Carmen via,
via poesia aqui,
via poesia acolá,
via poesia onde havia e onde não há.
Carmem plantava poesia,
e colhia,
e distribuía
e perfumava os ares com as suas
e as de tantos exalavam através de si,
através de mim, de ti.
Carmem ouvia,
ouvia o sussurro do silêncio pedindo ajuda
e o ajudava com os sons da ponta do seu lápis,
era uma cantiga tão bonita!
fazia tanto bem ouvir os sons que brotavam da sua alma
e era estampado em um pedaço de papel,
um simples papel,
que virava um tesouro dos mais valiosos
em suas valiosas mãos,
porta-voz do seu imenso sentir.
Carmen sabia,
sabia que tudo ficaria mais bonito,
a paisagem das palavras,
uma pintura,
daquelas que fazem barulho
e plantam girassóis por dentro,
obra de arte das mais belas,
afetava todos os sentidos
e tudo fazia mais sentido,
as palavras em dança.
Carmen abria,
destrancava as portinholas
para quem não via,
para quem não lia,
fazia nascer novos horizontes,
despertava,
aproximava a poesia
de quem dela se escondia
e surgia como uma luz.
Acendia.
Reluzia.
[Carmen ia, seguia... Semeando por aí...]
Para Carmen Silvia Presotto, com o meu mais sincero carinho e admiração. Obrigada por espalhar a poesia e deixar o mundo mais bonito e suave. Desejo-te muita felicidade, muita luz, saúde, paz, amor e que sempre semeie a tua poesia pelos ares. Feliz aniversário! Você faz parte do meu relicário!