insignificante
Monday, October 31, 2005
 
O meu espírito acompanha o Zedu no seu périplo pelo sul de Áfica, onde certamente notará, talvez numa Moleskine, a vida e a luta pela sua continuidade, enquanto o meu olhar percorre "los apuntes y reflexiones" do Moleskine de Luis Sepulveda, as suas impressões, os seus registos de bocadinhos dispersos da vida.
A vida é a inteligência a lutar contra o esquecimento e a ignorância.
Hoje li uma das últimas declarações de George Bush (atenção amantes de chocolate!).
Disse ele:
- Vamos lutar implacavelmente contra a cocaina. Vamos bombardear todas as plantações de cacau!
Notável. Só a vida pode apreciar a estupidez da morte!
 
Sunday, October 30, 2005
 
Hoje, um domingo absolutamente outonal, sou informado de uma morte.
Da morte de um dos poucos homens antigos que ainda havia.
Sempre o conheci como homem “antigo” . Recordo-me, recordá-lo-ei com o seu ar, sempre de grande senhor, e os seus modos, de uma delicadeza e trato que já pouco existem.
Tinha sempre uma palavra gentil, com a distância dos homens antigos, e nunca o vi, em nenhuma circunstâncias elevar a voz ou puxar pelos galões.
Não necessitava pois era um homem que quando falava, usava o tom do conhecimento e também da lógica da aquisição desse conhecimento.
Sabendo das minhas deficiências na “engenharia” tinha comigo sempre uma grande, uma enorme compreensão, que recordo também transformada em humanidade quando, já lá vão 20 anos a minha mãe morreu.
A este homem antigo deve a saúde energética do país, e a possibilidade de ainda termos possibilidades de desenvolver equilibradamente o nosso sistema electro-produtivo, um tributo enorme.
A sua voz sempre soando do fundo de um enorme conhecimento fez-se sentir, com uma qualidade inexcedível no âmbito dos vários Planos Energéticos Nacionais que se foram sucedendo nos anos 80.
Recordo o seu papel vigoroso no quadro da legislação do auto-produtor de energia e também o seu papel destacado para uma política de desenvolvimento da eficiência e rentabilidade energética.
Há algum tempo, a última vez que nos cruzámos, falámos das novas energias as eólicas e os potenciais oceânicos, assim como me lembro ele, de forma a fazer-me corar, referir o “nosso” papel na possibilidade dessas e de não termos 6 ou 7 centrais nucleares a pairar-nos, hoje, sobre o horizonte.
E quero também, pois isso fazia parte do seu ser, como homem antigo, de um enorme coração, transparente face aos interesses, e de uma lealdade e honra sem mácula, o seu continuado apoio, mesmo nos momentos difíceis ao C.E.E.E.T.A., onde penso que forjámos, e para isso com as outras energias a do Prof. Domingos Pereira de Moura, foi a mais antiga de valores, sabedoria e humanidade, amizade e criámos solidariedades.
Hoje, um domingo absolutamente outonal,sou informado de uma morte.
E com tristeza que recordo o mestre, o amigo, o homem antigo, que foi Domingos Pereira de Moura.


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Saturday, October 29, 2005
 
Desde o Iraque que não tenho senão reencontros com J.P.P.
Hoje no abrupto.blogspot.com leio uma informação surpeendente sobre o que ele designa propaganda negra. Inacreditável!
Que é de facto um nojo e devia merecer acção policial e condenação em justiça e consequencias políticas claras.
Em Barrancos, como noutros locais, também houve.
Além de um comunicado do P.S. assinado em papel timbrado pelo Presidente da Câmara (que sofreu uma derrota histórica), um "apócrifo" e falsificado boletim de voto distribuido pelo P.S. após o termino da campanha eleitoral devia merecer investigação e sanções políticas e penais.
Mas, como diz o JPP, somos Portugal...
 
