domingo, 14 de março de 2010



Tenho que confessar uma coisa aqui. Eu sou uma pessoa muito curiosa... Pronto, falei! Mas curiosa de tudo mesmo. Mas quero deixar bem claro, que apesar de curiosa, inclusive de fofocas, não sou fofoqueira. Minha boca é um túmulo. Se eu fosse fofoqueira, contaria para vocês aquele segredo de uma amiga minha que quando estava em... hehehe... é sério, juro que não conto segredo dos outros.

E é por essa curiosidade de vários níveis que comecei a ler um livro que tenho faz muito tempo em casa, na minha pilha para ler, que se chama O Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa. Está desatualizado, pois não é da época pós reforma, porém há quantidade gigante de informações interessantes.



Vocês sabiam que o brasão de São Paulo, aquele que se encontra nos ônibus, nos avisos da prefeitura e etc foi criado por um jovem, recém formado em Direito, em um concurso promovido pelo ex prefeito Washington Luís Pereira em 1916?
Na época, o poeta Guilherme de Almeida, ganhou como prêmio 2 mil contos de réis. Não sei fazer a conversão para nossa moeda de hoje.
Na frase original, Guilherme havia escrito "Duco, no ducor" (Conduzo, não sou conduzido), mas seu pai sugeriu a inversão, e acabou ficando "Non ducor, duco" (Não sou conduzido conduzo).
Não gostei do desenho do brasão, aquele braço de soldado segurando a bandeira, mas a frase é ótima. Adorei essa frase! Acho que ele foi brilhante na criação, embora pensando no governo brasileiro como um todo ache uma pena não ser exatamente assim, levando em conta o esquema de corrupção estruturado durante anos no nosso país.

Outra coisa interessante que li:
- No Brasil são faladas 195 línguas diferentes. (Quando li, pensei: Meu Deus, onde está esse povo?? Devem estar tudo no meio do mato! Mas realmente estão. Continuei lendo e vi que a maioria está no Amazonas, Pará e afins da região Norte, embora tenham alguns no Mato Grosso, São Paulo e Paraná.)
- O Hindi, falado na Índia, e o Urdu, falado no Paquistão são falados iguais. Paquistaneses e Indianos conseguem se comunicar através da fala, mas como são escritas de formas diferentes, não conseguem se entender na escrita. Ao contrário ocorre com o Mandarim e o Japonês. Japoneses e chineses não conseguem se comunicar falando, mas na escrita sim. Mas isso eu já sabia, pois conheci um chinês em uma viagem que já havia comentado isso. Aí quando ele contou já imaginei ele lá no Japão pedindo um prato de comida no restaurante através de plaquinha rs...
- Nos Estados Unidos tem mais falantes de língua espanhola que no Chile e no Peru.
- Clarice Lispector era ucraniana.
- Machado de Assis era mulato, epilético, pobre e gago.

Lendo o livro descobri ou reaprendi (caso tenha aprendido no colégio e esquecido) que adoro usar o "Aposto" para escrever meus textos diversos. Trata-se de um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro (Ex: Pedro, nosso primo, comprou uma casa. - Otávio, nosso fiel colaborador está à beira de um ataque de nervos.). Eu prefiro o Aposto que o parênteses hehe...

Há no livro alguns provérbios bacanas ao redor do mundo:
Quem responde com pressa raramente acerta.
As pegadas na areia do tempo não são deixadas por quem fica sentado.
Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos.
Não consuma os ganhos de uma obra que a sorte ainda não lhe concedeu.
Falar sem pensar é como atirar sem mirar.

E é isso que aprendi até agora, estando na metade do livro :)

Depois desse ainda tenho uma quantidade boa na pilha.

Bjos, e até.