser a obsessão doentia e mortal de um psicopata que as escolheu como seus alvos.
Zoe é uma jovem professora primária atraente, recém-chegada à grande cidade. Jennifer é uma ex-manequim atualmente transformada em mãe e esposa modelo. Nadia é uma mulher irrepreensível e livre, animadora de grupos de crianças. Vivendo em locais diferentes de Londres, debatendo-se com os seus problemas e acaletando sonhos próprios, estas três  mulheres têm apenas uma coisa em comum: um potencial assassino que as persegue sádica e doentiamente. À medida que o calor do Verão se vai começando a sentir, estas mulheres começam a receber cartas revelando que estão a ser observadas, estudadas, amadas...até à morte. Todas elas, a príncipio, dirão que as cartas são ridiculas, depois incomodativas, depois aterradoras e, finalmente subjugantes.


Quando li esta sinopse, fiquei com a ideia de as três se iriam cruzar em algum momento das suas vidas, mas isso não aconteceu. A autora não as quis misturar, não quis que se conhecessem, para que se sentissem sós e impotentes nas suas vidas ameçadas.

O livro está dividido em três conjuntos de capítulos, narrados, na primeira pessoa por cada uma das três mulheres. 
O primeiro diz respeito a Zoe que faz queixa na polícia quando recebe a primeira carta e estranha quando se lhe apresentam, quase de imediato, à porta, dois agentes para averiguar. O interesse demonstrado, pela polícia, teve a ver com uma façanha de Zoe no início da narrativa, mas vai-se intensificando quando as cartas continuam a aparecer. 
Nunca nos apercebemos de quem é o psicopata que nos é apresentado no início do livro, como se escrevesse um diário onde se refere às mulheres de uma forma doentia e desagradável. 
Esta parte termina com aquilo que apesar de anunciado, achávamos que não iria acontecer.

No segundo conjunto é Jennifer a narradora, uma dona de casa que não se sente bem com a sua vida, com o seu marido, com os filhos nem com a recém comprada casa que em obras aumenta a sua habitual ansiedade e desespero. Quando recebe a primeira carta, aconselhada por uma amigo, queixa-se à polícia e a sua vida passa a incluir a permanência contínua dos inspetores e agentes, que lhe travam a continuação das obras e lhe aumentam o desespero. 
Acontece de novo e descobrimos que o psicopata era alguém que estava presente na sua vida, embora muito discretamente.

O terceiro conjunto é diferente. O psicopata imiscui-se delicadamente na vida de Nadia, como quem não quer ter nada a ver com ela, mas tentando ser agradável o suficiente para ser bem recebido, o que no meio do rodopio de policias, agentes e inspetores com que tem de viver diariamente, depois de fazer queixa de primeira carta, até é como uma lufada de ar fresco, que nos deixa "aflitos", a nós leitores, porque aqui já sabemos quem ele é. A dada altura Nadia também vai ficar "aflita" e por isso, o desfecho não é o que esperávamos.

Confesso que comeci a ler por curiosidade, e não dava nada pelo livro, achando que era apenas mais um thriller. Mas valeu muito a pena e aconselho, pois a mestria dos autores - já que se trata de uma dupla Nicci Gerard e Sean French, donde resulta o nome Nicci French - sabem como nos manter presos na narrativa, em especial na terceira parte.




quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Almas Cinzentas

 

Inverno de 1917. Numa pequena povoação da Lorena, a poucos quilómetros do campo de batalha onde decorre uma das maiores carnificinas da história da Europa, é descoberto o cadáver de uma menina de dez anos. O assassino é encontrado na figura de um jovem desertor que é imediatamente executado, ainda que uma testemunha diga que viu a criança encontrar-se com o insondável Procurador da terra na noite do crime.
Muitos anos depois, vai ser o polícia da aldeia, que desde o início duvidara da culpa atribuída ao rapaz, a relembrar o dia do crime e a cadeia de acontecimentos que o precederam e que se lhe seguiram. Uma história que termina com a tomada de consciência de que, na fronteira entre o bem e o mal, todos somos a um tempo culpados e inocentes, justos e injustos, almas cinzentas e atormentadas.


Toda a narrativa chega até nós entre vários tempos intercalados. Ora é presente, ora é passado. E mesmo dentro desses tempos, passados e presentes se voltam a intercalar. 

É através dessas narrativas em que a ação não nos é apresentada cronologicamente, que vamos conhecendo os personagens envolvidos em cada cena. Uns conhecemos desde o início da narrativa com presentes e passados, outros conhecemos apenas num momento, um momento em que o narrador apresentou, onde esse personagem esteve envolvido, e não voltamos a ouvir falar dele.

