Como tudo começou

30/09/08

RENDA DE FRIOLEIRAS

(Clique para ampliar)

Em 13 de Junho passado apareceu neste blog um apontamento sobre renda de bilros e alguém veio falar, num comentário, na existência da renda de frioleiras, (também chamada renda de espiguilha) que é igualmente bonita e que já pouco se vê. Disse na altura, respondendo a esse tal comentário, que, como sabia fazê-la, poderia um dia abordar este assunto. Chegou pois a ocasião.

Gosto sempre de dar umas noções sobre a origem daquilo de que falo, mas, desta vez, com grande pena minha não consegui encontrar nada que me desse quaisquer elementos sobre onde e como teria aparecido a renda de frioleiras.

Ainda muito miúda, lembro-me de, em minha casa, haver um livro, já muito usado, escrito em francês, sobre esta renda. Foi a minha Mãe que me ensinou as bases, mas, depois, foi com este tal livro que continuei e me aperfeiçoei.

Digamos que o material necessário se resume a uma navette, (vêem-se numa das fotos) na qual se enrola a linha, e uma pequena agulha de crochet que pode também ser substituída por um simples alfinete. Há navettes que têm já na extremidade uma pequena barbela que substitui a tal agulha de crochet. Alguns trabalhos mais complicados, exigem mais do que uma navette. Podemos também variar a cor da linha e até incluir, por exemplo contas coloridas, como se vê na foto da roseta cor de rosa.

O ponto básico resume-se a uma argola, feita com um nó corredio onde se vão fazendo caseados seguidos uns aos outros, entremeados ou não, por pequenas laças a que chamamos picôts. Cada caseado tem dois movimentos de mãos, diferentes. Essas dezenas, centenas, ou milhares de argolas de tamanhos variados, unidas umas às outras através dos picôts, seguindo um desenho pré determinado, acabam por nos dar, como resultado final, algo que considero bastante bonito.

Deixo-vos fotos de dois trabalhos em frioleiras feitos pela autora do texto. Quem sabe se conseguirei entusiasmar alguma das leitoras a aprender igualmente esta renda e a vir mais tarde mostrar-nos o que fez. Gostaria que isso acontecesse.

Um dia destes, como complemento deste post, contarei um episódio humorístico relacionado com alguém que me viu a fazer esta renda.

Nota – A renda fininha que aparece com as navettes é igual àquela que ornamentou varias peças de vestuário dos meus filhos quando bebés e, também, de várias outras criancinhas filhas de amigas minhas. Posso dizer-vos que foram mesmo muitos, os metros de renda que fiz com tal fim.

M.A.

29/09/08

Fomos visitar 2 exposições!

Sábado, dia 27, os alunos do Atelier de Artes da SIMECQ foram fazer a primeira saída, com o objectivo de visitar estas 2 exposições:














Saímos da Cruz Quebrada de autocarro da Carris, andámos mais um bocadinho a pé, e chegámos a Belém, ao Forte do Bom Sucesso....






Começámos por visitar a exposição dos alunos do 8º ano do Colégio Militar. Gostámos muito!




Fomos munidos de lápis e papel, para anotar alguns pormenores das exposições. Nunca se sabe se nos espera algum trabalho sobre a visita, por isso é preciso estar atento.








Não foi preciso lembrar os jovens do Atelier de Artes da SIMECQ que o livro de honra deveria ser assinado. Gostamos que nos façam o mesmo, e é dever de quem faz visitas, por isso deixámos as nossas impressões.




De seguida espreitámos a exposição de Leonardo Da Vinci - O Inventor....




Todas as instruções dadas pelas monitoras e pais foram acatadas com grande civismo e educação.










O objectivo desta visita estava concretizado. Aprender cada vez mais.















Vinham felizes e contentes.....


















O lanche, com o Tejo por companhia, soube muito bem!






















Estava na hora de regressar! O sorriso, demonstra bem a alegria que reinava no grupo. Pelo convívio, pelo passeio, pela visita, pelo lanche em conjunto, por um dia diferente, por tudo!











Queremos mais visitas destas!!!!!!!!!
(Esta visita ainda há-de dar mais que falar aqui no blog.......)
FC

28/09/08

1º PRÉMIO EM CONCURSO NOS E.U.A.

Investigação: Estudantes de Engenharia Mecânica de Coimbra ganham 1º prémio em concursos nos EUA

