Fomos obrigados a fazer o papel de Deus, e decidir sobre a vida de outro ser.
Não foi uma decisão fácil, o sofrimento dela era muito, o lado esquerdo estava paralisado, mas notava-se nela uma força para lutar, para se arrastar, para nos fazer a vontade e beber água, uma vergonha por não conseguir levantar-se para fazer as necessidades básicas, uma excitação de cada vez que tinha uma visita. As convulsões eram violentíssimas, o choro constante. 60 horas depois de ter ingerido o veneno levou a anestesia, não sei se foram poucas horas para se recuperar, ou demasiadas horas de sofrimento.
Foi triste, esteve consciente do que se estava a passar, resistiu à anestesia, enfim traumatizante.
1 ano e 3 jarros depois, decidi comprar uma máquina com jarro metálico, na esperança de deixar de gastar mais de 20 euros de cada vez que se partia o jarro. Não é esta, mas era do mesmo género. 
Então não é, que até este, ele consegui partir. Deixou cair a máquina, que ficou intacta, mas partiu o "gargalo" plástico do jarro, e o mecanismo da tampa que faz ligar e desligar o jorro de café.
Portanto actualmente a "maquina de café" cá de casa é esta, oferecida como brinde na La Redoute (se não me engano) seguramente há mais de 10 anos. Cheira-me, é que não vai durar muito tempo!
O Nuno viu a Atracção Fatal rodeado de netos. Já alguém reparou que a Atracção Fatal tem mais de 20 anos?!? 
Fomos fazer o paredão Cruz Quebrada- Caxias com o Lui e a Eté.
Vimos o Pôr-do-sol na Boca do Inferno.
Dão-se flores do jardim no Dia da Mulher 
Encontram-se destas figuras
E por isso acabo de comer as castanhas e volto à minha janela, donde não se vê o mar nem paisagem que nos anime por aí além, donde, a bem dizer, só se vêem prédios e mais prédios, e uma ligeira réstia de verde com um jacarandá no meio, mesmo em frente do café do Sr. Josué , e aqueles tumores cravados nas paredes pelos aparelhos de ar condicionado, e aqueles monstruosos girassóis das antenas parabólicas redondas. 