Só quase no final do livro nos apercebemos de quem é o narrador. Percebemo-lo  amargurado, desejoso de justiça, mas apanhado pelo meio pelas suas tragédias pessoais e só entendemos a importância que as essas tragédias têm, não no desenrolar da ação, mas no desenrolar das suas ações quando sabemos quem ele é.

O título do livro diz tudo, e ajuda-nos a entender os porquês das coisas, dos atos, sem os justificar.

Abaixo vou partilhar a opinião de alguns jornais, na altura da edição, que ajudarão a perceber porque é que o recomendo.

Críticas de imprensa

"Termina-se este romance envolvente e inquietante com a sensação de que tudo nele foi posto em causa, a começar pelo direito de julgar e punir. Num texto à superfície lento e repousado, as surpresas, os alçapões, a ambiguidade de certas atitudes questionam a vida e o leitor. Narrativa muito densa e realista, mas com registos de poema e outros de farsa trágica, Almas Cinzentas de Philippe Claudel, cativa-nos desde as primeiras linhas."
Urbano Tavares Rodrigues, Mil Folhas (Público), 22 de Janeiro de 2005

"Um magistral policial metafísico."
Le Figaro Magazine

"Philippe Claudel perturba, toca e submerge o leitor."
L’Express

"Com a sua prosa fluida, matizada com as cores da poesia e a ousadia do terror, Philippe Claudel compõe uma belíssima obra literária."
Madame Figaro

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Ho’oponopono

 

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Porque está escrito: “Sejam santos, porque Eu sou santo.” 1 Pedro 1:16

A verdadeira solenidade e santidade são mais do que meras formalidades. Não têm que ver com caras abatidas e semblantes extasiados, mas com o resultado de um profundo respeito e admiração por Deus e com a construção de um caráter sob a direção do Espírito Santo. É fácil se apegar a uma concepção mística e perder de vista a simplicidade da santidade. A santidade não é algo complicado, e Deus é o modelo perfeito para nós. É quando contemplamos a Deus e agimos em favor dos outros que a solenidade e a santidade são desenvolvidas. Não adianta nada falarmos como os próprios anjos se não temos amor pelos nossos semelhantes, pois a santidade começa em casa.

Há milhares de anos, no Havaí, é praticada uma técnica chamada ho’oponopono, que ajuda a melhorar os relacionamentos, principalmente em família.Consiste em quatro frases simples, mas poderosas, que constroem estruturas saudáveis. 

A primeira é “sinto muito”, que vai além de um simples pedido de desculpas.É a tristeza sincera de reconhecer que nossas ações causaram dano a alguém e a disposição de crescer e melhorar. 

A segunda é “perdoe-me”, que é um ato de entrega e humildade, dependente da graça do outro. Pedir perdão nos faz humanos e dependentes uns dos outros. 

A terceira é “obrigado”, que é mais do que uma simples fórmula de cortesia.É a chave para compreender a graça e reconhecer o esforço do outro em nosso benefício. 

A quarta é “amo você”, que expressa o atributo mais sublime de Deus e que pode ser partilhado por nós. Amar é o que mais nos aproxima de Deus, o que mais nos converte em santos. A santidade não é um privilégio de alguns escolhidos, mas uma possibilidade para todos. Ela é alcançada quando reconhecemos a santidade de Deus e buscamos imitá-la.

Não é algo místico nem complexo, mas a construção de um caráter baseado em amor e humildade. O ho’oponopono é um exemplo simples e eficaz de como podemos melhorar nossos relacionamentos e nos tornarmos mais santos.Que possamos incorporar essas frases em nossa vida e ser exemplos de solenidade e santidade para o mundo. A santidade começa em casa, mas se expande para abraçar o Universo inteiro.

Devocional paraAdultosdo diaSábado,  21 de Septiembre del 2024 

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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Abraços

 

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E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: “Salve!” E elas, aproximando-se, abraçaram os pés Dele e O adoraram. Mateus 28:9

Era uma madrugada de dores e incertezas, em que duas mulheres lutavam para encontrar o sono em meio ao tormento que as sufocava. Despertaram antes do amanhecer e decidiram ir até a tumba, na esperança de encontrar consolo ou talvez alguma resposta para suas angústias. Mas lá, em vez do corpo de Cristo, encontraram um anjo que lhes revelou o milagre: o Mestre havia ressuscitado e Seu corpo não mais repousava na sepultura. Orientou-as a buscar os discípulos para lhes anunciar a boa notícia. Em meio a um misto de respeito e júbilo, as mulheres voltavam do túmulo quando se depararam com o próprio Cristo, vivo e radiante. Foi um encontro comovente, em que elas, reconhecendo-O, se lançaram aos Seus pés e O abraçaram com todo o amor que lhes era possível.

