Você passa a vida inteirinha tentando se livrar dela. Dieta, abdominais, sessões de drenagem, massagens e, quando tudo mais falha, o bisturi. Tudo para arrancar aquele pneuzinho insistente que não larga do meio do seu corpo nem com promessa e mandinga. Aí você engravida. E TODO MUNDO quer ver a barriga. Ontem. Esquecem que o feto mede 17mm e não faz nem uma ervilhinha no seu abdômen. Mas todo mundo não tira os olhos dela!
Nos dois primeiros eu usei minhas roupas normais até os cinco ou seis meses. Engordei uns 12kg em cada uma, mas principalmente no último trimestre. Na gravidez do Lucas eu tive um descolamento de placenta no quarto mês e precisei passar o resto da gravidez de cama. Engordei 25kg e podia ter saído rolando até o hospital, sem pausas. Claro que agora está todo mundo com o olho fixo na barriga. Que como você pode ver na foto, ainda não deu muito sinal de vida. Não, essa ondulaçãozinha é um pneuzinho e não a Lhaminha dizendo oi.
O outro ponto divertido dessa nova gravidez é que eu finalmente tenho peito! Eu nunca tive. Tanto que uns anos atrás comprei eles. De um cirurgião plástico off course. Só que agora eu tenho 200ml de silicone e mais uns 200ml de hormônio mesmo. Tô me sentindo a Fafá de Belém! E coisa complicada essa de ser grávida e loura. Principalmente quando você não nasceu loura. E quando tinta e bebês não se misturam. Ou seja, depois de muitos anos eu terei que encarar minha morenice de nascença. Por enquanto tô parecendo um cachorro malhado. Alguém sugeriu fazer luzes, mas meu cabelo é muito escuro, sem muito descolarante não fica louro de jeito nenhum. E eu prefiro não arriscar. De repente até vou curtir voltar ao tom normal.
De resto nunca me senti tão bem. Não tenho sono, nem me sinto cansada. Estou com uma energia ótima, super criativa e com desejos absurdos de comer comida que eu odeio, como miojo e biscoito de polvilho. Desde que eu não discuta com ela sobre o fato de Lhaminha não suportar comida quente, ela tem sido camarada. Tanto que eu engordei 5kg desde que cheguei a Bolívia. Mas a culpa é menos da gravidez e mais do chocolate. Que o médico já cortou e me colocou de dieta por que não sei exatamente quanto engordei desde o início da gravidez e quanto engordei antes.
Começamos agora o drama dos nomes. Eu quero algo simples, curto e forte. E tem quatro irmãos, um pai, meia dúzia de tios e um monte de amigos reais e virtuais palpitando. Para agradar todo mundo preciso parir umas cinquenta meninas. Tem alguns saindo na frente: Liz, Laís, Nina, Anne, Alice, Elis e Luna. Eu adoro Liz e Nina, mas tem gente implicando que Nina é nome de cachorro(aff, eu gosto!). Anne talvez não role porque minha neta é Ana e ficaria parecido demais. Laís é o predileto do pai e do filho caçula. O padrinho, meu filho número dois, quer Elis, em homenagem a Elis Regina que ele ama. E Lucas prefere Luna...sei lá, senti uma vibe meio narcisista nesse nome. Alice é a escolha do Lipe. Temos seis meses para decidir. Ou para batizar de Ane Alice Liz Elis Laís Nina Luna Bianchi. O que for mais fácil! Até por que eu acho que ela será chamada de Lhaminha por muitos anos!