17 julho 2009 

Como dar a queca perfeita























"As mulheres gostam que lhes digam palavras de amor. O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar". (Isabel Allende)

I see dark clouds out my window
I know the storm is coming any minute
And the thunder just confirms my fears
And I know the tears are in there
I'll be crying unable to stop
Look here comes the very first drop
'Cause every time it rains
I fall to pieces
So many memories the rain releases
I feel you... I taste you
I cannot forget
Every time it rains... I get wet" (Ace of Base).























Olha, Isabel, tu és uma gaja porreira, notável não só pela tua ascendência, mas também (e sobretudo) pelos livros que escreves, mas, desculpa, quanto à tua vida sexual, estamos conversadas.
Na volta, pensas que o "I get wet" dos Ace of Base é só por causa da chuva...
Aprende, Isabel, aprende:

"Consigo masturbar-me até ao orgasmo num minuto.

Com o meu marido leva pelo menos 15 minutos de manipulação experiente.

Não sei porquê, mas sempre foi assim comigo."









Maria dos Anjos, 61 anos, reformada

Mas, para tua melhor compreensão, eu repito e repetirei:

Como dar a queca perfeita



















(Tal&Qual, 22.8; excertos aleatórios...e complementos)

... "o orgasmo desejado ao mesmo tempo pode trazer alguma ansiedade ao casal. Por isso, embora fique ao critério dos amantes, o ideal pode ser a mulher alcançar o clímax primeiro" (afirma o sexólogo Júlio Machado Vaz), mas o ideal, idealzinho mesmo (assegura Titas Maria) é a mulher disparar os seus múltiplos orgasmos primeiro e depois, como exercício de relaxamento, o tal do clímax pode vir então em conjunto.

Só que "torna-se problemático se um homem, por sistema, atinge o orgasmo antes da sua companheira estar satisfeita - com orgasmo ou sem ele -, vira as costas e adormece, beatificamente egoísta", sustenta Machado Vaz. É o chamado "pensa no bigode da avózinha, filho", exemplifica Titas Maria.

Diz-se que a mulher tem o ponto G. "Foi na década de 40 que o ginecologista Ernst Graftenberg afiançou ter descoberto um tecido no interior da vagina capaz de produzir um prazer quase inimaginável. Esta "descoberta" transformou-se num dos maiores mitos da sexualidade - ainda hoje, volvidos 60 anos, quase nenhum especialista assume a sua existência" diz Machado Vaz. "Ignorantes" retruca Titas Maria. "Não há uma comprovação cientifica de que exista. E os relatos das mulheres não servem como prova", defende Luis Gamito, sexólogo no Hospital Júlio de Matos. "Este handicapado mental é que devia estar internado", retrucatruca Titas Maria. "Para Zezé Camarinha (um autodidacta com ar foleiro e cara de parvo, mas um 'esperto' na matéria, opina Titas Maria) é inconcebível uma relação perfeita sem estimulação oral (e dedal, acrescenta Titas Maria).

"Um dos factores exteriores que podem perturbar o bom funcionamento sexual do casal é, de acordo com Machado Vaz, o receio da gravidez (e não só), para o que há uma boa solução: use contraceptivos", camisinhas, precisa Titas Maria.

Mas isto não é tudo, estimados e estimadinhas, e como o que mais quero é contribuir para a melhoria da vossa fraquíssima cultura geral, eu ainda vos digo só isto:
O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens menos ainda.

Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado.

Diante deste mistério, as investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.






















A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista com uma conhecida sexóloga, na TV, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos, na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela piriquita na hora do orgasmo. Os resultados mostram que, na hora H, a ''pachacha'' dispara uma carga de 250 000 microvolts.


















Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do "ai meu Deus!", são suficientes para acender uma lâmpada.

E uma dúzia são capazes de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo.

Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o(s) orgasmo(s) e... tchan... carregar.
É preciso ter cuidado porque aquilo, afinal, não é uma ''rata'', é uma torradeira eléctrica.

E se se der um curto circuito na hora de "virar os olhos"? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada.
Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encapar( o pirilau) na Michelin. E, na hora H, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado.
É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte se é de 110 ou de 220 volts...