insignificante
Penso vergonhosa, mas ao mesmo tempo resultante de uma grave mistificação e e de uma posição ideológica nos antípodas da modernidade, o anti-espanholismo, que continua a não ter espaço de afirmação alternativo larvar na classe política e que contamina o jornalismo português (os meus artigos sobre a União Ibérica...foram censurados em diversos jornais....).
Por isso saúdo o artigo de hoje do Miguel Portas pois coloca a questão da lógica governamental/sectorial da nação face aquilo que é a dinamica social/regional/cultural. Os projectos transnacionais aumentam, a disponibilidade portuguesa (da região portuguesa!) para se integrar na Ibéria é grande, muito grande e embora possa não ser maioritária, face aos poderes dominantes, se se fizesse uma sondagem, com questões apropriadas o resultado seria...surpreendente.
Continuamos dominados, por todo o lado, por discursos nacionais/nacionalistas. Temos que erguer cada vez mais a nossa voz europeia, ibérica e antiga.Talvez comecemos a ser ouvidos...é que o silêncio também vai construindo a razão.
Ia titular este escrito"eles não prestam para nada", mas devo reconhecer que tenho estima pessoal pelo Alberto Costa, que foi meu co-defensor contra um presidente de câmara municipal ao serviço de interesses insustentáveis que me pôs em tribunal...por opinião...pelo que devo titular antes "os socialistas não tem ponta por onde se pegue".
Hoje tive um tempo livre e desloqueui-me ao Jean Monet onde o PS realizava um colóquio sobre a Convenção Europeia.
Foi interessante... e esclarecedor ouvi."60% dos votos não podem impoôr a sua vontade"..., mas então quem pode impôr a vontade numa democracia e num espaço em que as estruturas de poder devem responder ao povo numa lógica democrática e respeitando todos os direitos civis?
E também "não estamos ainda preparados para dar poder ao Parlamento Europeu", isto na resposta a uma pergunta minha sobre qual a posição do PS sobre a assumpção do Parlamento Europeu como Constituinte, no quadro de uma revisão e aprofundamento da Convenção (que essa sim foi cozinhada sem qual quer lógica democrática!).Onde é que já ouvi isto...eles não sabem...coitadinhos...é preciso que alguém decida por eles...
Essa questão na linha das posições do Movimento Europeu (não representado sequer em Portugal!) faz todo o sentido. Mais Europa significa mais democracia nos processos de formação do poder e clareza no que diz respeita às estruturas governativas para o mesmo, e á forma da sua criação.
Este PS, metade contra o referendo e metade a favor, metade federalista e metade nacionalista, metade isto e metade aquilo, mete-me nojo.
Fiquei vacinado, agora com este colóquio, em relação ao que o PS pensa da Europa.
Tudo ao contrário de uma esquerda moderna liberal/ libertária, federalista e radical.
Que pena, devia ser o título deste texto!
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Passei uns dias pelo chamado Eixo Atlântico, o Noroeste Peninsular e penso cada vez mais na falta de sentido da soberania nacional. Analisei um interessante projecto regional e europeu, no quasdro da gestão sustentada, falei em português antigo, como os galegos e encontrei num alfarrabista em Santiago um dicionário de galego antigo. Deviam editá-lo em Portugal ou com distribuição por cá e o Gil Vecente era mais popular.
Pela Galiza respira-se outro ar, mais leve que do lado de cá, apesar da vetustez do sr. Iribarne, sente-se gente viva nos bares e nas ruas.
Um Ibéria de regiões e regiões transfronteiriças era também um golpe duro na ideologia racista do nacionalismo.
(Ler o interessante perfil da Esquerda Catalã no El País de hoje....)
Não é possível novas políticas se os protagonistas das mesmas mantiverem os velhos discursos de meias tintas e não afrontarem os problemas com o falar claro, independentemente dos interesses. Ir atrás do facilitismo, seja por populismo, ou por arrastamento de opinião é o pior que há. Leva-nos de volta ao vazio e ao nada. E se isso for feito em nome de preceitos morais e uma ideologia que assenta em dogmas (animalismo, nacionalismo, religião, etc) pior.
