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domingo, 23 de junho de 2013

E de grito em grito, o gigante acordou...




Nossa fome não é de bola.
Como um país pode gastar bilhões em copa,
enquanto tantos vivem às esmolas?

Nossa sede é de mudança,
não queremos ver a nossa pátria de chuteiras,
enquanto o nosso povo dança.

Nosso grito não é de gol,
é de dor.







quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dias a mais


Que os dias sejam a mais!
Tenham mais cores, mais luzes,
mais sorrisos, mais abraços
mais afetos, mais amores,
Mais...
Porque cada dia que aproveitamos
com mais vontade
é um dia a mais
que valeu a pena na nossa história.

Que os dias sejam a mais!
Tenham mais olhos, mais ouvidos,
mais voz, mais vez,
mais arrepios, mais trocas,
Mais...
 Porque a construção de cada dia
 deixa o alicerce mais sólido.

 E quando chegar o fim do ano novamente,
na hora da virada,
o segundo final terá mais sentido,
 mais sabor e mais beleza.
Os pedidos ainda existirão,
mas haverá muito mais agradecimento.

[Dias a mais por mais dias a mais por mais dias...]




Um Feliz Natal e um ano novo repleto de dias a mais para todos os seguidores e visitantes deste espaço querido!  Em 2012 estarei mais presente. Beijos
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dias a mais por mais dias



Bateu na porta dele e pediu comida.
Levou porta na cara.
Estava em si trancafiado.
Era apenas um dia comum.

Bateu no vidro do carro dele e pediu moeda.
Vidros fechados.
Estava em si aprisionado.
Era apenas um dia comum.

Bateu no coração dele e pediu carinho.
Coração não amoleceu.
Estava empedrado.
Era apenas um dia comum.

Olhou nos olhos dele e pediu atenção.
Não enxergou.
Estava vendado.
Era apenas um dia comum.

Bateu na porta dele e pediu comida.
Saiu farto.
Estava solidário.
Bateu no vidro do carro dele e pediu moeda.
Vidros abertos.
Estava doado.
Bateu no coração dele e pediu carinho.
Coração escancarado.
Estava tocado.
Olhou nos olhos dele e pediu atenção.
Enxergou o que nunca tinha visto.
Estava sentindo o outro lado.
Era Natal.


[Enxergar a vida com outros olhos e com o coração aberto todos os dias é transformar dias comuns em dias a mais.]



Agradeço a todos os seguidores, a todos os amigos que transformaram os meus dias em dias a mais. Verdadeiros presentes! Feliz Natal e um novo ano repleto de dias a mais!




Selo que Ganhei da Gabriela e selo, selo e mais selo que ganhei do Saulo. Aqui. Obrigada pelo carinho, queridos!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um rio dentro do rio


Um rio com diversas águas,
correndo de diversas formas,
um rio que separa as suas águas,
um rio que forma, deforma.
Um rio que só olha para o próprio umbigo,
um rio onde os que não são vistos
são os mais percebidos.
Um rio que fere, que mata,
que segrega, que maltrata,
contrastando com um rio que encanta,
um rio de belezas tantas.
Um rio, uma cidade maravilhosa,
que chora um rio de lágrimas
e que se afoga nas próprias,
no próprio descaso.
Um rio que chora um rio,
por ter deixado tantos ao acaso.
Um rio ao léu,
que coloca óculos escuros
e olha o outro rio
por cima de um arranha-céu.
Um rio que quer tanto dizer: Eu rio!
E abrir os braços como o Redentor.
Um rio de sambódromo,
imerso num rio de dor.
Um rio de cartão-postal,
que aponta as suas armas,
que recolhe as suas asas
e se prende no próprio quintal.
Um rio azul de olhos vermelhos,
que não consegue enxergar
o próprio reflexo no espelho.
Um rio que perde o caminho
e segue o seu curso,
sem lei, sem pulso.
Um rio dentro do rio,
que muitos tratam como água e óleo,
mas que, fatalmente, se misturam,
apesar de tantos desvios.


[Que o Rio encontre as suas águas calmas. Que ria o Rio!]






Selo que ganhei da Joyce. Aqui.Obrigada pelo carinho, Joyce!

sábado, 20 de novembro de 2010

Luminosamente, preta!



