terça-feira, 29 de dezembro de 2015

"O que escreveste hoje no blogue?"

Perguntou ele ontem à noite.
Bola, disse eu.
Então por quê? Por que já não escreves? É porque estás muito feliz?


É porque não me apetece maçar-vos com as minhas costas de 30 que parecem de 70. 
Com o meu dedo chacinado pelo x-acto, roxo, inchado que ainda dói, dois meses depois. 
Com o meu rabo que dói mais à esquerda que à direita, porque como começo pela direita, quando estou a fazer a esquerda já sei o que me espera e como gerir o dobra, empurra, insiste, lá em cima até ao fim.
Com ele, que agora está armado em Chef. Pior é que é de sobremesas e eu sou mais de salgados. Aguardo o arroz de marisco.
Com ele, que não vos interessa, mas quem vai aos Muse, quem é?!?! Quem deu, quem deu?
Com o Sheldon. Amigos, últimas noites nas últimas daquilo. Vou virar geek.
Com o meu centro de saúde. Nunca tive uma consulta tão rápida. A médica nem deve ter visto a cor dos meus olhos.
Com o trabalho. E as férias. E folgas. Belo Dezembro. Sabe tão bem não ter horários.
Com os livros. Esqueçam. Perdi o embalo. Tenho os Tronos no mesmo sítio há um mês.
Com o ginásio. Ansiosa por dar porrada.
Com o Natal. Luzinhas, chegar a casa às 3 e ainda ter "surpresas de cama".
Com os raios-x (morro da cura), os exames pré-operatórios e com a consulta de revisão dos órgãos sexuais.
Com os jantares de Natal, de Ano Novo, do karaoke, do vinho, do gin
Com o cão que queremos. Alguém com pequeninos para ofertar?



Enfim, a vida continua.
Eu é que já não tenho motivação para isto.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O meu corpo está aqui...

...a minha mente continua debaixo da água quente de hoje do ginásio, de molho, em modo parada do cérebro.


Andava com esta fisgada desde ontem. Queria voltar ao ginásio depois de duas semanas de paragem. E queria ir à minha aula favorita. Marquei de madrugada. Acordei de madrugada. Digamos que não sou só eu a dormir à patrão. Acordei às 7h15, quando o telemóvel do homem tocou. E às 7h24. E às 7h33. E levantei-me. E tenho uma mente muito activa. Mil vezes que me acontece remoer qualquer coisa durante a noite. Era o ir ao ginásio de manhã. Voltei para a cama. Palmadinhas ao homem, Levanta-te e desliga esse despertador. E voltar a adormecer? 30 minutos a olhar para o telemóvel e lá consegui. Estava bem adormecida quando o meu despertador tocou. E o dele, outra vez, ao mesmo tempo. Fiquei três minutos na cama a pensar Não vou, não vou, não quero, Tenho que ir, Quero cama, Pagar uma renda mensal e não vou? A minha aula favorita? Com um PT que efectivamente percebe daquilo? Levantei-me, equipei-me, comi. Nada de leites ou iogurtes que ia haver saltos e pontapés. Fui.


Fui. Fiz. Pensei que morria. De manhã, só com um boião de manteiga de amendoim no bucho. E um pacote de claras. E whey. E na veia! Saí da aula para o balneário em modo zombie atrás das outras. Fui ao banho e fiquei-me ali. Continuo ali. Não sou moça de ginásio de manhã. É uma pena. Mas não sou. Pelo menos em versão intensa. Amanhã tento as máquinas, sentadinha, sogadinha. Ou não, que vou jantar, leia-se enfardar, sushi e só saio de lá tarde.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cérebro na prateleira

Silly season é agora. Acabaram-se-me todas as séries que sigo. E não são nada poucas. Entre as que consumi online e as que fui vendo pela televisão, estou resumida a nenhuma.

Vai daí comecei a ver uma "nova" na televisão que parece já ter duas temporadas nas Américas. iZombie. Só mesmo na silly season. Mau mau mau.

Moços e moças, surpreendam-me!!

E entradas fáceis, rápidas e deliciosas para um jantar de Natal? Nada de folhados, patês, tâmaras com bacon, etc. Qualquer coisa que não perca o brilho se servido frio...


Aqui vos aguardo.
Grata pela atenção dispensada.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Abaixo o Natal

What?, perguntará quem me ler há algum tempo, depois de ler este título. Mas, sim, abaixo o Natal. Desde o ano passado que devo estar a ser habitada pelo Grinch, que falam-me em prendas, o que queres de prenda?, o que vais dar de prenda?, e eu começo a bufar e a hiperventilar.

Jantares de Natal?  Oh oh oh.
Ruas enfeitadas? Oh oh oh.
Árvore de Natal, bolo-rei, rabanadas? Oh oh oh.
Prendas? Badamerda.

Tirei esta semana para descanso sabendo que num dos dias tinha que ir abastecer o típico guarda-roupa-de-gaja-que-assim-que-o-abre-grita-Não-tenho-o-que-vestir!-apesar-de-ter-o-bastante-para-ocupar-2/3-da-arrumação-lá-de-casa. Esse dia foi hoje. Afastado do feriado, ainda sem férias de escola, sem promos em bilhetes de cinema, em pleno horário de trabalho. 

Gente. Pessoas. Humanos por todo o lado. Velhos, novos, ainda mais velhos, famílias inteiras. Não comprei prendas. Recuso-me. Oferecerei prendas às crianças mais próximas, talvez potes de doce de abóbora feitos em casa e a minha presença quando e se requisitada. Aos resistentes e resilientes, conselho de amiga, é fazer as compras de Natal em pleno Verão que está tudo na praia e as lojas estão vazias.

Cada vez gosto menos do Natal. E de pessoas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Repescado de 2011 e tão actual

Sentir que o espirro vem aí e não conseguir espirrar é quase tão mau quanto sentir um orgasmo a caminho e... puff... fez-se o chocapic!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Allo Allo - a peça

Eu sou uma pessoa seca, bacalhau seco mesmo, mas ali a meio dei por mim a pensar que me ia engasgar de tanto chorar a rir. Literalmente chorar.

