💻 📱
Leiam em Amaité Poesia & Cia, a leitura que fiz do Poema de Natal, de Luís Palma Gomes:
https://amaitepoesia.blogspot.com/2023/12/qual-o-seu-desejo-secreto-solange.html
Pedido de Natal
Ouves o tempo,
cínico e claro
clepsidra de vento
perdendo a razão
porque a loucura é
e será sempre
a melhor desculpa
para quem deixou de acreditar.
Ouves o tempo,
fio que conduz
fio de cem pontas inenarráveis
serpenteando por lugares, olhares
que pareciam ter a certeza
ou medo talvez disfarçado
de penas e asas,
levantando em voo
num bando de incontáveis sensações.
Seremos uma cápsula engolida por um gigante
e regurgitada depois numa galáxia distante?
Que ele nos engole é certo.
Se nos regurgita depois
jovens e intactos
numa praia do sul,
é o nosso desejo secreto, sereno,
a primeira prenda que pedimos em cada Natal.
Luís Palma
Aqui estão os inícios dos textos da coluna "Mito em Contexto", escritos por mais de 6 anos para o site Blocos online. Também estão alguns poemas dos 7 livros escritos por mim. E também alguns ensaios, haicais e outros textos.
quarta-feira, dezembro 20, 2023
Qual o seu desejo secreto?
quinta-feira, novembro 30, 2023
Se pudesse, fazia-me de versos: Lília Tavares
segunda-feira, novembro 27, 2023
Linhagem - Aniversário de casamento dos meus pais
segunda-feira, novembro 20, 2023
I HAVE A DREAM
O ativista pelos direitos civis e reverendo Marthin Luther King Jr. fez um discurso no Memorial Lincoln para 250 mil pessoas que, neste ano de 2023, completou 60 anos.
Nesse discurso, chamado "I have a dream", ele pediu o fim do ódio, da intolerância, do racismo, da brutalidade policial, da pobreza, entre várias coisas que perturbam a humanidade desde sempre.
A segregação racial continua. Sem falar que Marthin Luther King foi assassinado poucos anos após seu discurso.
📷 Eu em frente à estátua de Lincoln, no interior do Memorial Lincoln, que foi o presidente que liderou os EUA durante durante sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a integridade territorial do país, abolindo a escravidão e fortalecendo o governo.
📷 O reverendo Martin Luther King Jr. dirige-se aos manifestantes durante seu discurso "I have a dream" no Lincoln Memorial em Washington D.C. em 28 de agosto de 1963. - Foto: Associated Press
📷 Eu em frente ao Memorial Lincoln, que é composto de vários monumentos. Esse obelisco fica em frente à Estátua de Lincoln.
* Perdoem a qualidade das fotos, mas eu fui em 1997, não havia Smartphone.
segunda-feira, novembro 13, 2023
Sob a cal espessa da infância de Bruno Ítalo
quinta-feira, novembro 09, 2023
Silêncio
quarta-feira, outubro 11, 2023
Dia da Criança 2023
Eu ganhei um troféu Mário Quintana por esse poema. O tema era "O idoso
e a arte de envelhecer". Sei que é dia da criança. Mas minha infância
está cada vez mais longe e a velhice aguarda logo ali na esquina. E
vou feliz, porque estou viva. Se estou aqui, agradeço a Deus e aos
médicos. Envelhecer não é para qualquer um.
Feliz dia da criança!
* INEXORÁVEL *
Na véspera de minha morte,
naufraguei nas abissais ondas do Letes.
Subornei oráculos para saber meu fim,
mas os vates discretos resistiram,
assediaram-me com seu séquito de sacerdotisas sensuais.
Eles sabiam da minha fadiga e trouxeram asas
como as de Ícaro.
Foi assim que caí feliz no abismo.
Até gostei do espaço entre o chão e a queda…
Com o tempo, o espelho me envelheceu.
