Tu fizeste meio século de existência
e eu continuo declarando o meu amor
sem medo de parecer piegas.
Os anos passam, mas o tempo não abala tua estrutura.
Tu te renovas a cada primavera
e eu te quero com a mesma intensidade
com que te desejei da primeira vez.
Não sei se os outros amantes que tens
te querem tanto quanto eu,
porém, sei que todos eles divulgam tuas virtudes,
entretanto, não sinto ciúme de ninguém,
pelo contrário, vivo feliz com meus confrades.
Logo tu serás uma senhora sexagenária,
mas prosseguirás pondo lenha no fogo
deste paixão incondicional,
e, hoje à tarde, quando te encontrar,
eu gritarei às pessoas, às árvores
e às flores dos jacarandás
que caem sobre os teus cabelos:
eu te amo, Feira do Livro de Porto Alegre!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
SR. JOÃO SILVEIRA
A história deste poema
é um evento real, positivo,
em verso e prosa
ocorrido ontem, aqui em Porto Alegre
e registrado na mídia escrita e televisiva.
O Sr. João Silveira
- nome verdadeiro do autor -
foi preso em um posto do INSS
quando reivindicava
determinado valor que lhe fora
descontado indevidamente.
Já alguns meses,
o Sr. João incomodava
os trabalhadores daquela repartição
exigindo ressarcimento do seu direito,
porém, ontem ele passou das medidas
segundo os componentes daquele órgão,
pois disse que não iria embora
sem uma solução para o caso,
mas os funcionários daquele departamento,
irritados, pediram ajuda à lei,
então veio a Polícia Federal
e conduziu o Sr. João Silveira para o xilindró.
é um evento real, positivo,
em verso e prosa
ocorrido ontem, aqui em Porto Alegre
e registrado na mídia escrita e televisiva.
O Sr. João Silveira
- nome verdadeiro do autor -
foi preso em um posto do INSS
quando reivindicava
determinado valor que lhe fora
descontado indevidamente.
Já alguns meses,
o Sr. João incomodava
os trabalhadores daquela repartição
exigindo ressarcimento do seu direito,
porém, ontem ele passou das medidas
segundo os componentes daquele órgão,
pois disse que não iria embora
sem uma solução para o caso,
mas os funcionários daquele departamento,
irritados, pediram ajuda à lei,
então veio a Polícia Federal
e conduziu o Sr. João Silveira para o xilindró.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
RECUPERANDO OUTUBRO
Eu disse outro dia num poema
que o mês de outubro não possuía
o charme característico de outros meses,
que não tinha, por exemplo
o perfume e o encanto de setembro.
Entretanto, hoje pela manhã,
quando eu passeava pelo parque
observando velhas árvores floridas,
aquelas que começam a chamar nossa atenção
- Ipê amarelo, Ipê roxo, etc. -
desde o fim de agosto;
meus olhos foram atraídos
pelo colorido de uma árvore
que desabrocha em outubro
e a minha alma entrou em êxtase
com o esplendor paradisíaco
da flor do jacarandá.
que o mês de outubro não possuía
o charme característico de outros meses,
que não tinha, por exemplo
o perfume e o encanto de setembro.
Entretanto, hoje pela manhã,
quando eu passeava pelo parque
observando velhas árvores floridas,
aquelas que começam a chamar nossa atenção
- Ipê amarelo, Ipê roxo, etc. -
desde o fim de agosto;
meus olhos foram atraídos
pelo colorido de uma árvore
que desabrocha em outubro
e a minha alma entrou em êxtase
com o esplendor paradisíaco
da flor do jacarandá.
domingo, 16 de outubro de 2011
SAUDADE
Saudade, vocábulo
pronunciado entre suspiros,
sau-da-de.
Ah, saudade!
Saudade,
palavra especial
da língua portuguesa
que às vezes transcende
o próprio sentido.
Ainda que
pensadores, filósofos, filólogos
vasculhem teorias, teses, axiomas,
nada saberão de saudade,
porque ninguém a conhecerá de fato
se não experimentá-la na carne!
pronunciado entre suspiros,
sau-da-de.
Ah, saudade!
Saudade,
palavra especial
da língua portuguesa
que às vezes transcende
o próprio sentido.
Ainda que
pensadores, filósofos, filólogos
vasculhem teorias, teses, axiomas,
nada saberão de saudade,
porque ninguém a conhecerá de fato
se não experimentá-la na carne!
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
BRINQUEDOS
Durante muitos séculos
as crianças foram felizes
quando os brinquedos eram convencionais.
Tempo dos brinquedos simples
acessíveis a todos os segmentos.
As crianças pobres
eram estimuladas
por força das circunstâncias
à criação do próprio brinquedo.
No mundo pós-moderno,
uma parafernália
de coisas prontas
é jogada no mercado,
mas num piscar de olhos
os brinquedos saem de moda
para que outros brinquedos entrem na ciranda.
Hoje, as crianças
já não possuem aquela alegria primitiva.
