É assim. Já sabíamos. Nestes programas,
nestes canais, quem pretender defender o Benfica nem suspirar pode. Os outros
estão à vontade para cagar alarvidades. Só vi esta parte, mas já adivinho o
resto. Comigo não contam.
O que fica para a história é o
dia em que um jornalista medíocre, empolado pela facilidade verbal e pelas gravatas
coloridas, como os antigos palhaços do Coliseu, fez peito a um dos maiores
jogadores portugueses de todos os tempos. Um homem que, para além de ter sido mágico
a jogar, é de uma integridade a toda a prova. O seu trajecto de vida fala por
si.
Este Rui Santos não lhe chega aos
calcanhares, nem em bicos de pés. Só o consegue porque a cadeira onde se senta
dá-lhe uma grandeza que não tem. Porque há papalvos que lhe dão audiência. A
forma indigna com que atacou o grande Simões por causa de um suspiro revela bem
o quentinho das suas costas e a sua completa falta de vergonha.
Que país desportivo é este que
não se indigna? Que fica calado quando a mediocridade consegue ombrear com a excelência?
O mesmo país que se auto silencia perante a gravidade da lesão de Rúben Amorim,
as artimanhas do Marco Ferreira e o previsível castigo do nosso treinador.
JL