Fulanizar é algo injusto no
futebol, podendo mesmo tornar-se cruel na hora do insucesso, mas há problemas
que sendo por demais evidentes, não podem ser ignorados.
No Benfica versão 2016-2017 há um
problema chamado Carrillo.
Não será certamente o único nem provavelmente
o maior mas trata-se de um equívoco gigantesco que, ou muito me engano ou um
destes dias estoira nas mãos do treinador.
Já se percebeu que Rui Vitória
está a fazer tudo para não deixar cair o jogador; começa porém a pressentir-se
o fim da linha para Carrillo.
Sem espontaneidade, alegria ou velocidade,
Carrillo parece um corpo estranho na equipa e quando entra em campo significa
quase sempre que passaremos a jogar com menos um.
Ao que consta, o alegado custo
zero importou em qualquer coisa como 10 milhões de euros: muito dinheiro, de
facto.
Também por isso, Rui Vitória vai
tentando segurar o jogador na esperança de um qualquer clique naquelas pernas
perras ou naquela cabeça que parece estar a milhas de um campo de futebol.
Ontem na Luz, assistiu-se a um
primeiro esboço de assobiadela colectiva ao peruano, perante mais uma perda de
bola inexplicável.
Quer-me parecer, pois, que Carrillo
chegou mesmo ao fim da linha e a solução só poderá passar pela venda.
Eis, pois, uma óptima
oportunidade para pôr à prova as excelsas e nunca por demais elogiadas
capacidades do super-agente Jorge Mendes, capaz ao que se diz de transformar em
ouro tudo aquilo em toca.
Ou será que o tal super-agente apenas sabe vender os Renatos Sanches desta vida?
RC