Brincar tornou-se uma brincadeira sem graça
e os brinquedos brincam com elas.
as crianças foram felizes
quando os brinquedos eram convencionais.
Tempo dos brinquedos simples
acessíveis a todos os segmentos.
As crianças pobres
eram estimuladas
por força das circunstâncias
à criação do próprio brinquedo.
No mundo pós-moderno,
uma parafernália
de coisas prontas
é jogada no mercado,
mas num piscar de olhos
os brinquedos saem de moda
para que outros brinquedos entrem na ciranda.
Hoje, as crianças
já não possuem aquela alegria primitiva.
Brincar tornou-se uma brincadeira sem graça
e os brinquedos brincam com elas.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
OUTUBRO
Quando nos referimos
ao mês de outubro
é como se falássemos
de alguém pouco significante.
Até parece que outubro
é um viajante distraído,
que vem somente
para preencher o calendário.
Alguns meses são lembrados automaticamente,
já fazem parte do inconsciente coletivo
em razão de efemérides peculiares:
Setembro; alegria, entrada da primavera.
Dezembro; Natal, troca de presentes.
Janeiro; Ano novo, férias.
Fevereiro; Brasil, carnaval.
Março; ufa, retorno à escola e ao trabalho.
Maio; sonhos, mês das noivas e das mães.
Junho; paixão, mês dos namorados.
Já há um movimento popular
para recuperar o décimo mês
e retirar a pexa de que ele existe
apenas para cumprir tabela.
ao mês de outubro
é como se falássemos
de alguém pouco significante.
Até parece que outubro
é um viajante distraído,
que vem somente
para preencher o calendário.
Alguns meses são lembrados automaticamente,
já fazem parte do inconsciente coletivo
em razão de efemérides peculiares:
Setembro; alegria, entrada da primavera.
Dezembro; Natal, troca de presentes.
Janeiro; Ano novo, férias.
Fevereiro; Brasil, carnaval.
Março; ufa, retorno à escola e ao trabalho.
Maio; sonhos, mês das noivas e das mães.
Junho; paixão, mês dos namorados.
Já há um movimento popular
para recuperar o décimo mês
e retirar a pexa de que ele existe
apenas para cumprir tabela.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
STEVE JOBS
As maçãs do mundo
acordam órfãs.
As maçãs, de luto,
choram e reverenciam
à memória de Steve Jobs.
O pai da era digital
partiu para o merecido
descanso do guerreiro.
Milhões de pessoas no planeta
- usuários dos produtos
que saíram do cérebro do mestre-
não conheciam Steve Jobs,
mas quando viram a notícia televisiva
sobre o passamento do gênio,
ficaram com a sensação de perda
de um velho conhecido.
Em meio ao alvoroço
que a notícia causou
na Aldeia Global,
muita gente disse:
o futuro partiu
mal tendo chegado!
A morte de Jobs
deixa uma lacuna
e uma pergunta,
hoje, existe alguém
à altura da vaga?
Diante da dúvida,
de uma coisa, sabemos,
Steve Jobs foi o cara!
acordam órfãs.
As maçãs, de luto,
choram e reverenciam
à memória de Steve Jobs.
O pai da era digital
partiu para o merecido
descanso do guerreiro.
Milhões de pessoas no planeta
- usuários dos produtos
que saíram do cérebro do mestre-
não conheciam Steve Jobs,
mas quando viram a notícia televisiva
sobre o passamento do gênio,
ficaram com a sensação de perda
de um velho conhecido.
Em meio ao alvoroço
que a notícia causou
na Aldeia Global,
muita gente disse:
o futuro partiu
mal tendo chegado!
A morte de Jobs
deixa uma lacuna
e uma pergunta,
hoje, existe alguém
à altura da vaga?
Diante da dúvida,
de uma coisa, sabemos,
Steve Jobs foi o cara!
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
O TEMPO
Tempo de plantar, tempo de colher;
tempo de lembrar, tempo de esquecer.
Tudo tem seu tempo neste mundo,
conforme Jesus Cristo ensinava.
A nossa vida não poderia ser diferente,
somos governados por leis divinas,
regidos por regras perfeitas,
pois criadas pelo Senhor Eterno.
Quantas vezes, sem razão, nos desesperamos
diante da inexorabilidade
dos eventos produzidos pelo tempo
e da certeza da finitude da vida terrena!
Nós temos o nosso tempo.
Nem mais nem menos;
o tempo exato
do nosso merecimento!
tempo de lembrar, tempo de esquecer.
Tudo tem seu tempo neste mundo,
conforme Jesus Cristo ensinava.
A nossa vida não poderia ser diferente,
somos governados por leis divinas,
regidos por regras perfeitas,
pois criadas pelo Senhor Eterno.
Quantas vezes, sem razão, nos desesperamos
diante da inexorabilidade
dos eventos produzidos pelo tempo
e da certeza da finitude da vida terrena!
Nós temos o nosso tempo.
Nem mais nem menos;
o tempo exato
do nosso merecimento!
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