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domingo, outubro 01, 2017

a saga da destruição

    


 Dói ver a destruição consentida do Património da Madeira. Dói olhar as ribeiras varadas de cimento, outrora floridas e postal turístico para todos. Dói agora ver o Paúl da Serra ser esventrado eliminando a paisagem e o desejo de passeio.

     Não será para captação de água porque a mesma a verificar-se será numa cota mais elevada na Ribeira do Alecrim e no Lajeado. E é preciso que haja água! As águas do Rabaçal e da Rocha Vermelha hão-de ser retidas em barragem e daí bombeadas para a grande lagoa no Pico da Urze. Imagino já o impacto, as toneladas de cimento vertidas no que era uma paisagem pitoresca, fresca, procurada.

     Os lençóis freáticos agora rasgados, alimentados pelas humidades dos serenos e dos nevoeiros, serão veias secas no subsolo. Espécies endémicas, segundo li, correm o risco de extinção e consenso técnico  parece não haver.

     Mas será que não havia outra solução?

     Há-de ser mais uma decisão política ao serviço (sempre) dos mesmos interesses e a Madeira sofre mais um atentado que, na minha simples opinião, é irremediável.

     Olhando o Paúl e as eólicas, pergunto se os produtores de energia eólica e fotovoltaica a entregam LIMPA como se faz em toda a Europa, ou seja, sem picos e flutuações, ou se esse encargo é da EEM, encargo que depois se reflecte no custo de energia ao consumidor.

     Esquecem a realidade das alterações climáticas, as nascentes hoje já escassas, o paralelo da Madeira, a desertificação que o crescente aumento de temperaturas trará.

     E o silêncio da Assembleia Regional? É sepulcral!



Maria Teresa Santos Tavares Góis

in Diário Notícias da Madeira, 01/10/2017

terça-feira, julho 11, 2017

a origem da palavra SALOIO

Etnografia-ORIGEM DA PALAVRA SALOIO

Designa-se como saloio o habitante natural das zonas rurais do início do século XX em volta de Lisboa, a região saloia. A região saloia compreende vários concelhos, sendo os seus limites discutíveis. Alguns autores definem como região saloia os concelhos de Alenquer, Amadora,Arruda dos Vinhos, Cadaval, Loures, Mafra, Odivelas, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.


ORIGEM DA PALAVRA SALOIO
 Quando D. Affonso Henriques conquistou Lisboa aos mouros, para não despovoar a terra, deixou-os ficar de posse de seus bens e casas, impondo-lhes certos tributos. Este beneficio e tolerancia, que a politica e a humanidade aconselhavam, se estendeu aos logares circunvisinhos da cidade. Esta foi logo augmentando em população christã, que em si absorveu a mourisca pelo decurso dos tempos, o que não era tão facil no campo. Dizem que a estes mouros dos arredores davam antigamente o nome de Çaloyos ou Saloios, tirado do titulo da reza que repetem cinco vezes no dia, chamada çala. Ficou subsistindo o nome, ainda depois de povoados esses logares por christãos; e talvez da mesma origem proviesse um antigo tributo que se pagava do pão cosido em Lisboa e seu termo, e que era conhecido pela denominação de çalayo.
in O Panorama, 21 de Abril de 1838( O panorama : jornal litterário e instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis)


Saloias, por Silva Porto(1850-1893))

segunda-feira, março 13, 2017

a arte e o humor (parte II)

O artista francês Blase [© Blase], também conhecido como Blasepheme, explora os mercados de velharias de Paris à procura de pinturas destruídas e/ou que mais ninguém quer.
O objectivo dele é restaurá-las e dar-lhes uma segunda vida... ligeiramente diferente e com mais humor!







a arte e o humor (parte I)

O artista francês Blase [© Blase], também conhecido como Blasepheme, explora os mercados de velharias de Paris à procura de pinturas destruídas e/ou que mais ninguém quer.
O objectivo dele é restaurá-las e dar-lhes uma segunda vida... ligeiramente diferente e com mais humor!





domingo, fevereiro 05, 2017

Igreja dos Clérigos, Porto

Renovada, a Igreja dos Clérigos foi reaberta ao público em Dezembro, depois de quase um ano em obras.
Este é um dos monumentos mais emblemáticos do Porto.
Construída entre 1732 e 1748, projetada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni, esta é a principal obra deste arquiteto que se transferiu para o Porto, onde viveu até a sua morte e construiu obras tão significativas na cidade. O seu estilo dominante, o barroco está fortemente caracterizado na fachada  tanto da Igreja como da Torre dos Clérigos, assim como no seu interior.
Quase na véspera do Natal, depois da agitação dos primeiros dias da re-inauguração, fui visitar a "nova" Igreja dos Clérigos...

Ainda cheirava a tinta, dando a sensação de estarmos diante de um trabalho realmente acabado de fazer.
E que trabalho! A Igreja está belíssima...




Um trabalho fantástico realizado pelo Centro de Conservação e Restauro da Escola das Artes da Universidade Católica...


Há novos espaços para  visitar e apreciar.
Museu...





Espaço multimedia que mostra a evolução das obras de remodelação...






Mas o que mais me encantou foi  ver a  Igreja do alto. Sim, no piso superior é possível através dos varandins ter uma outra visão...





outras perspectivas...






De frente para obras e peças belíssimas...



próximo da cúpula e com a possibilidade de admirar uma riqueza de detalhes incrível!
Uma visita para fazer com calma e muita atenção...





E com aberturas para a cidade, próximo às cúpulas dos edifícios...


E sem contar a subida à Torre que nos proporciona uma das vistas mais bonitas da cidade do Porto.
Ver um post sobre a  vista a partir da Torre dos Clérigos: AQUI, agora com novos acessos.

Se vem ao Porto, esta é uma visita obrigatória porque é um ex-libris da cidade.
Se vive no Porto, vai se orgulhar em ver ou rever a renovada Igreja dos Clé