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Monday, 7 September 2009

I think I'm paranoid

Eu tenho vários motivos pra me considerar feliz, estável, no caminho certo, em sintonia com o meu "eu interior", mas como eu acredito que tudo relacionado a mim é bem contraditório, eu passo os dias reclamando da minha vida ao invés de elogiá-la por suportar toda essa minha ingratidão.
Eu não sei se tem a ver com os problemas que eu considero maiores do que eu ou com a minha falta de vontade de mudar drasticamente o que me incomoda, mas toda vez que eu penso em ter que acordar no dia seguinte, já me dá uma vontade absurda de estar com meus sessenta e pouco à beira da morte. Doenças psicossomáticas, pensamentos pessimistas, uma preguiça enorme de viver a próxima hora. Às vezes eu acho que se eu descrevesse a minha vida em forma de novela mexicana, não iria soar tão desgastante quanto eu faço parecer.

Saturday, 8 August 2009

Tic-tac, tic-tac

A ansiedade é uma coisa que me consome. Literalmente, fisicamente, psicologicamente, emocionalmente e de todos os outros mentes que existem por aí. De acordo comigo e com as pessoas à minha volta, a minha ansiedade desencadeia pseudo-depressões-sem-motivo, doenças psicosomáticas, e talvez essa irritação absurda que eu não consigo controlar. Ela pode ter a ver também com a minha autoconfiança e auto-estima sempre abaixo de zero, e o fato de eu sempre achar que não tenho controle sobre a minha vida. A ansiedade me faz fazer planos pra saber qual é a próxima etapa, e me faz achar que se eu não tiver uma lista eu vou ficar perdida entre as coisas que eu acho que eu tenho que fazer e as coisas que eu realmente tenho que fazer. Agora, eu tô ansiosa pra terminar de escrever, tô ansiosa pra chegar semana que vem, tô ansiosa pro fim do ano. Nesse exato momento, eu tô ansiosa pra terminar de viver. E se me disserem que eu vou ter outra vida depois dessa. Meu Deus, aí eu vou morrer antes mesmo de começar.

Friday, 17 July 2009

Jenny Schecter

"Eu, Jennifer Diane Schecter, mais conhecida como JDS, mais conhecida como Jenny Schecter, mais conhecida como Jen, mais conhecida como Sarah Scheuster, não estou muito certa de quem eu sou, pois existem várias de mim. Elas flutuam sobre mim como fantasmas. E escapolhem para cometer atos pelos quais eu posso ou não ser responsável."

Tem momentos em que eu me acho bipolar, tem momentos em que eu sou tão bipolar a ponto de achar que a bipolaridade não existe, tem momentos em que eu me acho um pouco confusa, tem momentos em que eu não sou nenhuma das respostas anteriores.
Complexa, complicada, às vezes auto-destrutiva, egoísta que pensa em pensar em alguém, momentaneamente talentosa, não que isso vá influenciar em algo.
O que eu ganhei sendo Jennifer Schecter foi mais do que uma morte não resolvida no último capítulo da temporada, foi mais do que um showmance que acabou mal com um filme não feito, foi mais do que uma carreira arruinada por uma chantagem barata. Com ela eu ganhei novos ares, novos Eu's pra descarregar a raiva, novas vidas pra viver e livros pra publicar. Não ganhei experiência, mas ganhei força, o que eu considero indiscutivelmente mais importante. E se no mundo todo eu escolhesse alguém pra ser, eu não pensaria duas vezes. Talvez até pensasse, mas seria sobre qual jeito é o melhor Jenny de ser.

Sunday, 17 May 2009

Is my heart ruling my mind

A escola ensina que o coração é um músculo involuntário. E durante um certo tempo, eu não entendia muito bem o significado disso tudo. Ele funciona independente da nossa vontade, claro. Mas eu achava que podia conseguir fazê-lo parar de bater.
Com o tempo, eu esqueci dessas idéias loucas de criança. Até que me apareceu alguém. E então, eu tive momentos de tirar o fôlego, experimentei sensações em que meus batimentos chegaram a mil, conheci um sorriso que fez o meu coração bater tão forte que eu nem conseguia ouvir meus pensamentos. E aí sim entendi o que a "involuntariedade" queria dizer.
A gente aprende a falar, pensar, escrever e tomar nossas próprias decisões. Mas tem certas coisas que a escola também deveria ensinar. Como quando a gente se apaixona. E então, perde o controle de tudo.

