De baixo das cobertas, releio a carta, com vergonha de mim, e da minha insensatez, dentro daqueles desenhos de ursos, paralisava cinco minutos para cada palavra seca, dizendo que eu não servia, não encaixava naquele padrão de vida rico de futilidades e miserável de um pingo de sensibilidade, sua riqueza pouco me interessa, seus carros, suas casas, por mim seriam destruídos, para mim, só você era capaz de me fazer feliz.
Tudo foi tão lindo, singelo, até você saber que eu não tenho a porcaria do dinheiro, não tenho status, não tenho amigos ricos, e não vou à baladas e gastar em uma noite, o que famílias pobres queriam para alimentar seus filhos.Eu tenho pena de você, que vai morrer só, com seu dinheiro, sem amigos, sem amor, porque meu amor você não vai ter nunca mais, estou com vergonha de te amar,tenho vergonha do seu dinheiro, tenho pena do que você se tornou por meras cédulas, tenho dó das suas cartas arrogantes ,tenho lágrimas porque ainda não me recuperei desse amor infeliz.