A cena era bela e tocante, um testemunho vivo do afeto que aquelas servas de Deus nutriam por seu Senhor e Mestre. Refletindo sobre essa imagem, surge a pergunta: Como abraçamos a Jesus? Existem várias formas de abraçá-Lo, cada uma delas revelando algo importante sobre nossa relação com Ele. 

Há o “abraço ponte”, distante e protocolar, que demonstra apenas uma relação esporádica e superficial. Há o abraço com tapinhas nas costas, um reconhecimento mútuo que não implica intimidade nem afeto profundo. Há também o “abraço lateral”, em que, com o braço sobre o ombro de nosso Amigo, caminhamos lado a lado com Jesus, sentindo Sua presença constante em nossa vida.

Mas há ainda um tipo de abraço que se destaca entre todos os demais: o abraço sentido, intenso e afetuoso, que traz consigo a confiança, a tranquilidade, o consolo e a cumplicidade que só existem entre amigos verdadeiros e chegados.

É um abraço duradouro, que revigora a alma e reforça os laços que nos unem a Cristo. Às vezes, no silêncio da alma, não temos força nem mesmo para orar, mas nessas horas de angústia podemos nos expressar a Deus dizendo: “Pai querido, abraça-me. Não consigo sequer orar, mas sei que Teus braços onipotentes me envolvem. Eu confio em Ti.” O Senhor nunca rejeitará o abraço de um filho sincero. Ele nos ama e está de braços abertos para nos acolher. Sinta o coração de Deus bater junto ao seu. Ele compreende você.

(Devocional paraAdultosdo diaViernes,  13 de Septiembre del 2024)


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Estar, parecer ou ser

 

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Jesus respondeu: “Eu sou, e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.” Marcos 14:62

Existem os que estão, existem os que parecem e existem os que são.

Por ocasião da Páscoa, reunidos em conselho, estavam aqueles que gostavam de estar ou que lhes correspondia estar ali, mas só estavam.O sumo sacerdote era um deles.Ele representava o que havia de mais elevado na religião judaica, mas tinha usado alguns truques para realizar um juízo ilegal.

Havia os que pareciam, pois simplesmente não sabiam como reagir. José de Arimateia e Nicodemos foram exemplos dessa classe de pessoas.Sentiam no coração a inocência do Mestre da Galileia, mas o rosto deles refletia apenas tensão. E havia Aquele que, apesar dos pesares, continuava sendo o que era.

E Jesus era. Era porque sempre foi, desde a primeira gota que se separou no Mar Vermelho, desde que o primeiro raio de luz rompeu a escuridão, desde o primeiro dia em que caiu o maná. Era porque era, desde a primeira gota que se converteu em um vermelho suco de uva, desde a primeira imagem contemplada pelo cego, desde o primeiro pão que alimentou a multidão. Era porque sempre será, desde o vermelho sangue que verteu de Sua fronte, desde o refulgir de Sua ressurreição, desde o pão dos discípulos de Emaús. O sumo sacerdote teve a ousadia de perguntar se Jesus era o Messias, o “Filho do Bendito” (Mc 14: 61).

“Bendito”, nem sequer teve a petulância de mencionar o nome de Deus, já que sua função não lhe permitia isso. Mas teve o atrevimento de questionar o mesmo Deus por essa mesma função. São coisas do estar sem ser. E Jesus respondeu: “Eu sou”.

Ele não ocupava um lugar apenas por ocupá-lo.Não parecia nem tinha a pretensão de ser algo. Ele era, Ele é.

E Ele continua nos dizendo: “Sou Eu quando você chega cansado do trabalho e vê no horizonte o carmesim do pôr do sol. Sou Eu quando os pensamentos parecem sombrios e, sem esperar, um pequeno lampejo ilumina a mente. Sou Eu quando você está apertado no fim do mês e encontra uma oferta no supermercado da esquina.” Um dia, quando virmos Jesus voltar em glória e majestade, poderemos tocar Suas cicatrizes, desfrutaremos do brilho de Seu olhar e cearemos com Ele. Por que não imitar o exemplo de Jesus e ser como Ele, preparando-se para esse grande encontro.

(Devocional paraAdultosdo diaMiércoles,  14 de Agosto del 2024 )

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Saga "Mortal"

 Antes de retomar as minhas publicações/reflexões, gostava de, agora que acabei as férias de verão, falar um pouco sobre leitura.

