domingo, 12 de abril de 2020

Resgatando esse blog que há muito abandonei. Isadora hoje está com 14 anos e Renato com 11. Os dois estudam no Colégio Bandeirantes. Estamos há quase um mês de quarentena por conta da pandemia do coronavirus. Todas as atividades foram suspensas e estamos vivendo isolados em casa. Essa mudança na rotina, a intensa convivência forçada, tem nos unido mais ainda e estamos nos saindo muito bem.
Isso me fez lembrar de quando eram pequeninos e os desafios seriam bem maiores.
Aí deu vontade de resgatar o blog e fui fuçar o que escrevia eventualmente no facebook. Vamos lá:

Registros de 27/02/2011

"Tato nem sabe falar direito mas já diz: Você doida, mãe" -  (Na mesma época que o Tato começou a usar óculos. 2020 e  nada mudou. Ela ainda usa óculos e me chama de doida)

- Propus pra Isadora almoçar na escola ou a gororoba da mamãe. Reposta: "Mãe, pelo amor de deus, nenhum dos dois!"







domingo, 24 de setembro de 2017

Grande sacada do Renato em 10/02/17

Sempre que dou um sermão (inútil) no filho, digo: "Menino, sabes quantos anos eu tenho?!". Ele sempre fica calado e finge que está ouvindo. Ontem, acho que criou coragem, lascou: "Muitos???" 😅😅
Boa sexta!

Aventuras da Isadora - NR - 2013


Vasculhando meu facebook, encontro boas recordações. Vou trazê-las pra cá. Isadora viaja com a escola desde 2012, quando estava no primeiro ano.
Essa foto é de 30/08/13, seu segundo acampamento. Toda orgulhosa na pescaria. Olha a carinha dela. Tão pequenina. Fofa, fofa.

Eles estão tão crescidos


Sumi daqui. De novo. Arrependida. De novo.
Muito tempo se passou. As crianças cresceram, mudaram, se transformaram.
Isadora está com 12 anos. Não é mais uma criança. É uma pré-adolescente já. Continua alegre, sabida e sapeca. Cheia de amigos e de ideias. Gosta de música e ficar no celular, porque né, é dessa geração. Ano que vem vai pra outra escola porque quer conhecer pessoas novas e mudar de ares. A escola atual ficou pequena demais pra ela. A menina quer conquistar o mundo.
Renato está com 8 anos. Mudou bastante fisicamente. Está de cabelos compridos e mais magro. Gosta de ler gibis, ver TV e jogar no tablet, porque né, é dessa geração. Faz aulas de violino e já arrisca algumas músicas. É um menino caseiro, não gosta de viajar nem de passeios ao ar livre. Se deixar, passa o dia em casa. Continua carinhoso e adora colo. Ainda estica a mãozinha pra eu beijar, o que é a coisa mais fofa do mundo.
Gostaria de ter registrado mais as conversas com eles, os momentos da infância que não voltam mais. Curti como pude cada fase, acompanhei de pertinho o crescimento e evolução deles o que foi muito importante para criar nossos vínculos mas eu queria ter um registro mais detalhado disso tudo. A correria do dia a dia vai nos engolindo, a gente esquece e deixa passar, a memória nos trai. Que pena.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Atualizando o blog

