Pergunto a vocês: Quem não gosta de se divertir?
Respondo que os depressivos e os compulsivos por trabalho, hahaha, talvez não os depressivos pelo fato deles não escolherem não se divertir, mas pelo fato deles não terem energia para poder se divertir. Mas eu digo, viver é bom quando pode se divertir, sem isso não vale à pena. Eu sempre procuro associar as minhas atividades, trabalho, estudo, relacionamento com a diversão.
Muita gente fica espantada pelo fato de eu escrever tanto. Inicialmente a proposta do meu blog era escrever diariamente, no começo até dava para escrever por que eu havia saído de um emprego e estava esperando ser chamado por outro, nesse período de quase um mês deu para fazer isso, e além do mais eu me sentia na “obrigação” e me divertia excessivamente, além de ser muito catártico pois eu aliviava muito da minha angústia, porém quando eu falava que me divertia escrevendo para as pessoas que eu tinha contato na época elas ficavam espantadas, pelo fato de muitas pessoas acharem escrever uma atividade difícil e penosa.
Não tiro a razão das pessoas acharem que escrever é uma atividade chata, até porque na minha época um dos castigos que minha mãe e professoras de colégio faziam para mim, era escrever, sei lá, umas cem vezes a frase eu não devo fazer bagunça na sala de aula, ou eu não devo mentir para os meus pais ou eu não devo bater nas outras crianças, coisas do gênero, e com esse tipo de punição fica fácil associar o fato de escrever como algo chato. Além do que escrever para se ter o sentido que queremos que o outro entenda é muito mais trabalhoso do que falar. São muitas regras, regras de pontuação, acentuação, concordância verbal, nominal, sintaxe e ortografia, além das regras para se ter um texto coeso.
Isso me faz lembrar de dois momentos em minha vida, o primeiro foi no começo da faculdade onde eu fiz uma prova de antropologia, era a primeira prova do semestre e nessa prova nada mais era do que uma dissertação, a minha nota foi a mais baixa da sala, eu só não tirei zero, por que consegui escrever o meu nome correto e a identificação da turma e disciplina, hahaha, essa parte aí é brincadeira, mas a prova foi um desastre e de lá para cá eu procurei escrever mais e melhorar esse outro meio de me expressar.
O segundo momento foi durante a faculdade acredito que no semestre seguinte a esse, onde eu me correspondia com uma amiga muito querida através de cartas, ela morava no Japão, e quase que diariamente eu escrevia para ela, sobre coisas do meu dia-a-dia, coisas que eu sentia. Eram cartas muito extensas, afinal para as minhas cartas chegarem lá levava cerca de 15 dias, e eu mandava umas 2 ou 3 cartas por semana, foi uma atividade muito divertida, pois parte dessa conversa por cartas era quase que simulando uma conversa informal, e isso me instigava, ficamos nos correspondendo por quase 2 anos, aí os intervalos foram aumentando até que alguns anos atrás eu mandei uma carta para ela, não sei se ela recebeu por que nunca mais obtive resposta dela, nem sei se ela mora no mesmo endereço, ela se muda tanto, enfim, faz parte da vida, hahahaha.
Mas a diversão me fez mudar a minha perspectiva em relação a escrita, sei que não sou nenhum Luís Fernando Veríssimo, Pedro Bial ou Mario Quintana para escrever como eles, mas com muito esforço acredito que chegarei lá.
O importante é que seja uma atividade divertida.
E agora eu pergunto: Quem é que gosta de se divertir?
Eu, essa é a minha resposta.
E isso me faz pensar em outra situação que me ocorreu há alguns dias, aqui na minha cidade, Maceió, no mês de abril, a cantora Claudia Leite virá se apresentar, eu irei ao show dela, a não ser que aconteça algo que impeça. Vocês devem estar pensando o que tem demais eu ir a um show da Cláudia Leite, na verdade vocês estão certos, não tem nada de extraordinário em ir a um show de uma grande cantora, o fato é que eu não gosto do estilo de música que ela canta, não gosto nem um pouco de axé, entretanto, minha esposa gosta, e eu pensei, posso não gostar do estilo de música, mas penso que indo lá haverá uma grande possibilidade de eu me divertir.
É preciso estabelecer alguns parâmetros em nossas vidas, mas esses parâmetros precisam ser flexíveis a mudanças, posso não saber a letras das músicas dela, mas com certeza eu irei me divertir muito, é preciso abrir a mente para nos divertir e nos despirmos da maioria dos nossos paradigmas.
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