29 setembro 2008
0049 - Conversa sobre arqueologia
25 setembro 2008
0048 - Limpeza da Fraga da Pena
Hoje foi o primeiro dia. Quando iniciámos o trabalho, a "coisa" estava assim:
Durante:
E depois do primeiro dia de trabalho:
12 setembro 2008
0047 - Actividades para dia 27
No dia 27 de Setembro, no âmbito das actividades a realizar no feriado municipal promovidas pelo município e da iniciativa "no Património... acontece" promovida pelo Igespar, a terra de Algodres organiza um concurso de fotografia digital dedicado ao tema Património Histórico e Arqueológico (a decorrer durante a manhã a partir das 10.30h - local de reunião no CHIAFA) e uma palestra da autoria de António Carlos Valera sobre o tema "Como se faz Arqueologia e porquê" (a partir das 15.ooh no CIHAFA).
Apela-se à participação de todos os associados e interessados pelas questões do Património.
05 setembro 2008
0046 - Alminhas
Alminha junto à povoação de Casal Vasco
As alminhas são uma espécie de pequenos altares relacionados com o culto dos mortos, tendo a função de solicitar, a quem junto delas passa, uma oração em favor das almas, nomeadamente das que disso mais necessitam: as que estão no Purgatório.
São comuns no meio rural português, sobretudo no Centro-Norte, em caminhos e estradas e nas suas encruzilhadas; integrando muros ou fachadas de casas.
Datam, na sua maioria, dos séculos XVIII e XIX, atingindo o século XX (sobretudo na primeira metade).
São hoje património cultural religioso, testemunho de uma prática e devoção religiosa e da relação que as comunidades mantêm entre a sua visão do mundo e os caminhos através dos quais se relacionam com o seu território e o perspectivam.
Talvez por isso, gente informada tenha utilizado uma alminha para nela colocar uma seta indicadora de um percurso. Ou talvez não.
Aproveitamos esta infeliz decisão para chamar a atenção para o facto de que estas "peças de religiosidade popular" são também património e que, apesar de vulgares neste e noutros concelhos, merecem a nossa atenção no que respeita à sua salvaguarda, assim como dos respectivos locais de implantação, não raras vezes plenos de sentido histórico local.
01 junho 2008
0045 - Outra visita
No passado Sábado um grupo de professores e alunos alemães da Universidade de Frankfurt e Instituto Arqueológico Alemão de Madrid visitou vários sítios arqueológicos da Pré-História em Fornos de Algodres: Fraga da Pena, Castro de Santiago, Anta da Matança e Anta de Cortiçô. Reunidos num seminário em Torres Vedras, estes professores e estudantes universitários deslocaram-se propositadamente a Fornos para efectuarem esta visita, a qual começou e terminou no Centro de Interpretação Arqueológica.
Um exemplo da expressão e reconhecimento internacional que o património arqueológico do concelho tem e, já agora, um exemplo do que as universidades estrangeiras proporcionam aos seus alunos.
No final, um dos professores alemães fez a seguinte afirmação: "É interessante verificar que uma pequena terra, sem muito turismo e sem quase ninguém na rua tenha investido tanto no estudo e preservação do seu património. Estas pessoas devem ter muito orgulho nesse património."
30 abril 2008
0044 - Visita arqueológica
Decorreu no passado fim de semana uma visita a sítios arqueológicos da Beira Alta, à qual aderiram (em parte ou na íntegra) vários associados da Terras de Algodres.
A visita começou na sexta com a ida ao núcleo de gravuras rupestres paleolíticas da Penascosa (Foz Côa) e, posteriormente, a gravuras ainda não abertas a visita pública, cortesia de um dos arqueólogos do parque.
No Sábado de manhã visitou-se o recinto pré-histórico de Castelo Velho e as ruínas romanas, medievais e contextos pré-históricos do Prazo, tudo em Freixo de Numão. À tarde visitaram-se monumentos megalíticos na Serra da Nave (Moimenta da Beira).
Finalmente, no Domingo de manhã, percorreu-se parte do roteiro arqueológico de Fornos de Algodres, com paragem na Anta da Matança, Necrópole das Forcadas, Fraga da Pena e Castro de Santiago, terminando no Centro de Interpretação Arqueológica de Fornos de Algodres.