Guarda, 26 Set (Lusa) -- Dois alunos do Instituto Superior de Engenharia do Instituto Politécnico de Coimbra, venceram o concurso "Mastercam Wildest Parts Competition" de 2007-2008, realizado nos Estados Unidos, na categoria pós-secundário, com o trabalho intitulado "Ferrari Enzo", foi hoje anunciado.
Nuno Neves e Sílvio Gomes, alunos do terceiro ano do curso de Engenharia Mecânica, apresentaram no concurso internacional, o protótipo de um carro Ferrari Enzo e a respectiva base de suporte, à escala de 1/100.
Os dois estudantes de Coimbra, de 28 e 23 anos, utilizaram técnicas de multi-fixturing (junção de vários blocos) e mult-part assembly (junção de várias peças) para produzirem o protótipo do veículo.Nuno Neves disse hoje à agência Lusa que o júri ficou "impressionado" com a forma como criaram "peças separadas para os eixos e as rodas maquinadas".
O estudante reconhece que a atribuição do prémio "é o reconhecimento do esforço, dedicação e empenho envolvidos", uma vez que este trabalho absorveu "bastante tempo" e criou "diversas dificuldades" que foram superadas.
Referiu que a obtenção do primeiro lugar na classificação teve um significado "ainda mais especial" pelo facto de o concurso ter decorrido nos Estados Unidos e porque "a concorrência era de elevado nível, tendo alguns grupos concorrentes alguma tradição neste tipo de eventos".
"Nunca tínhamos concorrido a nada e tínhamos uma tecnologia mais limitada do que a concorrência", referiu o estudante, acrescentando que a vitória "foi óptima".
"Foi o reconhecimento da complexidade do trabalho e pelo tempo que a sua resolução nos absorveu", disse Nuno Neves.Indicou que só o desenho do protótipo "demorou cerca de um ano a ser feito e a construção do modelo sólido levou três a quatro meses" de trabalho.
"Esperamos que esta vitória, seja um factor de motivação e que, ao mesmo tempo, encoraje alunos e docentes a participar em iniciativas deste tipo, por forma a pôr em prática a criatividade e conhecimentos adquiridos ao longo do curso", sustentou.
"Penso voltar a participar no concurso, aumentando a qualidade e a fasquia do projecto em termos de complexidade", garantiu Nuno Neves, que deixou uma palavra de apreço e agradecimento aos docentes Fernando Simões e Paulo Amaro "pela ajuda e apoio demonstrados no decurso deste projecto".
O concurso, cujo objectivo é a concepção de uma peça através de técnicas CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manufacturing), é promovido pela empresa norte-americana Mastercam, CNC Software, Inc. e está aberto a qualquer aluno, grupo de alunos, ou instrutor.
Uma das exigências do concurso é que numa das partes da peça seja utilizado o programa MASTERCAM, sendo critérios de avaliação a originalidade, a qualidade das peças, o design e o acabamento das mesmas.
O prémio atribuído aos dois estudantes de Coimbra não é monetário, consistindo na atribuição de uma licença para a utilização de um determinado tipo de software, explicou Nuno Neves.

ASR.
Lusa

26/09/08

MARCOS GEODÉSICOS

(Clique para ampliar)

Há dias, passando por Carnaxide e reparando no Marco geodésico denominado Mama de Cima ( também chamado Mama do Sul, Mama Grande ou Mama da Mula) dei por mim a pensar no interesse que haveria em abordar este assunto, já que, entre quem me lê, pode haver quem desconheça o que são e para que servem. Para evitar dizer muitas tolices, além da pesquisa escrita que fiz, fui igualmente conversar com um amigo meu, conhecedor desta matéria.

Começarei por referir que a Geodesia é, ao mesmo tempo, um ramo das geociências e uma engenharia, que trata do levantamento e da representação da Terra. E, uma vez que o globo terrestre é esférico, havia que, (isto, numa explicação muito básica) procurar “transformar” esta superfície curva, numa face plana, com o fim de, obtermos uma Carta Geográfica. Imaginou-se que, a forma de fazê-lo no terreno, seria criar uma rede de vários triângulos ligados entre si, colocando em cada vértice um marco com determinada designação e informação. Depois, com aparelhos adequados que permitiram fazer medições e cálculos, a partir destes vértices, já foi possível obter a avaliação, que se pretendia, da superfície da Terra. Espero ter conseguido transmitir-vos, deste modo, a ideia base.

Em Portugal, a triangulação da rede geodésica portuguesa é constituída, no seu total, por 8.000 marcos.



O Centro Geodésico de Portugal está situado na Serra da Melriça, freguesia e concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco. Ali podemos encontramos o Marco Geodésico padrão, (construído em 1802), o Museu da Geodesia e serviços de apoio.

Conhecido popularmente por “Picoto da Melriça”, é assinalado com um vértice geodésico de 1ª ordem, (a) piramidal, em alvenaria, com 3,25 metros de base e 9 metros de altura e está, desde há muito, associado à história da cartografia moderna em Portugal. Esta, iniciou-se no Sec. XVIII, no reinado de D. Maria I que terá encarregado a Academia Real de Marinha de iniciar os trabalhos de triangulação geral do território, com vista à realização da Carta Geográfica do Reino.


Os Marcos geodésicos, também conhecidos por “talefes”, são sempre colocados em locais elevados e isolados com linha de visão para outros vértices.

Dividem-se em três ordens de grandeza:
1ª Ordem, Pirâmedes quadrangulares distando entre 30 a 60 Km
2ª Ordem, Cilindro + Cone com listas, distando entre 20 a 30 Km
3ª Ordem, Cilindro + Cone (de tamanho menor que o anterior) com listas, distando entre 5 a 10 Km
Aos marcos de 2ª. e 3ª. Ordem chamam-lhes vulgarmente “bolembreanas”.

