Quando não é sim...
Não, não comas a minha boca!
Deixa-me saciar primeiro...
Esta fome que me engole o corpo
Quando os teus lábios me gritam louca.
Não, não me comas a boca
Faz-me falta assim inteira...
Para te vestir a pele, de fruta
Pintá-la em tons de cerejeira...
E abraçar-lhe os ramos de árvore
Fecundando, pétala a pétala
A flor que o teu olhar cheira.
Não, não me comas a boca
faz-me falta assim inteira...
Não, não me bebas a sede.
Menti, quando disse ser pouca!
Bailo o corpo, feita cigana pela feira
E rezo-te a sina, nas pedras da rua
Que percorro de gemidos rouca
Sequiosa de um feitiço de Amor.
(Deito-me assim, em teus lábios, nua)
Su@vissima
3 comentários:
Bravo bravo bravo.
Mil vezes bravo.
Leva-me tudo, as palavras, o pensamento a roupa, o corpo, mas deixa-me a boca para que possa dizer-te uma vez mais, bravo!
Bjos daqui
Eugénio Pierrot
Belo!
A sensualidade feitas palavras de poema.
Um abraço
Um Poema
Não só os lábios. Os carnais lábios da alma!
abssinto
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