Friday, 15 May 2009

Entre cores e linhas

Reza a lenda que em um tempo não muito distante, existia uma heroína chamada Mudança. Uma coisa que só ela sabia, era que quando as pessoas paravam de acreditar, os heróis paravam de existir. Sabendo que já não podia dar conta da esperança de todos e temendo o caminho que o mundo poderia seguir, ela decidiu dividi-lo em duas cores. Então, mandou que chamasse o seu casal de filhos, a quem daria a cada um deles uma cor. A Vontade – predominante, estimulante e decidida - cuidaria de todo o cinza. E o Comodismo - forte, inteligente e muito ágil – cuidaria de todo o verde. Dali em diante, cabia a eles determinar o que o mundo iria se tornar.
Após muito tempo vendo apenas verde e cinza, ambos já estavam cansados de conhecer apenas o seu próprio lado de ser. Todas as noites, a Vontade desejava ver o verde, e o Comodismo, desejava ter o cinza. Sabendo que não poderiam decepcionar sua mãe e deixar que as cores se descontrolassem, o casal de irmãos resolveu apostar: o primeiro que conseguisse a maior parte do mundo com sua cor, poderia ter a do outro. E então, começou a corrida. O desejo de vencer era tanto que nenhum dos dois olhava mais para frente. Eles correram, pintaram, e não pararam até que colidiram. O choque foi tão forte que fez deles um corpo só. E assim surgiu Nós, que cuidaria do verde e do cinza, mantendo um equilíbrio para que o mundo nunca mudasse de cor.

Monday, 20 April 2009

The comeback

Eu não vou ser hipócrita e dizer que eu não voltaria no tempo, mas acho que fico aliviada por não poder. Porque sabe como é, né? Não é todo dia que a gente tá em condições de saber o que faz da própria vida.

Wednesday, 25 March 2009

Tecnicamente, Parece Mentira

Eu tenho um Q tão grande de egoísmo e ignorância que em certas horas até sinto orgulho de mim. Na maioria das vezes eu tento evitar esse meu 'lado bom', afinal não é todo dia que se pode não estar nem aí para os sentimentos alheios e ainda ganhar crédito por isso.
Felizmente ou não, o meu Temporal Pós Mês-conturbado toca fielmente a campainha a cada vinte e oito ou trinta dias, trazendo consigo uma enorme nuvem de sentimentos, sensações, vontades e bombas mal desarmadas. É a estadia que eu tenho de folga pra não pensar em mais ninguém. Eu posso explodir, posso ignorar, posso comer o Willy Wonka e toda aquela fábrica de chocolates simples. Posso dizer o desaforo que eu quiser e afirmar que sim, o mundo gira unicamente ao meu redor.
Mesmo com toda a 'pós tensão', posso considerá-la um privilégio. É a TPM que me faz assumir o meu verdadeiro 'Eu'. E melhor ainda, eu nem sequer preciso me desculpar.

Tuesday, 10 March 2009

Hide and seek

Há muitas razões pra brincar de pique-esconde: a adrenalina, a sensação de estar em todo lugar, a esperança de que ninguém te encontre. Você sempre foi a melhor nisso, e conseguia distrair qualquer um que se atrevesse a iniciar uma contagem. Mas no meio da segunda rodada alguém te aparece, e você não pode rir, falar, e nem sequer perder a atenção no sorriso do outro, porque qualquer movimento em falso e alguém grita seu nome te fazendo ver que é hora de sair. Você finge que não é contigo, fica ali por mais um tempo e pensa no que dizer pra te esquecerem como primeira da lista.
Há muitas razões pra não brincar de pique-esconde. A principal delas é que uma vez que não se esconde bem, na próxima quem procura é você.