Hoje os meus encómios para Ken Livingston que desde que o conheci, antes da Sra. Tatcher ter dado cabo do Great London Council, tem mantido uma coerência exemplar. Hoje, Lord Mayor de Londres, eleito Independente, contra tudo e contra todos, é um claro defensor de mais, mais Europa. E convocou todos para uma recepção na City Hall para denunciar a maior ameaça ao planeta e à vida neste. O Presidente, não eleito, Bush!
O indescritivel Blair vai receber o inenarrável Bush, numa altura em que ao arrepio de tudo o que disseram e fizeram procuram ailijar responsabilidades pela sua absurdo guerra. É altura de deixá-los acabar o que começaram. Com os seus amigos.Só que o caos a que deram inicio não augura nada de bom...Mas onde é que esses srs tem, tinham a cabeça?
Durante o tempo que durou a guerra propriamente dita escrevi sobre tudo o que se iria passar. Está publicado. Ou sou pitonisa ou a estupidez é grande. Ou os dois.Inch Allah!
A linguagem é fonte de mal entendidos, mesmo quando a formulação se rege de acordo com a síntase e segundo os preceitos gramaticais correctamente as grelhas de interpretação são subjectivas e sujeitas a variáveis de interpretação. A linguagem dos sons ainda mais, pois rege-se por métricas e lógicas que lhe aumentam exponencialmente as potenciais capacidades receptoras.
Fui assistir a um concerto do Zé Ernesto e da Orquestra de Geometria Variável. Logo no nome temos um programa, de facto estamos face a um quadro de hipóteses flutuante consoante as disponibilidades da sonoridade, e as capacidades do espaço acústico. O local Abril em Maio lembra outros locais, esconsos e clandestinos, para iniciados e amantes. A música, o alinhamento das estranhas sonoridade, enche os interstícios e ocupa a possibilidade de recepção acústica. Por ela passam memórias e afectos com os instrumentos e a vocalização. Os metais atiram-nos para o free jazz e as cordas trazem-nos para uma decomposição da sonoridade em que a melodia é uma improbabilidade mágica.
Uma abertura de espírito gera-se enquanto a polifonia desarmónica de ruídos nos enche o cérebro. Fica-nos atordoados e despertos, como quando experimentamos cogumelos mágicos.
Parece não haver principio, parece não haver fim num tempo que parou e fica flutuante nos sons e na sua hipérbole.
Momentos como este valem um extase. Divino como o que se concentra e prolonga. Um som que se ouve no silêncio do conhecimento
Enviaram-me hoje este texto, que não resisto a partilhar.:
Para quem já tem mais de 40 anos...faz pensar que até tivemos sorte....
Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos.
Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos boleia. Bebíamos água directamente da mangueira e não da garrafa.
Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões. Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema. Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar.
Não havia telemóveis.
Nós partimos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados.
Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios.
Tivemos brigas, esmurrámo-nos uns aos outros e aprendemos a superar isto.
Comemos doces e bebemos refrigerantes mas não éramos gordos.
Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar.
Compartilhamos garrafas de refrigerante e ninguém morreu por causa disso.
Não tivemos Playstations, Nintendos e toda a parafernália de jogos de vídeo, nem 99 canais de TV Cabo, som surround, telemóveis, computadores ou Internet. Nós tivemos amigos!
Saíamos e íamos ter com eles. Íamos de bicicleta ou a pé até casa deles e batíamos à porta. Imaginem tal coisa... sem pedir autorização aos pais nem a ninguém, por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável!
Como conseguimos fazer isto? Fizemos jogos com bastões e bolas de ténis e comemos minhocas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre.
Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a decepção... sem psicólogos!
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros.
Eles repetiam o ano! Não inventavam testes extra. Éramos responsáveis pelas nossas acções e arcávamos com as consequências. Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai a proteger-nos, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Os pais protegiam as leis!
Imaginem! A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco,criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias. Tivemos liberdade,fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com isso.
Talvez porque o tempo fique onde está vale a pena referir que enquanto nós passamos por este voltam as castanhas e a água pé, voltam os sonhos e as expectativas, as conversas da sociedade que não se rende.
Ouvem-se zunzuns, por aqui, por ali. Volta a surgir alguma inquietação, sob as pedras da calçada, as areias com que se constrói as cidades vão-se agitando. Ouvem-se uns zunszuns, por aqui, por ali!