21 abril 2008
III Jornadas de Etnobotânica
DIA 16 (sexta-feira)
21:30 – Espectáculo de Teatro: "A Lenda do Penedo do Bácoro", pelo
Grupo Etnográfico da Casa do Pessoal da CMFA
10:00 – Conversas à lareira com PADRE FONTES, de Vilar Perdizes
- Prova de Chá, com ELISABETE COSTA
11:00 – Espectáculo de música
DIA 17 (sábado)
09:00h: Concentração dos participantes junto ao CIHAFA (edifício do Tribunal)
09:30h: - Saída de Campo para recolha e observação de plantas.
13:00h: Almoço – piquenique
15:00h: APRESENTAÇÃO DE PAINÉIS (novo auditório do Centro Cultural)
"Paleoetnobotânica, Paleoecologia e Território Antigo da Beira Interior – Resultados e Linhas de Investigação e Desenvolvimento"
(Prof.Doutor José Mateus e Prof.Doutora Paula Queiroz)
Comunicação a definir (Prof. Doutor José Ribeiro)
18h00 – Encerramento dos trabalhos
20:00 Jantar vegetariano
22:30 Espectáculo de musica
INFORMAÇÕES GERAIS:
INSCRIÇÕES:
- Até 9 Maio
- Limitadas a 60 Participantes
- Preço por pessoa:
€ 7,50 (inscrição sem jantar)
€12,50 (jantar)
€10,00 ( jantar/ crianças até 14 anos)
Poderá ser pago em numerário ou em cheque em nome da entidade organizadora:
Terras de Algodres – Associação de Promoção do Património de Fornos de Algodres
CONTACTOS:
S. Acção Social/CMFA:
Telef: 271 700 066/ 271700 060
E-Mail: accao.social@cm-fornosdealgodres.pt
Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica:
Telef: 271701421
E-mail: cihafa@cm-fornosdealgodres.pt
01 abril 2008
Fornos de Algodres ... há 85 anos
Dirigido pelo Dr. José Cabral, advogado, tinha como editor e proprietário Eugénio de Pina Cabral, que era também dono da “Tipografia Mondego”, onde o periódico se imprimia.
Este primeiro número tinha quatro páginas e era ilustrado com uma vista geral de Fornos de Algodres, em fotografia, que vinha publicada na capa (que a seguir reproduzimos):
Na resenha que fez da imprensa publicada em Fornos de Algodres, Mons. Pinheiro Marques informou que “A Opinião” suspendeu a publicação com o nº. 22, em 28 de Outubro do mesmo ano (Terras de Algodres, p. 165).
Como é próprio da imprensa local, a primeira edição d’ “A Opinião” é um manancial precioso de informações sobre a vida em Fornos de Algodres há 85 anos, registando notícias, nomes e eventos da sociedade local, deliberações municipais, tomadas de posição sobre a política nacional e local (que, naturalmente, terão de ser interpretadas à luz do posicionamento dos responsáveis pelo jornal), ... A análise da publicidade, que ocupava parte da terceira e a totalidade da quarta página, também permite tirar interessantes ilações sobre a economia e a sociedade fornense da época. Uma nota sobre a história de Fornos de Algodres, publicada em destaque na primeira página, demonstrava (aliás, de forma assumida), o pouco que se sabia a esse respeito.
Na impossibilidade de aqui reproduzir os inúmeros motivos de interesse desta publicação, deixamos apenas, a título de curiosidade, um exemplo do tom crítico (e frequentemente irónico) com que em geral eram apreciadas as matérias da responsabilidade do município:
“A NOVA VEREAÇÃO está cuidando de arborisar a vila. Não seria preferivel arborisar antes a serra?
Aquelas arvorêsinhas plantadas ali, no largo do Espirito Santo estão mesmo um encanto.
Quem teria sido o engenheiro? Queriamos pedir-lhe que plantasse aqui e alem uma figueira. Para que qualquer judas tivesse á mão onde enforcar-se...”.