Mas o progresso também se fez sentir na Geodesia e Cartografia e, no início da década de 60, foi já introduzida a medição electrónica de distâncias, MED. Mais tarde veio o uso dos satélites, como por exemplo o Echo I e II e o Pageos. Depois, entre 1965/70 foi um melhoramento importante a introdução dos satélites Geos A e B. Mais tarde veio o Sistema Transit (1967/90), predecessor do GPS e as técnicas a Laser, como o Lageos (EUA) e o Starlette (França).
Actualmente há centenas de satélites geodésicos em orbita, complementados por muitos outros de detecção remota e, também, pelos sistemas de navegação GPS e Glonass. Também está previsto que venha a funcionar em breve o sistema de satélites europeu Galileu . Claro que hoje, todas estas redes geodésicas são já muito mais flexíveis e económicas que as redes terrestres.
Os pontos fixos, em marcos geodésicos, continuam a existir talvez mais por razões administrativas e legais, à escala local e regional.
Aqui fica, em linhas gerais, a informação que reuni para os leitores que, eventualmente, possam estar interessados no assunto.

Nota - A configuração do Marco geodésico de Carnaxide, por razões que não consegui apurar, não seguiu o mesmo formato de pirâmede quadrangular, habitual nos marcos geodésicos de 1ª. Ordem.

(a) – Curiosamente, na Melriça, o centro geodésico exacto está a cerca de 100 metros deste marco que mostramos. Há também aí um pequeno marco, como sinal, mas sem qualquer destaque. Não vi isto referido em lado algum. A informação veio-me do amigo que mencionei no início e cujo, conhecimento, neste assunto, me merece total confiança. Contudo, ele não me soube explicar a razão de haver aqui estes dois marcos.

1- Marco de 1ª Ordem, em Carnaxide
2- Marco de 1ª Ordem - Centro Geodésico da Melriça
3- Marco de 2ª Ordem

M.A.

MENINO JESUS, NOS PACOTES DE AÇÚCAR


Há uns tempos atrás, num restaurante onde me encontrava, quando me trouxeram a chávena de café, reparei que o pacote de açúcar que a acompanhava tinha uma imagem do Menino Jesus. Achei curioso e o empregado que nos atendia, amavelmente, logo me foi buscar mais outros cinco pacotes com imagens idênticas, uma vez que a colecção era justamente de 6 estampas do Menino Jesus. Guardei-as e, há dias , quando por casualidade me voltaram às mãos resolvi fazer uma pesquisa sobre elas para falar disso com os leitores.




















Fiquei então a saber que um sacerdote de nome Francisco António Rosado Belo que viveu desde pequenino no Crato, dedicou toda a sua vida a coleccionar arte sacra. Acabou por doar todo o espólio, bem como o edifício onde se encontrava reunido, à Santa Casa da Misericórdia do Crato. Foi, deste modo, o criador e mentor do que passou a designar-se “Casa Museu Padre Belo” local que passou logo a receber um número considerável de visitantes.



















Ali se podem admirar mais de 900 esculturas relativas à infância e adolescência de Jesus e milhares de pinturas, presépios e peças em cerâmica representativas de Cristo. A colecção de crucifixos ali existente, julgo ser também importante.


Segundo sei, há mais colecções de pacotes de açúcar com o tema do Menino Jesus, esta, porém é do ano de 2004.
Perdoem a pouca qualidade das fotos apresentadas mas, talvez sirvam, pelo menos, para despertar em quem me lê, o interesse de ir até ao Crato conhecer esta colecção que se me afigura ter bastante interesse.

M.A.

25/09/08

POMBO CORREIO, O MENSAGEIRO DA HISTÓRIA

(Clique para ampliar)

Sempre modesto leal e dedicado, o pombo correio foi protagonista de muitos e diversos episódios da História da Humanidade, desde tempos imemoriais até ao Sec XXI.

