Tempo rubro...
Espero pelo silêncio
Que se faz em madrugada
Nos ecos de passo a passo.
Lá fora uma manhã de data errada
Fala-me de corpo e cansaço
Que tropeça na esquina do tempo.
Esse tempo que não sei parar
Pele de cidade refugiada
Sonho que caminha inocente
Por seara de cor partilhada
Nasce de silêncio a semente
Em tempo de colheita inesperada.
Espanta-se o silêncio a centro
Em palavra ainda não inventada
E o trigo de cor madura
Pelo Sol de uva vindimada
Traz-me cerejas de ternura
Que tropeça na esquina do tempo.
Su@vissima