Friday, October 28, 2005
 
Sou contra os Estados religisiosos. A Arabia saudita, o Irão, Israel, A Santa Sé, a Birmania, a generalidade dos Estados árabes, etc.
Entendo que quando um Estado (e no própro Estado português existem condicionalismos religiosos, como a Concordata, espúrios) se coloca sob a lei de Deus, coloca-se contra os homens e os seus direitos.
Acho inaceitáveis os presupostos que o religisioso presidente de um Estado dominado pelo ayatolas (o Irão) emitiu contra outro Estado dominado pelos religiosos (os diversos rabinatos) (Israel).
Mas tenho que referir, porque esse é o sonho daqueles que defendem a lei e o direito que onde está hoje Israel e a Palestina se deveria formar um Estado laico, onde as regras da democracia, e defesa dos direitos civis de todos eles, incluindo o direito à religião, fosse fermento. Onde todos, todos os credos, raças e povos tivessem os mesmos direitos, iguais. Onde a tolerância fosse a regra não dita, não escrita, mas soprada.
Esse sonho exclui Israel e o fundamentalismo que é alimentado pelo Irâo e por outros sectores da intolerância islâmica.
É um sonho. Seria bonito.
 
Thursday, October 27, 2005
 
Hoje um texto de opinião.

Contra a hipocrisia, pelo direito!

Dezenas, centenas de mulheres em Portugal são obrigadas, são obrigadas violando-se, mas por motivos maiores que o próprio acto que realizam, motivos que tem que arrastar com elas, mas que são só delas e da sua consciência, dezenas, centenas de mulheres em Portugal, por insuficiência da lei ou por limitações ao seu adequado exercício, e por preconceitos e normas religiosas que em nenhum caso se deveriam impor ao Estado laico, dezenas, centenas de mulheres por sua vontade recorrem à interrupção voluntária da gravidez, praticam um aborto, em clandestinidade.
Muitas como se fôramos um Estado submetido à lei de Deus (mas qual Deus e quem nos garante a sua lei?), devido a leis que mergulham na dita Santa Inquisição vão a tribunal e, após esse acto que praticaram, como último recurso para evitar uma maternidade não desejada , têm aí que passar por uma nova humilhação, tem que ser expostas na sua intimidade, devassadas no seu ser e consciência.
A república continua a estar dependente de leis que não são deste tempo, e as próprias leis existentes são adulteradas por motivos espúrios, que contrariam o próprio juramento de Hipócrates.
Pois o inacreditável sucede.
A direita mais retrograda do mundo, à qual o famoso poema da Natália não cabe porque tem a cabeça muito grande de hipocrisia, inviabilizou, através de artifícios vários e manobras de baixa política a realização de referendum sobre este tema. Referendo que é urgente para pôr fim a esta calamidade que se abate sobre dezenas, centenas de mulheres, referendo que só pela tal hipocrisia e insensibilidade pode ser adiado. Para eles ad eternum.
Esperando que um futuro presidente que lhes seja afecto, insensível ás razões sociais protele a resolução deste problema, adie a modernidade para Portugal.
Pois esta direita que, por todas as formas não deixou que o referendo se realizasse, em tempo útil, e esse já era, vem agora carpir que a Assembleia da Republica (que, em lapsus linguae, alguns gostariam que fosse nacional) não pode assumir, exercer os seus poderes legislativos.
Pois onde está a moralidade desta gente?
É urgente que a questão da descriminalização de mulheres que exercem o seu direito primeiro, ao seu corpo e à sua vida e a uma maternidade consciente seja legislada.
É urgente que o Estado português deixe de ser um Estado facínora, hipócrita e que aqueles que tem o poder o usem, já que outros não permitiram que o processo referedentário se realizasse.
É que se houve uma promessa de resolver esta questão em referendo, que foi inviabilizado por aqueles que não querem esta resolvida também houve outra.
De até final de 2005 as mulheres portugueses não terem que ser devassadas, violadas na sua vida e entranhas por próceres de outros tempos, ao serviço de regras que o tempo não pode aceitar.

