Como tudo começou

13/04/14

PINTURA DA SIMECQ NO CENTRAL PARK



Conforme notícia neste local divulgada, mas que poderá rever clicando aqui encontra-se patente na Galeria   do  «Central Park», em Linda a Velha,  uma exposição de obras de pintura executadas no Atelier de Artes da Simecq.











Temos ali técnicas de pintura em seda, pintura a óleo e em acrílico e também sobre azulejo. Os temas são variados, consoante o gosto e aptidão de cada executante  mas, para além de  muita cor, nota-se também um grau de perfeição bastante elevado.

 Neste momento as aulas estão sob a orientação do Alexandre Palmiro e da Beatriz Cruz que  também expõem a par com  os seus alunos.

Dado o impedimento, por motivo de saúde, da Francisca Tristany, coordenadora do atelier, estar na montagem desta exposição, o Alexandre, a Beatriz ,  a Lina e a Lourdes,  formaram equipa, para levar a cabo a tarefa em questão e o bom resultado   está  à vista, nas imagens que vos deixamos. Parabéns a todos pelo trabalho realizado!

Até ao fim do mês de Maio os nossos leitores  não deixem de lá ir fazer uma visita, certos de que não se vão arrepender.

F.C./M.A. 

10/04/14

ERA UMA VEZ UMA PORTA







Era uma vez uma porta
que, em Moçambique, abria para Moçambique.

 Junto da porta havia um porteiro. Chegou um indiano moçambicano e pediu para passar. 
O porteiro escutou vozes dizendo:

- Não abras! Essa gente tem mania que passa à frente!

E a porta não foi aberta. Chegou um mulato moçambicano, querendo entrar. De novo, se escutaram protestos:

- Não deixa entrar, esses não são a maioria.

Apareceu um moçambicano branco e o porteiro foi assaltado por protestos:

-Não abre! Esses não são originais!

E a porta não se abriu. Apareceu um negro moçambicano solicitando passagem. E logo surgiram protestos:

- Esse aí é do Sul! Estamos cansados dessas preferências…

E o porteiro negou passagem. Apareceu outro moçambicano de raça negra, reclamando passagem:

- Se você deixar passar esse aí, nós vamos-te acusar de tribalismo!

O porteiro voltou a guardar a chave, negando aceder o pedido.

Foi então que surgiu um estrangeiro, mandando em inglês, com a carteira cheia de dinheiro. Comprou a porta, comprou o porteiro e meteu a chave no bolso.

Depois, nunca mais nenhum moçambicano passou por aquela porta que, em tempos, se abria de Moçambique para Moçambique.


Mia Couto

Nota da autora do post:Uma vez mais trago-vos Mia Couto com este texto tão expressivo que decerto vos deixará a pensar.
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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