É comum ouvir as pessoas
criticando as redes sociais e as relações advindas destas.
Os perigos do mundo virtual começam na fragilidade das relações reais. Claro que ninguém está livre deles, mas alguns apresentam maneiras especiais de lidar com as mais diversas situações.
Pessoas são diferentes e encaram os fatos de acordo com suas crenças e visão de mundo.Se existe o problema, existe possíveis soluções.
Depois de experiências pessoal e pesquisas sobre como as pessoas se comportam dentro e
fora do mundo virtual, percebi que nada ocorre de extraordinário. Afinal, desde
sempre as pessoas criaram meios de comunicação (carta,telefone, rádio,
classificados,etc.) e meios de fuga da realidade, para fugir das consequências
de suas escolhas (livros, filmes, teatro, música, dança,etc.).
As cartas favoreciam
intimidade, em muitas os textos eram de fazer perder o fôlego. Com o telefone não
foi diferente, permite troca de carícias ao pé do ouvido e nem sempre é o
marido ou a esposa quem compartilha destes momentos picantes.
O casal não trai somente ao
manter relações extraconjugais, sejam casuais ou estáveis. Também há traição em não
respeitar os desejos e sonhos do outro. Quando falta companheirismo e
cumplicidade surge os perigos da relação. Porque nem sempre somente amar basta.
No entanto, quando surgiu o mundo
virtual as pessoas passaram a culpá-lo de tudo: inclusive daquilo que já
existia antes dele existir.
Foi o que ficou compreendido ao conversar nos
bate-papos com homens e mulheres (do Brasil e do mundo) em algumas das muitas
redes disponíveis na web.
Ninguém me contou que um
casal se separou por causa de uma revista pornô, mangás, revistas em
quadrinhos... Mas, por causa de um celular, ou melhor: por causa das mensagens
de textos sim.
Pois o telefone é pessoal,
por mais que seja de uso comercial; receber uma mensagem fora de hora e com
alto teor de intimidade, compromete! É o
mesmo que chamar o outro de burro, de boca fechada.
As pessoas diziam que na
internet é mais fácil fugir da solidão e o anonimato permite que sejam outras
pessoas, a segurança é fundamental. Em um clique voltam para a vida real, para os problemas e
para a vida sem graça que têm, na maioria dos casos.
Nas redes se permitem a
algumas aventuras, uma vez que não acreditam que a relação extrapole as
barreiras físicas e virtuais e passem a ser real. Não conhecem mesmo quem tá do outro
lado, sem considerar que também não conhece quem dorme do seu lado nem as
pessoas de seu convívio.
Isso é o mesmo que um
casinho real, antes da internet, que começou meio sem querer e não passou disso.
Embora, houve o perigo de envolvimento emocional mais profundo e a brincadeira
poderia deixar de ser divertida ,com consequências devastadoras(!).
Tudo é possível quando se
tratar de pessoas e de sentimentos. A internet é um instrumento facilitador de muitos caminhos: trabalho, estudos, diversão, etc. Se ela permite contato entre pessoas é
comum que haja algum tipo de relação entre
elas. Verdadeira ou não.Baseada em diversos interesses, como na vida real.
Por esta razão é importante
rever conceitos e procurar entender o que motiva o sujeito a buscar companhia (amigos)
ou sexo virtual. Pois, na vida há mudanças e precisa-se acompanhá-las.
Ela ( a web) veio para mostrar outros caminhos, como na vida real há caminhos que levam a lugar nenhum e outros que causam mudanças positivas ou não.
Rever os motivos
que leva o indivíduo a assumir compromisso com seu par. Se casou por interesse
financeiro, para dá satisfação à sociedade, ou simplesmente para sair da casa
dos pais/familiares.
O que causa a sensação de
frustação no sujeito?
Por que precisa viver
preocupando-se com a opinião alheia?
Atualmente a internet é a
maior vilã nos desfechos negativos das relações mal sucedidas, antes eram as novelas (televisão) quem destruía os
casamentos e a família.
Pessoas seguras correm menos
risco de cair nas tentações oferecidas pela vida dentro e fora das redes.
Porque se isso acontecer estarão dispostas
a viver as consequências.
Já os maliciosos apontam os
outros para que ninguém preste atenção no que fazem. O que não percebem é que
isso não funciona. Alguém sempre ver e as pessoas comentam com outras pessoas
que passam a mensagem/informação adiante. Sempre
foi desse jeito.
As pessoas ainda não aceitam que nada se faz escondido, seja nas redes ou fora delas. É preciso assumir fatos e atitudes, ao menos para si mesmo; ser responsável pelas escolhelhas feitas. Isso evita arrumar culpados pelo que não deu certo ou pelo que lhe causa vergonha.
O perigo reside na internet ou nas intenções de quem faz uso dela?
....Frag-men-tos....Meus....