 
Wednesday, October 26, 2005
 
Em memória do João Vilaverde, que "brinque" com os toiros para sempre.

LES TOROS
de Jacques Brel

Les toros s'ennuient le dimanche
Quand il s'agit de courir pour nous
Un peu de sable du soleil et des planches
Un peu de sang pour faire un peu de boue
Mais c'est l'heure où les épiciers se prennent pour des Don Juan
C'est l'heure où les anglaises se prennent por Montherlant

Ah!
Qui nous dira à quoi ça pense
Un toro qui tourne et danse
Et s'aperçoit soudain qu'il est tout nu
Ah!
Qui nous dira à quoi ça rêve
Un toro dont l'oeil se lève
Et qui découvre les cornes des cocus

Les toros s'ennuient le dimanche
Quand il s'agit de souffrir pour nous
Mais voici les picadors et la foule se venge
Voici les toreros la foule est à genoux
Mais c'est l'heure où les épicier s se prennent pour Garcia Lorca
C'est l'heure où les anglaises se prennent pour la Carmencita

Les toros s'ennuient le dimanche
Quand il s'agit de mourir pour nous
Mais l'épée va plonger et la foule se penche
Mais l'épée a plongée et la foule est debout
C'est l'instant de triomphe où les épiciers se prennent pour Néron
C'est l'instant de triomphe où les anglaises se prennent pour Wellington

Ah!
Est-ce qu'en tombant à terre
Les toros rêvent d'un enfer
Où brûleraient hommes et toreros défunts
Ah!
Ou bien à l'heure du trépas
Ne nous pardonneraient-ils pas
En pensant à Carthage, Waterloo et Verdun, Verdun
 
Tuesday, October 25, 2005
 
Agora foi o ridículo dos patolas, acirrado pelos mídia, desesperados de sensacionalismo, ansiosos de pânico, que eles próprios provocam, que eles criam.
Relembro o filme Crónicas, que já aqui referi.
Os mídia inventam a realidade, deturpam a realidade sobre a pressão das audiências, que eles mesmos conjuram com as suas invenções.
A realidade só existe na manipulação das notícias, na falsidade transformada em verdade. Aqui e ali, com ironia e com um comentário vamos destruindo essa mentira toda.
Os jornais transformam-se eles próprios nos seus coveiros, enquanto que veículos de informação. Hoje se está publicado é de certeza meia mentira.
As televisões já não passam noticias (salvo o canal 2, que todavia também vai muito a reboque do efémero…) mas sim mostras de horrores manipulados por histéricos dos dois lados.
Assim vai Portugal...
 
Monday, October 24, 2005
 
Afazeres pessoais, políticos e profissionais teêm-me afastado da leitura da Veja e de outros mídia brasileiros. Hoje tive tempo para ler a revista da passada semana.
Inacreditável o que se está a passar.
O Lula (o Lulinha Paz e Amor!) pinga, pinga corupção e agora...diz... que todos tinham caixa 2, todos tem irmão a fazer jeitinho, todos tem filho a fazer negociata escabrosa, todos tem seus ministros envolvidos até ao tutano na marrosca, e fizeram tudo para o bem do povo, pois se, agora, até um deputado da ARENA, apoiante da ditadura se filia no PC do B (Amazonas dá volta na tumba!).
Tudo é mentira, tudo é verdade.
Como era no tempo, nos tempos, do leninismo.
 