Ou ainda esta discutível avaliação do espírito fornense e da sua possível influência no desenvolvimento local:
“A’s abas dos Herminios, pondo sempre ante os nossos olhos, em extase, o lindo e quieto panorama da Serra, faz de todos nós uns contemplativos, e isso quiçá explique a morosidade do seu desenvolvimento.”.
Sendo evidente a importância deste tipo de publicações como fonte de estudos, de várias disciplinas, sobre as vivências locais, é necessário, como já referia Mons. Pinheiro Marques, promover em permanência a respectiva inventariação, preservação e disponibilização ao público, o que será também uma das preocupações da associação “Terras de Algodres”.
O primeiro número d’ “A Opinião”, hoje aqui recordado (que nos foi gentilmente disponibilizado pelo Dr. Pedro Pinto), irá ficar acessível, em suporte digital (dada a fragilidade do original) no acervo documental do CIHAFA.
18 março 2008
0041 - Exposição internacional
04 março 2008
0040 - A Lenda da Fraga da Pena
02 março 2008
0039 - Patrimónios da Semana 16 (Vila Soeiro)
Sepultura medieval escavada na rocha. Faz parte de um pequeno núcleo de 3 sepulturas ruspestres medievais, que se encontram num afloramento à entrada de Vila Soeiro. Nas proximidades existe também uma lagariça escavada na rocha. Uma das sepulturas e a lagariça encontram-se partidas, já que a zona foi utilizada em tempos como pedreira.
A informação da existência e localização deste conjunto patrimonial foi-nos fornecida pelo Sr. Andrade, que, como todos os forneneses sabem, é dono do Café Disco e originário daquela povoação.
As sepulturas e a lagariça encontram-se numa área cheia de mato e mal se conseguem localizar. Mais um sítio a necessitar de limpeza, de forma a ser apresentado de forma condigna. Talvez um motivo para tentar envolver e motivar a Junta local. Não há assim tanto património arqueológico na freguesia, pelo que valorizar e manter o que existe nem sequer requere muito trabalho.
___________________________
Termina hoje o périplo pelas freguesias do concelho em termos do Património da Semana. O objectivo, para além de chamar a atenção para elementos patrimoniais, foi demonstrar que em todas há património a valorizar, manter e divulgar. Numas mais do que noutras, seguramente: mas em toda existem motivos de interesse patrimonial e todas estão convocadas para este projecto que é a Terras de Algodres.
Durante os próximos tempos a rubrica Patrimónios da Semana passará a ter uma organização diferente. Já não se seguirá a sequência alfabética de patrimónios por freguesia, mas por temáticas mensais: durante as semanas de cada mês serão apresentados elementos patrimoniais do concelho de Fornos de Algodres, mas seguindo temas que serão diferentes todos os meses.
O primeiro tema, a desenvolver no mês de Março, será relativo à produção de vinho/azeite e estruturas de lagar.
22 fevereiro 2008
0038 - Patrimónios da Semana 15 (Vila Ruiva)
15 fevereiro 2008
08 fevereiro 2008
0036 - Patrimónios da Semana 13 (Sobral Pichorro)
Sobral Pichorro é uma das mais ricas freguesias do concelho de Fornos de Algodres em termos de património histórico e arqueológico. Tem os importantíssimos sítios pré-históricos da Malhada e Fraga da Pena (este último partilhado com Queiriz), tem troços de viação romana, tem vestigios de sítios desta mesma época, tem a notável capela de Santo Cristo, tem a capela dos Girões, tem casas com elementos arquitectónicos de relevância patrimonial, tem lagariças escavadas na rocha. De tudo isto se falará aqui, nos Patrimónios da Semana, ou a propósito desta ou daquela oportunidade.
Hoje, porém, apresenta-se um outro património, por vezes ainda não reconhecido e valorizado como tal: o património geológico, que, neste caso concreto, é património geológico-cultural. Trata-se de um filão de deloritos alterados. Existem vários filões destes em Fornos de Algodres, embora se concentrem mais na zona norte do concelho, nomeadamente em torno da Fraga da Pena. Este, contudo, situado junto à estrada que da povoação da Mata (freguesia de Sobral Pichorro) se dirige à margem esquerda da Ribeira da Muxagata (muito perto da ponte que a atravessa para a freguesia das Fuínhas), é um dos mais interessantes exemplares.