Há ali um actor que personifica um italiano de quem não me lembro minimamente na série original que via religiosamente e que é absolutamente brilhante. Tirou-me gargalhadas que souberam a ouro. 

Aconselho. Sem pretensões de ser uma excelente peça de teatro, diverte.

Custa-me a indiferença, a solidão, a doença, a velhice.

Vi a senhora ao longe. Cabelo curto, ainda preto, de bengala. Toda encurvada, a olhar para baixo. Agarrada a um poste de um sinal de trânsito. Tentava descer um passeio junto a uma passadeira. Primeiro os carros paravam, achando que ela ia atravessar, depois fartavam-se de esperar e seguiam caminho. Nem um condutor saiu do carro para ajudar a mulher. Os tipos que descarregavam o camião estavam na sua vida. Os tipos que estavam ao pé da porta do café, do outro lado da estrada, junto à passadeira, lá estavam nas suas alarvidades. E a mulher continuava ali simplesmente a tentar descer um passeio, toda marreca, agarrada ao poste, de bengala na mão a tremer. Levantou a cabeça quando me aproximei. Já tinha meio pé na estrada, outro meio pé no passeio. O pé todo torto. Sapatinhos de velhota. Cheiro de velhota. Olhos quase cegos de velhota. Quando a ajudei a descer o passeio e a atravessar a estrada, achei que o mundo tinha parado. Toda aquela gente que ali estava, como eu, a ver a senhora em dificuldades, parou o que estava a fazer e ficou ali com cara de parvo a olhar. Devem ter visto um milagre. Uma senhora de Mercedes deu-nos tempo para atravessar. Ainda não tínhamos posto pés no outro passeio e ela já estava a passar atrás de nós. Os tipos do café continuavam nas alarvidades e os do camião nas suas descargas. Ainda estava com a senhora quando vi uma tipa vir na nossa direcção. Despedi-me mas ainda fui a tempo de ouvir Atão, quer lá ver que agora precisa de ajuda para atravessar a porra da estrada? Quando olhei para trás, já a mulher estava sozinha outra vez e nem sinal da conhecida.


#somostodosCharlie mas às vezes bastava ajudar quem está ali mesmo ao nosso lado.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Bater com a cabeça nos livros

Demorei uma semana. Aproveitei horas de almoço, minutos antes de entrar ao trabalho e viagens de metro. Usei o telemóvel como auxiliar de memória para fixar caras. Acabei o primeiro livro da Guerra dos Tronos, sem perceber que já lá estava a chegar. Faltavam tantas páginas para o fim do livro! 

Pois que há 18, DEZOITO, páginas a descrever a história das casas, o seu lema, o seu estandarte e as relações entre personagens.


Não sei se vá para casa estudar 33 páginas de Comunicação Interpessoal, se 18 de GoT.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

GoT

Há que ler muitas vezes o primeiro livro para conseguir rabiscar uma miserável árvore genealógica...

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Previsão de frio para o fim‑de‑semana

Alguém vai fazer a árvore de Natal. Agora só não sei se ao som de músicas natalícias, se ao som do último álbum de Muse...

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

The Hunger Games ou como não podiam ter escolhido slogan mais adequado

* * * alerta spoiler * * *


Era uma vez uma moça algo engraçada, contudo desenxabida, deslavada. Vida difícil, sofrida. Luta pela sobrevivência, luta pelos seus. Conhece dois gajos. Fica na dúvida. Depois de penar muito, vence os maus, escolhe o homem da sua vida e "viveram felizes para sempre".Toque da Disney. Apresento a história da Bella, do Edward e do Jacob. Sim, a vampirada. Sim, estava a ver a deslavada da Lawrence e os seus dois amores e senti-me literalmente a ver vampirada.

A história todos conhecem. De forma resumida e sem demasiada informação, não morrem todos no fim, morrem aqueles que se supunha irem morrer e mesmo quem morreu que inicialmente não se supunha que ia morrer, no momento em que morre, toda a gente sabe que sim, que era para morrer.

Como sempre, no Colombo, houve um intervalo. Da primeira parte, não posso dizer nada de especial. Setas, acção. Enfim, o que se esperava. Da segunda? Passei uma hora à espera do twist, que ela acordasse, que lhe dessem choques, que houvesse picada da abelha chorona ou vespa batedora, que aquilo fosse lustro. Merda. Mas não. Pelo menos na vampirada, surpreendes-te no fim. Pela positiva.

Quando as luzes acenderam, meia dúzia de marrecos bateram umas palminhas. A saber, a sala estava cheia. Cheia de a abarrotar. Cheia de os colaboradores do cinema andarem a pedir às pessoas para se deslocarem um lugar para caberem só mais duas pessoas juntas. Cheia. E só ouvi algumas palmas. Costumo ficar até ao fim dos créditos. Vim embora assim que acabou. 

A opinião generalizada???
Ninguém está preparado para AQUELE final.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

#todaqueimadinha - Não sou só eu

A minha parte do jantar estava pronta. Fui ao banho. Ficou ele, banhado e cheiroso, na cozinha. Bastou-me entrar na banheira para perceber que estava ali qualquer coisa errada. Eu tinha posto o desmaquilhante na parte de trás da banheira e agora ali estava ele, à frente. Olhei melhor. Como é que aquilo já estava a meio se só lhe dou duas bombadas e em dias que não vou ao ginásio no pós-laboral? Chamei o homem. Olha lá, tens estado a usar isto? Sim, gel de banho!
Gel de banho mai fino, com água termal.
Mas  parece que não faz muita espuma, diz ele.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Acordar de anedota ou anedota ao acordar

Abri o olho quando o homem se lançou na cama para me dar um beijo. O meu despertador ia tocar daí a pouco, com certeza. Fui ver as horas ao telemóvel. Vidas recarregadas das frutinhas e um email da Galp


(Pausa para acalmar os batimentos cardíacos)


Ora, eu tive uma "pequena" altercação com a Galp. Pelo "pequena" entenda-se N telefonemas, N emails, reclamação presencial no balcão, cartas para advogado, ERSE e DECO. Praticamente um ano da minha vida, da minha sanidade mental e da minha santa paciência nisto. Resolvido o contrato e as facturas associadas, ficou por resolver uma questão que ignorei, cabrões de merda, porque não quis chatear-me mais. Esqueci-os. 