Eu não deveria parar de escrever aqui. As crianças crescem tão rápido. São tantas aventuras, tantas emoções e eu deixando de registrar. Santa burrice, Silvia.
Meus filhos estão uns fofos. Sim, mãe coruja assumida.
A casa está cheia de vida sempre.
São choros, risos, gargalhadas e gritos (a maioria são meus, confesso envergonhada).
Brinquedos espalhados, gibis e revistas revirados.
Cheiros vindo da cozinha: o pão com requeijão do papai e a pipoca queimada da mamãe.
Bagunça e confusão na hora de sair de casa: é um tal de "vamoqueestamosatrasados" (essa parte é por conta da mamãe que sempre deixa tudo pra cima da hora)
Birras e brigas de irmãos de quem vai sentar naquele bendito cantinho da cozinha, de quem vai apertar o botão do elevador, de quem vai entrar e/ou sair do quarto primeiro e por aí vai.
Se há brigas, há também as mais lindas e doces demonstrações de amor (Isadora abraçando o Tato e chamando ele de "fofo" é de amolecer corações de pedra!)
Tenho um orgulho danado dos meus pimpolhos, das coisas bacanas que eles fazem e dizem, do jeitinho peculiar de cada um. Eu não deveria ter preguiça de registrar a infância deles neste espaço.
Vou tentar passar mais vezes aqui. Fica a meta atrasada para 2014.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quem está vivo sempre aparece

Abandonei o blog. Sei, é uma vergonha. Meus filhos crescendo rápido e não tenho mais disposição para relatar as aventuras deles. Que pena.
Depois desse hiato, vale uma olhadinha nos dois. Na rede, de férias em Gamboa-SC, em janeiro deste ano. Como estão crescidos e lindos.
Isadora completou 8 anos. Mudou de escola. Fez novas amizades mas não nunca abandonou a primeira melhor amiga, a Luana. Trocou dentes, colocou aparelho. Anda de bicicleta. Anda de patins. Nada muito bem. Adora tomar banho de mar, mesmo no frio. Piscina idem. Leitora voraz de gibis da Turma da Mônica. Faz aula de teclado, desenho e tênis, além das aulinhas de inglês. Aprendeu a resolver o cubo mágico e anda cronometrando o tempo. Quer ficar cada vez mais  rápida nisso! Vaidosa, não dorme de pijama velho, porque gosta de estar sempre linda e arrumada, mesmo dormindo. Já vai tomar café de cabelos penteados.
E é um tal de pentear os cabelos a qualquer hora. É a última a ficar pronta na hora de sair de casa. É estilosa para se vestir. Abusa de chápeus, lenços, meias coloridas e cintos (já assalta meu guarda-roupa). É alegre, saltitante, inteligente, doce e carinhosa. Uma linda, não é?

Renato está com 4 anos. Desde os 2 anos, usa óculos. É a marca registrada dele. Mal levanta de manhã e já está de óculos. Ainda mantém a mania de esticar a mãozinha para que eu a beije. Está mais amadurecido e menos sensível, ou seja, chora cada vez menos para conseguir as coisas. Alegre e esperto, gosta de brincar com Lego. É observador e sabe de tudo que acontece a sua volta. É um contador de causos e relata tudo que vê e ouve na escola. Vai para as aulas de natação e judô a contragosto mas sempre se diverte. O menino é um gourmet! Senta-se para comer como gente grande. E come como gente grande, também. Adora um churrasco, especialmente o do Tio Fernando. Devora com muito prazer um sushizinho e não dispensa o shoyu. Dá gosto de ver. Ele é muito caseiro e por isso fica cansado e entediado nos passeios em família. Gosta de assistir TV grudadinho na gente feito um gatinho manhoso. Renato é o meu fofo.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Halloween

Sei, sei...Não é uma comemoração tipicamente nacional mas a moda pegou por essas terras tupiniquins. Acho que começou nas escolas de inglês mas já faz parte do calendário regular das escolas particulares a tal festa do Halloween. Crianças vão fantasiadas de tipos assustadores e carregando suas sacolinhas/bolsinhas para se entupirem de doces (os piores possíveis na minha reprovadora opinião!).
Isadora se preparou com antecedência para esse dia. Nada de bruxa ou vampira. Ela queria ser a "A Noiva Cadáver". Sim, aquela que vem do além para se casar com o noivo de outra. Alguns detalhes em http://www.adorocinema.com/filmes/filme-56718/.
Isadora pediu que a vovó Malu costurasse um vestido de noiva para o Halloween. Vovó Malu, como sempre entusiasmada, mas um pouco perdida. Não sabia quem era a tal Noiva Cadáver. Isadora lhe mostrou no Google de quem se tratava:

Inspirada no modelito, Isadora desenhou sua própria versão do vestido, explicou os detalhes para o vovó e juntas foram até a 25 de março para comprar o material necessário: tecidos, rendas, flores,  etc.