Sunday, October 23, 2005
 
Os jornais portugueses, e os média em geral "divertem-se" a criar a ideia da pandemia.
Os verdadeiros problemas, as verdadeiras questões suscitadas por este novo vírus são-nos escamoteadas!
Quem vai aos sites certos sabe que estamos, mais uma vez, face a uma criação estratégica de empresas multinacionais ligadas aos sectores químicos (agro-químicos e farmaceuticos) que manipulam os jornais e jornalistas que dominam e que estão ávidos de vender papel e a sua publicidade.
Sem que chegue ao nosso conhecimento também continuam a morrer membros das forças de ocupação e civis incentes, além de fanáticos que resultam da "medicina" empregue... no Afeganistão e no Iraque.
Hoje (ignorado pela comunicação dita social) foi divulgado o resultado de uma sondagem feita no Iraque:
• Forty-five per cent of Iraqis believe attacks against British and American troops are justified - rising to 65 per cent in the British-controlled Maysan province;
• 82 per cent are "strongly opposed" to the presence of coalition troops;
• less than one per cent of the population believes coalition forces are responsible for any improvement in security;
• 67 per cent of Iraqis feel less secure because of the occupation;
• 43 per cent of Iraqis believe conditions for peace and stability have worsened;
• 72 per cent do not have confidence in the multi-national forces.
Não preciso de traduzir, tal a clareza, a dureza destes dados.
A estratégia das multinacionais e dos seus arautos, aqui como noutros casos, é de total desprezo pelas vidas e sociedades.
Até quando?
 
Friday, October 21, 2005
 
Fui dos 1ºs sócios da DECO. Quando foi comprada por uma empresa francesa cancelei a minha associação.
Hoje, não obstante aqui e ali ter algum papel, escasso é certo, na defesa de causas do consumidor essa associação é ponta de lança de interesses economicos, ligados a multinacionais.
E para reforçar essa vertente, continuando a apresentar-se como organização de consumidores faz uma publicidade agressiva e anti-ambiental. Em envelopes em pl´stico sãofeitas propostas irrecusáveis. Pois o meu regressa à base com queixa. Vamos a ver se entendem isto:
Não quero receber a vossa publicidade. Sou um cidadão livre.
Protesto contra esse atentado à minha privacidade (com que direito e usando que meios me chegaram ao domicilio?) e contra esse atentado ambiental que perpetrais com folhas ade aluminio e envolucros de plástico..
 
Thursday, October 20, 2005
 
Em meados do século XIX o Papa, Sumo Sacerdote da Igreja Católica Apóstólica Romana, da sua janela da arena do Vaticano, onde outrora se haviam adorado outras virgens e local onde se haviam praticado outros cultos, igualmente com os seus Sumos Sacerdotes, proclamou o dogma da Imaculada concepção.
Ou seja a Senhora Maria, mãe de Cristo ficou virgem, antes durante e depois do processo de concepção do mesmo, por obra de um Espírito Santo.
Quem não acreditar nessa verdade proclamada a meados do século XIX ( e os que não acreditaram antes?) não poderá entrar no Reino dos céus.
Lembrei-me desta história ao assistir à proclamação da virgindade do Prof Cavaco Silva, que qual Salvador da pátria e das suas finanças, se esqueceu das suas responsabilidades por ter desaproveitado os dinheiros europeus e ter conduzido o país, com as suas faraónicas obras, auto-estradas, CCBs, e desinvestimento na inteligência e produtividade real, ao estado em que estamos.
Basta olhar para Espanha, Grécia ou Irlanda e verificar que são os dez anos de cavaquismo que levaram, aumentaram ou criaram o diferencial de desenvolvimento do PNB, e capacidades de produção nacional, comparadas com esses.
Mas agora, com qual himen reconstituido volta Cavaco com a espada de S.Jorge empunhada para salvar a pátria e ajudar o bom aluno Socrates a cumprir a sua missão de resgatar o país das trevas para onde o cavaquismo (é certo com ajuda substancial dos sucessivos "guterrismos" e das suas incapacidades e incompetências) nos conduziu.
Haja bons ares e bom senso, para continuarmos a pensar.
É que há mais marés que marinheiros....
E navegar é preciso...
 