A origem destes filões está relacionada com a neo-tectónica, isto é, com as dinâmicas "recentes" (à escala geológica, claro) da crosta terreste, que geram falhas e micro falhas geológicas que permitem a ascenção de magma que dá origem a estes filões deloríticos. Com o tempo, contudo, os doleritos foram-se alterando e a grande maioria encontra-se hoje tranformada em formações argilosas. O caso mais evidente é precisamente este, onde numa matriz de argila amarelada (resultado da alteração) ainda se conservam em forma de "bolas" resíduos dos doleritos originais (pontos mais escuros na imagem).
Esta argila foi utilizada pelo homem ao longo da história e continua a ser, como se pode constatar no local através dos negativos deixados por recolhas recentes. Mas numa zona essencialmente granítica, onde os depósitos naturais de argila são escassos, estes filões foram sempre um local privilegiado de abastecimento desta importante matéria-prima. Análises feitas às pastas das cerâmicas pré-históricas da Fraga da Pena e da Malhada revelaram precisamente que as argilas utilizadas na produção dessas cerâmicas eram maioritariamente originárias de doleritos alterados, ou seja, destes filões.
Estes filões (e este muito em particular, pela suas características mais singulares e curiosas) fazem parte da cultura local desde a pré-história e são um testemunho das relações que, localmente, o homem estabeleceu com o território, com a natureza e com os seus recursos. Para além de nos falarem da história natural da formação do territorio do actual concelho, falam-nos também das formas como o Homem com ele se tem relacionado e das formas como o tem culturalmente aproveitado. São, pois, património.
(Próxima freguesia: Vila Chã)
01 fevereiro 2008
0035 - Patrimónios da Semana 12 (Queiriz)
Imagem do Pelourinho de Casal do Monte (freguesia de Queiriz) em 1946 à esquerda e o mesmo espaço actualmente. Uma povoação que já foi concelho.
“Não lhe conhecemos foral nem tampouco sabemos a data em que a povoação se constituiu em concelho, que de resto já existia, como vimos, em princípios do segundo quartel de quinhentos, apesar da sua notória pequenez, quer territorial, quer demográfica. De área no seu termo, um quarto de légua em redor e apenas 21 vizinhos!
Duarte Nunes de Leão faz menção deste concelho, em 1610, como pertencente à Correição da Guarda e, segundo as «Memórias Paroquiais», em 1724 tinha 53 fogos com 170 almas.
Este pequeníssimo concelho foi suprimido com a reforma administrativa de Manuel da Silva Passos, em 1836.
* * *
É singela a velha picota de Casal do Monte, monumento de vincada rusticidade, talhado em granito cinzento de grão grosso, a pedra nativa da região. Possui três degraus octogonais de pedras mal unidas, altos e lisos, aproximadamente da mesma altura. Fuste liso de base quadrangular mal apontada, de secção octógona concordante com os degraus, com cerca de 3,5 metros de altura. Remate piramidal de oito faces de maior área na base, em relação ao fuste. Moldura inferior lisa retraída em guisa de capitel, que se alarga em varinha seguida de moldura curvilínea delimitada por um sulco.
O vértice da pirâmide do remate é cingido por anel de ferro bastante alto, variante ornamental ou acessório metálico simbólico que pela primeira vez encontramos nesta parte dum pelourinho. Na verdade, esta argola de ferro a modo de colarinho ou gargantilha, como que sugerindo o estrangulamento dos delinquentes, seria uma alusão ao carácter penal do monumento e lembraria a acção justiceira que o mesmo simboliza; para mais, colocada entre o corpo da picota – representando a jurisdição do concelho – e o pináculo afeiçoado em esfera armilar – emblema do poder real.
Esta mesma esfera armilar, sem dúvida peça constitutiva do primeiro monumento, permite-nos atribuir-lhe o reinado de D. Manuel I como época da sua construção.
A picota está fendida numa das faces do lado Norte.