Não ficou o máximo? Com direito a véu, buquê e luvas. Tudo combinando. A cauda do vestido é bem de noiva mesmo! Não é possível ver os detalhes do véu, tiara e bolsinha (que eu mesma fiz com a renda roxa que sobrou do vestido!)

Bom, a fantasia do Renato é a mesma do ano passado. Sem muitas complicações, o vampiro virou pirata no Carnaval e depois voltou a ser o que era antes, um manjado vampiro. E se divertiu do mesmo jeito. Hehehehe


No, I don't!

Renato me mata de orgulho! Ele já faz aulas de inglês na escola e sempre se mostra entusiasmado com o idioma. Até já o peguei contando "one, two, three, four, five". Mas o melhor estava por vir. Ele me surpreendeu ontem, durante o café da manhã:
Eu - Renato, você quer suco de uva?
Renato - No, I don't!
Eu - O quê???? ( Estupefata, dando risadas histéricas, quase caindo pra trás, deveria ter perguntado "What???")
Renato - No, I don't (ele percebeu que não estava em aula, deu risadinhas pra mim e respondeu em português: Não quero, mãe!).
Na próxima vez, vou manter a seriedade da coisa e arriscar um diálogo simples com ele e não demonstrar toda a minha corujice de mãe.

domingo, 26 de agosto de 2012

À toa

Há muito tempo queria postar um trecho interessante de uma conversa entre a Isadora e Renato:
Isadora: Tato, você nem sabe o que quer dizer à toa!
Renato: Sei sim!
Isadora: O que é então?
Renato: À toa é quando eu fico chorando!
As crianças desenvolvem seu próprio vocabulário de acordo com suas experiências e com o retorno dos adultos. O Renato relacionar que à toa significa o ato de ele chorar não foi muito um reflexo positivo devido ao fato de que se ele chora, ele tem os motivos dele e são muito sérios. Não, não é à toa. Essa interpretação dele me fez perceber o quanto estávamos ignorando o choro dele. Pra nós, adultos, pode parecer que às vezes uma criança chora à toa. Renato me fez entender que à toa não é quando ele chora.



quinta-feira, 15 de março de 2012

Renato com 3 anos e 3 meses

Sei que faz muito tempo que não dou notícias do meu Renato. Ele completou 3 anos em dezembro e parece que acordou pra vida. Fala de tudo, argumenta, pergunta, discute, bate boca e chora (isso ele faz com maestria). Às vezes finge que chora pra conseguir o que quer. É um manipulador charmoso e adorável. Muito ciumento e possessivo, não gosta de dividir os brinquedos dele com ninguém. Eu o defendo, já tem que dividir pai, mãe e quarto de dormir ainda precisa compartilhar brinquedos?? Ele vai ter muito tempo pela frente pra aprender. Por outro lado, ele é extremamente carinhoso e doce. Gosta de colo, de ficar aninhado e de ganhar beijinho na palma da mão (ele estica a mãozinha na nossa direção e diz: Beija, beija..). Ele se tornou um craque em montar quebra-cabeças de até 60 peças, o que pra idade dele é um grande trunfo. Tem habilidade e muita destreza com Lego (para delírio do pai que é um amante desses bloquinhos mágicos e cheios de possibilidades). Ah, depois que ganhou a Bat-caverna (que ele chama carinhosamente de Batman-caverna), virou fã do Homem Morcego e de todas as suas parafernálias. E já gosta de usar fantasias também. Fica tão fofinho de Batman, Woody, Buzz ou Super Homem.
Renato demorou um pouco pra tirar a fralda. Já estava com 3 anos e 3 meses e nada. Nem mostrava sinal de que estava pronto. Num belo dia, do nada, ele me disse: "Mãe, eu não uso mais fralda!". E foi assim, de supetão, que ele largou as fraldas de vez. No início escapava um pouco e era uma correria até o banheiro. Até à noite, o danadinho dispensou a maldita. Meu Renato está um homenzinho!