Wednesday, October 19, 2005
 
Voltei hoje ao Hospital de Santa Maria. Nalguns sítios deste parece que estamos na guerra da Bósnia. Paredes a rachar ou já na tijoleira, degradação por todo o lado e um ar de desmazelo absoluto.
Os profissionais que lá trabalham tem uma surprrendente dilgência para quem parece que trabalha noutro país, noutro século.
Noutro século, de outro século não é o Filme "Crónicas", de Sebastian Cordero, onde naquele espanhol lindo mergulhamos na hipocrisia das notícias, na hipocrisia dos média, e das suas audiências.
E para passar o tempo há quem se preocupe com homilias de um qualquer paroco de aldeia, movido por um pouco cristão odio por um presidente de Junta....
Assim vai o mundo e a Republica!
Felizmente já não há (não haverá?) camionetas fantasmas, que agora o Helder Costa (um abraço!) passa na Barraca.
Ainda este sábado, sem o sabermos, falámos dela. O maior escandalo e vergonha da Republica!
 
Tuesday, October 18, 2005
 
Entre vários afazeres descubro uns minutos para me lembrar de um delicioso conto de Umberto Eco sobre o tempo e o como este se esvai, qual areia por entre os dedos.
Os últimos dias tem sido ferteis em acontecimentos, locais, nacionais, mundiais.
Tem sido ferteis, ponto.
Também me lembro de Bakunine e das suas notícias inesperadas, de fertilidades imprevistas.
Paro e a galope os livros, as histórias, as memórias invadem-me.
Decididamente não posso parar.
Saí uma bejeca pra mesa do canto!p
 
Sunday, October 16, 2005
 
"Ser imprevisível, ter um horizonte sempre aberto a todas as possibilidades é a verdadeira vida, a autêntica plenitude da vida"
de Ortega y Gasset, e onde me vejo à entrada da floresta.Ã
 
 
Para enfrentarmos a floresta da vida, temos que estabelecer objectivos e tempos,
os amigos não são potes que se encontram por acaso mas resultam de encontros, convergências e divergências,
os espaços que temos são fruto dos nossos desejos e do trabalho que fazemos para os concretizar,
os amores e desamores são resultado de momentos de energia que ocorrem nesse etempo, nessa ocorrência e nesse espaço,
o sexo é um sentido, com o olhar, a fala, o imaginário,
e os trilhos que enfrentamos e com que debruamos a nossa vida são também resultado da nossa actividade, na natureza, que é também a sociedade, com os nossos actos e sentimentos.
Finalmente cada um tem o seu "olho de deus", independentemente da existência e a crença, independentemente dos artificios que usar para o procurar, e dos caminhos que empreender para isso.
Tudo isto é vida, tudo isto é interpretação que fazemos dela e tudo isto é fado.
Ontem foi um bom dia. E os que estiveram lá em casa da querida Dulce, entre o céu e a terra sabem-no.
Com amizade.
 
Friday, October 14, 2005
 
No país abundaram, por todo o lado, os candidatos bandidos (130 estão sobre investigação!).
E nesta viagem que fiz de sul a norte pelo litoral e interior, verifiquei que todos eles (e desculpas se alguns foram responsáveis e mãos limpas) são de uma forma ou outra criminosos.
É crime degradar a paisagem mais do que o "ainda" tolerável, que é o momento da campanha eleitoral.
Pois o país de Norte a Sul, passada uma semana das eleições, continua infestado por monos retratando os feios, porcos e maus que são/foram os eleitos ou putativos candidatos.
É inacreditável que alguém não assuma a responsabilidade e debite aos trastes, todos eles, esses custos. De limpeza.c
 
 
No alto da serra da Cabreira, no meio de uma tempestade de frio e chuva um esquilo atravessa a estrada. Valeu a pena a travagem, ele lá seguiu aos saltitos. Sigo para Cinfães para um social almoço e para o alto e Montemuro. Dois dias por estradas suicidas e por entre o strees de trabalho a concluir.
Foi bonito, pá.
Em Coimbra onde vou falar de "portas giratórias" recebo um mail do meu querido amigo Manel. Desde Silves pede-me que também o "chore". Pois não o faço porque vejo no seu blog, que recomendo, soubera eu fazer assim um, http://www.sacodosdesabafos.blogspot.com/
que valeu a campanha onde sobre as cores da CDU disputava a Câmara.
Só perde quem desiste de lutar.
Com tantos outros que passámos juntos tempos "de brasa", o meu sentimento vive.
E também no fim do mundo...
 