Até hoje.

Pois que o email era uma nota de crédito. Menos mal. Daí não podem resultar chatices. Fui analisar. Acharam por bem creditar-me 5€ x 8 compensações por incumprimento de prazo de resposta. Passou um ano desde que tudo acabou. Um ano!!! 45€. A creditar em facturas posteriores. Num contrato já terminado. Sem consumos ou facturas ou débitos directos ou o que quer que seja.


O cúmulo da incompetência ou como mais valia estarem sogaditos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Manteiga de amendoim às colheradas

Tão bom quanto isto da mudança de governo para uma maioria de coligação não eleita pelo povinho.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Querido Novembro

Num momento morto, dei por mim a perder tempo a visualizar online todas as 60 páginas do folheto de Natal do Continente.

Querido Novembro, baza que eu quero Dezembro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O meu pior lado

O buraco do siso arrancado em fevereiro tem doído. Há para ali um pedaço de gengiva mais wild que gosta de levantar.
Tenho uma queimadura na mão que isto de ser fada do lar tem desvantagens.
Tenho um curativo à volta do anelar. Isto de uma pessoa trabalhar e se cortar com x-actos...
Tenho o buraquinho da pica anti-tetânica apanhada há uma hora.
Tenho um ouvido que faz nhoc nhoc há anos mas que nenhum otorrino valoriza.
Tenho uma auto-estrada deste lado do nariz mas que com o congestionamento, porque do outro lado não passa nada, está a ficar cheia de traumas.
Tenho um pé que se queixa há meses e mais intensamente depois das aulas de murros (AMO!), zumba, step e bicla. Mas que se queixa no geral, mesmo em repouso na cama.


Apresento-vos o meu lado esquerdo.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O que tem de ser tem demasiada força

Eu estava cheia de fome e cheia de vontade de ir esvaziar a bexiga. Comi as bolachas, ia direita à casa de banho. Mas então, juntando o útil ao agradável, pensei que havia uma caixa recém-chegada com consumíveis para guardar no armário da wc. Peguei no x-acto para cortar a fita-cola. Zás. Olhei para o dedo. Um pedação de pele no ar, sangue. Sangue bastante. Um colega a fazer-me uma pergunta e eu de dedo na boca. Fui finalmente à casa de banho mas para lavar o corte. Sangue, sangue, sangue, pele levantada. Dejà vu de uma utente com um lenho no queixo que só escorria vermelho. "Oh chefa, dás aqui um pulinho à casa de banho, por favor?" Não tenho anilha de junta, noiva ou casada mas tenho fitas a unir a pele, algodão e adesivo à volta do dedo todo. Sim, que consegui acertar bem na dobra. E sim, era um curativo branco, alvo, com aspecto estéril. Era. Vejo manchas vermelhas por toda a parte. Só me perguntam se já morri ou quando vou cair para o lado...

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ai os lagartos jogaram com o Super-Benfas?

Não sei de nada. Das 16h30 às 20h30 estive enclausurada na cozinha. Ora a arrumar o novo carrinho, ora a deitar fora coisas sem uso, ora a ver se havia roupa seca, ora a lavar louça para a voltar a usar.
Depois, claro, ele foram scones, bolo de cenoura e canela, quiche para o jantar e umas castanhas assadas... 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Provação

Sou a única tipa que perde a cabeça com as próprias malas, com asneiras interiores mas aos berros, porque tudo lhe vem à mão, mesmo aquele euro que se tinha a certeza de ter visto na carteira no minuto antes e que agora não está lá, menos aquilo que se quer???

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Isto não tem como correr bem

Por razões que não dependeram directamente de mim ou como sinto o nariz a crescer um tudo nada, não ponho o nalguedo no ginásio há... Mais ou menos... Mais dia, menos dia... mês e e meio!


Hoje é a semana de retornar em grande. Sendo que tenho vindo a queixar-me diariamente de dores lombares, que pretendo, em 4 dias, ter 4-5 aulas incluindo porrada, bicla e core, tenho a certezinha que ainda me vou queixar muito da brutalidade de esforço a que quero ser sujeita...


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Love mondays

Nada como acordar às 9h20 e ver no telemóvel mensagens recebidas às 3h da matina a confirmar que entrava às 9 no trabalho...

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Aquele momento...

Em que, acabadinha de ler um livro que devorei compulsivamente ao ponto de ouvir o homem dizer Ou o livro é muito bom ou já não gostas de mim, tu largas um Cuaaaraaalho interior e ficas fodida da vida porque tudo muda nas duas últimas páginas...

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Onde está o Wally?!?!

Não sei dos meus óculos. Saí para a rua sem eles. Distinguir as pessoas ao longe vai ser do bom e do bonito. 

Procurei. Por quase todo o lado. Revirei a cama, o pijama, vi na mesa de cabeceira, no chão ao pé da cama, na gaveta das cuecas, das meias, ao pé dos acessórios. Na wc, na pedra do lavatório, nas prateleiras ao lado, na bolsa da maquilhagem, no armário do lavatório. Procurei na mala. No sofá, no cobertor do sofá, nas costas do sofá, nas mesas de apoio, ao pé da tv, na mesa de refeições, no aparador da entrada. Vi em cima da máquina de lavar roupa, do exaustor, do fogão, do lavatório. Fui ao frigorífico!! Nada. Cheguei ao cúmulo de apalpar a gola, onde tenho o hábito de os pôr a descansar, e a cabeça.