Eu sou preta,
tenho em mim a cor da noite
e sou clara como um dia
pelo sol iluminado!

Eu sou preta,
tenho a cor da escuridão
e espalho tanta luz,
sou no breu como um clarão!

Eu sou preta,
tenho raízes africanas,
de força, raça, fé e gana,
vem daí todo o meu brilho.

Eu sou preta,
luminosamente, preta!
E rebrilho!


[A cor negra não é ausência de luz. A cor negra tem luz. E reluz!]


20 de novembro - dia da consciência negra. A consciência deve existir sempre. O preconceito, seja ele de qualquer espécie, só mostra o quão pobre é o ser que lhe carrega.








[Lavagem cerebral – Gabriel, o pensador]


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Armados de(Votos)


O voto é uma arma,
que pode ser de salvação,
transformação, libertação
ou destruição em massa,
só depende da nossa consciência:
a verdadeira munição.

O voto é uma arma
a favor da nação,
mas pode ser um bumerangue cruel:
o troco da alienação.


[De voto em voto: armas, armadilhas]



“O que dá de malandro regular profissional,
malandro com o aparato de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal.”
[Chico Buarque]

[Homenagem ao Malandro – Chico Buarque]


domingo, 4 de julho de 2010

Uma esperança quentinha saindo...





As esperanças não morrem, podem ficar um pouco empoeiradas com as peças que a vida prega. E elas podem até criar crostas a partir de camadas e mais camadas de desilusão e desafeto.




Às vezes representam tão bem que até acreditamos que elas se foram de verdade, mas as esperanças nunca se vão e nunca se apagam, estão sempre lá, incólumes.


Por isso, vez em quando, pego água com sabão, misturo com anis e hortelã e me lavo por dentro. Porque as esperanças são à prova d’água.

E saem esperanças novinhas em folha. Porque as esperanças não criam rugas.


[E brotam do improvável.]


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Das marcas que latejam vezenquando

O que fazer pra tirar um grande amor do coração?
Existe uma fórmula? Claro que não existe.
Se houvesse fórmulas, alguém escreveria um livro
revelando o tal segredo e seria um “Best Seller
e ninguém mais sofreria as suas consequências.

No amor nada é exato, muito menos os efeitos provocados por ele: as imensas alegrias, as dores desmedidas, o brilho nos olhos, a sensação de flutuar, os suspiros profundos, os delírios, os devaneios, as desilusões. Tudo no amor é incerto e intenso, ninguém sai de um grande amor da mesma forma que entrou, ninguém sai ileso. O amor parece que tem uma lança afiada nas mãos e sai dilacerando tudo o que vê pela frente, e deixa marcas, algumas muito profundas.

O que fazer para apagar estas cicatrizes e completar o coração de novo, ou verdadeiramente dessa vez? Como tirar esta tatuagem, esta marca que quer ficar pra sempre grudada nos lugares mais sensíveis da alma e lateja feito louca vez em quando?

Logo te julgam de fraca, de boba melancólica, e logo te apresentam fórmulas mágicas: “É só arrumar um novo amor; basta você sair pegando todos por aí; caia na gandaia e bote a fila pra andar...”

Parece tão fácil! E eu acho até que funciona para alguns, mas, usando um clichê dos médicos, eu diria que é como um remédio, nem sempre o que serve para o outro, servirá para você. Cada um tem seu tempo, cada um reage de uma forma e a resposta à cura depende da profundidade da cicatriz de cada um. É claro que esses paliativos funcionam, mas só amenizam.

A cura só é completa ou está próxima, quando você sente que o seu coração está livre, não dói quando você pensa, não fere quando você lembra, ou não, pode até doer, ferir, mas em menor intensidade, já não incomoda tanto. Quando já se consegue sentir que é possível amar outra vez, se entregar, sem medo das novas possíveis marcas.

É tudo tão relativo... Como eu falei, não existem fórmulas. O amor é complicado e nós tanto quanto ele. Na verdade eu não sei se é o amor que nos complica ou se somos nós que o complicamos.

Eu quero o meu coração lisinho de novo, suave e cheio de sonhos. Nada como ter o coração livre! E depois que ele está livre o que acontece? Começa tudo de novo...

Tomara que seja diferente da próxima vez!

[Sem cicatrizes, se possível!]


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