insignificante
Estou a ler, comprado a 1€, já o vi a 8€ noutro alfarrábio, um livro importante, mas um autêntico vómito. Mas leitura de grande utilidade, para perceber de onde vem o conservadorismo, o extremismo, o fascismo, e outros cultos que ora nos assolam.
Há mesmo, mas mesmo um pensamento, de facto um excreta, que sustenta estes personagens infectos que abundam, pagos pela alta finança e apoiados pelos locutores, propagandistas que enchem os orgãos de comunicação social, e as redes, ai as redes.
Todo o pensamento que contradiz a lógica de Deus, Pátria, e Família, e claro da hierarquia e submissão que deve apoiar esse é tido por revolucionário, todas as revoluções são patifarias, só Salazar e os seus prosélitos são de relevar.
Este é o livrinho, levo-o de viagem, a ele voltarei.
Esta é uma citação contra a corrente, dado que se aplica sobretudo aos que lutam contra o consenso dominante e a hegemonia que a partir do capital domina toda a nossa sociedade, uma observação pertinente sobre a comunicação social, ignorando é certo a lógica do poder económico e a estratégia dessa ideologia:
Já esta é uma súmula do pensamento reaccionário e a crença em algo que não é nem racional nem humano, o príncipio da contra-revolução não é senão o regresso do absolutismo, do nazionalismo com ou sem soberano:
já esta aplica-se inteirinha aos outrora revolucionários Espadas, Fernandes, Sousa, Durãos e outros, muitos outros, ora pasto da pior beataria, que dominam o pensamento único e que vem de outro, que desceram ao nível mais abjecto da sua inquietação:
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Tenho andado pelo DOC Lisboa e comecei a revisão da "maquetagem" do ALMARAZ E OUTRAS COISAS MÁS.
Hoje fui ver mais uns documentários menores, não sei como recebem aplausos, certamente de amigos e ignorantes.
Estórias que poderiam dar bons docs estragadas por falta de guião apropriado, som lamentável e até dificuldades no uso das câmaras.
Tem sido um desastre, salvo os que assinalei com qualidade...
E hoje acabei a leitura deste:
que não traz nada de novo. Um livro demasiado caro para a valia que tem, como refiro escassa, mal organizado além do mais (as fotos a maior parte não tem qualquer valor e o grafismo, ai, ai, ai!)
Falta referência e leitura enquadradora de Castoriadis e de Bettelheim, e é evidente que não chega classificar a revolução russa como uma birra de Lenine e seus sequazes.
Foi uma revolução, um golpe de Estado, para construir o capitalismo, sobre a acumulação primitiva e expropriação do campesinato e destruição das liberdades em nome de um capitalismo de Estado, com base nessa acumulação primitiva.
Estou é óbvio de acordo com grande parte das observações, tipo revista Caras, sobre as crueldades e safadezas leninistas, claro contrariando tudo, tudo mesmo o que eram os textos e formulações, muitas ainda hoje actuais do próprio Karl Marx, que também não era, pessoalmente, flor de cheiro.
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Todos, todos os dias são antes da revolução!
Em memória.
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a tecnologia evolui e a ciência ao seu serviço vai proporcionando alterações radicais na nossa percepção da realidade.
Este é o novo acumulador de energia que a Tesla apresentou esta semana.
A verdadeira revolução que se anuncia. Nunca foi os sovietes mais a electricidade!
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Trago aqui, com autorização da Ana, um dialogo por mail que trocámos, no quadro de posta anterior, motivada pelo meu mal estar pelo comunicado AI.
Por
ter lido o seu texto não consigo deixar de responder, e com poucas
palavras por agora porque estou cansada desta situação de ter de me
justificar pelo crime que não cometi.
Eu estive na manifestação e
também fui agredida pela polícia, por isso considero ter legitimidade
suficiente (como vítima e testemunha) para lhe dizer que não é verdade
que a acção policial tenha sido isenta de abusos.
O que o António viu é o que a televisão lhe permite, e como tal
compreendo que faça a leitura desse modo. Ainda que mesmo nas imagens
televisivas eu encontre provas do que vi e não entenda como outros não
vêem.
Começo por dizer-lhe que também eu condeno veementemente as actuações
que alguns manifestantes (custa-me intitulá-los como tal, considero-os
meros arruaceiros) agora, isso não pode, num Estado de Direito,
justificar o abuso de autoridade policial. Claro que a polícia deveria
intervir, mas agora diga-me porque não agiu quando os arruaceiros
estavam isolados no início de tudo isto e esperou uma hora e meia? A
polícia de intervenção é treinada para identificar e isolar agitadores e
a polícia à paisana que lá estava é quem o costuma fazer, como já vi
noutras manifestações. Independentemente disso, como se justifica que eu
que estava sentada num muro afastado, precisamente por estar a concluir
que as coisas estavam a desmoronar-se e já havia demasiados arruaceiros
e portanto a ponderar se me devia ir embora ou não dado que a maioria
ainda era de manifestantes pacíficos (e o que vê nas imagens são os
meninos da frente a causar distúrbios), tenha levado com a carga
policial, tal como a idosa ao meu lado, a criança que passava com a avó
por acaso na rua e que pessoas que já tinham caído no chão continuassem a
ser espancadas? Como justifica que batessem na cabeça, polícias tão
treinados para lidar com multidões? E a história do aviso é surreal,
então agora lá porque a polícia avisa à frente que vai atacar (e todos
nós temos ouvidos de ultrasom e conseguimos ouvir a metros de distância
no meio dos gritos e ocasionais petardos) tem carta branca para bater em
todos os corpos movíveis indiscriminadamente e num perímetro que vai
além daquele onde se concentravam os manifestantes violentos?
