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"(...)
Meu coração pode mover o mundo,
porque é o mesmo coração dos congos,
bantos e outros desgraçados,
é o mesmo.
(...)"
A poesia, a experiência literária e a visão de mundo de Oswaldo de Camargo deram seu recado no Festival do Livro em São Miguel organizado pela Fundação Tide Setubal no dia 18 de novembro. Às vésperas de lançar no Museu Afro Brasil, o livro sobre o primeiro editor a investir em escritores negros Francisco de Paula Brito, o qual colaborou, Oswaldo de Camargo expos sua fala em torno de uma literatura negra dos séculos XIX ao XX ainda pouquíssima conhecida pelos próprios afro-descendentes e academias literárias, mas que colocou a pedra fundamental para a construção do que hoje chamamos de literatura negra com destaque de vários escritores jovens, reconstruindo o caminho de conquistas e resistência de escritores como Cruz e Souza, Lima Barreto, Luiz Gama e Solano Trindade. O evento teve também a presença e exposição do escritor Allan Rosa, pertencente à nova geração de escritores integrantes da Cooperifa, mediação de Júlio Cesar do MCP e do GT de Cultura Nossa Zona Leste, abertura com o músico e compositor Marcos Munrimbau e apresentação do Grupo Uh-Batuk-erê, projeto pedagógico e cultural da Escola Esmeralda Moreira Salles, com o Grupo de Pesquisa Ritmos e Danças BATAKERÊ fazendo um samba de roda com participação de todos os presentes.
Registro audio-visual: João Luiz de Brito. Fotos deste blog: Patricia Freire