Muita gente quando pensa em fazer terapia acaba se perguntando:
- Como eu sei que preciso de terapia?
- Qual o melhor momento para começar?
- Eu preciso estar sentido alguma coisa especifica?
Talvez, fazendo um raciocínio contrário fique mais fácil saber se uma terapia irá ajudar ou não. Em primeiro lugar é importante ter a consciência de que terapia não é "coisa pra maluco". O preconceito pode ser nosso maior inimigo. Ele pode limitar nossa visão sobre o mundo. Então, quando pensar em terapia, é fundamental deixar a mente aberta para ver além dos mitos sobre ela.
Saber os benefícios que uma terapia pode trazer, também é fundamental. Só assim você pode identificar se é isso mesmo o que você busca. Por isso, é extremamente importante pesquisar a respeito. Como por exemplo, pesquisar, através de alguém de confiança, um bom profissional.
Procurar identificar as diferenças entre os psi's pode ajudar a clarear as idéias. Assim fica mais fácil de reconhecer aquele profissional que você busca e qual deles você se identifica mais.
Buscando conhecer mais sobre os benefícios de uma psicoterapia fica mais fácil de identificar se isso será valido ou não. Estar interessado e interado sobre o assunto pode fazer bastante diferença.
Tem muita gente que procura um psicólogo porque o amigo ou alguém acha que ele precisa. Antes de qualquer coisa, quem tem que estar afim é a pessoa em si. Buscar porque os outros acham que você precisa pode não ter efeito desejado. Em uma terapia é preciso dedicação, comprometimento e responsabilidade. Por isso é preciso querer isso pra si.
Muita gente tem aquela idéia de que a terapia é uma sala com um divã, onde o cliente fica sentado olhando pra parede e que o terapeuta fica sentado em uma cadeira apenas ouvindo. Acham que vão falar milhões de coisas sobre suas vidas e quando esperar um retorno, vão ouvir apenas um "aham".
Nem todas as terapias são assim. Esse quadro clássico, que a maioria das pessoas tem em mente, é baseado na psicanálise. Os psicanalistas interferem pouco na fala do cliente, é a linha baseada diretamente nas teorias freudianas. A psicanálise tem suas ramificações, baseada em teóricos como de Jung e Lacan. Muita gente gosta desse tipo de terapia, mas outras pessoas preferem a troca.
Nas psicoterapias é mais comum encontrar essas trocas. O psicólogo fala mais, devolve a fala do cliente e, juntos, vão construído a terapia. Nessas psicoterapias, o psicólogo fala tanto quanto o cliente. Isso não quer dizer que o psicólogo só irá falar para fazer perguntas. Há uma interação importante entre terapeuta e cliente, envolvendo a fala de ambos.
O fato de um psicoterapeuta falar mais que um psicanalista não quer dizer que um seja melhor que o outro. É apenas uma questão de adaptação. Tem gente que prefere um do que o outro.
Chegar a um consultório e se sentir pressionado a falar sobre coisas pessoais para alguém que você nunca viu na vida, pode ser extremamente desconfortável. Então, como é que se começa uma terapia?
Uma questão fundamental dentro dela é a confiança, e como em qualquer relação, ela é conquistada aos poucos. Assim, naturalmente, o cliente vai se sentindo cada vez mais a vontade para falar de si. Aos poucos o psicólogo vai deixando de ser aquela figura desconhecida para ir se tornando alguém mais significativo.
Na nossa vida, é comum termos mais identificação com algumas pessoas do que outras. Em geral é com elas que nos sentimos mais confortáveis para nos abrir. No processo terapêutico não é diferente. Algumas pessoas sentem mais empatia com um determinado terapeuta do que com outro. Por isso é importante a questão da empatia. É fundamental se sentir bem com a pessoa que irá fazer o atendimento. Quanto mais confortável nos sentirmos, mais fácil será o desenvolvimento da confiança.
O primeiro contato com um terapeuta geralmente se dá pela primeira entrevista. Esse é um momento importante não só para esclarecer suas dúvidas sobre sua forma de trabalho, como também para perceber como você irá se sentir diante dele. É a oportunidade para verificar se aquilo que o psicólogo apresenta está de acordo com o que você quer.
Nessa primeira entrevista o cliente não é obrigado a firmar um compromisso. Ele tem toda liberdade para não gostar do que foi apresentado, buscar outras formas de trabalho ou simplesmente ter um tempo pra pensar.
Algumas pessoas podem ficar inseguras para o primeiro contato. É comum ficarem se questionando sobre o que vão falar, o que o psicóloga vai pensar delas ou com medo do que ele vai perguntar. O cliente não é obrigado a falar de nada que ele não queira e tem toda liberdade para colocar o seu limite. Esse primeiro contato é muito mais um momento de conhecimento entre as duas partes. Falando de uma forma mais sintética: é onde acontece às apresentações.
Se ainda existem dúvidas sobre fazer terapia ou não, a primeira entrevista pode ser importante para a decisão. Não é preciso ficar inseguro diante dela, o psicólogo é treinado para lidar com a situação. Tendo em mente que, mesmo fazendo um primeiro contato o cliente não precisa se comprometer logo de cara, a pressão de ter que fazer a terapia diminui. Assim, esse primeiro momento se torna apenas um dado adicional para uma boa escolha.