Ave sensível e pacífica, de voo sereno e alegre, o pombo foi visto como uma ave sagrada por alguns povos e enaltecido por outros como animal protector. A pomba é hoje universalmente conhecida como símbolo da paz.
Darwin afirmava que o pombo doméstico já é mencionado durante a 5ª dinastia egípcia, ou seja 4.000 anos antes da nossa era. Mas, de facto, ninguém sabe dizer com certeza quando é que o pombo foi domesticado e utilizado pelo homem como portador de mensagens. Mas, sabe-se, que já Salomão mandou espalhar pombais por vários sítios do seu império para assim ser informado rapidamente do que se passava. Por sua vez, os gregos, que tinham aprendido com os caldeus e com os israelitas as vantagens dos pombos mensageiros, organizaram serviços de correspondência que lhes permitiram passar informação entre locais distantes. Esta rede era particularmente relevante durante os jogos olímpicos, para comunicar os resultados das competições. Dois mil e quinhentos anos depois, nas primeiras décadas do Sec.XX, quando o futebol se estava a implantar, também foram usados os pombos correios para comunicar resultados dos desafios.
Na 1ª Grande Guerra (1914/18) o estabelecimento de comunicações atravez dos pombos foi imprescindível. E na 2ª Guerra Mundial (1939/45) os serviços do Pacífico da BBC difundiram uma palestra em que se disse, a dado passo:” É um pouco irritante pensar que nestes dias de maravilhas científicas, especialmente no que diz respeito às comunicações globais via rádio, ainda dependamos tanto do simples facto de uma certa ave, cinzenta, pequena e elegante, estar sempre a querer ir para casa”.
A conveniência do emprego destas aves para a troca de informações também não passou despercebida em Portugal.
Em 1880 foram construídos os primeiros pombais militares, constituindo uma rede de apoio ao telégrafo. O primeiro foi instalado na Penha de França, em Lx. Até 1898 foram criados pombais em Elvas, Tancos, Ajuda, Setúbal, Vendas Novas, Coimbra, Viseu, Mafra e Évora. E também em Angola, Moçambique e Guiné.
Fazer a história do pombo-correio é desfiar um extenso rosário de episódios de todos os matizes. É também uma forma de percorrer múltiplos acontecimentos marcantes da História Universal.

Nota - Penso que hoje em dia o pombo correio está já “dispensado do serviço militar”, sendo a sua missão apenas civil. É utilizado nos concursos de columbofilia, onde vamos encontrar milhares de entusiastas que continuam a fazer dele o seu animal de estimação. Ouvi, em tempos, um columbófilo designá-los, curiosamente, como atletas voadores!

Excerto de um artigo, não assinado, publicado na revista do Club do Coleccionador
.

M.A

24/09/08

OS GLOBOS DE CORONELLI





SÃO UM MILAGRE DA TÉCNICA DO SEC. XVII.
TEREM SOBREVIVIDO É OUTRO MILAGRE

São instrumentos frágeis, feitos em madeira e papel. São testemunhos preciosos de uma época, com a sua ciência, a sua arte e as suas aspirações. Têm mais de três séculos e muitos meses de trabalho de equipas especializadas, na recuperação que lhes foi feita em 2005. São os dois globos da Sociedade de Geografia de Lisboa:Um terrestre e outro celeste.
Constituem o maior e mais precioso par de globos existentes em Portugal. Aparecem à cabeça de uma lista pacientemente compilada através dos anos pelo comandante Estácio dos Réis, ilustre estudioso de instrumentação científica..

Datam de 1693 e foram construídos pelo maior fabricante de globos até hoje conhecido. Marco Vincenzo Coronelli, nascido em 1650 e falecido em 1693. Foi cosmógrafo da Sereníssima República Veneziana. Dedicou a sua vida à cartografia e ao fabrico de globos celestes e terrestres. Os seus trabalhos eram obras primas do rigor científico e técnico e eram também exuberantes e coloridas obras de arte. Em 1681 encomendaram-lhe dois grandes globos para Luís XIV . Foram os maiores que fez na sua carreira. Cada um tem 3,85 m. de diâmetro e permaneceu dois anos em Paris para satisfazer a encomenda.

Os globos de Coronelli, tal como tantos outros da época, rodam em torno de um eixo colocado sobre uma base de madeira e possuem dois anéis externos. Um deles, metálico, chamado anel meridiano, está fixo nos dois pólos representando pois qualquer meridiano celeste ou terrestre. O outro, habitualmente de madeira, chamado anel do horizonte, está disposto horizontalmente.
Não se sabe quem foi o primeiro proprietário destes globos que estão na Sociedade de Geografia, mas, sabe-se que apareceram em 1723, em Haia, num leilão, onde o embaixador D. João Gomes da Silva (1671-1738), Conde de Tarouca, os comprou, para D. João V dizendo parecer-lhe “que são bem dignos” da Biblioteca Real que o soberano, na altura organizava. Cada globo tem o diâmetro de 1,10 m. e é suportado por uma base de madeira e metal, com a tábua do horizonte onde está aplicado o papel gravado com o Zodíaco e um calendário. Não se conhece o caminho percorrido pelos globos, desde então. Naturalmente estiveram na dita Biblioteca, situada no torreão do Paço da Ribeira e foram transferidos para o Arsenal do Exército, após o Terramoto. Ao certo, sabe-se que o geógrafo e historiador Luciano Cordeiro (1844-1900) os encontrou aí, em 1878 e que, por despacho do então ministro da guerra, foram transferidos para a Sociedade de Geografia de Lisboa, onde têm estado na chamada Sala da Índia.
Depois de restaurados, os globos regressaram à Sociedade Portuguesa de Geografia onde é possível mantê-los em boas condições de conservação e onde o público os poderá apreciar. São obras de arte que atestam o génio de um homem e a ciência de uma época. E que hoje igualmente se admiram pelo engenho dos modernos na conservação deste testemunho.

1 e 2 Globos de Coronelli
2-Globos de Williem Blaue, Sec.XVII. Museu da Marinha em Lisboa
3-Um dos globos Coronelli em fase de restauro no Instituto Português de Recuperação e restauro.