Estive a pensar. Hei-de ver no meio da roupa para lavar, no microondas, no lixo. Ou os desgraçados ganham asas e voam?

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Continuamos com o #todaqueimadinha ou como as férias não resolveram

Segunda, final do primeiro dia de trabalho. Banho. 


Enquanto deixava a água purificar-me o corpinho, dei por mim a pensar que tinha que me desmaquilhar. O hábito de pôr betume perde-se em férias de praia. E a saber, uso gel desmaquilhante durante o banho, algures depois de aplicar o champô e enquanto este me deixa o cabelo brilhante e sedoso. Herbal Essences,  ui ai ui ai. Aproximo-me então do outro lado da banheira onde estão os  frascos dos produtos de higiene. Bora desmaquilhar. Esfrego a fronha, insisto nos olhos com eles fechados, deixo ficar. Pego no champô. Assim que pego nele, sensação gigante de dejà vu ao mesmo tempo que começo a sentir os olhos a arder e a perceber porquê.

Pois é, desmaquilhei-me com Herbal Essences. A minha cara ficou digna de um anúncio para cabelos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O regresso

...

...

...

O post escrito inicialmente era profundamente detalhado, descrevendo quase hora a hora do meu dia. Mas, resumidamente, limito-me a dizer que este meu regresso de férias pede mais férias para descansar das férias.

domingo, 4 de outubro de 2015

Chegar, ler e levar

A teardrop, do blog A single tear, desafiou-me e eu acho que este sítio precisa voltar à vida. Passem pelo desafio dela se a quiserem conhecer melhor.

Sou muito: Dona do meu nariz. Sonhadora. Observadora. Mimosa. Doida por cães. 

Não suporto: Mentiras. Papa-açordas. Desleixo. Sujidade. Desarrumação. Arrogância. Gente mimada. Pimentos. Dobrada.

Já me zanguei: Muitas vezes.

Quando era criança: Sonhava ser arqueóloga. Em determinada altura da infância, ia 2 vezes por mês à feira popular. Queria ter 14 anos para dar beijos na boca. Tive uma saia de roda que usei até romper.

Morro de medo de: Doenças incapacitantes.

Sempre gostei de: Ler. Séries. Namorar. Beijos na boca. Praia. Caracóis. Merendas mistas. Brincos compridos. Velas. Sol. Água.

Se eu pudesse: Leia-se, fosse rica, viajava a vida toda. Conhecer países, a sua História, comida, população. Incentivava a investigação para cura de cancro e doenças neurológicas degenerativas. 

Adoro sentir-me: Mimada. Amada. Queimadinha do sol. Em paz. Depilada, lavada e cheirosa.

Não gosto: De abelhas. De cabelos no chão. De engomar. De cozinhar obrigada. De vomitar.

Fico feliz: Ao sol, num jardim ou praia. Se à minha volta estiverem felizes. Com uma bela refeição de sushi. A ler um livro que me cative. 

Se pudesse voltar atrás no tempo: Talvez não me tivesse despedido do primeiro emprego. Quem sabe?

Quero viajar: Para todo o lado. Viagem de sonho: Egipto. Grécia. Já vi Roma e Florença. Tenho verdadeira adoração pela História destes sítios.

Eu preciso: De sol. De Amor, com maiúscula. De Família. De trabalho. De operar a penca.



E agora? Quem quiser que leve!!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dois anos de...

Risos. Sorrisos. Mimosa. Planos. Louça para lavar. Gluglus. Séries no sofá. Antestreias. MotelX. Madrid. Porto. Douro. Beiras. Turismo rural. Alentejo profundo. Algarve. Serra da Estrela. Unhas de águia. Passar por baixo das pernas. Lost. Rooooooooxxxooooo. Cara de velha. Cara de Anonymous. Passeios pelo Parque. Mimos às cadelas, aos cães, à gata. Jantares de grupo. Mariscadas. #sushiatécairparaolado. Família. McDrive. Tartes de maçã e McFlurry. Assassinos das pizzas. Cara de Marty. Duches de meia hora. Merda da Galp. Sofá e o cortinado aberto. Quarto e a cama a ranger. Cozinha e a massa a fazer. Arroz de marisco. Quiche. Salmão no forno com ervas. Batatas assadas carregadas de tomilho. Bolo de iogurte de morango e os extras. Gelados. Sorbet de limão. Pão de alho com azeitonas. Espumante no aniversário. E daiquiri de morango. E sushi a rodos. E super sobremesa. E vinho do Porto. Vinho branco. Vinho verde. Vinho tinto. Lambrusco. Amêndoa amarga. Moscatel. Frigorífico carregado de moscatel. Cenas na varanda. Caracóis. Mais caracóis. Bolo de bolacha. CDS. Iscas a cinco. Assobios by night. RFM e kizomba. Óscares. Tio e tia. Lamber as batatas fritas. Licor de mirtilo. Hidromel. Licor de sabugueiro. Piódão. 10 looongas horas. Exames. Frequências. Madrugadas. Sexo. Amor. Maratonas. Cadeira de velho. Chocapitos. Sushitime. Cinema. Livros. Filmes. Praia. Cara de Sid. Fit. Fruta feia. Huawei. Fonas. Rebolucionário tuop. Gargalhadas chorosas com a poesia da esfregona. Lavar caracóis. Lavar o carro. Mudanças. O Palácio. Vouchers. Booking. Bochechas de porco. Natal em Novembro. Luzinhas. Prenda em resma de papel. Gelatina líquida de kiwi com pedaços de kiwi. Pudins bicolores. Loiça partida no chão. Porteiro fit. Porteiro gordinho dos livros. O outro. Candeeiros da mesa de cabeceira. Instagram. Facebook. Fotos na varanda. Karaoke. Ohhohhhohhh. Batata doce. Cachecóis clubísticos. A mesa da tralha. Qu'é isso?! Baleia assassina. É o caraaaalho. Sonhos. Perspectivas. Beijinhos. Nunca pode ser só um, nunca podem ser dois. Tchimm tchimm. Tambê tombê. 1080p. TWD. GoT. Grey. MILF. FILF. Suspiros de pinhão. Ovos à dúzia. Quêjo. Chórice de porco preto. Patê de azeitona. Mãos dadas. Abracinhos. Palmadas. Tu gostas. Bad girls. Mousse. Do bêm. Gânfias. Frutinhas. Brunches. Mygon. Oh no, you didn't! Risadas bravas à conta da covinha escavada na praia. Iogurtes de cheesecake. Tulicreme. Amendoins. Maçãs assadas. Castanhas no forno. Hambúrgueres pré-cinema. Os piores filmes de sempre. Sessões duplas. São Martinho do Porto à noite. Chuva na janela, nós enroscados. Deita aqui no meu peitinho. 32 varizes. Chaboita. Pitchorrão. Risos. Risadas. Gargalhadas. Duches algarvios. Caracolinhos. Comunidade EDP. Despertador do demo. Vidas infinitas. Ovelhas. Besouros. Feno. Passeios à noite. Caril de gambas. Pernas de sapateira. Percebes. M&Ms. Snapchat. Caramelos de fruta. Vídeos de pés. Vídeos de barulhos. Vídeos de chegadas.  Vídeos caseiros. Catatua. Digusting. És nojento. Rabo 3B. Dentinhos. Crazy roots. Shepherd's pie. Morrem todos no fim. Cheiro a igreja. Cheiro a madeira.

