13 dezembro 2012

Sabes que ainda não te habituaste a viver no Burgo...

... quando insistes em ouvir, com genuína atenção e shiu espera aí Francisca, o trânsito na (minha saudosa) VCI e pensas imediatamente que bolas, hoje 'tá porreiro... 

12 dezembro 2012

E se começa hoje o fim do mundo?

12.12.12. Diz-se que hoje é o começo do fim. Oh pá, não gente, não. Lamento, mas não vai dar. Tenho muita coisa para fazer, não me dá jeito. Tenho de voltar a correr, tenho de voltar a sorrir sempre um pouco mais, tenho de arrumar a cabeça, tenho roupa na máquina que me esqueci de estender, tenho pratos para experimentar que ainda não me atrevi, tenho sítios para descobrir, tenho sítios para voltar aonde fui feliz. Tenho de arrumar estas ideias, tenho de perceber o que é isto. Tenho de ajudar a minha filha a crescer e fazer dela uma pessoa boa, gentil, capaz de estender a mão a quem lha pede. Tenho de lhe ensinar os acordes e mostrar-lhe que a música é uma das mais belas formas de arte, enquanto aprendo a esquecer as memórias que aquelas teclas a preto e branco me trazem. Tenho de aprender a não tropeçar nos gatos todas as noites e a não me espetar nas esquinas dos móveis. Tenho de ser mais agradecida pelo que tenho. Tenho uma casa do avesso que tenho de organizar mas nem sei por que ponta lhe pegue. Tenho de conduzir um F1 num circuito qualquer. Tenho de dar mais beijos aos meus e abraçar com carinho os outros a quem o meu calor pode aquecer a alma. E soprar mais velas nos meus bolos e nos bolos dos outros, o verdadeiro do nojo nos bolos de aniversário, isso de se soprar e bichezas e coiso. Tenho de decidir que se o mundo vai mesmo acabar, ou escolho atirar tudo ao ar e deixa ver ou deixa estar como está... que maçada. Ou decidir se como tudo o que me apetecer e morro feliz ou se faço dieta para ir maravilhosa a caber num 34. Tenho muito que fazer gente. Por isso, o fim do mundo vai ter de esperar... 

...


Dos cinzentos pelo meio...

Escreve, apaga, for my eyes only. Papéis e mais papéis e tantos papéis. Pede, explica, contorna e volta tudo ao mesmo. As opções que foram as minhas e que foram diferentes das opções dos outros para mim, são agora as minhas dores de cabeça, os cinzentos nos meus dias, as rugas na minha testa. Escreve, apaga, for my eyes only. Procura, pesquisa acha que encontra e engana-se. Suspirar, encolher os ombros, apanhar os cacos do chão e lembrar que podia ser pior, pode sempre piorar, nada de brincar com Murphy. Papéis, de onde apareceram tantos papéis, tantos papéis senhores, como é possível? Mas ao menos, com a certeza que estes meus cinzentos e estas dores de cabeça, são as que eu escolhi. Mais ninguém... 

Mais 5 minutos...

 
Acorda!!!  Não, ainda não. Mais 5 minutos. Só mais 5 minutos. A cama ainda está tão fofa, tão quente, tão apetecível. Mais 5 minutos, que custam? 5 minutos a mais, vá, que são 300 segundos na imensidão das 24 horas que cada dia trás consigo? 5 minutos, por favor. Não há vida fora do perímetro da minha almofada, ainda não, agora ainda não, ainda não quero ir brincar às meninas crescidas, só mais 5 minutos e já vou! Só preciso de 5 minutos. Mais 5 minutos no chuveiro, com a água a escaldar. 5 minutos em branco, eu e o som da água. E o nevoeiro que invento com a água fumegante, onde há histórias de cavaleiros perdidos e densos mistérios. Mais 5 minutos, vá, que custam, mais 5 minutos?Deixa-me estar com a água escorrer, deixa-me saborear o bom que é ter água quente. Nas costas, sobretudo nas costas. Mais 5 minutos de vazio de cabeça, de silêncio da água. O espelho fica embaciado e eu gosto. Assim, branco, vazio, não há ninguém do outro lado, não me devolve imagens e eu, posso imaginar quem sou. Mais 5 minutos. Só mais 5 minutos.Mais 5 minutos. Só mais 5 minutos. Mais 5 minutos. Só mais 5 minutos. Mais 5 minutos. Só mais 5 minutos. Começo os dias como os acabo: a pedir uns 5 minutos de um tempo qualquer que chego a pensar que é emprestado, que não é meu. Talvez saiba com toda a certeza que não é meu, mas escolho não ver. Peço sempre mais esses 5 minutos que fazem toda a diferença aos meus pequenos nadas... 
Bom dia!