Excerto de um escrito de Nuno Crato, Professor de Matemática e Estatística do ISEG e publicado no “Club do Coleccionador”

M.A.

23/09/08

A máquina de costura...



... é um aparelho utilizado para unir ou prender partes de tecidos ou outros materiais flexíveis, por exemplo na fabricação de peças de vestuário ou de calçado. Basicamente, a máquina consiste num mecanismo que faz mover uma agulha na ponta da qual está enfiada uma linha que é em cada movimento de passagem pelo tecido enrolada noutra linha colocada numa bobine separada.

O movimento pode ser feito manualmente, por meio de um pedal ou por um motor eléctrico. Existem muitas variantes da versão básica, algumas especializadas para certas funções, como por exemplo para cortar e chulear (chamadas também de "máquinas de cortar"), para pregar botões, e para uso domestico ou em fábricas.

Aqui podemos ver como tudo funciona

22/09/08

CONSELHOS PARA MULHERES


Tenho bem a certeza que vos irei proporcionar uns momentos de boa disposição com o apontamento que vos mostro hoje. Contudo, ele servirá também para dar aos mais novos, uma ideia da mentalidade e conceitos que se viviam na altura. Não me recordo de onde o retirei. Dando volta a uns papeis que tinha guardados, encontrei-o e achei curioso trazê-lo para um post. São umas tantas frases retiradas de revistas femininas da década de 50 e 60.

- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957)
- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu
carinho e provas de afecto. (Revista Claudia, 1962)
- A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar
banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1965)
- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de
incomodá-lo com serviços domésticos. (Jornal das Moças, 1959)
- Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinzas
nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa. (Jornal das Moças,
1957)
- A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma
mulher que não tenha resistido a experiências pré-núpciais, mostrando que
era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara. (Revista Claudia,
1962)
- Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na
verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954)
- O noivado longo é um perigo. (Revista Querida, 1953)
- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
(Jornal das Moças, 1957)

E para finalizar, “a mais” de todas:
- O LUGAR DA MULHER É NO LAR. O TRABALHO FORA DE CASA MASCULINIZA. (Revista Querida, 1955)

Prestaram bem atenção a tudo, minhas senhoras? Divertiram-se?

AGORA, A CONCLUSÃO A QUE TODOS OS HOMENS CHEGAM, SUSPIRANDO, DEPOIS DE LEREM ISTO:

Já não se fazem mais revistas didácticas e carregadas de moral como antigamente!...


M.A.

21/09/08

JOGO DO RAPA

O Verão vai fugindo e é preciso animar os serões.

O jogo do rapa, a que tanto brinquei, é sempre uma boa opção....

Regras:

Utiliza-se um pequeno pião ou rapa também chamado de piorra ou pionete com quatro faces em cada uma das quais se encontra inscrita cada uma das letras R (Rapa), T (tira), D (Deixa), P (Põe).
Os jogadores, em número variável, colocam-se à volta de uma mesa ou numa superfície lisa onde colocam a sua "oferta" (um botão, um feijão, um rebuçado, um pinhão, etc.)
Depois de dado o impulso do movimento rotativo através dos dedos indicador e polegar, ou médio e polegar, a rapa gira, e acaba por cair ficando com uma das faces virada para cima, indicando assim a sorte do jogador:
R - Ganha tudo o que está na mesa;
T - Tira um objecto;
D - Deixa um objecto;
P - Põe lá outro objecto;

Ganha o jogador que no fim do número de jogadas definidas, obtiver maior número de objectos.

Votos de boa brincadeira!
fc

20/09/08

Harmónica , gaita de beiços, gaita de boca,



A harmónica , gaita de beiços, gaita de boca, ou simplesmente gaita (também conhecida como realejo, é um instrumento musical de sopro cujos sons são produzidos por um conjunto de palhetas livres.

A gaita possui na sua embocadura um conjunto de furos por onde o instrumentista sopra ou suga o ar. Devido ao seu pequeno tamanho, a gaita não possui caixa de ressonância. O gaitista pode usar as mãos em concha para produzir variações de intensidade. Quando executada em conjunto com outros instrumentos, é comum que ela seja amplificada eletrónicamente. A gaita é bastante usada no blues, rock and roll, jazz e música clássica. Também são muito comuns os conjuntos compostos apenas de gaitas, as chamadas Orquestras de Harmónicas, que normalmente tocam músicas tradicionais ou folclóricas.

A gaita teve a sua origem num antigo instrumento chinês, o sheng, que foi inventado há mais de cinco mil anos e que funciona pelo princípio de palhetas livres. Esta técnica de produção sonora gerou uma grande família de instrumentos accionados por foles ou bombas de ar, como o acordeão e a melódica. Nos órgãos é comum que alguns tubos sejam flautados e outros utilizem palhetas livres para produzir sons com timbres diferenciados.