Como tantas outras pessoas os livros são uma das minhas paixões desde que me lembro. Escrever contos, ler livros foi sempre uma "coisa" que viveu comigo a partir dos meus 11 ou 12 anos de idade. No decorrer da minha vida, que já vai "entradota" li de tudo um pouco. Umas coisas gostei muito, outras menos e outras nada. Por isso, comecei a fazer escolhas e a dada altura limitei os géneros, mas mesmo assim, com bastante variedade. Há uns quatro anos, quando decidi que ia tirar uma licenciatura em Humanidades, tive a oportunidade de ler obras e autores que em outra ocasião nunca iria ler. Confirmei alguns gostos e percebi alguns não gostos e descobri alguns novos gostos.

Nessa altura tomei uma decisão e passei a dedicar mais tempo a ler obras de cariz cristão, não ficcionais, tais como estudos, comentários, etc, que costumavam ficar para quando havia tempo extra, e também obras de história, psicologia, etc.. No meio de tanta coisa nova, mantive apenas uns dois ou três autores ficcionais como os únicos que aceito ler, pelo meio, em algum momento.

Um desses momentos são as férias e um desses autores é português e chama-se Bruno Franco.

A primeira vez que li Bruno Franco foi há uns bons anos, que agora não consigo precisar e nessa altura achava que ele era apenas um escritor amador como eu. Como estava enganada!!

Além de ser autor do meu tipo de obra de ficção preferida, é um autor de mão cheia, ou será de caneta cheia? E atualmente a Saga "Mortal" dá que falar em todas as redes sociais e quem ainda não ouviu falar ou não falou dela, não perca mais tempo e vá ler.

A dupla de inspetores Leonardo Rosa e Marta Mateus vieram para se instalar nas nossas vidas e nós deixamos porque a escrita do autor é impecável.
Bruno Franco não tem uma narrativa pesada, complicada e cheia de detalhes que na maior parte dos livros do género nos cansam e nos tiram o foco, mas tem uma narrativa fluída, envolvente e com tudo o que é necessário para nos prender à leitura, sem dó nem piedade. E o bom é que nós lemos e nem damos pelo tempo passar, nem na narrativa nem na realidade do momento da leitura, de tal maneira nos envolvemos na leitura.

Esta saga começou em 2021, com um livro por ano. Lemos, queremos o seguinte e, a custo, esperamos pelo próximo. O pior, ou será o melhor?, é que os últimos dois não nos deram tanto tempo para respirar. Um saiu em setembro de 2023 e o último em Junho de 2024. Este é um prazo relativamente alargado para quem os leu no momento da edição, mas para quem os leu, como eu, um numa semana e o outro na outra, foi de ficar sem fôlego.

Antes de mais devo dizer que não se deve ler o quarto "Vingança Mortal" sem ler antes o terceiro "Fúria Mortal", ou não entenderemos o porquê de certos acontecimentos e não se deve ler nenhum dos dois sem ler antes o "Jogo Mortal", que é o grande responsável pelas coisas que acontecerão no quarto. Quanto ao primeiro é importante que se leia para conhecermos os inspetores, conhecermos o seu criador e ficarmos na expetativa do que se segue.

Uma vez que a ideia desta publicação não é exatamente opinar sobre cada um dos livros, mas fazer uma apresentação da Saga de que fazem parte, passo agora a um pequeno resumo e opinião dos ultimos dois, porque dos primeiros dois existe algures pelo blogue.
28 fev 2022 - Segredo Mortal
04 abril 2023 - Jogo Mortal


"Nos anos 90, um assassino em série aterrorizou Portugal. 

Nunca foi detido, nem sequer identificado pela Polícia Judiciária, tornando-se num dos maiores mistérios da justiça portuguesa. Trinta anos depois, uma mulher é brutalmente assassinada. Os inspetores Marta Mateus e Leonardo Rosa ficam encarregados do caso e, ao observarem a cena sangrenta, recordam-se de um antigo caso idêntico.Terá o assassino regressado décadas depois ou trata-se de um imitador? Quando mais corpos são encontrados em condições terríveis, a urgência em encontrar o culpado é cada vez maior e os inspetores pedem ajuda a um antigo aliado, para fazer frente a um assassino implacável e impossível de capturar.Inspirado em factos verídicos, Fúria Mortal é uma história alucinante, que mostra os meandros da mente mais macabra que se conheceu em Portugal.Conseguirão Marta e Leonardo pôr um ponto final na série de mulheres assassinadas?"


«Era um corpo. Morto. Um cadáver. Largou-o e gritou enquanto fugia, aterrorizada de morte.»