E viveram felizes para sempre.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Conversas de cama

Depois de um filme de terror, maaaaiiisss um filme de terror, mas este finalmente com mortes, sangue e cabeças a explodir, estávamos na cama. Eu dizia que não, que não tinha sido ele a contar-me a piada de estrumar os tomates, que tinha sido outra pessoa ali num jantarinho de grupo. Ele dizia que já a conhecia, que já ma tinha contado bem como aquela do MacGyver. Ainda te lembras? E eu lembrava-me do fim, parcialmente, vrrruummm vrrrrrrruumm, mas pedi-lhe para ma dizer outra vez.


Digam-me: como é que o MacGyver foge do deserto só com uma laranja??

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O drama. O horror. A tragédia. A CATÁSTROFE!!

Previsão de passar pouco mais de uma semana fora de casa, a 300 km de Lisboa. Praia, papo para o ar, gluglus e livros. Faz-se a mala, não se esquecem os livros. Tudo livros emprestados. Tenho livros para dar e vender mas ninguém mos compra para eu poder comprar mais. Quatro livros, dois pequenos e dois médios, vindos da chefa, de uma das autoras preferidas para leituras rápidas de verão que começam contudo a ser demasiado previsíveis. Cinco livros dos cunhados, Guerra dos Tronos, para ver se finalmente percebo quem é primo de quem. Para pouco mais de uma semana, achei exagerado levar todos os nove. Assim, os quatro da chefa e os dois primeiros daquilo do sexo e mortes foram os escolhidos. 

Não há televisão.
Domingo. Pumbas. Um pequeno e um médio.
Segunda. Pumbas. Um pequeno e um médio a meio.
Terça. Sabendo que o médio ia a meio, fui precaver-me e buscar um dos calhamaços da Guerra dos Tronos para levar já comigo para a praia.


A catástrofe. 
Falta uma semana para voltar e trouxe o III e o IV. Tão bom quanto ter começado a ver aquilo logo na quarta temporada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Boas acções

Esteve ali uma jovem, em pleno teatro, ...e se estivessem numa praia, o nadador faz um salvamento, chega muito cansado sem conseguir ajudar a vítima de afogamento e..., ajoelhada, mesmo deitada no chão, mesmo a tentar ajudar alguém vivo e de saúde "engasgado" a recuperar a respiração, mesmo a reanimar um boneco, 30 compressões, 2 insuflações, 30 compressões, 2 insuflações, 30 compressões, 2 insuflações. 

Tenho o pulso que não posso. 
Não posso nem pegar no telemóvel só com uma mão em determinadas posições...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Querido Setembro

Já calcei sabrinas em vez de sandálias.
Já usei casaco.
Já usei echarpes.
Já usei de cobertor no sofá.
Já bebi um chá quente a acompanhar sushi.
Já pus uma manta na cama.
Já se toma banho de água mais quente.
Já me tapo até às orelhas.
Já não durmo desnuda ou de janela aberta.
Já me sabe bem uma sopinha ao jantar.


Tenho férias de praia para a semana!!!!!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Aproxima-se a "Efeméride dos Dois Anos" e...

Eu ganho bilhetes de cinema.
Ele recebe entradas para o Castelo à noite.
Eu ganho bilhetes de teatro.
Ele recebe convites para Sunset's.
Eu ganho inscrições para corridas.
Ele recebe entradas para museus.


Só não ganhamos o Milhões.
Lá diz o ditado, sorte ao amor...

Private joke.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Feitiozinho da merda

Chamem-lhe falta de dormir, falta de praia e de gluglus, falta de aulas de porrada, falta de dinheiro na conta, falta de sol e de fotossíntese mas o que é certo é que estou com um(a) moleza/falta de pachorra/vontadinha de abalar/desânimo/desinteresse que nem vos conto. O meu corpo está aqui, a minha força anímica está desaparecida em combate. 


Vou tossir os pulmões para um canto para ver se ganho vida.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Lindinhos e Lindinhas

Fear not. I'm alive e com uma dica sensacional para vós que adoram mezinhas da saúde.


Em tendo tosse, daquela irritativa e irritante para os outros, da resistente ao antitússico de excelência, é pôr os pés no ginásio e fazer uma aula de porrada ou uma aula carregada de pranchas. Ainda que haja ataques de tosse altamente intensos nos minutos anteriores. 


Remédio santo. Mais que não seja porque se te pões a tossir vomitas a água...