Monday, October 10, 2005
 
Faz 24 horas que com sentida emoção assisti à vítoria dos candidatos com as listas da CDU, em Barrancos.
Com a emoção de também ter um bocadinho, com a presença, a solidariedade e outros sentidos, meu, mas ser a vitória de todo o povo sobre a mentira e o nefasto clubismo em que a política, até ao nível local se vai convertendo.
A CDU vale 20% em Barrancos, pois conseguimos beirar os 60 % na lista encabeçado por um dos homens mais puros que conheço (André) para a Assembleia de Freguesia, sendo nas outras (Assembleia e Câmara) com o Emílio e o António a diferença beirou os 10%.
Foi a reparação de uma tremenda injustiça que, com muita ilusão e desverdades, há 4 anos tinha feito perder o António Tereno. Que voltará, agora, a erguer a cultura e o estar Barrancos.
Chorei, como há muito não fazia de alegria e tive que explicar à filha do Janeca que as emoções de felicidade também comovem.
Também fiquei satisfeito por o António Carmona ter ganho e houvesse dignidade findado a carreira do infame Carrilho, e que o vereador provedor tenha sido eleito. Assim com a Maria José. Lisboa ganhou em toda a linha.
E o Porto também, pese o MST se manter do lado errado (neste caso).
Outros me encheram as recordações (o José Apolinário que ganhou e a Berta e o Galamba que perderam) e os meus compadres por fazerem uma campanha digna e ao Zé por agora ir desempenhar um cargo de eleito foram logo os meus pensamentos.
Passadas estas regressa o trabalho em força, e a caminho do norte.
As presidenciais espreitam a minha vontade de outra política, de discutir e participar...
Vamos ver... é
 
Saturday, October 08, 2005
 
Neste chamado(quem terá tido a peregrina ideia?) dia de reflexão, continuamos a campanha, nas conversas e por aqui e ali.
A vida não pára.
Aproveito para pôr leituras em dia e preparar próxima conferência.
Um livro sobre os "Cabelos de Beethoven" que mostra que as mais estranhas ocorrências se podem remontar a "quadros originais" e o excelente número da "Scientific American" dedicado a cenarizações de futuro, onde Amory Lowins brilha com um excelente artigo sobre Lucro, Carbono Eficiência.
Continuo a reflectir....t
 
Friday, October 07, 2005
 
É inacreditável. Como um Presidente de Câmara pode infringir descaradamente a lei e usar os meios do munícipio para responder a uma candidatura e nome de outra. Em papel timbrado da Câmara Municipal de Barrancos o ainda Presidente da Câmara e candidato pelo PS faz um comunicado que só vincula o PS em resposta a afirmações (verdadeiras segundo o próprio comunicado, para quem entenda de numeros e saiba que neste está escamoteado um empréstimo contraido não se sabe para quê pelo Executivo)
da CDU.
Claro que se houvesse autoridade e responsabilidades ele seria inibido de tomar posse (do lugar de vereador, por suposto!) e sujeito a avultada coima.
Mas este país é o que é.
(Já no dia 21 de Setembro chamei a atenção do Francisco Louçã para o seu candidato/ bandido!)U
 