Corpos de homens e mulheres começam a surgir em Lisboa e arredores. Cada morte um modus operandi diferente. Cada cadáver mais mutilado que o outro. O psicopata responsável pelos crimes auto intitula-se de «Justiceiro», empurrando os inspetores Leonardo Rosa e Marta Mateus para uma investigação desenfreada para evitar mais mortes.Entretanto, Leonardo tem de enfrentar um reencontro inesperado que remexe em sentimentos e cicatrizes profundas e antigas, ao mesmo tempo que ajuda Marta a superar um trauma recente.No novo livro da Saga Mortal, nada é o que parece e ninguém está a salvo… nem o próprio Leonardo, que se sente cada vez mais dominado pela sua escuridão.Conseguirá escapar?"

Por ter lido os dois seguidos, não tive oportunidade de "respirar fundo", entre leituras. Foi uma narrativa que ao longo das páginas me fez sentir numa montanha russa  apenas com subidas, até que chegados a um topo quase impossível descemos vertiginosamente. Por isso, quando o segundo estava a chegar ao seu fim e a narrativa corria alucinante com cenas inesperadas atrás umas das outras, confesso que nas últimas páginas me senti sem fôlego. E acho que a dada altura um desabafo, quase audível, surgiu: O quê?! Não pode ser! Não esperava isto!

É por isso que recomendo Bruno Franco e a sua Saga Mortal. Deixa-nos assim...

Mas é melhor lerem os anteriores para entenderem este, como já comentei antes.



sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Um Sabonete Especial

 


De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra. Salmo 119:9

Faz alguns anos, em nossas bodas de prata, minha esposa e eu viajamos para Cingapura. Queríamos conhecer o que a Ásia tinha a oferecer em uma ocasião como aquela. Muitas coisas ficaram em minha memória: o estranho bico do tucano-da-malásia, a variedade de orquídeas, a limpeza das ruas, a multidão de deuses e budas, o sabor do durião e… o sabonete do nosso hotel. Depois de viajar por vários países de diferentes continentes, posso afirmar que aqueles pequenos sabonetes são os melhores que já provei. Sua textura era sedosa; seu cheiro, afrutado e timidamente fresco. Faziam uma espuma adequada e entregavam uma suavidade que durava o dia inteiro. E, além de tudo, limpavam! Foi uma experiência excepcional.

O salmista não é indiferente à realidade da juventude e sabe que se manter puro neste mundo não é fácil. Tantas tentações, tantos impulsos, tantos hormônios, tantos desejos… O vigor da primavera da vida clama por plenitude.

Uma plenitude que muitas vezes deixa marcas de confusão, nódoas de culpa e frustração. E depois de um deslize, como enfrentar o fato de que já não somos tão puros, tão inocentes? Parece uma tarefa impossível. No entanto, o Senhor é o Deus dos impossíveis, e Ele nos oferece o melhor sabonete do Universo. Quando nos arrependemos de verdade, pedimos perdão e procuramos mudar, Ele nos perdoa. Ele apaga tudo e nos limpa da mancha mais persistente que possa existir. No contexto do Salmo 119, o “sabonete” de Deus é a Sua Palavra.

Sua textura sedosa nos deixa perfumados com a fragrância de Cristo e suavizados pelo Santo Espírito. Passamos então a exalar o aroma da esperança.

Quanto mais nos aproximamos de Jesus por meio da Palavra, mais puros e transformados ficamos. O caminho da pureza é possível, mesmo em uma sociedade tão contaminada. “Sejam santos, porque Eu sou santo” (1Pe1:16), diz o Senhor.

Hoje é tempo de recomeçar. Se você caiu, levante-se.

Segure firme nos braços Daquele que sustenta o mundo em Suas mãos.

Clame por libertação; peça a Ele a santificação.

Sua prece não ficará sem resposta.

Ele vai ajudar você a se manter fiel e a não voltar para a lama do pecado.

Faça sua parte. Confie no Senhor.

O sucesso é garantido.


Devocional paraAdultosdo diaViernes,  09 de Agosto del 2024 

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

ESCURIDÃO



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Eu disse essas coisas para que em Mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. João 16:33.

Suas mãos cansadas apagam as luzes do quarto, e a escuridão de seu peito invade todos os espaços abertos pela ausência e pela dor. Os dois garotos dormem abraçados na cama do casal, e o pai se derrama sobre a poltrona ao lado. Foi o seu dia mais longo. Uma doença grave roubou a esposa do jovem marido e dos filhos pequenos. 

