invenções criadas para o Espaço que acabaram no dia a dia
Do sinal de TV a canetas, passando por exames médicos e roupas de bombeiros. Se a conquista do Espaço e as pesquisas por ela geradas gastam montanhas de dinheiro, por outro lado proporcionam não apenas conhecimento sobre o cosmos, mas também inventos que utilizamos no dia a dia, seja para evitar tragédias ou para melhorar a imagem da televisão. Veja como algumas invenções criadas para serem usadas no Espaço, ou para estudá-lo, acabaram ajudando nossas vidas na Terra.
trajes de astronautas
Os trajes de astronautas, que resistem a grandes mudanças de temperaturas no Espaço, também tiveram aproveitamento na Terra. Nos anos 50, o cientista Carl Marvel criou a polibenzimidazole (PBI), fibra que seria usada pelos astronautas nos anos 60, 70 e 80. A fibra começou a ser usada nos trajes de bombeiros em 1978 e é usada até hoje para protegê-los do calor em casos de incêndios
Termômetro auricular
Para quem cuida de bebês, o termômetro auricular é um grande aliado. Em vez de mercúrio, ele usa lentes para detectar a energia infravermelha do ouvido. A tecnologia que levou ao seu desenvolvimento foi criada pelos astrônomos e agências espaciais para ser usada em telescópios. Hoje, esses equipamentos são capazes de registrar o nascimento de estrelas
Óculos de Sol
utilizadas nos capacetes dos astronautas para protegê-los das luzes do Sol também acabaram na Terra. Alguns óculos usam a mesma tecnologia para proteger nossos olhos. Criadas pela Nasa, essas lentes, segundo afirma a agência, podem bloquear praticamente todos os comprimentos de onda de luz que prejudicam nossos olhos e deixa passar os que nos permitem ver. Essas lentes alaranjadas são inspiradas nos olhos de águias, falcões e outras aves. Os cientistas descobriram que esses animais têm um fluido alaranjado na retina que protege contra a luz ultravioleta e a luz azul de onda curta - ambas podem causar catarata e degeneração da retina.
Ferramentas elétricas sem fio
A missão Apollo foi uma das grandes fontes de invenções durante a conquista espacial. A Nasa precisava de brocas sem fio para que os astronautas coletassem amostras do solo lunar. A agência então chamou a Black & Decker para fazer a pesquisa e desenvolver o material. A empresa aproveitou a tecnologia e hoje temos aspiradores de pó, furadeiras, parafusadeiras e outras ferramentas elétricas que não precisam de fio, só de bateria.
Capacetes de proteção
Os materiais desenvolvidos para as espaçonaves acabaram também na cabeça dos jogadores de futebol americano. Um tipo de espuma que equipa as naves ajuda a proteger a cabeça dos jogadores e, segundo a Nasa, absorve três vezes mais o impacto que os equipamentos que eram utilizados anteriormente. O mesmo material é usado em outros equipamentos, como poltronas de avião e cadeiras de roda, para que quem sente não se sinta desconfortável após algumas horas na mesma posição. Além da espuma, os capacetes têm na parte externa um plástico criado pela agência, muito leve e resistente. Esse plástico foi criado para proteger as espaçonaves de meteoroides (pequenos corpos fora da Terra - os grandes corpos são chamados de asteroides), mas hoje pode ser encontrado até em coletes à prova de bala
Pasta de dente comestível
Esse tipo de pasta de dente faz a alegria de muitas crianças e ajudava bastante as mães. Elas foram criadas para os astronautas usarem no Espaço, já que cuspir em gravidade zero não era uma boa ideia. A pasta foi criada em 1984 por Ira L. Shannon, do Hospital Virgínia, em Houston, que prestava consultoria ao Centro Espacial Johnson, da Nasa.
Antena de TV por satélite
O esforço para corrigir erros nos sinais que vinham de espaçonaves levou à criação de tecnologias que impedissem os ruídos (problemas nas imagens e sons durante as transmissões). Isso levou a outra invenção, a das antenas que melhoram a imagem de TVs nas nossas casas.
Exames médico por imagem
Para processar as imagens que vinham das espaçonaves, a Nasa desenvolveu tecnologias que melhorassem o que era visto. Essas tecnologias acabaram seno aproveitadas também em exames médicos. O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), por exemplo, criou técnicas para processar imagens da Lua que ajudaram no desenvolvimento da ressonância magnética. A melhora da tecnologia dos dispositivos de carga acoplada (CCDs, sensores que são usados, por exemplo, em câmeras fotográficas digitais para capturar a imagem) para o telescópio Hubble é usada nos exames de biópsia de tumores. O avanço foi tanto que a biópsia pode registrar detalhes mínimos que determinam se um tumor é benigno ou maligno.
fonte:terra