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Fui militante e dirigente associativo ecologista até ao início dos anos 90.
Recordo que nesses anos, longe de populismos fáceis e sem médias que nos repercutissem gánhamos, com apoios heteróclitos, duas grandes batalhas, a do nuclear e da promoção de um di scurso sobre energia que abriu as portas a novos desenvolvimentos energéticos e à reciclagem e a da crítica a uma agricultura agro-química e a promoção de novas formas agro-pecuárias.
Nos anos 90 foi, apesar de uma profissionalizaçao(que me mereceu crític as de uns tontos num colóquio em Abrantes promovido pela Palha) crescente do associativismo e de uma muito maior repercussão mediática, tantas vezes ligada ao mais rasca populismo, o ambiente foi perdendo todas as batalhas.
Hoje o profissionalismo associa tivo recolhe derrotas sucessivas mas as vitórias desses anos ainda dão frutos.
Continuo com as duas. Trabalho hoje com a recuperação de resíduos e energias suaves. Apoio uma agro-pecuária de qualidade (taurina e porcina, mas também olivicultura e vinha) e logo est arei na Agrobio, associação que ajudei a parir, com mais 40.000!
É bom ver que apesar de tudo alguma coisa vai passando. Por aqui, pelo ambiente sustentável. E por outras áreas dos direitos civis (o notável relatório do Provedor, por ex.)
Vale a pena ter lutado, vale a pena insistir. t
Não há argumentos para não se ter repensado a missão da GNR no Iraque. Só um 1º autista e comentadores por vezes que parecem saídos da pedra lascada é que podem continuar a mergulhar de cabeça naquele vespeiro (quando se espantam nestes as abelhas tem de saber-se como, para quê e qual o objectivo e os meios para o concretizar). O Japão e a Coreia do Sul decidiram parar e pensar, sendo de qualquer forma já reduzido substancialmente o número, hipotéticamente !, a avançar para esse atoleiro.
O relatório da CIA não podia ser mais claro! Infelizmente dado o calendário eleitoral dos EUA o Iraque vai ser abandonado...em mto, mto pior estado do que estava...e a oposição democrática entretanto desmantelada e substituida por todos (agora sim!) todos os piores fanatismos islamicos...
Do outro lado do oceano talvez o fanatismo evangelista venha a ser derrotado...
Desfastiado e desbebido o vinho novo no templo de Mourão que é a Adega Velha, em companhia do mais notável "taberneiro" alentejano que é o Joaquim Bação, desfolheo o "Descaminho para Santiago" de Cees Nooteboom e mergulho por lugares mágicos, que tantas vezes compartilho e imagino-me novamente no tormento do frenessim da grande urbe.
E do quotidiano mais parado dessa.
Enquanto a lareira crepita e interrompo o "Fogo sobre os média", leio o El País de hoje. Títlo "Resistência abate Black Hawk". Os títulos tem muita importância. Estamos perante uma tropa invasora que encontra variadas resitências como se lê no artigo... Por cá ainda vamos pela litânia dos terroristas contra a coligação libertadora, nalguns média.
A seguir ao jantar, pela hora do eclipse conto devorar o último Savater" El valor de Elegir"... num dia em que sou informado (também pelo ABC) que há menos Portugal! Viva a Ibéria e o seu rei Juan Carlos!
Hoje, uma notícia que me chega por mão amiga, além de recomendar o texto de M.S.T. no Público!:
"A comissária europeia do Ambiente, Margot Wallstrom, utilizou o seu próprio corpo para ressaltar a importância das novas normas sobre o controlo dos produtos químicos, propostas recentemente. Wallstrom cedeu uma amostra do seu sangue para a despistagem de 77 produtos químicos perigosos e ontem apresentou os resultados: o seu corpo tem 28 destes produtos, incluindo pesticidas, como o proibido DDT, e outros c om postos orgânicos tóxicos, como os PCB. "Em apenas duas gerações, acumulámos milhares de químicos que não existiam nos organismos dos nossos avós", disse a comissária. De acordo com a toxico-patologista Vyvyan Howard, que apresentou os resultados do teste, o nível de químicos no sangue de Margot Wallstrom está dentro da média, mas terá sido maior antes de a comissária ter tido os seus dois filhos. Muitos produtos tóxicos passam de mãe para filho durante a amamentação."""