Instigados pelo silêncio, os pensamentos vão longe à procura de respostas e sentido para o restante de seus dias. Deus? Passa de certeza a hipótese, entre uma lágrima e outra. As horas passam devagar, e, à meia-noite, uma pergunta sai dos lábios do garoto menor, que acorda assustado: “Pai, você está aí?” O pai responde rapidamente: “Sim, filho. Eu estou aqui com você!” Mais aliviado, o menino continua: “É que eu não consigo ver o senhor.” 

O pai sentiu um frio na espinha. Era como se, de seus próprios lábios, tivesse ouvido a resposta que buscava do Céu. Em sua hora mais assustadora, assediado pelo medo e pela incerteza, com o peito ainda sangrando, junta o que sobrou de sua fé em uma pequena oração: “Pai, o Senhor está aí? É que está tudo tão escuro que eu não consigo vê-Lo.” 

Talvez seja essa sua oração hoje. Um amigo querido me disse, tempos atrás, algo que me marcou: “Quando tudo parece escuro talvez seja porque estamos debaixo da sombra das mãos protetoras de Deus.” Quem nunca viveu dias difíceis? Quem nunca perdeu alguém que amava? A cadeira vazia na mesa de jantar, o cheiro das roupas, uma foto na tela de descanso do celular, a voz insistente na memória, tantas histórias. Morre um pouco de nós a cada despedida. Mas, nos momentos mais escuros da vida, somos guardados à sombra da onipotência. Não há uma lágrima humana que não salgue também os lábios divinos. 

Jesus mesmo disse que neste mundo viveríamos dias complicados e sem luz. Ele também experimentou despedida, luto e solidão. Mas venceu e promete vitória. A melhor resposta que oferece ao nosso sofrimento é Ele mesmo. Ele é Emanuel. É Deus conosco. É Deus presente. É Deus ao lado atravessando os dias maus. Ele está com você hoje também. Não falta muito, e nossos olhos O verão.

(Meditação Jovem - Terça-feira 06 de agosto)

 

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terça-feira, 6 de agosto de 2024

A Religião Deve Ser Suprema

 

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E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. Mateus 22:37 e 38.

A juventude precisa compreender que necessita de uma profunda experiência nas coisas de Deus. Uma obra meramente superficial não lhes será de nenhum benefício. Necessitais de trazer a luz da Palavra de Deus para dentro do coração, de modo que possais perscrutá-lo como à luz de uma lâmpada. Carta 2, 1895.

Muitos professam estar ao lado do Senhor, mas não estão; o peso de todas as suas ações acha-se do lado de Satanás. Por que meio havemos de determinar de que lado nos encontramos? Quem possui o coração? Em quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem possui nossas mais calorosas afeições e melhores energias? Se nos achamos do lado do Senhor, nossos pensamentos estão com Ele, e nossos mais suaves pensamentos são a Seu respeito. Não temos amizade com o mundo; tudo quanto temos e somos, consagramos a Ele. Almejamos trazer Sua imagem, respirar Seu Espírito, fazer-Lhe a vontade e agradar-Lhe em tudo. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 240.

A religião da Bíblia não é uma influência entre muitas, mas sua influência é suprema, permeando e controlando toda e qualquer outra. A religião da Bíblia deve exercer controle sobre a vida e conduta. Não deve ser uma mistura de cores, pinceladas aqui e ali na tela, mas sua influência deve difundir-se por toda a vida, como a tela que é mergulhada na tinta até que cada trama de seu tecido se tinja de um matiz forte, fixo e inalterável. Carta 2, 1895.

A religião de Cristo é um tecido compacto, composto de inumeráveis fios, entretecidos com tato e habilidade. Somente pela sabedoria que provém de Deus podemos tecer esta peça. Se confiarmos em nós mesmos, introduzimos nela fios de egoísmo e a mesma fica estragada. Signs of the Times, 8 de junho de 1902.

Que cada um pergunte seriamente: “Sou um cristão genuíno? Levo as legítimas marcas de um cristão? Estou fazendo o melhor para ter um caráter aperfeiçoado segundo o Modelo divino?” Carta 2, 1895.

A religião pura é uma imitação de Cristo. Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, pág. 1227.

(Meditação Matinal de Ellen White – A Fé Pela Qual Eu Vivo, 1959)

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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Três coisas

 

(foto de Freepik em Pinterest)

Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, que deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:3, 4

Existe um ditado que indica quais são as três coisas que deveríamos fazer na vida: “escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho”.