Nele me vi,
e vi inteiros os versos atirados
nos lagos mansos dos olhos,
isentos de eternidade,
mas cheios de memórias e descaminhos.
Abri os lábios e saíram palavras indecifráveis
em busca de abraços e gestos sem punhaladas.
Como dizer-me que os espelhos também deformam?
Eles não refletiram quem eu sou,
Só vi o rosto antigo de criança-adulta,
esculpido no reflexo.
Nunca foi a parte inteira e etérea do infinito materializado.
Eu e meu nome somos mais que álbuns, recortes, paisagens,
pedaços de percursos, calendários,
gestos e cores nas fotografias
e nos passos idos.
Faço uma reza.
Envelhecer é simples,
mas ainda tenho uma canção de ninar
nessa tarde de abril, de quentura insuportável.
Ignoro a morte que se esquiva
exilada nas sombras,
extenuada das lonjuras da idade.
Ela tem uma sede envelhecida.
Solange Firmino
quarta-feira, outubro 04, 2023
Ixora: semente tricolor
Fotos: Museu da República - Rio de Janeiro - RJ
domingo, setembro 24, 2023
quarta-feira, setembro 20, 2023
terça-feira, setembro 12, 2023
Exsicata, de Bruno Ítalo
Se você ainda não adquiriu o livro do Bruno, não sabe o que está perdendo! Vem aqui ver como comprar:
domingo, setembro 10, 2023
Sonho de liberdade em "A janela dos ventos", de Jandira Zanchi
Leiam em Amaité Poesia & Cia, a leitura que fiz de alguns poemas do livro "A janela dos ventos", de Jandira Zanchi.
https://amaitepoesia.blogspot.com/2023/09/sonho-de-liberdade-em-janela-dos-ventos.html
RECORTES
O destino
- não se apressem -
é lento e costurado
de raízes e vento
amealhado de recortes
em vais vens
de rendas e sedas
cantos de pássaros azuis
e flores amanhecidas
gorjeios de crianças
e cismas de mocinhas
risadas de fim de noite
entre estórias sem fim
mãos santas de senhoras
refazendo o ponto do assado
o sonho, no esteio da tarde,
sexta-feira, setembro 08, 2023
Eternidade - 20 anos do meu filho!
quinta-feira, agosto 17, 2023
“Vida a vida, rio adentro: nada é agora”
Leiam em Amaité Poesia & Cia, a leitura que fiz de alguns poemas do livro
"Fronteira, de Luís Palma Gomes".
https://amaitepoesia.blogspot.com/2023/08/vida-vida-rio-adentro-nada-e-agora.html
PROBLEMA ONTOLÓGICO
O poema é a parte do silêncio
que não coube na caixa negra do esquecimento.
Transbordou por entre as frestas dos dedos
e caiu no vazio
que se instala entre os pingos da chuva.
O poema é o que ficou do retrato
depois de recortado o rosto.
O poema é o big bang do instante,
expandido-se pelo infinito do balde
que uma criança loura levou para a praia.
O poema é só isto.
Luís Palma Gomes
quinta-feira, agosto 03, 2023
Nick do Rosário: a descoberta de vida no meio da palha
NOTAS
Melodia teu corpo:
Encontro
Inventário
ou prelúdio
em mim.
Nick do Rosário
quarta-feira, julho 19, 2023
Tempo de recordações: sorvendo a vida em goles lentos
Em homenagem ao aniversário do amigo Wanderlino e aos nossos cafés.
Leiam em Amaité Poesia & Cia, a leitura que fiz de alguns poemas do livro "Café Pingado, de Wanderlino Teixeira Leite Netto".
FACA DE PONTA
Quando o tempo fecha o cerco e o viço esvoaça,
o ontem recrudesce em rebuliço.
Tece a trama de uma teia,
brota feito grama quando passa a chuva fina,
é cacho de uva em tempo de colheita,
água de mina assim constante.
Não fica na espreita,
não dispensa um só instante.