Em 1821 um relojoeiro alemão chamado Christian Ludwig Buschmann inventou um instrumento semelhante à gaita actual com 15 palhetas e 10cm de comprimento, mas esse instrumento foi encarado como um brinquedo e não foi considerado adequado para a execução musical. Em 1857 um outro relojoeiro alemão, Matthias Hohner, fundou uma companhia e começou a fabricar as chamadas harpas de boca ou órgãos de boca com 10 furos. O instrumento passou a vender muito bem na Alemanha, França, Itália e nos Estados Unidos.

Na Europa a gaita tornou-se um instrumento muito popular na música folclórica e surgiram bandas e orquestras especializadas neste instrumento. Nos Estados Unidos foi muito utilizada na música country. Com o aparecimento do blues no início do século XX, a gaita chegou ao seu auge e daí garantiu a participação noutros géneros musicais, como o jazz, folk music, rock and roll e até na música clássica.

Hoje com a popularização do instrumento existem diversos fabricantes de gaitas espalhados pelo mundo: Hering e Bends no Brasil, Hohner e Seydel na Alememanha, a Suzuki no Japão e a Lee Oskar nos E.U.A.


Pode saber muito mais sobre este instrumento musical aqui e aqui

19/09/08

O QUE AS LETRAS NOS PODEM DIZER




DNA – As letras podem ser únicas

ETC – As letras sempre têm algo mais a dizer

QI – As letras podem ser um parâmetro

KL – As letras podem ter muito peso

LSD – As letras podem ser alucinantes

RIP – As letras podem ser implacáveis

SOS – As letras podem ser de grande ajuda

TNT - As letras podem ser explosivas

HIV - As letras podem marcar para toda a vida

WC - As letras podem ser um grande alívio

N - As letras podem significar infinitas coisas

XL - As letras podem causar delírio de grandeza

Z - As letras podem ter um bom final

JUNTE-AS, LEIA MAIS E MELHOR!



“A LEITURA TORNA O HOMEM COMPLETO;
A CONVERSAÇÃO TORNA-O ÁGIL E O ESCREVER
DÁ-LHE A PRECISÃO”

SIR FRANCIS BACON (1561-1626)
Filósofo e estadista Britânico

M.A.



18/09/08

O QUE É E PARA QUE SERVE UM PIANO?

_Saberemos nós responder a alguém que nos pergunte o que é um piano?
Quase certo será dizermos que é um instrumento musical, com teclas brancas e pretas, etc. etc..
_E para que serve?
_Olhem que disparate! Serve para compor e tocar belas melodias, evidentemente!




Pois, caros leitores, reparem nesta foto e vejam que serve também para mais alguma coisa. Neste caso para…assar no forno!...

Criou-se o habito de chamar também assim ao entrecosto do porco, imaginem só, aqueles que o não sabiam!
Vi esta lousa escrita, à porta de um restaurante, achei graça, fotografei e trouxe para vós.

M.A.

17/09/08

Ferro de engomar ... outro modelo


Reparem bem no pormenor deste ferro de engomar....a portinhola por onde se introduz o carvão....!
Magnífico. não é?

Há uma certa menina que o utilizou muito, não é Amélia?

Obrigada pela foto

Os nossos visitantes vão gostar de conhecer este exemplar.......
fc

O ferro de engomar...



...é um instrumento usado para passar roupa, alisando tecidos, utilizando aquecimento. Os ferros antigos utilizavam óleo, carvão ou gasolina para aquecer, enquanto os modernos utilizam energia eléctrica.

A história do ferro de passar ou engomar começa há muito tempo. Desde o século IV já existiam formas de alisar roupas. Os chineses foram os primeiros a utilizar uma panela de latão com brasa que manuseavam através dum cabo comprido para obter o efeito desejado. Nos séculos seguintes, madeira, vidro ou mármore eram os materiais mais comuns dos alisadores criados no Ocidente. Eles eram utilizados a frio, uma vez que até o século XV as roupas eram engomadas, o que impossibilitava o trabalho a quente.

Somente no século XIX surgiram outras modalidades como o ferro de lavadeira, a água quente, a gás e a álcool. A evolução do produto culminou em 1882, com a patente do ferro de passar eléctrico, feita pelo americano Henry W. Seely e, somente em 1926, surgiria o primeiro ferro a vapor.

fc

16/09/08

MARCADORES DE LIVROS


Dois pintores, uma galeria de arte e assim nasce uma colecção. Certo é que um marcador de livros, visto isoladamente, é um objecto quase banal, mas junto com outros diferentes adquire outra dimensão e eloquência.

Há uns anos a galeria de arte Enes editou marcadores de livros ilustrados com obras de artistas plásticos de quem tinha obras no seu acervo. Entre eles estavam os pintores José Cândido a Maria Amaral que, não sendo propriamente coleccionadores, se consideram com propensão para “ajuntadores”. Motivados pela singeleza e virtualidades desses objectos, que podem veicular muito mais do que uma informação sucinta a indicar uma obra e o autor, começaram a sua colecção de marcadores de livros.