Cada proposta manifesta uma faceta do desejo do ser humano de transcender a morte, ainda que apenas na memória. Diante do desaparecimento do conceito de eternidade, por conta do materialismo, produz-se uma reação incorreta, ainda que compreensível: aproveitar o presente. Com isso, podemos encontrar uma multidão de ideias sobre “coisas para fazer antes de morrer”. Algumas são até previsíveis (viajar, experimentar as comidas mais exóticas, aprender outro idioma…); outras são bastante radicais (pular de paraquedas, fazer bungee jumping, escalar o Everest…); e ainda outras, bem estranhas (ordenhar uma vaca, montar um cubo mágico, jogar paintball…). No entanto, temos o privilégio de crer na vida eterna e, por essa razão, não deveríamos estar preocupados em perpetuar nossa memória.

Tampouco deveríamos nos preocupar em viver só o presente.

Portanto, mudemos o foco: Quais seriam as três coisas que você deve fazer antes de chegar à eternidade? Quando me fiz essa pergunta, entendi mais profundamente os conceitos de missão, de tempo e do que realmente importa na vida.

As coisas que eu faria são muito parecidas entre si. Primeiro, iria a cada um dos meus familiares e amigos e diria a eles o quanto eu os amo e, mais uma vez, compartilharia minha fé com eles. Segundo, falaria de Jesus a todas as pessoas possíveis, porque assim elas teriam o consolo que eu tenho. Terceiro, investiria meus recursos e talentos ajudando os necessitados e me comprometeria com causas importantes.

Não sei quais são as suas três prioridades, mas pergunto: Você as está realizando? Por que muitas vezes deixamos para depois o que deveríamos fazer agora? Precisamos ser mais coerentes com aquilo que pregamos. Se há coisas imprescindíveis para fazer antes da volta de Jesus, não deixe para depois; pode ser tarde demais.

Não podemos esquecer que carregamos em nossos genes o valor da eternidade e que isso deve marcar cada uma de nossas ações.

Priorize o que merece ser priorizado e faça o seu melhor.

(Devocional paraAdultosdo, 31 de Julho del 2024 )




terça-feira, 23 de julho de 2024

De dentro para fora

 


Porque a boca fala do que está cheio o coração. Mateus 12:34

Lembrei-me de um aluno que tive anos atrás. Ele tinha sofrido um acidente de carro e sua frequência às aulas passou a ser muito irregular. Essa foi a razão pela qual ficou para o exame final. E quando corrigi sua prova, notei que era um desastre. A maioria das perguntas não tinha resposta, e as que ele respondera, mal se aproximavam da resposta certa. Chamei o jovem ao meu escritório e tivemos uma conversa. Ele quis justificar o resultado alegando o acidente e certos problemas de memória.

Pensei: “Vamos ver se isso procede.” Eu sabia que ele era fascinado por informática e fiz uma pergunta sobre os últimos modelos de certos aparelhos. O olhar dele se iluminou, e ele começou a dar detalhes de cada peça, chip e acessórios. Durante mais de 15minutos, recebi uma enorme quantidade de informações sobre o assunto. Depois disso, não tive dúvida: aquele rapaz não havia estudado para o exame! Em Mateus 12:34, Jesus diz que “a boca fala do que está cheio o coração”.

Em outras palavras, Cristo nos incentiva a nos enchermos Dele para que seja natural falarmos de Sua pessoa e tê-Lo em nossa memória, a fim deque nosso coração assimile bem o que significa ser cristão. Há um provérbio chinês que diz: “Todos os dias arrumamos os cabelos. Por que não o coração?” Imagine que certa manhã você se levante, coloque-se na frente de um espelho e diga: “Estou despenteado.” Você sai para o trabalho ou para a faculdade e, enquanto caminha, observa que as pessoas estão olhando e constata: “Estou despenteado.” Você entra na sala de aula ou na empresa em que trabalha, e o olhar de todos se fixa em você mais do que o habitual. Você pensa: “Estou despenteado.” Bem, o que é que não está funcionando? Não acho que seja seu pente ou sua escova. É você! Não adianta só saber que está errado; é preciso mudar! Assim como muitas pessoas passam por mudanças espetaculares em sua aparência em certos programas de TV, precisamos também de uma mudança completa em nossa vida espiritual. E essa mudança precisa começar de dentro para fora. Permita hoje que Jesus preencha seu coração. Encha-se da Palavra Dele e peça-Lhe a plenitude do Espírito Santo.

Dessa forma, você transbordará as maravilhas de Deus para outros ao seu redor.

Devocional paraAdultosdo diaMartes,  23 de Julio del 2024 


sexta-feira, 19 de julho de 2024

Abençoou Deus o dia sétimo e o santificou

 

Como o dia de Sábado não tem, para todos, o mesmo significado, achei que seria uma boa ideia esta publicação, que é apenas um excerto do início do capítulo 29 do livro "O Desejado de Todas as Nações".