Relaxa, mãe!

Trânsito em São Paulo é quase sempre caótico. Sou estressada por natureza. Não sou tranquila, não sou calma. Sou pavio curto, nervosinha. Reclamo, xingo e até buzino (sim, podem me atirar pedras!). Sei o quanto essa combinação de trânsito e gente estressada não é nada divertido para uma criança sentadinha no banco de trás. Isadora é muito calma, tranquila e está sempre na paz. Hoje, para meu espanto, ela me golpeia sem pestanejar:
"Relaxa, mãe. Deixa o trânsito pra lá. Vamos conversar!"  (Ah, como são sábias as crianças!)
Não satisfeita ainda me deu a receita dela pra encarar o caos diário dentro do carro:
"Sabe o que eu faço, mãe? Fico olhando as árvores, as casas.. E também gosto de contar o número de carros passando..!"  (É ou não uma menina muito sábia?)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eduardo e Mônica

Costumamos cantar ou contar estórias para a Isadora e o Renato na hora de dormir. Noite passada, Marcelo contou duas estórias mas eles ainda estavam muito agitados. Apaguei a luz e deitei com eles na cama da Isadora. Ficamos bem apertados, o que é uma delícia. Pensei no que cantaria para niná-los. As músicas não são as tradicionais de fazer dormir: Chico Buarque, Tom Jobim, Legião Urbana, Trem da Alegria, Balão Mágico e por aí vai. Quis cantar Eduardo e Mônica e não lembrava do começo. Sei que o Marcelo já havia ensinado pra Isadora há muito tempo e arrisquei ao perguntar (sem muita esperança):
"Isadora, você sabe o começo da música Eduardo e Mônica?"
E ela, mais surpreendente do que nunca, me respondeu:
"Claro, mãe. Começa assim: "Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração...Quem irá dizer que não existe razão...Eduardo abriu os olhos...."..
E cantou tudinho como se tivesse vivido nos tempos em que a música foi lançada, como se fizesse parte daquela geração que diversas vezes cantarolou Eduardo e Mônica, ora ouvindo no rádio ora ouvindo no toca-fitas ou no toca-discos. Me deu uma emoção danada de ouvir minha pequena tão à vontade com um repertório musical tão incomum pra idade dela. Não sei quais serão as preferências musicais dela nos próximos anos e deverei me atualizar nesse sentido. Por enquanto, ficamos com as músicas de antigamente (como já devem dizer por aí)!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sexo total..Amante profissional