Hoje têm milhares, cuidadosamente arquivados em pastas. “Com a vida, a colecção foi crescendo”, observa José Cândido que depois ironiza: “Bem alguns dos que tenho até foram feitos por mim”. Sem se dedicarem a uma busca muito aturada para reunirem mais e mais “peças”, quando deparam, cá dentro e lá fora, com mais um exemplar, seja qual for a sua temática, guardam-no e, assim vão enriquecendo a já variada colecção. Além disso, pessoas amigas que encontram aqui e ali desses artefactos, sobretudo se for mais ou menos sui generis, também contribuem para este engrandecimento. “Alguns até os usam como bilhete postal”, diz o pintor, que acrescenta: “Aprecio-os também porque trazem boas memórias”.

“Actualmente, não são apenas os editores, livreiros, galeristas, responsáveis de museus e de instituições ligadas às artes e à cultura que fazem marcadores. A par dos que têm como tema a pintura ou o teatro, há muitos outros que fazem alusão a hotéis, restaurantes e outras casas comerciais que se diferenciam por esta ou aquela razão.

(Revista do Club do Coleccionador)

M.A.

15/09/08

ARTE POPULAR TAMBÉM TEM "PIETÀS"


A palavra “Pietà” transporta-nos, de imediato, para algumas esculturas famosas italianas que lá, ao vivo, ou, simplesmente na estampa de um livro de arte qualquer, um dia chamaram a nossa atenção. Mas a verdade é que a história sagrada, onde se fala do drama da morte de Jesus e da dor de sua Santa Mãe, inspiraram também artistas que, não tendo nunca frequentado nenhuma escola, souberam, mesmo assim, executar peças sob o mesmo tema. Hoje falar-vos-ei de duas “Pietàs” que encontrei. Que me perdoem, desde já, tantos outros artistas do género, que desconheço e que mereceriam igual referência. Continuarei a procurá-los, com vista a uma menção futura, mais alargada, de peças relativas ao tema.



Enquanto colhia dados, no sentido de escrever o post relativo às “Pietàs de Michellangelo”, caiu-me sob os olhos esta curiosa foto de uma outra “Pietà”, que se encontra entre nós, no Centro Cultural Raiano, em Idanha a Nova. Trata-se duma obra de sabor popular, como facilmente se depreende e cuja data não está indicada. É feita talvez em barro, o seu autor é desconhecido e, pela ingenuidade de formas e técnica pouco apurada, entendi que faria contraponto com as do famoso artista italiano, sendo portanto interessante mostrá-la aos leitores.


A seguir, folheando uma biografia de José Franco, o conhecido barrista do Sobreiro, Mafra, encontrei esta outra enternecedora “Pietá”, a que nem sequer falta o pormenor do lenço, na mão da Virgem, para enxugar as lágrimas pelo Filho morto que repousa no seu regaço. Esta, é uma peça de 25 cm. que ele fez em 1983. Chamo a vossa atenção para o semblante entristecido que o artista popular conseguiu imprimir a esta Mãe e o ar desfalecido, exangue, de Jesus. É para mim arte no seu estado mais puro, onde o artista se “entranha, ele mesmo” no barro que trabalhou.
Saber transmitir nas suas obras, os diferentes sentimentos, amor, raiva, alegria, dor… é efectivamente um dom nato que José Franco possui. Voltarei, num futuro próximo, para falar dele de forma mais abrangente.

P.S.- A palavra italiana “Pietà” podemos traduzi-la como "Piedade". Preferi deixá-la no original por estar já bastante divulgada entre nós.

M.A.

13/09/08

10.000 visitantes

Atingimos hoje os 10.000 visitantes!

Agradecemos a todos os que nos honram com as suas visitas e opiniões.


Bom fim de semana a todos.

M.A. e FC


12/09/08

MICHELLANGELO ESCULPIU QUATRO PIETÁS


Michellangelo Buonarroti, o tão conhecido artista escultor e também pintor italiano, nasceu em Caprese em 1475 e veio a falecer em 1564 . Muitas foram as esculturas que nos deixou, mas, curiosamente é a pintura do tecto na Capela Sixtina , de que as as pessoas falam, em primeiro lugar, associando-a ao seu nome. Hoje, irei apenas referir-me às suas quatro famosas Pietàs (Piedades) que executou ao longo da sua vida.



Começarei pela que se tornou mais divulgada já que se encontra na Basílica de S. Pedro do Vaticano e que foi esculpida quando o artista tinha apenas 23 anos: A “Pietà Vaticana” ou “de S.Pedro”. É feita em mármore branco de Carrara e as figuras de Maria e seu Filho são elaboradas de forma minuciosa e delicada e bastante expressivas. Dado ter sofrido um atentado, com um martelo, em 25 de Maio de 1972, após o necessário restauro, passou a estar resguardada atrás de uma cx. de vidro à prova de bala o que impede que se veja de uma forma perfeita. Esta Pietà é a única que se encontra assinada.


