junho 30, 2010
os ais do futebol...
Pronto! Agora que acabou, uma vez mais, a nossa sublimação de vontades e anseios de Quinto Império ao pontapé e que é fácil dizer-se mal das opções de Carlos Queirós, vou aproveitar para dizer mal das opções de Carlos Queirós:
- Cristiano Ronaldo, pouco menos do que um verbo de encher em campo, não foi substituído apenas por ser a bandeira de um certo Portugal em forma de gente? Terá algum «lobby» de sustentação? Ali pela Madeira passam-se coisas tão estranhas, que eu nem estranharia...
- E substituir quem quer que seja no momento único em que a selecção portuguesa estava com claro ascendente sobre a selecção espanhola e na iminência de marcar um golo ... Ainda para mais, substituir o melhor e mais pujante atacante, no mesmo momento, foi de mestre!
Isto será síndrome suicidária ou sou eu que não percebo nada de futebol?
Em qualquer caso, lá estamos nós mais aproximados da crise, de corpo e alma, sem devaneios megalómanos, talvez com discernimento ainda para ver, com outros olhos, o que carece ser visto.
junho 26, 2010
fotografando o dia (147)
que fugaz noção de ter a liberdade
que me traz aquela mão ao libertar-me
e eu que estava para aqui preso à vontade
estou livre nesta mão a asfixiar-me
- fotografia sobre imagem publicitária e quadra de Jorge Castro
Etiquetas: Fotografando o dia
junho 25, 2010
chi(s)p com todos - reflexões na ponta do pé...
Notícia do dia: estudos recentes, de âmbito mundial, esclarecem que há mais mais ricos no mundo e, ao mesmo tempo, há mais mais pobres.
Se o assunto fosse propenso à graça dir-se-ia que o mundo está propício à gaguez...
*
Lá está! Se as bolas do Mundial já tivessem instalado o chip do Sócrates, o Cristiano não teria perdido, momentaneamente, a noção da sua localização... Mas, se calhar, também não teria marcado o golo, a seguir.
Provavelmente, será o que vai acontecer ao Sócrates: instala o chip nas viaturas, fica a saber onde todos estamos... mas nunca mais marca golos.
junho 22, 2010
fábulas, parábolas e outras rábulas
apontamentos de uma apresentação
- ver, também, o meu mais recente artigo na FreeZone: Pontes e Escolas
NOTA PRÉVIA - Este meu livro terá, pela primeira vez, distribuição nacional. No entanto, se a alguém interessar adquiri-lo directamente ao autor, peço o favor de me dirigir mensagem nesse sentido para o seguinte endereço: jc.orca@gmail.com. O preço de capa (com portes incluídos) é de € 15.
Dia 19 de Junho, sábado, pelas 16 horas. José Saramago concluía a sua última viagem entre Lanzarote e Lisboa. Ali, pelo Campo Grande, em Lisboa, era apresentado o meu mais recente livro, com edição da
Temas Originais.
Calcorreando um caminho de escrevinhações que toca no exemplo de Saramago, que mais não seja pelo seu início tardio, pois já dobrara o cabo dos 50 quando a minha primeira obra viu a luz do dia, certo é que já lá vai uma boa mão-cheia de interrogações e proposições à vida...
Deste colhe-se, entre outras coisas, a graça de conter um texto que foi sugerido pelo estilo de escrita de Saramago e do qual colhi apreciação interessada. Por coincidência de oportunidade infeliz, esse texto integra um livro que é lançado, então, ao jeito de despedida.
Contrariando o que tem sido, até aqui, uma opção - ou uma postura - no que à difusão dos meus livros respeita, desta vez, as Fábulas, Parábolas e Outras Rábulas terão difusão «institucional» e de âmbito nacional.
Conto, para tanto, com a cumplicidade e os bons ofícios da Temas Originais, aqui representada por Xavier Zarco, que abriu a sessão, introduzindo o assunto e os participantes.
Carlos Peres Feio fez a apologia da obra, com uma mão-cheia de afectos e com a bonomia e bom humor que o revestem, como se de segunda pele se tratasse.
Apesar dos pesares, das praias, dos futebóis, das inúmeras propostas de programas coincidentes e do aconchego do lar, um bom grupo de amigos fez questão de marcar presença e manifestar apoio, circunstância para a qual já me escasseiam palavras de reconhecimento.
Estefânia Estevens e Francisco José Lampreia contaram, dizendo e cantando, algumas histórias que deram mais corpo ao nosso encontro. Bem hajam, também, pela amável disponibilidade e empenhamento.
O autor, mais do que a apologia da obra - que essa aí fica para quem a queira apurar - aproveitou o tempo para falar do estar na Vida, arte cada vez mais espinhosa, quando a alicerça a procura e a cumplicidade do outro.
Depois, um pouco de exercício em favor da tendinite, que os amigos merecem...
Ainda houve um pouquinho de tempo para uma amena cavaqueira num recanto que seria mais aprazível se quem dele cuida se tivesse disponibilizado para aplicar mais cinco minutos, servindo uma dúzia de cafezinhos ou, talvez até, uma ou outra torradinha... Mas não, que já estava em cima da sua hora de encerrar e, aparentemente, o negócio não se compadece com relógios.
*
Para ler o meu último artigo, na FreeZone:
junho 20, 2010
ditos e reditos, com Elisa Costa
nas noites com poemas
Porque as tarefas nem sempre nos deixam tempo de sobra para tudo, apenas agora publico as imagens da mais recente sessão das Noites com Poemas, que teve lugar no passado dia 17 de Junho.