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Saudades ou como devo ter tido uma descarga hormonal

Ontem à noite, cedo cedinho para o que é habitual, estava na cama. Tosse persistente, lá bem do fundo, dá em dores de cabeça filhas de p*** resistentes a tudo o que tenho em casa. Quarto às escuras, telemóvel na mão preparada para o programa habitual pré-adormecer quando me deito sozinha com o Instagram, Feedly, Facebook e posteriormente perder as vidinhas das frutas antes do óó. Fiquei pelo FB. Vi uma notícia de um cão com cancro.


Tive um cão com 40 kg. Um doce mas muito brutinho. Fiquei uma semana com a marca de um dente dele no meu nariz só porque me queria cumprimentar mais efusivamente. Um dia, apareceu com uma ferida que não sarava. Foi operado. Andou de funil, duas cicatrizes, só queria mimos, um cão de 40kg de quem os vizinhos tinham medo. Um mês depois da operação, vi-lhe um inchaço do tamanho de uma bola de ténis. A veterinária pôs-nos duas opções: ou abatem-no já ou levam-no para casa e ele morre convosco. A minha mãe saiu do gabinete, eu fiquei com ele. Foi há quase 10 anos. Nessa noite, voltámos sozinhas para casa. Eram quase 23h. Não jantámos, a minha mãe dormiu na minha cama, chorámos como perdidas.


Ontem, vi-me lavada em lágrimas a lembrar-me do cão que literalmente me morreu nos braços, de olhos abertos. Mandei mensagem à minha mãe à procura de conforto. Não encontrei. Acho que a pus a chorar também...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

As aparências

Tipo matulão, alto, mais que eu, guapo, abetalhado, da minha idade, pouco mais ou menos. Senta-se na mesa ao lado da minha na hora do almoço. 

Pede uma imperial e saca dos cigarros. Sim, aqui estou, adulto feito, a usufruir dos prazeres da vida. Depois mamãe telefona. Pede-lhe para mandar sopinha. Congelada para não estragar. E ajuda para limpar a casinha e para ir às compras.


Estive a segundos de lhe dar um guardanapo com um pequeno escrito. 
Que te sirva de babete, bebé.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

O mundo é um lugar justo

Trouxeram-me um saco de livros de uma autora super catita de que tenho meia dúzia de livros.


Troca por troca.

Inspira, expira

Ligar para o hospital de Santa Maria e ser atendido é tão difícil quanto descobrir a tal agulha no palheiro, sabiam?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Maldito dia

Voltar a usar calças. 
Sandálias. 
Cueca e soutien. 
Óculos. 
Brincos. 
Maquilhagem. 
Telemóvel com som. 
Despertador. 
Mala. 
Carteira.
Andar com o livro só para ler na hora do almoço.
Passear os tarecos do ginásio.
Trabalhar.

Pôr o Euromilhões!!!



Argh.

sábado, 1 de agosto de 2015

No meu tempo...

Quando era gaiata, ia aos bailaricos da terrinha da avó lá para os lados de Viseu. 3 dias em Agosto, terrinha carregada de emigras, muito troilaré e rifas. Nesse tempo, o bailarico fazia-se de Romana, Ágata, Quim Barreiros, Clemente, Emanuel, Mónica Sintra. D'Arrasar, Excesso ou Santamaria eram grupos de Big Show SIC mas não de terem as suas músicas remasterizadas para os bailaricos. E estes acabava à 1 ou 2h da manhã.


Ontem, fui ao bailarico da aldeia onde dormi nos últimos 15 dias. Às 22h30, lá estava o duo convidado com as suas interpretações de "é o 31 de Julho que depois entra Agosto". À meia-noite, depois da fartura, das rifas da quermesse e dos dois prémios, ficámos satisfeitos. Fomos para casa, ali a 30 passos da festa. O homem disse Ui, isto agora é até às 3h da manhã. Foi fácil adormecer. Embalada. Dizia uma amiga de infância, quando se falava de se adormecer ao som de Oceano Pacífico ou Cidádji bai Naite, que é mais fácil cair no sono quando não se gosta do que se ouve. Ainda assim, sei que a última música que recordo do bailinho tinha ritmo latino. Sei que estava a dar às ancas, ali, na cama e que fui perdendo o movimento à medida que adormecia. Acordei com kuduro. E kizomba. Com a sensação de já ter dormido algumas horas. Contudo não abri os olhos. Quando o faço tenho a noite estragada porque desperto automaticamente. Virei para a esquerda, para a direita, para baixo, para cima. Dei por sentir o homem acordado, por perceber que estava a ver as horas no telemóvel. Nem perguntei. Estava a passar Anselmo Ralph. Depois Jajão. Outros dos que a RFM, agora colonizada pela RDP África, passa actualmente. Já considerava vestir-me e ir abanar a anca. Virei-me para baixo. Quero dormir. Oiço os acordes de uma música muito familiar. Bryan Adams. Summer Of 69. Porra, nessa altura desesperei. Temia o pior. Que a música fosse para continuar, aos berros, 24 horas, all night long. E de repente, o silêncio. Amén.


O bailarico da aldeia, disse-me o moço, de manhã, estremunhado, acabou às 6h da matina. Já saí do Urban antes dessa hora com a pista praticamente vazia e os seguranças a rezar para que saíssemos...

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Alentejo profundo

Há papelarias a 10 km da aldeia onde estou. Não vi um jornal ou uma revista em 15 dias tirando os existentes nos cafés onde poisei. Não pus o Milhões para ficar excêntrica em tempos de férias para não ter que voltar ao trabalho. Há um multibanco a 11 km. Há uma mercearia, tipo a da ti Chica, a 11 km. Ao sábado, não há mercearias abertas às 18h nem mesmo na "cidade". Ao domingo nem abrem. O povo quer ir comprar víveres e tem que se deslocar, no mínimo, 38 km. Supermercados maiores só a 50 km. Tem estado um calor dos demónios, baixou o inferno aqui no sítio e só não torrei porque há um ventinho catita. Dorme-se desnuda, tudo apagado e bem escurinho, carregada de repelente de insectos. À noite, porque se assa em casa, principalmente depois de se usar o forno, dá-se umas voltinhas, fala-se com os vizinhos "Atão? Ainda estão por cá, hein?", trava-se amizade com canitos picninos. Net? Wi-fi? Aquele pessoal deve viver todo com TDT.