"Moreno, alto, bonito e sensual.." Quem tem mais de 30 anos com certeza lembra desse hit dos anos 80. Tocava sem parar e não saía da nossa cabeça. Pois é. Isadora tem apenas 6 anos e também conhece! Não me dá muito orgulho e a culpa foi minha.
Um dia ela me pediu toda animada e cantarolando quando voltávamos da escola: "Mãe, põe pra tocar a música Sexo-total, Amante profissional (essa parte ela cantou igualzinho)"
Não pude conter a gargalhada nervosa e a saia-justa. Não, não era pra eu achar engraçado. Mas foi melhor rir do que ficar desontrolada e dizer pra ela nunca mais repetir a palavra sexo.
Esclareço de onde ela conhece a música. Certamente que foi ouvindo no meu carro. Meu pen drive tem 3 diretórios de músicas: um com hits nacionais dos anos 80 que um amigo me passou (lembrei de não incluir nesse grupo a infame Sônia do Léo Jaime), outro com músicas do Cocoricó e outro do Trem da Alegria/Balão Mágico (esse último ela chama de música dos anos 80). Quando as crianças estão comigo sempre ouço os dois diretórios de músicas infantis. Nada de músicas que tenham algum conteúdo adulto, certo? Errado. Certa vez, entramos no carro e liguei o rádio. Por descuido, começa onde? Moreno, alto, bonito e sensual... Tarde demais. Isadora adorou o ritmo e a voz. Eu não me atrevi a mudar de música pra não dar um ar de proibido para o tema. Torci  pra que a música passasse batido. E quem disse que passou? Nada. Ela pediu pra repetir. Repeti uma única vez. E dei por encerrada a sessão sem fazer nenhum comentário. Esperei que ela esquecesse. E esqueceu. Pelo menos era o que eu achava até ela pedir pra ouvir. Não coloquei pra tocar inventando que estava difícil achar a música no pen drive e ela aceitou. Mas entrou cantarolando no elevador Sexo total, amante profissional. Ainda bem que não havia nenhum vizinho. Já pensou a cara de susto dele? Só me faltava bem na hora me perguntar o que é sexo? O que iria dizer? E se ela cantar pra professora e amigos na escola? Vai dizer que ouviu no carro da mamãe. Sem falar, que ela cantou perto do Marcelo, que me olhou com cara de interrogação. Tá bom, ela ouviu no meu carro, respondi. Ele apenas sorriu. Imagino a sensação de alívio dele. Ainda bem que foi com a mãe, ele deve ter pensado. Se fosse com ele que Isadora tivesse escutado a música, eu não teria sido tão cabeça fria. Tsc, tsc!

domingo, 5 de junho de 2011

Idiomas segundo Isadora

Isadora inventou uma brincadeira em que eu e ela éramos cachorrinhos. Tínhamos nossa caminha, um cobertor e um bichinho pra roer. Tentando acompanhar a brincadeira perguntei:
- Filha, se somos cachorros, como vamos conversar? Vamos dizer: Au, au, au, au..
- Claro que não, mãe. Não vamos falar cachorrês, vamos falar gentês.
- Cachorrês??? Gentês??? O que é isso? (Perguntei dando risadas, mesmo sabendo a resposta. Eu queria continuar rindo...)
- Ah, mãe. Cachorrês é a língua que os cachorros falam e gentês é a língua das pessoas, oras. Ah, sim. Também tem o adultês, o criancês e o bebenês.
- E o que língua o Renato fala?
- É o Renatês, lembra? É uma mistura do bebenês com o criancês, algumas coisas quem fala adultês entende outras só ele sabe o que quer dizer.


Como uma boa mãe-coruja, não canso de me impressionar com a lógica da Isadora. Ela sabe que existem outros idiomas, como inglês, espanhol e francês, mas o que ela vivencia são as diferentes formas com que as pessoas (e os animais no modo deles) se comunicam.

domingo, 22 de maio de 2011

Mãe, você não tá lendo!

Renato adora ouvir estórias. Adora livros. Adora "ler". Eu adoro muito tudo isso.
À noite, antes de dormir, ele estica seus bracinhos, fica na ponta dos pés e pega um livro na estante do quarto dele. É uma gracinha. Mas nem toda noite eu tenho pique pra ler uma estorinha. Uma noite dessas, tentei enganá-lo. Abri o livro. E comecei a "ler". Parava em cada página, olhava as figuras, e falava qualquer coisa. Falava rápido como se fosse uma conversa e não uma leitura. Continuei meu teatro de leitura. E não é que o danadinho percebeu. Virou pra mim balançando a cabeça e falou:
- Mãe, você não tá lendo, não!

Me desarmou com tanta esperteza. Eu e a Isadora, que estava acompanhando a enganação (ai, que vergonha), nos olhamos com aquela cara de "não acredito". Como foi que ele percebeu? perguntei pra ela. Ela não soube dizer.
Acabei criando forçar pra ler de verdade porque o menino merecia, não é mesmo?