Mais uma "pérola" da minha gargantilha de poesia....de Pablo Neruda... "Mulher"
Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e
dois corpos por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos ténues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo nocturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.
3 comentários:
Esse deve fazer parte dos poemas eróticos do Neruda. Tenho de re-visitar! beijos!
Olá Su
sempre que te leio me perco aqui no teu cantinho,que é divino
:))))))))
beijoooooooooooo
Amar são palavras revoltas
De partituras encantadas e soltas
Folhas separadas pela imaginação
E pedras esculpidas pelo coração.
Amar é perder sem esquecer
É perdoar sem magoar
É possuir sem tolher
É precisar sem esgotar
É desejar sem obcecar
É aguardar sem desesperar
É dar sem pedir e receber sem esperar.
Este é um excerto de um poema meu publicado no Pierrot e que versa esta temática.
Neste caso concreto, acrescentaria a componente carnal do "amar", o tal fogo genital de que fala Neruda.
Bonita escolha, como sempre.
Bjos
Eugénio Rodrigues
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