Desculpe, António, mas tinha que lhe dizer. E muito mais haveria. Eu
admito que se considere que a AI possa ter sido prematura porque se
sente que não há prova cabal de abuso de autoridade, tudo bem, não
estava lá e não viu, ok; agora negar que ela exista e considerar que não
estamos em clara situação de necessidade de abertura de inquérito não
consigo perceber. Naõ sei a base da decisão da actual Direcção para esta
tomada de posição mas acredito que tenha utilizado várias fontes de
info para formar a sua decisão que foi certamente difícil, com a qual eu
concordo mas admito que se possa discordar, agora não me venha dizer
premptoriamente que não houve violência policial porque isso é uma
afronta ao que eu vi e vivi e não é justo para quem lá estava sem causar
qualquer desacato como é o meu caso e considero vergonhoso que andem
para aí a julgar quem lá estava pacificamente como se detivessem a
verdade. Se eu compreendo que não seja perceptível o outro lado da
medalha dado à forma como os media trataram o caso, considero no mínimo
justo que me seja dado o benefício da dúvida e que não seja considerada
mentirosa porque, pelos vistos, a televisão detém a verdade.
Com todo o respeito que lhe tenho, António, espero que compreenda a
minha necessidade de resposta e que não o tenha eu de forma alguma
ofendido, pois não é de todo essa a minha intenção.
Um abraço,
Ana Ferreira
Ana,
Obrigado pelo teu comentário, que colocarei no meu blog, a não ser que me digas que não.
Mas
repara que não digo que não tenha havido abusos policiais, acho que
houve e desde logo estou completamente de acordo com questionar o MAI.
Mas vamos lá a ver, nem os próprios presentes na manif a classificam
como pacífica, francamente foram atiradas toneladas de pedras, toda a
calçada e mais alguns petardos e outras coisas contra a polícia que se
manteve, mal do meu ponto de vista mas é uma questão de mando, parada e
deveria ter intervido logo.
Claro, Ana que não desculpo a polícia pelas violências, mas não cometo a
ingenuidade de a ela atribuir a responsabilidade toda. Recordo que os
da ETA costumavam dizer os nossos (crimes) são erros os outros (crimes)
são assassínios.
A AI precipitou-se e o mal estar que está a alastrar é divido a uma posição impulsiva e não reflectida.
E
ao arrepio de posições, demasiado tímidas ou recuadas, que tomou como
no caso que refiro da pena de morte, sem julgamento aplicada a um
cidadão!
Estou certo que estamos do mesmo lado, contra a violência e pela vida do direito.
Bjs e mais uma vez disponível para este debate.
Labels: revolução
De hoje recebo um texto do meu amigo Miguel Teotónio Pereira * com que não posso estar mais em desacordo, mas na mesma dedico-lhe esta revolução.
Que me fuzilaria a mim e certamente a ele também, e que não tem nada a ver (nunca teve) com os valores que (que mais ou menos no fundo) defendemos, de solidariedade, liberdades, e sobretudo direitos todos os direitos.
Sou um extremista do direito e da sua ética num quadro de relacionamentos que nesta se baseiam e por isso tinha tido uma troca de palavras com ele a propósito da minha saída de uma lista de discussão, onde essas regras não foram respeitadas.
Com o meu conhecido (mau) carácter já não estou para aturar lógicas não democráticas (revolucionárias pois então) discursos de catedra ( que por vezes por leituras erradas também me atribuem...) e presporrência (palavrão que acarinho) e labrostadas ( outro dos tais!) não são comigo.
E ponto que a luta continua...
Assim também venho aqui dissociar-me do a todos os títulos lamentável ( e ainda não sei se é apócrifo embora esteja na página...) comunicado da Amnistia Internacional sobre as acções violentas, como todos, todos mesmo vimos por parte de um bando de encapuçados sem qualquer outro objectivo que fazer o jogo de quem não quer modificar o status quo e quer, certamente abrir o caminho a fuzilamentos, de direita ou de esquerda.
Diz a AI:
(...)
Amnistia Internacional condena uso excessivo e desproporcional de força contra manifestantes que protestavam pacificamente em Lisboa e pede inquérito ao Governo.
(...)
Pois acho que quem escreveu isto não viu de certeza a película.
Pacíficamente? Mas não teremos visto o mesmo filme? A calçada ficou toda, toda despedrada... vários petardos foram disparados ... terá sido uma nova arma da polícia... na televisão vi, vi mesmo muita violência, mas sobretudo de civis... contra polícias... seriam agentes infiltrados...
Bom é a mesma Amnistia que era eu da direccção recusou tomar posição ( enviou é certo um pedido de esclarecimento confidencial ao MAI, o mesmo que devia ter feito agora!) justificando dessa forma a condenação à morte de... um suposto violento, morto com um tiro certeiro na nuca.
Mas talvez a AI esteja influenciada,,,, embora não saiba por quem, neste caso só se for pelas inocentes e pacíficas ovelhinhas.
Não subscrevo, antes pelo contrário esta posição da AI, e trago aqui este mal de alma, por razões obvias.
* conheço e tenho amizade forjada na luta por valores o Miguel há quase 40 anos, a família sobretudo a Helena com quem também cultivo amizade e o Nuno que é, sempre foi e com os anos o estatuto reforçou-se um dos meus heróis de cidadania e exemplar pauta cívica, além da grandeza do percurso profissional e continuada reflexão.
Julgo, sei que do tempo "des cerises" que partilhámos ficou a capacidade e continuação das divergências e entendimentos, mas o saber ouvir, ler e entender. E como ele também partilha... não podemos ignorar.
O valor, os valores ficam na Espuma dos Dias que passa, este para toda a partilha e sua coerência
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