De um notável artigo de hoje do nominimo:
"Lula considerava ultrajante estabelecer limites de idade para a concessão de aposentadorias. “O governo propõe esse crime porque sabe que pobre morre de fome antes de chegar à velhice”, repetia o falante sindicalista transformado em
chefe político. Em 2003, incluiu o limite de idade no seu projeto de reforma da Previdência (e, corajosamente, adicionou outro velho demônio: a taxação dos servidores públicos inativos)."
E muito mais para analisar a coerência e verticalidade do sr.
Uma vergonha, que nunca me enganou.   ¶ 9:14 AM

  Agosto traz o tempo de ter tempo.
A pedido de um jornal começo uma coluna de opinião:
A verdade é a mentira.*

Dizem-nos Michael Hardt e António Negri no “Império” que o discurso
político “é uma técnica de venda sofisticada e a participação
política reduz-se a uma escolha entre imagens prontas a consumir.”
Vivemos os tempos da grande manipulação.
Da história. Da realidade. Da vida. Das nossas.
É, cada vez mais, necessário ler tudo nas entrelinhas, interpretar o
que lemos, e vemos para além da espuma que nos vendem, da espuma
efémera que desvia a nossa atenção dos verdadeiros factos, das
notícias reais. É preciso esgravatar muito, muito para descobrir a
praia sob as pedras que a calcetam e que nos dão a ilusão, dessa.
Não foi sempre assim, não será sempre assim. Sob a enorme mentira
que nos vendem os média, dominados por poderes económicos e
tributários de lógicas que eles próprios impõe para se auto-
reproduzir (concursos, prémios, chapéus de chuva, toalhas de praia,
dicionários, futilidades de tudo e de nada) e que geram lógicas de
dependência, ou a televisão, que como qualquer droga provoca
condicionamentos imperceptíveis na massa neuronal e viciação
compulsiva, com a consequente limitação da vontade e criação de
fortes laços de dependência e submissão (cada americano vê em média
6, seis, horas de televisão por dia!, só assim se podem explicar...)
e claro de total e completa alienação.
A verdade só existe no écran. A verdade é a mentira. A mentira é
verdade. A mentira permanente é a ficção da realidade que é dada
como verdade.
Essa mentira que é reproduzida, religiosamente, pelos jornais, que
são dos mesmos grupos económicos, que são feitos pelos mesmos
nomeados comentadores (já repararam como ao terem como comentadores
os directores dos jornais, pagos regiamente para tal, a crítica da
verdade televisiva desapareceu...), jornais estes que continuam a
modelar a enorme manipulação em que se vai transformando a vida. Que
é(será ainda?) a nossa.
Não é curioso que depois de Emídio Rangel ter prometido que vendia
um Presidente como se vende sabonete, lhe termos comprado um 1º
ministro de brincadeira e vejamos como alternativa uma marionete a
ser-nos impingida do mesmo modo?
A verdade será definitivamente mentira? Viveremos a grande ilusão da
realidade que não é real? Teremos comprado um mundo virtual onde só
existe o que passa na pantalha (palavra espectacular que nos remete
para toda a enorme impostura em que nos tentam mergulhar).
Enquanto houver quem carregue a memória, e com essa lute contra o
esquecimento haverá flores a germinar sobre a calçada. Nós sabemos.
E não há mentira que dure para sempre. Não há Império que seja
eterno.
*1984, de George Orwell


n  ¶ 8:23 PM

  É com a maior das estupefacções que leio que João Paulo Velez aceitou ser porta voz (e por tal auto-responsável) do governo e do primeiro ministro mais execrável e mais à direita da democracia portuguesa.
E devo referir que a minha estupefacção não é por com ele ter tido em tempos (talvez 1985/86) longas e acerrimas discussões em que ele defgendia com unhas e dentes o sistema soviético (todo ele incluindo o stalinismo) e mostrava uma idolatria absoluta pelo venerando Alvaro Cunhal.
As pessoas mudam, os tempos mudam e mesmo quando essa mudança arrepia todos os principios que defendemos penso que ela é admíssivel. Valores, e nomeadamente financeiros, falam mais alto para alguns que quaisquer principios.
O que me deixa estupefacto não é o facto em si, pois este certamente se poderá justificar de mil e uma maneiras. Os porta-vozes tem por habito justificar tudo e justificar-se em todas as circunstâncias.
A minha estupefacção é outra.
A minha estupefacção não é por ele ser o que é.
É por eu ainda acreditar em valores, na amizade e na solidariedade. No tempo e no modo. E por ir com o tempo verificando o modo como se defendem esses valores se vão degradando a enorme velocidade.
Hoje essa velocidade fez mais uma vítima. O João Palo Velez.
Que pena. Que estupecção.   ¶ 11:39 PM