Em frente, numa casa de pedra sem reboco, pobre pardieiro com uma só janela ao alto e porta de acesso para a loja onde se abre também uma pequena janela ao lado, como se vê na gravura, eram os Paços do Concelho, se tal nome se pode dar a tão acanhado casebre que de maneira edificante denuncia a pobreza e pequenez desta antiga célula municipal. No pavimento térreo, hoje utilizado como curral, se encarceravam os criminosos; servia, portanto, de Cadeia, enquanto que no andar superior se faria vereação, ou serviria de Tribunal, se é que não se empregaria para todas as funções da cousa pública, quer jurisdicionais, quer administrativas.
A pequena janela da Cadeia conserva ainda os ferrugentos varões de ferro do gradeado e nas paredes, de ambos os lados da mesma janela, vêem-se os orifícios onde, segundo nos informaram, estavam fixadas grossas argolas donde pendiam os grilhões com que se acorrentavam os prisioneiros.
Num outeiro próximo erguia-se a Forca, motivo por que o sítio conserva ainda esse nome.”
(in, Real, Mário Guedes (1953), “Pelourinho de Casal do Monte”, Beira Alta, vol. I e II, Viseu, pp. 272-277.)
Enviado por Filipe Saraiva
(Próxima freguesia: Sobral Pichorro)
31 janeiro 2008
0034 - Assembleia Geral de 26-01-2008
A Assembleia Geral aprovou o Relatório e Contas da Direcção e o Parecer do Conselho Fiscal referentes ao exercício de 2007, bem como o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2008, tendo deliberado manter os valores fixados para a jóia de admissão e quota anual dos associados (dez e vinte euros, respectivamente).
As actividades planeadas para o exercício de 2008 são as seguintes:
1 – Promover o crescimento do número de associados (tendo sido feito um repto para que cada associado procure conseguir a adesão de, pelo menos, mais um associado).
2 – Apoio a actividades relacionadas com a investigação, salvaguarda e promoção do património concelhio a realizar em 2008.
3 – Elaboração de uma exposição de fotografias antigas do concelho de Fornos de Algodres, a realizar no CIHAFA durante o 2º semestre.
4 – Elaboração do projecto para a conservação e restauro da Fraga da Pena e valorização da área envolvente, no sentido de a dotar de infra-estruturas para a realização de eventos culturais.
5 – Edição de uma colecção de postais alusivos ao património concelhio.
6 – Conclusão da construção da página da associação na internet.
7 – Participação em Visita ao Património Arqueológico da Beira Alta, a realizar em Abril.
8 – Edição da “Lenda da Fraga da Pena”.
9 – Realização de um segundo encontro “Patrimónios a Valorizar”.10 – Realização das “III Jornadas de Etnobotânica”.
Foi deliberado, por último, incumbir a Direcção de estabelecer contactos, tendo em vista a incorporação de alguns bens arqueológicos no acervo exposto no CIHAFA.
No sentido de dar cumprimento a este plano de actividades, a Direcção solicita aos associados o seu envolvimento nas mesmas. Para isso, pede-se a todos aqueles que estejam disponíveis para uma colaboração activa na organização de uma ou mais das actividades referidas nos pontos 3 a 6 e 9 a 10 o favor de comunicarem à Direcção essa disponibilidade até 15 de Fevereiro (informação a enviar para o mail terrasalgodres@sapo.pt), de modo a que sejam constituídos grupos de trabalho e se organize uma primeira reunião de trabalho no início de Março.
Faz-se ainda saber que estão a pagamento as quotas de 2008 (20 €) e que com a respectiva regularização os associados receberão um exemplar do livro “Dinâmicas locais de identidade: estruturação de um espaço de tradição local no 3º milénio AC (Fornos de Algodres, Guarda)” de António Carlos Valera, editado pela Câmara Municipal de Fornos de Algodres e Associação Terras de Algodres. As quotizações poderão ser regularizadas junto dos membros da Direcção ou da associada Fátima Reis no Centro de Interpretação Arqueológica (Tribunal), em Fornos de Algodres.