Wednesday, October 05, 2005
 
Frequento uma lista de ambiente (ambio) onde há debates curiosos, sobre vários temas ambientais.
Nesta lista, em tempos houve uns fulanos que pretenderam introduzir o tema dos direitos dos animais. Muita discussão e saíram desta lista, dada a contrdição, para mim obvia entre os dois conceitos.
Por vezes continuam a aparecer uns disparates. Lembro o meu velho amigo Walter Rosen, criador do conceito da biodeversidade e notável biologo (que perdi de vista após a última visita a Washington, em 1992, será que ainda é vivo???), que acompanhei numa notável reunião em Penang em 1987 na luta pela defesa dos...jardins zooloógicos!
Temos o dever de tratar bem as outras espécies, compreendendo-as e utilizando-os racionalmente.
Baboseiras é que não sobretudo quando vindas de quem matrata os animais, aprisionando-os em apartamentos e enchendo-os de mariquices.e
 
 
Sou pouco dados a auto-biografias. Este ano, por acasos, li a segunda. Da 1ª já aqui falei, de um historiador interessante (Eric Hobsbawwm) mas pessoalmente um canalha, o que qualquer leitor isento da sua auto-biografia percebe.
Por oferta de um velho amigo, que também me a aconselhou li “O Mundo de Ontem”, recordações de um europeu de Stephan Zweig, cuidada edição da Assírio e Alvim,, com boa tradução da Gabriela Fragoso.
Obrigado Lampreia, que esta é uma obra maior para perceber a primeira metade do século XX e a partir dela solidificar o espírito democrático, laico e liberal.
Há muito que não lia uma obra politicamente tão importante. Há muito que não lia nada que nos desse conta da sociedade e cultura, desse tempo, com tanta contenção e elevação.
Devo referir que só recordo Stephan Zweig da biblioteca do meu avô. Penso que li uma novela, que me ficou na bruma.
Faz parte de um imaginário, é membro de uma tribo, é defensor de um direito.
Execelente livro. E foi queimado…
f
 
Tuesday, October 04, 2005
 
Adega Velha.
Fomos lá almoçar. Apareceu o Joaquim e o convivio que já é centro vital da taberna aumentou no gosto e prazer da companha. Os pratos sempre os mesmos (com a variação que as estações implicam) cozinhados pela mão da sra. Maria, o vinho da talha 27, a não esquecer, e o tempo que passa.
Tanto tempo que passou neste templo, tanto tempo que irá passar...
 
 
Quando voto ( e muitas vezes não o fiz e quando o fiz quase nunca em duas eleições seguidas repeti o meu voto!) faç-o em pessoas, que conheço ou estimo.
E conheço-as e ou estimo-as porque tem bom senso, apresentam projectos realizáveis, falam verdade, tem ideias para a realidade.
Em muitos casos aqui ou ali solicitaram ou ofereci a minha ajuda e essa ficou registada. Em diversos programas eleitorais, de diversos partidos e candidatos deixei maior ou menor impressão digital.
Não me recordo de ter colaborado em programas e com candidatos que prometem a lua, ou que tem os pés fora da realidade, ou que manifestamente prometem não sei quê.
Leio os programas, cotejo-os, e analizo os seus executores. CDU, PSD, BE, PS, foram os meus últimos votos por essa ordem.
Em todos eles tive alguma participação directa ou indirectamente e sabendo que a realidade é o que é dos P tenho razãos de queixa. Durão Barroso abandonou o barco e deixou-o entregue ao inenarrável Lopes e Socrates, bom Socrates tem cometido demasiados erros para merecer mediocre (OTA/TGV, Vara, Gomes, etc, para além da mentira, que embora com atenuantes foi o + imposto). Mas ainda lhe dou crédito porque penso que Marques Mendes ainda está em rodagem e com muitos, demasiados furos.
Este interlúdio para voltar ás autárquicas aqui na terra.
Devo dizer que embora, dado também o cargo que exerci na AM, algumas irritações e discordâncias políticas claras não tenho nada pessoal contra ninguém do PS/ local tendo amigos e desconhendo de preferência quaiquer emblemas.
Avalio globalmente de forma muito negativa este mandato, não deixando de reconhecer aspectos positivos nele, todavia.
Mas as acções de campanha do P.S. (acabar obras à pressa, inauguraçoes e outras) e um programa indigno de realidade, para além do fraco desempenho nos cargos desde logo me colocam de outro lado.
Na CDU local encontro um programa articulado com a realidade orçamental (se Socrates sabe das propostas do PS Local tem um ataque!) e sustentado. Tem equipas com provas dadas.
Voto em gente e programas. Voto em realidades objectivas.
Espero que a equipa que se juntou em torno da bandeira local da CDU possa levar a "carta a Garcia".
E que o PSD não volte a Barrancos, onde apresenta um nojo de uma candidatura fantasma.
Com nenhum fantasma...
 