A segunda é a que é denominada “Pietà de Palestrina”. Encontra-se na Galleria dell’ Accademia, em Florença e é igualmente feita em mármore de Carrara, desta vez amarelo. Tomou este nome pelo facto de ter estado algum tempo no túmulo do Cardeal Barberini, na Igreja de Santa Rosália, na localidade de Palestrina, cerca de Roma. Há dúvidas em relação ao autor, pelo facto de não terem aparecido documentos da época que a mencionem. Diz-se também que Michellangelo a terá começado mas foi continuada depois por outro escultor.


A terceira, a “Pietà Bandini” ou do “Museu dell’ Opere del Duomo”, encontra-se, igualmente em Florença. É, tal como as outras, feita em mármore e tem a particularidade de Cristo estar amparado por uma figura masculina, José de Aritmeia, aquele homem rico, de quem nos fala a História Sagrada, que terá ido pedir a Pilatos o corpo morto de Cristo, para o sepultar. Diz-se ainda que este rosto será também um auto-retrato de Michelangelo e que ele destinaria este grupo escultórico ao seu próprio túmulo. Esta obra foi feita cerca de 1557, quando a idade do artista rondava já os 82 anos. Esta peça está inacabada porque o autor, em dada altura, talvez insatisfeito, decidiu destruí-la, quebrando-a. Estes fragmentos foram guardados e, mais tarde, comprados por Francesco Bandini. Um pupilo de Michellangelo, Tibério Calcagni foi quem a restaurou e, diz-se que foi também ele quem executou, de raiz, a figura de Maria .Madalena que se vê à esquerda. Por mim, que tive a oportunidade de ver, bem de perto, no local, esta Pietà, achei-a de um dramatismo e expressão invulgares!


Finalmente temos a “Pietà de Rondanini” que se encontra no Castelo Sforzesco em Milão. Também feita em mármore, apenas com duas figuras como a primeira e nota-se, perfeitamente, que está inacabada. Sabe-se que Michellangelo trabalhou nela até poucos dias antes da sua morte. Encontrada no seu atellier foi , mais tarde, em 1744, vendida à família Rondanini, daí o ser conhecida por este nome.
Ficaram assim a saber, muito resumidamente, a história das quatro Pietàs deste consagrado artista italiano e viram também a foto de cada uma delas.

1- Pietà Vaticana ou de S. Pedro
2- Pietà de Palestrina
3- Pietà Bandini
4- Pietà Rondanini

M.A.

11/09/08

O MUSEU DA FARMÁCIA

(Clique para ampliar)

Em 1998, o museu criado pela vontade dos farmacêuticos recebeu o Prémio de melhor Museu Português; Em 2002, o Prémio de Melhor Design de Comunicação; em Maio de 2004 foi proposto pelo European Museum Fórum.

O Museu de Farmácia sito no Alto de Santa Catarina,(Rua Marechal Saldanha, nº 1), em Lisboa, foi inaugurado em Junho de 1996 e expõe ao público uma vasta e diversificada colecção sobre a História da saúde no Mundo ao longo de mais de cinco mil anos. Numa visita guiada, para começar, “percorre-se” a área dedicada à Farmácia em Portugal.

A iniciar a digressão temos a reconstituição de três farmácias. A primeira de Paço de Sousa, do Sec XVIII, com inúmeros nichos e prateleiras com exemplares da faiança portuguesa de farmácia na época.

Depois, uma farmácia da segunda metade do Sec XIX, de madeira policroma, constituída por duas áreas distintas de épocas diferentes, com um balcão, com balaustrada.

Segue-se uma outra do início do Sec. XX, muito sóbria na decoração, onde quase só aparece o símbolo da palmeira e de serpente, nas portas e em dois belos potes da Fábrica de Sacavém, dos anos cinquenta, em verde e ouro.

Na área dedicada à farmácia Militar estão expostas peças representativas da actividade do farmacêutico no suporte à vida do soldado português nos diversos palcos de guerra ao longo do Sec XX. Material de análises, farmácias portáteis, bolsas de primeiros socorros etc.

Temos depois a única farmácia chinesa exposta no mundo ocidental, oriunda de Macau e datada do final do Sec XX

Noutra área do museu “caminha-se” ao longo de cinco mil anos de história da farmácia no mundo. Desde as primitivas civilizações como o Egipto e Mesopotânea, passando pela Grécia, Roma, Povos Incas, Medicina Islâmica, Tradicional Tibetana, farmácia Medieval, Africana, Japonesa etc. etc. há um sem número de peças e informação, interessantes, que prendem o visitante.

A visita termina precisamente com a exibição das farmácias portáteis usadas no Space-Shuttle Endeavour, na última viagem do milénio, (Dezembro de 2000) e das amostras de experiências científicas no espaço para além de medicamentos da Estação Orbital Mir e comida para astronautas russos.

(Excerto e foto da Revista do Coleccionador)

Nota - Isto, é apenas um curto resumo daquilo que poderá encontrar neste museu, já que o tema é demasiado extenso para um apontamento deste género. Penso porém que seja o suficiente para criar no leitor o desejo de lá ir fazer uma visita e tomar conhecimento de tudo o mais.

M.A
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

Localização

Localização
Localização