Há uma praia a 11 km. Fluvial. Carinhosamente chamada pelo homem de Barrage. Com chapéus de sol de palha de uso gratuito. Para lá chegar, são estradões com árvores verdes mas não muito viçosas de cada lado. Com vacas a pastar e o homem a dizer As tuas amigas mimosas. A praia tem um bar de apoio. Comi caracóis dia sim dia não ou mesmo dia sim dia sim. Comi gelados dia sim dia não. Ou mesmo dia sim dia sim. Não há bolas de berlim. Há Somersby de Frutos Vermelhos. Chegar entre as 9h e as 10h e sair entre as 18h e as 20h. O catita que é inaugurar aquela água às 9h da manhã, ainda com os Baywatch a erguer as bandeiras?!? Sim, devo ter acordado sempre mais cedo que nos últimos tempos de trabalho. A água é um caldinho. O homem discorda, consegue achar que é fria. Ficamos lá de molho. A boiar, a nadar, no namorico, agarrados às bóias que marcam os limites do aconselhável. Descobri que ele me quer matar. Tenta de todas as formas afogar-me. Ora me afasta das bóias, ora me persegue feito baleia assassina, ora me quer fazer amonas, ora me faz rir e engolir gluglus. Li quase um livro por dia. Encalhei no prémio Leya 2014 que não é para ser lido de rajada e a partir do momento em que fiquei sem livros de preferência. É chegar da água, pegar no livro e na almofada e devorar páginas. A rambóia da vizinhança é a mesma em todo o lado: tatuagens fatelas, unhas de gel em bico e fios dentais (quase dentários). E uma moça com menos 10 anos que eu a cortar as unhas e a limá-las. A amiga a dizer que já trouxe creme depilatório para a praia, que se esfregou nele e que 10 minutos depois foi à água tirar... 
Perto de onde dormimos, há um café/restaurante/pizzaria. No meio da aldeia. Enche todas as noites. As duas salas interiores e a esplanada. Tem umas bochechas de porco, ui ui. E amêndoa amarga bem servida. Ou bem que se reserva ou mesa na esplanada é uma utopia. Barulho de gente a comer e a rir até à meia-noite. Está bem centrado para o fim de semana da festa anual. Até zumba vão ter. No meio da estrada há galinhas. Uma delas perseguiu-me até ao caixote do lixo e quis bicar-me. Perturbei-lhe o sossego. Estou a pensar roubar um cão minúsculo de um vizinho. Um pequeno bicho adorável que parece uma pulguinha de contente. 



Vou ter saudades do Alentejo profundo.




sexta-feira, 24 de julho de 2015

As crianças brincam. Quem brinca tem mazelas. As crianças têm mazelas.

Esta criança, a menos de um mês de entrar nos 31, foi brincar. Foi aos escorregas na iágua. E pela primeira vez desde que aprendeu que aquela brincadeira, naquele sítio, era bem catita chateou-se. Chateou-se porque era demasiada gente, demasiado tempo em filas que lhe secavam o cabelo enquanto esperava, demasiadas pedras no chão, muito pouco tempo de escorregas. Claro que quando era a sua vez de brincar nos escorregas adoraaaavaaa! 

Logo no primeiro, o do costume, o invariavelmente primeiro para abrir as hostilidades, esfolou os cotovelos. Repetiu o mesmo divertimento pouco mais de duas vezes e apenas e só naqueles que achava que valia a pena o entediante tempo de espera. Um deles foi o escorrega das alturas. Sentada ou deitada de barriga para cima ou de barriga para baixo e de frente. Na segunda vez, começou sentada e sentada quis acabar. Sempre com a sensação de descer aquilo disparada. Acontece que tinha lombas. Na última, deu um bate-cu. Estar sentada, a partir dessa altura, é de se considerar uma proeza. O "de quatro" terá que ser com carinho.

Pois faltava pouco menos de uma hora para o parque fechar. A saber. Chega na abertura, sai quando o parque fecha. Foi para um escorrega de belos tubos, vira para aqui, para acoli, saltinhos, parecia que ia sair fora dos tubos tal a velocidade e as voltas que levava. Viu o fim do escorrega, viu o homem à espera, segurou na parte de cima do bikini e esperou pelo impacto da entrada na piscina.

As crianças brincam. 
Quem brinca tem mazelas.
As crianças têm mazelas.

Entrou na piscina praticamente na vertical. Conseguiu bater, com toda a força, com os calcantes no fundo do caldo de cloro. Nunca mais andou da mesma maneira. Continuou a ser "A RAINHA" das brandas, continuou a dizer "adeus, caninos" enquanto deixava os outros para trás, continuou a ouvir "mas como é que tu consegues ir tão rápido?".  Agora também ouve "pata choca", "coxinha", "demoraste tanto tempo". Tem dois círculos roxos nos calcanhares. Não apoia bem o pé direito no chão. Desequilibra-se para a frente. Prefere andar em bicos dos pés. Não dorme virada para cima. Na praia, sentada, põe a planta do pé apoiada no chão. Com muito cuidado. O gelo não serve só para evitar que a água vire aquecida, mete-se nos pés.


Na água, a boiar, é que se está bem. 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Perspectivas


Um céu limpo. Sem fumos e prédios.

Gluglu.


Sol.


Lesmas carregadas de oregãos.

Pôr as leituras em dia.


...

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Desculpem mas estou absolutamente extasiada comigo

Sou pequena de sudokus e palavras cruzadas e tuditudi. Mas sou pouco dada àquelas coisas da lógica. 