11 dezembro 2012

Só porque me apetece...

(...) 
And if you leave here 
You leave me broken, shattered, I lie 
I 'm just a crosshair 
I'm just a shot, then we can die
I know I won't be leaving here with you 
I say don't you know 
You say you don't know 
I say... take me out! 
I say you don't show 
Don't move, time is slow 
I say... take me out!  
(...) 
E o fim de tarde, é tão melhor! 

Engenheira? Só se for de obras feitas...

Há uma persona que quando liga para o estaminé me trata sempre por Engenheira. A mim ou a quem atender. Mas se há quem o seja, eu não o sou. Perguntou-me o nome da primeira vez e assumiu que à frente deveria entrar o Engenheira chapa quatro.  Já lhe tentei explicar imensas vezes, aí umas três mil novecentas e catorze, que não homem, não sou Engenheira. Até que podia ser mas não sou. Chame-me pelo nome, pelo apelido, pelo que quiser.  Mas Engenheira, Doutora ou outros que tais, não. Pareço o Álvaro que não queria ser Senhor Ministro, bem sei... Mas títulos, só o nobre da ralé: Princesa sem Reino. 

E já que é tempo de Natais...

Gente boa: 
NÃO ofereçam cães, gatinhos, cachorros ou gatos porque a criancinha quer e é pequenino e tudo o que é piqueno mete graça. Pensem bem. Um animal que se acolhe em casa é uma responsabilidade, a qual merece ser acarinhada e cuidada com todo o respeito.  Os meus, são família e mais que muita da que partilha carga genética. Se o escolhem adoptar no seio da vossa família, não é para chegar a Agosto e "ai que não dá jeito que vou de férias" e tau, rua com eles. Pessoas que abandonam animais deviam ser presas. Ou abandonadas numa estrada à laia de unshit yourself, foste muito giro e coiso mas afinal diz que não. Pensem nisto, sim? 
Agradecida!

10 dezembro 2012

Blue...

Light Blue no pescoço, Dark Blue nas mãos. 
Parece-me... bem!
Andreia 112

...


Coisas que me fazem falta...

Meter-me num avião. Não quero saber do destino. Sentar-me à janela, sempre. Ver aquelas Sky Mall que têm coisas que são tanto de giras como de inúteis. Reparar em quem se senta ao meu lado pelo canto do olho, pelo canto da lente dos óculos de sol claro está. Esperar que não seja ninguém interessado em meter conversa, não me apetece conversar numa viagem nem conhecer gente nova, nem ouvir os dramas das ausências e as dores dos dias. Deslarguem-me, deixem-me ficar ali com os meus pensamentos. Não, não quero conversar nessas horas em que o céu é o limite e onde se cruzam e pisam fronteiras invisíveis. Nem ver filmes, nem séries, nem nada naquele ecrã minúsculo. Gosto de me sentar à janela, sempre na asa, que dizem que é o mais seguro. Não que acredite que faça diferença em caso de, mas sou manienta. Também é mais ruidoso mas não me importo porque a barulheira na minha cabeça desnorteada abafa o som das turbinas. Faz tempo de mais que não ganho sustentação. Faz-me falta.  Mesmo que seja com os pés bem assentes em terra... 

Dear Monday...

... lamento mas continuas a same old bitch insuportável que eras a semana passada. Recebo-te sempre com a mesma cara de cú que tradições, são para respeitar. E deve ser por isso que estou a morrer de sono e tédio e sono e frio e sono e sono e sono e sono. E já levo três cafés em cima.