Sunday, October 02, 2005
 
SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO


Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo
(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o,maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.

Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".


Começo este post com esta sentença, porque os costumes mudam, o entendimento destes e o enquadramento desses variam com o passar do tempo.
A igreja católica apostólica romana (três dissidências só no nome) arrasta um longo passado de crimes e baixarias. Por mais desculpas e pedidos de perdão papal eles continuam, todos os dias a ser cometidos em nome do fundamentalismo que existe em qualquer palavra transformada (que é transformada) em sagrada. Sagrada porquê?
As imposições, os sagrados dessa (e de outras) igreja tem sido particularmente graves e mesmo mortais em relação ás mulheres.
O direito da mulher (e do homem que faz parte dela) ou seu sagrado, ao seu corpo tem sido ao longo da história um dos tabús das igrejas (da c.a.r,. em particular).
A questão da I.V.G. (vulgo aborto) é uma das que tem tudo dito. Mas por vezes, por instigação da moral (mas qual moral? A que foi conivente com o Holocausto? Ou a da Teologia da libertação?) vemos agora o presidente da Ordem dos médicos dizer que não é possível ter uma resposta para fazer uma I.V.G. em duas semanas, mas que se deve esperar seis meses…
Por vezes penso que sou estúpido. O pedido de I.V.G. deve ser atendido na hora e processado em 72 horas, como é normal num processo no qual a urgência é importante.
Recordo quando há 22 anos acompanhei a minha namorada a uma parteira para fazer um aborto. Tinha estado for a do país durante 15 dias e não a tinha podido acompanhar durante esse tempo e ela sentiu-se mal com uma “parteira” anterior que trata as clientes abaixo de cão. Pois essas duas semanas provocaram, apesar da alta qualidade e serviço prestimoso, problemas que felizmente se resolveram. Casou e sei que teve um filho (talvez dois) e a última vez que soube dela estava feliz.
O S.N.S. existe para cumprir a lei. Bem anda o ministro Correia de Campos quando cria as condições para que o direito (se bem que absurdamente limitado) ao aborto, em condições seja nesse exercido.
O juramento de Hipocrátes tem maus seguidores quando a saúde e a integridade das mulheres e o futuro destas e dos homens que as acompanham é posto em causa.
Por motivos morais. Mas quem determina onde começa e acaba a moral?
E de que moral estamos a falar?
Melhor faria esse senhor se investigasse os médicos objectores que ganham fortunas a fazer no privado o que objectam no público.
O padre Trancoso não é senão uma chamada de atenção, para as hipocrisias e vilanias que se acobertam por baixa de batas e sotainas…
 
 
Segundo os jornais mais de um terço das Câmaras estão sob investigação, penso que só estão estas porque a P.J. e o IGAT e as autridades com responsabilidade não têm capacidade de mais investigação.
De facto bandidos, vigaristas, enriquecedores súbitos os substantivos dos autarcas nacionais oscilam entre esses. Há algumas (poucas) dezenas deles sérios e capazes e há outros que sendo sérios estão naquilo que classifico como palhaços, ou sejam só provocam o riso.
Isso acontece com aqueles que prometem o que não podem, nunca poderão cumprir, e sendo que o sabem continuam a prometer e a lua também. Autênticos pinóquios autarquicos, porque para ganhar vale tudo e tudo se esquece...
O povo, o povo vai lavando no rio...e
 
civetta.buho@gmail.com

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