Hora de almoço, saco do suplemento da Sábado e começo a ver os "enigmas". Eu, que acordei às 7 e estive mais de 1h a fazer tempo numa esplanada, já a cabecear, que depois me meti no metro e efectivamente cabeceei e tive daqueles tremores de quem está a cair no sono profundo, que se meteu noutra esplanada para tomar mais um café e que está a tomar outro, estou a acertar umas atrás das outras. E não é fácil. Geralmente preciso de uma caneta e ainda atiro tudo ao lado.


Sinto-me pronta para ir de férias!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sabemos que o mundo está à beira do colapso quando...

1. A Lucy está à frente do top Sexy Vidas 20.

2. O Questiano Reinaldo está em terceiro lugar.

3. A Fátima Lopes estilista está à frente da eterna namoradinha de Portugal e do mulherão que é a Liliana Campos. Pior, está mesmo em primeiro no Sexy Vidas Platina.



Sim, estou a almoçar e não trouxe um livrinho comigo.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Calor + demasiadas horas de pé = frio de enregelar os ossos

Quando finalmente parei sogada em casa, eram 23h. Roupa para dar a humanos, a cães, livros prontos a vender, roupa lavada apanhada, dobrada e arrumada, louça arrumada, roupas de cama devidamente arrumadas nos seus sítios, cobertores, tapetes, etc.. Possuída pelo espírito de dona de casa desesperada. 

Tomei o banho da catarse, jantei e morri no sofá. Quando me decidi a ir para a cama, senti os tornozelos aos ais. Uau, tinha ali um gel frio catita para me aliviar. O homem ficou a descomprimir no sofá. Eu fui besuntar os chórices e rabinho na cama.
Mentol. Primeiro, tapei-me. Depois, aninhei-me na almofada dele, depois virei-me para o outro lado enrolada em mim, depois tapei-me até só sobrar o nariz. Rebolei, rebolei, rebolei, não conseguia adormecer. Merda, tinha que me levantar. Fui à gaveta dos pijamas. De verão não queria. De meia estação também não. Calças e camisola. De inverno. E o pijama de verão por baixo. Tapada até ao nariz. 


Devo ter adormecido assim que encostei a cabeça na almofada.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Almoço de família

Eu. Ele. A minha mãe.
Uma garrafa de litro de vinho branco.


Risota de deixar lágrimas nos olhos.

Sei que ela dizia que estava tonta, ele que estava bêbedo e eu sentia a cabeça muito pesada...



sexta-feira, 10 de julho de 2015

Como arruinar uma manhã alheia

Estava sentadinha no meu canto no metro. Senta-se uma miúda de 4 ou 5 anos ao meu lado. A avó insiste em ficar de pé. Apercebo-me que a jovem espreita o meu telemóvel.
- Oh vó, estou a ver esta senhora a jogar. 
(Quando passei de menina a senhora?!?)


- Olha, a Lara também joga no telemóvel. 


- Vó, dá-me o teu telemóvel, quero jogar.
- O telemóvel da avó não tem jogos. 
- Tem, tem. 
- Não, não tem. Levanta-te que vamos sair na próxima.
- Não quero!!




Criancinhas fofas.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

#todaqueimadinha - continuação

Ontem cheguei a casa com aura de dona de casa e fui-me ao frigorífico. Era a courgette, os tomates, a alface, o agrião, as cenouras, as beterrabas, a melancia, os coentros, tudo para ali atirado. E o jantar. E então, fez-se luz. Uma courgette gigante bombada com esteróides e carne no frigorífico!! 


Pus os vegetais todos na bancada, arranjei-os, vi o que já estava ou não comestível, percebi que para congelar a beterraba só cozida e não me apetecia, que há saladas de folhas de beterraba, etc., etc., enquanto ia imaginando o jantar. Dava para cortar a courgette a meio, descascar metade, usar o miolo para congelar e da outra metade ia querer  guardar o miolo e ficar com a carcaça para levar com carne e queijo e cenas ao forno. Corto as pontas, parto ao meio, pego no descascador e faço-me à metade pequena. Penso no que tenho mais no frigorífico para juntar à carne e levar ao forno. Quando dou por ela, depois de tanto pensar, estou prestes a terminar de descascar a metade gorda. Era uma vez courgette no forno.


Com a teima, jantei cereais de chocolate.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Risco azul

Escrevo um post. Na altura de publicar, hesito. Desisto. Gravo.

Volto ao mesmo post. Edito, altero o fim, parece maijómenos. Não publico. Gravo.



Ora esta, mas desde quando faço esta auto-censura às delícias que escrevo?!?

terça-feira, 7 de julho de 2015

Pecado capital

Blusa a condizer com a cor dos brincos novos, a condizer com uma das cores da pulseira só saída à rua para um casório, a condizer com a cor das tiras das sandálias. Maquilhada, ganchos no sítio, ponho-me na rua. Hashtag vaidosona.

Sol. Muito sol, muita claridade. Manchas de perfume por toda a blusa. Rezo para que o álcool seque, que não deixe marcas. 


Hoje gostava de poder andar na rua tipo múmia do faraó, leia-se de braços cruzados sobre o peito, ou que a bata não fosse branca a tender para o transparente para eu poder passar uma águinha na blusa e andar a passear-me de sutimamas.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Belo dia

Há muito tempo que não me sentia tão feliz por sentir uma chuvinha na pele.


Talvez hoje já durma sem me sentir numa sauna.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Há ir e não voltar: a ortografia

Uma vírgula mal colocada, um acento esporádico. Perdoo. Verbos mal conjugados. Passo.

Nos blogues, é o bastante para não ser acrescentado à lista de feeds
Nos comentários em posts alheios e polémicos no facebook, até me encolho e fico a aguardar pelas machadadas impiedosas de quem tem opinião contrária e até sabe português.
Quando uma empresa com site, página de Facebook, cheia de contactos, marketing digital e patrocinadora disto e daquilo me envia um email que é claramente cortado, colado e reenviado semanalmente a dizer "Ganhas-te um..." sem que ninguém tenha corrigido a pérola, tenho vontade de responder a corrigir e ainda ir ao Facebook reforçar a ideia.


Leiam mais, caneco.