 

"Tu, Senhor, me alegraste com os Teus feitos; Exultarei nas obras das Tuas mãos. Quão grandes são, Senhor, as Tuas obras, Mui profundos são os Teus pensamentos." Sal. 92:4 e 5.

O sábado foi santificado na criação. Instituído para o homem, teve sua origem quando "as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. Pairava sobre o mundo a paz; pois a Terra estava em harmonia com o Céu. "Viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" (Gên. 1:31); e Ele repousou na alegria de Sua concluída obra.

Como houvesse repousado no sábado, "abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou" (Gên. 2:3) - separou-o para uso santo. Deu-o a Adão como dia de repouso. Era uma lembrança da obra da criação, e assim, um sinal do poder de Deus e de Seu amor. Diz a Escritura: "Fez lembradas as Suas maravilhas." Sal. 111:4. As "coisas que estão criadas" declaram "as Suas coisas invisíveis, desde a fundação do mundo," "tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade" Rom. 1:20.

Todas as coisas foram criadas pelo Filho de Deus. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus. ... Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez." João 1:1-3. E uma vez que o sábado é uma lembrança da obra da criação, é um testemunho do amor e do poder de Cristo.

O sábado chama para a Natureza nossos pensamentos, e põe-nos em comunhão com o Criador. No canto do pássaro, no sussurro das árvores e na música do mar, podemos ouvir ainda a Sua voz, a voz que falava com Adão no Éden, pela viração do dia. E ao Lhe contemplarmos o poder na Natureza, encontramos conforto, pois a palavra que criou todas as coisas, é a mesma que comunica vida à alma. Aquele "que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo". II Cor. 4:6.

O sábado não se destinava meramente a Israel, mas ao mundo. Fora tornado conhecido ao homem no Éden, e, como os demais preceitos do decálogo, é de imutável obrigatoriedade (…). Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. 

(Ellen G.White, “O Desejado de Todas as Nações”, cap.29)

(Pinterest)





terça-feira, 16 de julho de 2024

Conhece o seu destino?

 

(foto na Internet)


Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14.

“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.” Foi Lewis Carroll quem escreveu essas palavras em seu livro Alice no País das Maravilhas. Essa frase contém uma verdade que pode ser aplicada em muitas áreas da vida, inclusive na espiritual. Quem desconhece seu destino profético provavelmente terá maior dificuldade para fazer escolhas acertadas. Por isso, precisamos constantemente lembrar para onde estamos indo. Porque quem está indo para a Nova Jerusalém estuda diferente, namora diferente, trabalha diferente, vive diferente. Escrevo este texto em Salvador, na Bahia. Vim a essa linda cidade para uma reunião com líderes do Ministério Jovem da América do Sul. Aqui tive o privilégio de ouvir o pastor Busi Khumalo, líder mundial da juventude adventista. Ele nos contou uma história interessante que aconteceu com o cientista Albert Einstein. Conta-se que ele estava fazendo uma viagem de trem e, no momento em que o cobrador passou para conferir os tickets, Einstein percebeu que estava sem o seu. Ao notar o constrangimento do ilustre passageiro, o cobrador disse: “O senhor não precisa de ticket. O senhor é Albert Einstein, o grande cientista. Seja bem-vindo a bordo.” 

Com essas palavras, o cobrador foi se afastando em direção às próximas poltronas, mas, ao olhar para trás, percebeu que Einstein ainda estava vasculhando os bolsos à procura do tal bilhete. Vendo isso, o cobrador voltou tão somente para repetir o que já havia dito: “Doutor, o senhor não precisa de ticket. O senhor é Albert Einstein. Seu nome é o ticket.” Nessa hora, o cientista interrompeu a procura e disse: “Eu sei disso. Sei quem sou, mas preciso do ticket. É que meu destino está escrito lá. Meu destino é o ticket.” A história termina com os dois procurando pelo pedaço de papel. 

No texto bíblico de hoje, Paulo declarou que sabia aonde estava indo. Ele conhecia seu alvo. Era dessa certeza que derivavam sua força e ousadia para viver e pregar o evangelho. Lamentavelmente há muitos hoje que não têm a mesma convicção. Há uma geração que não conhece seu próprio destino. É para pessoas assim que Deus quer enviar você. Aceita a tarefa? Então vá e proclame. Ainda há assentos disponíveis no trem.

Meditação Jovem, Segunda-feira, 15 de julho

(Pinterest)