  O amigo do Monde Diplomatique, agora adepto da demagogia e da insanidade em artigos de 1ª página, vai sem que os seus apoiantes se levantem em oposição, o amigo do Diplo tem em curso um projecto (já aprovado pelo Congresso) de privatizar 15% (quinze) da Amazónia.
Companhias de biotecnologia, farmaceuticas (talvez por não fazerem experiências com animais já sejam boazinhas!), de mineração, agro-florestais, etc. ficarão a gerir esse espaço (na linha do já feito na floresta Australiana).
Mas para o Monde Diplo ele continua, com o ditador Fidel, e os encapuçados de todo o mundo a ser um herói.
Ele há dias em que mais vale fazer como os belgas e procurar queijo pelos cantos de um quarto redondo.
Ou a procurar energia numa mega central solar, sem que a questão da acumulação e da transmissaão para a rede da produção esteja minimamente resolvida...mas o $ e a desafectação dos terenos e o embuste (também acarinhados por ex-ecologistas) já estão no ar...como pós de mina, que hoje popularizam os mesmos senhores que há vinte e cinco anos, na Urgeiriça que quiseram colocar num poste...l  ¶ 9:14 PM

  No Monde Diplomatique de Agosto vem um artigo com chamada a 1ª página que me leva a pôr seriamente em causa a linha editorial e a credibilidade do jornal.
Disfarçado de artigo jornalístico (serão os restantes também?) um fanático da defesa dos animais introduz um texto manipulatório e feito com total parcialidade.
Neste faz-se a apologia do terrorismo em defesa dos sic"direitos" dos animais e para além da enorme parcialidade e facciosismo do autor ainda nos é, sem qualquer esclarecimento, dada a lista dos sites desses energumenos.
O Diplo deu um grave tiro no pé.   ¶ 11:11 PM

  Vale a pena protestar, seja por um limoncelo servido sem condições, um prato deficiente ou vinho passado.
Vale a pena protestar contra contas abusivas. Dos SMAS do Porto recebi uma conta de 10 Euros e 38 centimos. Protestei-a, junto do Provedor do Cliente. Hoje recebo a conta corrigida: 42 centimos (menos 9 euros e 96 centimos).
Imaginem cada cliente a ser exportelado dessa ou doutras verbas. Imaginem que não protestávamos....Temos direitos e temos que usá-los só assim o nosso país crescerá!u  ¶ 2:51 PM

  Leio estupefacto a notícia do incêndio no supermercado no Paraguai.
Leio que os donos do mesmo ordenaram o fecho das portas para "impedir as pessoas de sair sem pagar".
Leio e não consigo acreditar. Como é possível? Como é possível?o  ¶ 5:30 PM

  Fui ver o Fahrenheit 9/11.
É um filme americano, para americanos e que nos mostra o Q.I. dos americanos. De um simplismo básico e mostrando com esquemas de uma simplicidade a roçar o populismo as golpaças e os pobres do sistema de classe que toma o poder nos States, e a categoria intelectual e cívica dos seus mandantes.
Infelizmente o contributo deste filme para derrotar George Buish é dispiciendo e estou convicto que ele voltará a ser nomeado Presidente (uma vez que a eleição foi e será duvidosa), pelo simplismo que é a teoria do dominó dos medos, pelo sistema de chapeladas, por um atentado cirúrgico, pela inércia, e ou mesmo pela incapacidade dos liberais.
Em Novembro veremos.
  ¶ 11:16 PM