O descrédito, total, da Justiça!
Pessoa minha amiga recebeu uma carta, ou melhor uma fotocópia manhosa de tipo circular, de um tribunal intimando-a, em termos que raiam a chantagem pura, a pagar uma pequena quantia, que penso ser proveniente de uma multa de estacionamento.
A carta foi-lhe introduzida(?) na caixa de correio, não vinha registada nem com aviso de recepção.
O mais notável é o 2º parágrafo dessa que anuncia que se for negada colaboração (mas colaboração a quem?) poderá ser vítima de ARROMBAMENTO!Isto é surrealismo puro!
Só para rematar…não é dado prazo para fazer o mencionado pagamento.
Assim anda a justiça deste país!...
Nos EUA volta-se (em sites do Departamento de Defesa) a falar em conscripção. A coisa está má. O Iraque (hoje com mais alguns mortos) é um Inferno lento. Que vai durar.
Os estudantes não querem pagar e querem ficar anos e anos a fio nas Universidades. Eu é que pago, claro. Ontem vi muito lixo e muito, muito luxo (e dispendioso!) entre o lixo. Talvez nos devessemos juntar todos e dar um tau-tau no rabinho desses senhores. É que eles, todos com as suas dispendiosas capas, também gostam das praxes!
Duas notas:
-Notável a queda do que quase chegou a ser em meados dos anos 70, com Olof Palme e Willy Brandt, um agrupamento de grupos portadores de esperança.
Como é que sob a presidência do Sr. Guterres (ao contrário de Mário Soares alisto-me em qualquer, qualquer ca ndidatura que o enfrente!)a outrora Socialista Internacional para além do cortamento impulsionado pelo conservador Blair ao pior do Partido Democrata americano, agora, segundo contido editorial do Público admite um bando de facínoras e assassinos que se a coita no MPLA?
Pena de morte, prisões arbitrárias, tortura e assassínios políticos, cleptocracia entram nessa Internacional. Aliás, com complacência de interesses já lá coabitavam. Um nojo!
- E vejo, sem surpresa, o dirigente da ganadaria e agricultura alentejana assumir-se como iberista e dizer que espera que os espanhóis tomem Lisboa. Não precisa de se preocupar...basta haver liberdade de expressão e...já cá estamos...espanhóis somos todos nós...ou ibéricos para quem preferir...
Dizia um dos personagens de um filme do JLGodard, creio que La Chinoise que – Je ne sais pas si c’est une image juste oú juste une image, a propósito de um slogan e do seu marketing.
Lembrei-me dessa citação a propósito do J.P.P.(grandemente influenciado por essa cultura estético/política!) e do artigo que o J.A.S. lhe dedica. Independentemente do fundo do mesmo temos que aprofundar o MacLuhan. O J.P.P. é uma meticulosa construção de imagens, que com mto substracto (e é uma pessoa super-informada), que vive dos e nos média.
Qualquer pessoa (que saiba dominar o discurso e tenha um fio condutor desse a informação que o alicerce) qualquer pessoa hoje se pode transformar num J.P.P. (Mr. Chance!)basta que os média (um média porque hoje as cadeias de comunicação são uma só!, hoje) lhe deêm espaço…
Como é possível que jornais de referência publiquem entrevistas de duas páginas, de nulidade quase obscenas, independente da estima e consideração que tenho pelo M.M., e as ideias (por exemplo de iberismo e federalismo europeu e desconstrução dos actuais poderes, nomeadamente nessa linha) não tenham expressão?
Mas não há morte para o vento…
Ao contrário de MRS que à posteriori diz que já tinha pensado tudo o que se está a passar, escrevi que o envolvimento dos EUA no Iraque ia ser uma caixa de Pandora. Hoje leio que Rumsfeld (http://www.commondreams.org/) diz que não sabem quem é que estão a combater. Nunca acreditei que a confusão fosse tão grande e isto passados meses do Bush ter dito (o que agora procura desmentir) que a guerra tinha terminado. Hoje cerca de 20 americanos morreram e algumas dezenas ficaram feridos, alguns nunca recuperarã o, numa chacina que a falta de sentido e estratégia criou. Veteranos do Vietname pronunciam-se contra este novo morticinio, esta nova mortandade e, neste momento, estamos, estamos todos num beco sem saída. Abandonar o Iraque? A quem? Como? De que forma? N as mãos de quem? Do torcionário? Do radicais Xitas? Da AlQuaeda? Do vilão? Dos curdos? Ou dos turcos? E o Irão?