O ontem, quando o Tempo aperta o laço,
quando espalha tintas nos dorsos das telas,
é lâmina de aço,
estilete espetado entre as costelas.
Wanderlino Teixeira Leite Netto
Leia o texto completo nesse link: Amaité Poesia & Cia.
quinta-feira, julho 13, 2023
Litorânea
quinta-feira, julho 06, 2023
Testemunho
segunda-feira, julho 03, 2023
A menina que aprendeu a matar centopeias e outros poemas
***
A menina que aprendeu a matar centopeias
Não preciso que todos os dias sejam
mansos. O meu corpo não é de seda.
Acordo muitas vezes com pele de árvore
e já provei o sangue das tempestades.
Quase nunca sou brisa. Mais vezes sou
vento nascido dos trovões. Caminho descalça
na lama. Tenho braços de furacão. Não sou
frágil. Não sou do meu tamanho.
Eu sou a menina que cresceu. Que decorou
gritos de guerra. Que salta muros e cercas.
A menina que aprendeu e agora sabe
matar dragões e centopeias.
Virgínia do Carmo, Poética Edições, 2023.
quarta-feira, junho 21, 2023
Inverno
Pela observação das mudanças na natureza e do passar do tempo, os antigos sempre celebraram os ciclos das estações. Um dos mitos gregos que explica a alternância das estações do ano é o de Perséfone. A jovem colhia flores quando foi raptada pelo deus do reino inferior, Hades.
Deméter, a deusa das colheitas, não se conformou com a perda da filha. Sua tristeza murchou as flores e secou os frutos. Zeus, o pai dos deuses, pediu a Hermes que fosse resolver a situação. Mas Perséfone já estava casada com Hades, pois comeu romã, a fruta que prendia a pessoa que a comia ao reino infernal.
Hermes convenceu Hades a deixar que Perséfone ficasse uns meses com a mãe e outros meses com o marido. Assim surgiram as estações do ano.
A terra era fértil na primavera e no verão, quando Deméter estava com a filha. Quando Perséfone voltava para o marido, era tempo do inverno e do outono.
Na Primavera e no verão acontecem as colheitas. No outono e no inverno, pouco se colhe, a terra é preparada para as próximas estações.
Esse equilíbrio traz a certeza de que a primavera voltará. Fica mais fácil suportar o inverno com a esperança da primavera.
Solange Firmino - Adaptação do prefácio que escrevi para meu livro “Das estações”.
* Fotos tiradas por mim no meu jardim.
* O inverno começa hoje, 21 de junho, às 11h58 - e acaba no dia 23 de setembro, quando começa a primavera.
sexta-feira, junho 16, 2023
A beleza efêmera da existência
Leiam nesse link, em Amaité Poesia, a leitura que fiz de alguns poemas do livro "O improviso de viver", da poeta portuguesa e minha amiga, Graça Pires, editado pela Poética Grupo Editorial.
domingo, junho 11, 2023
Ego
Tudo é metamorfose
mudança ou metáfora
de alguma coisa
o que está acima
vestígios de poeira cósmica
o que está no fundo
cacos de naufrágios
e na superfície o amor
que nos deixa
na corda bamba
Solange Firmino
Imagens: Corações incidentais fotografados por mim durante o ano.
sábado, junho 03, 2023
Espelho
quinta-feira, maio 18, 2023
Carlos Machado - Cicatrizes
As cicatrizes da alma
VOZES
Você me pergunta se escuto vozes.
Às vezes, sim.
São cantos de pássaros,
ecos de infância.
Ou então vozeios mais longínquos.
Ruídos, gritos de sequestrados.
Vozes d'África.
Carlos Machado é jornalista e poeta. Edita na internet o site Alguma Poesia (desde 2002) e a página poesia.net no Facebook. Há poucos meses, está com um perfil no Instagram.
Leia mais em:
Onde encontrar o livro "Cicatrizes":
terça-feira, maio 16, 2023
Haicai - borboleta
terça-feira, maio 02, 2023
Clássica