29 janeiro 2008
28 janeiro 2008
0032 - Ainda os mapas antigos
25 janeiro 2008
0031 - Patrimónios da Semana 11 (Muxagata)
23 janeiro 2008
0030 - Mapas antigos 1
Excerto do mapa de Portugal de João S. Carpiretti, de 1759-69. Este excerto mostra a região de Fornos de Algodres, mas apresenta algumas incongruências. Repare-se que entre Celorico e "Trancozo" aparece uma povoação designada por "Taboa", mais ou menos na zona onde deveria estar Fornos. Por outro lado, uma povoação designada por "Anfias" surge um pouco mais a norte, já associada ao vale do Távora. Será Infias deslocada. Reparem que o Carapito também está lá muito acima, assim como Penaverde, já junto a Marialva. E que "Taboa" será esta?
Apesar de estarmos já na segunda metade do século XVIII e a engenharia fazer maravilhas na reconstrução da Lisboa pós-terramoto, a cartografia do país continuava muito presa às representações mais antigas, de que darei exemplo nos posts seguintes.
21 janeiro 2008
0029 - Gravuras antigas
Revestem-se do maior interesse, por exemplo, as litografias retratando locais e personalidades do concelho. Se algumas são já bem conhecidas, outras estarão ainda por descobrir.
De entre as litografias já inventariadas, divulgamos hoje os retratos de três notáveis fornenses do séc. XIX, a partir de exemplares existentes no acervo da Biblioteca Nacional.
Um dos retratos mais difundidos de António Bernardo da Costa Cabral, 1º conde e 1º marquês de Tomar, foi executado por António Joaquim de Santa Bárbara para esta litografia de 1843:
19 janeiro 2008
0028 - Publicação
Esta edição, inclui um artigo de Maria Isabel Dias, António Carlos Valera e Maria Isabel Prudêncio, intitulado “Evidência de metalurgia calcolítica na Beira Alta: o cadinho da Malhada (Fornos de Algodres)” (pp. 7-10).
O referido artigo dá conta dos resultados preliminares da análise efectuada a um fragmento de cadinho com restos de metal e escória no seu interior, recolhido no sítio arqueológico da Malhada (sito na Mata, freg. de Sobral Pichorro, conc. de Fornos de Algodres), achado que constitui a primeira evidência da prática da metalurgia do cobre na Beira Alta, durante o 3º. milénio AC. A análise realizada teve em vista a caracterização textual e química da peça, apontando as conclusões preliminares agora divulgadas no sentido de que “... o cadinho em causa foi utilizado num processo metalúrgico de fundição do cobre, dando mostras de que se pretendeu atingir níveis elevados de pureza deste metal.”.
Os trabalhos realizados no sítio arqueológico da Malhada estão publicados em VALERA, 2007.
18 janeiro 2008
0027 - Patrimónios da Semana 10 (Matança)
Verdadeiro icon da freguesia da Matança (e do próprio concelho de Fornos) a Anta da Matança (Casa da Orca das Corgas de Matança) é um monumento megalítico classificado, composto por uma câmara funerária simples. Da mamoa (montículo de terra e pedra que cobriria na íntegra esta estrutura pétrea) já praticamente nada existe, devido à agricultura dos últimos séculos. O monumento foi intervencionado no final do século XIX a mando de Leite de Vasconcelos e restaurado no final da década de oitenta do século XX. O "chapéu" (laje de cobertura) foi restaurado em 2005, pois apresentava uma fissura progressiva que ameaçava a ruína do monumento.
Foi construído durante o Neolítico (4º milénio a.C.) e reutilizado durante o Calcolitico (3º milénio a.C.). Desta última reutilização foi recuperado, nas escavações arqueológicas de 1988, um pequeno ídolo genericamente antropomórfico feito em azeviche (na imagem), o qual se encontra exposto no CIHAFA. Trata-se de uma peça de tradição meridional, com paralelos no Sul da Península Ibérica, revelando contactos da região com outras áreas peninsulares à cerca de 5000 anos (e que peças registadas no Castro de Santiago, Malhada e Fraga da Pena também demonstram).
(Próxima freguesia: Muxagata)
16 janeiro 2008
0026 - Convocatória
Dois – Deliberação sobre o Plano de Actividades e o Orçamento propostos pela Direcção para o exercício de 2008.
Três - Fixação do valor das jóias e quotas a vigorar em 2008.
Quatro - Deliberação sobre outros assuntos de interesse para a associação.