Será possível que a administração americana tenha ignorado tudo, todos os especialistas, uma qualquer análise da geo-política e dos seus componentes?
Será possível que Bush não se tenha aconcelhado com ninguém? Será que pensou que o mundo era, é um Open Range? p
Contrariando amigos meus nunca tive a mínima das simpatias para com o Sr. Lula da Silva. Ainda a campanha eleitoral tinha só começado escrevi num dos jornais em que colaborava que ele estava completamente dependente de interesses de que nunca se veria livre. Um que eram os bandidos “Sem Sofá” , também chamados sem terra, que é uma tropa de choque que impede, juntamente com os grandes latifúndios, uma reestruturação fundiária do solo (como vem agora dizer a Conferência Episcopal brasileira), outra era a incapacidade que resultava do PT (essa hidra…) se ter aliado ao pior da política brasileira para vencer (Alenquer e Cia).
Mas mais importante e despercebido de quem não tivesse acesso a meios alternativos de notícia for a o discurso às chefias militares (discurso curiosamente mantido…reservado!).
Ora sabemos (Mauro Mellini, “O Estado da Contra-Insurgência”) que na América do Sul há uma clara interpenetração de poderes entre a oligarquia finaceira e os poderes fácticos. Nessa o sr. da Silva referiu-se ao poder militar brasileiro e ao famigerado conceito da Amázonia Brasileira, além de ter sossegado a élite militar sobre outros vários assuntos.
Não é sem admiração, a não ser para os crédulos que vemos o relançar do programa nuclear brasileiro (que teve no torcionário Medicis o seu expoente) e que, para vergonheira de alguns dos seus ministros, o governo, em nome dos militares, contesta a resolução dos tribunais que ordenaram a abertura dos processos da guerrilha do Araguaia, e que se liberam os transgénicos por pressão das multinacionais agro-químicas, desde sempre ligadas aos sectores militares.
O governo do sr. da Silva para além da palhaçada da Fome Zero (que desde o Coluche tem sido protagonizada por muitos palhaços!), em vez de desenvolver políticas sociais claras (na linha do sr. Guterres e do rendimento “viscoso”) vai-se afundando e só se mantem à tona dado o controle mediático (as declarações dos seus conselheiros de imagem sobre G.Bush deviam envergonhar qualquer democrata “falta-lhe é uma boa política de imagem”).
Hoje a dita esperança (mas essa gente só vive disso?) da esquerda (qual a dos srs. Blair e Clinton e Guterres e Zapateiro?) está ao nível das suas incapacidade absolutas de formularem políticas de alternativa. O sr. Lula da Silva é um incapaz. Uma marionette nas mãos da pior oligarquia… e continua a ter cotação nos média e na esquerda… Nalguma.
Ao que isto chegou. Mas talvez como cantava o poeta “tristeza não tem fim….”
Leio de jacto o notável livro de ensaios de Fernando Savater "Contra as pátrias", que traz no bojo o projecto político para o século XXI que é a Uniâo Ibérica numa Europa política. Infelizmente por cá continuamos a ignorar o pensamento pol´tico mais avançado, no quadro da nova economia (e hoje no El Pais notável entrevista...sobre o mercado ibérico de energia!).
O nacionalismo é, hoje claramente com o integrismo religioso que lhe está na base, a idelogia que temos, em terra, no ar e no mar como dizia Churchill que combater sem tréguas. Mesmo que pareça insignificante nós aqui estamos.
Notável e a ler por todos os que algum dia tiveram ilusões sobre o Lula da Silva o artigo do Washington Novaes no Estado de S.Paulo, pode ler em (http://www.amazonia.org.br/opiniao/artigo_detail.cfm?id=87515).
E a notícia que o P.T. (agora sem o Fernando Gabeira, o que você estava fazendo aí?) se quer filiar na decrépita Internacional do sr. Guterres...