Não estando presentes, à hora acima indicada, metade dos associados efectivos, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, meia hora mais tarde - pelas 14:30 horas - no mesmo local e com a mesma Ordem de Trabalhos, podendo funcionar e deliberar validamente, independentemente do número de associados efectivos que se encontrem presentes, nos termos do disposto no nº. 2 do artº. 24º. do Regulamento Interno.
Os associados poderão fazer-se representar por outro associado efectivo no pleno gozo dos seus direitos, provando-se a representação por carta assinada, endereçada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a qual deverá identificar o representado, o representante e o acto a que a representação se refere (nº. 6 do artº. 24º. do Regulamento Interno).
Fornos de Algodres, 16 de Janeiro de 2008.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
(Nuno Mariano Agostinho Soares)
14 janeiro 2008
0025 - Maceira há tempos atrás
12 janeiro 2008
0024 - 1ª Exposição de Arqueologia
11 janeiro 2008
0023 - Patrimónios da Semana 09 (Maceira)
Quinta das Rosas, na povoação de Maceira. Trata-se de uma propriedade onde, numa parcela, existe um bosque de pinheiros, castanheiros e carvalhos entre um aglomerado de penedos que, naturalmente, delimitam espaços e formam abrigos. Trata-se de uma imagem florestal que evoca o que teria sido a tradicional floresta regional em tempos idos, nomeadamente na Pré-História. Curiosamente, o local, mantendo esta flora tradicional densa e húmida, é um sítio pré-histórico de grande importância, onde foram identificadas ocupações humanas do início do Neolítico (cerca de 7000 anos), do final do Calcolítico (cerca de 4000 anos - contemporâneas da Fraga da Pena) e do final da Idade do Bronze (cerca de 3000 anos). O sítio já foi sujeito a várias sondagens arqueológicas, realizadas entre 2003 e 2006. A imagem mostra um abrigo natural, no interior do qual se registaram vestígios das ocupações pré e proto históricas.
Mais um "lugar" de penedos: naturalmente belo, culturalmente rico.
(Próxima freguesia: Matança)
0022 - Fotografias
10 janeiro 2008
0021 - Penedo do Bácoro
Conta a lenda que há muito, muito tempo, no sítio dos Linheiros de Baixo, em Fornos de Algodres, vivia um homem muito rico. Algumas pessoas diziam que tinha tanto dinheiro que chegava a acender a lareira com ele.
Com o passar do tempo a riqueza desse homem depressa se esgotou, e ele acabou por ficar completamente sozinho, na maior miséria.
Votado ao abandono, sem ter a quem recorrer, o homem fechou-se em casa destruindo tudo o que tinha, incluindo a própria casa, donde foi retirando pedaços de madeira que queimava para se aquecer.
Às vezes viam-no a procurar comida no lixo, carregando consigo toda a porcaria que encontrava e que ia acumulando dentro de casa, ou daquilo que dela restava.
Outras vezes, viam-no a descansar debaixo de um penedo rodeado de lixo, onde um dia o encontraram, já morto, em absoluto abandono.
Este penedo, situado no sítio da Batoqueira, ainda hoje é conhecido como o “penedo do bácoro” por ter a forma de um porco. Tal semelhança pode ser confirmada observando-o atentamente ao passarmos na A25, muito próximo do nó de ligação a Fornos de Algodres.
Ainda que a lenda pouco tenha de interessante, o mesmo não poderá dizer-se do “Penedo do Bácoro”, que em 2003/2004 aquando da construção da A25, conseguiu afirmar-se como “um símbolo de grande importância para todos nós”, tendo acalentado acesos debates na opinião pública e nos órgãos do poder político local que, a todo o custo quiseram (e conseguiram) evitar a sua destruição. De tal forma que a Luso Scut não teve outro remédio a não ser desviar ligeiramente o traçado inicial, mantendo intacto “o animal”.
Para muitos, não passa de um penedo (umas vezes porco, outras vezes ovelha) que parece querer rebolar-se no asfalto da A25…no entanto, o seu “poder simbólico” sobre a população local (em particular, a responsável por “abaixo-assinados”) não deixa de ser curioso!!
Gostava que os entendidos falassem sobre o assunto!
Rosa Costa