Com Elisa Costa como convidada, passeámos pelo seu livro Ditos e Reditos, a que se acrescentaram dizedelas de todos os tempos, como excelente pretexto para se discorrer também sobre a biodiversidade, tema caro a muitos dos presentes.
Aproveito a oportunidade para deixar singela homenagem à mana Li, sempre afadigada na recolha de imagens, ao lado da Lourdes, imagens que sempre têm muita procura, por parte dos convidados como dos diversos participantes em cada sessão.
Recorreu a Elisa Costa a alguns desses participantes para entremear a sua tese com exemplos vivos dos tais ditos e reditos, que povoam a nossa memória e dão voz a tantos saberes que trazemos entranhados na pele.
Chegado o momento dos participantes, estes não se fazem esperar e apresentam-se, cada vez mais afoitos e confiantes, de sessão para sessão, o que - como recorrentemente venho dizendo - nos enriquece aquele espaço...
... sem fronteiras de idade ou formação, mas tão só com o intuito de se dar a conhecer e à sua obra, mais sedimentada ou nos seus primeiros mas firmes passos.
E, de súbito, se descobre que, afinal, uma voz não tem idade, quando trilha os caminhos da descoberta e da partilha...
Uma noite mais e memorável, como tantas outras que vão ocorrendo onde a motivação é a fruição de um poema dito ou ouvido, que suscita uma alegria, um riso, um lamento, um choro. Enfim, uma emoção, que é sempre uma coisa altamente recomendável para quem gosta de se sentir vivo.
junho 18, 2010
fábulas, parábolas e outras rábulas...
Amizades,
Gostaria de contar com a vossa presença no próximo dia 19 de Junho (sábado), pelas 16 horas, no Auditório do Campo Grande, nº 56, em Lisboa (junto a entre Campos e cerca de 100 metros depois da Livraria Bulhosa), para vos apresentar o meu mais recente livro, desta feita em prosa, editado pela Temas Originais, no qual coleccionei quarenta histórias em que, de um ou de outro modo, muitos de vós estareis provavelmente presentes, por esse fluxo de vida que os afectos sustentam.
Chamei-lhe Fábulas, Parábolas e Outra Rábulas e nele tentei cultivar o exercício da intemporalidade, sem me esquecer, no entanto, de o condimentar com os circunstancialismos que nos envolvem. Afinal, eu sou português, aqui, como diz o José Fanha.
Histórias de vidas. Histórias devidas. A necessidade/obrigação de transmitir testemunhos, retribuindo o que a vida nos traz, que nos dêem forma e que sustentem uma ética.
Conto com a amizade de Carlos Peres Feio, Estefânia Estevens e Francisco José Lampreia, companheiros já de muitas jornadas, para me ajudarem a dar corpo a mais este nascimento.
E gostaria de contar convosco, com a vossa presença, pois sem haver quem nos ouça o exercício da palavra perde muito do seu sentido... tal como a vida.
Ainda a tempo: Para além do lugar-comum do amor-ódio a José Saramago, fique-nos, em jeito de homenagem, o reconhecimento pela determinação, o controverso amor à terra-mãe, o ser escritor levantado do chão num País tão dominado por doutores da mula-ruça, o exercício e exorcismo da amargura que pela sua obra perpassa, características de que faço questão de aqui deixar referência, no momento em que cessou a sua existência física - pois que a obra fica connosco.
Tive o ensejo de o contactar pessoalmente para lhe apresentar um dos textos que encorpora este meu livro amanhã lançado - Um Memorial de Nomes do Evangelho em Cerco de Pedra, recordando José Saramago - tendo dele recebido um claro e desassombrado incentivo na assunção do meu caminho literário.
Momento há em que talvez fosse melhor não se verificarem coincidências. Mas elas aí estão. Vivamos com elas, pois, e congratulemo-nos por esta dádiva que é a Vida.
junho 15, 2010
noites com poemas
com Elisa Costa
– Ditos e Reditos: dizedelas de todos os tempos
No próximo dia 17 de Junho (quinta-feira), pelas 21h30, como sempre, encontrar-nos-emos na Biblioteca Municipal de Cascais - São Domingos de Rana (Bairro Massapés, em Tires) para falarmos e ouvirmos falar de ditos e reditos, provérbios e anexins... Saberes que o tempo subverte mas, ao mesmo tempo, âncoras de referência na vida.
Elisa Costa, autora de livro com o mesmo título e presença não rara nos nossos encontros, será a nossa convidada.
Venham daí, dizendo e redizendo o que por melhor acharem, de vossa justiça. Nós lá estaremos.
XIII Encontra-A-Funda - uma cedilha na Pica
Para os curiosos, proponho uma visita ao blog
Charamela do Bairro, onde podem apurar algumas imagens de mais um excelente convívio que teve lugar neste passado fim-de-semana.
Ainda que melhor seja experimentá-lo que julgá-lo...
junho 11, 2010
passeio pelo nordeste extremo (II)
Manhã cedo, despertar. Quem é cliente habitual tem algumas prerrogativas. E como o meu poiso habitual é na Residencial A Morgadinha, tenho artes de poder disfrutar desta esplêndida vista sobre a albufeira da barragem de Miranda do Douro, da varanda do meu quarto.
Margem direita, Portugal; margem esquerda, Espanha. O céu por cima, ainda que, por fugaz momento, se possa imaginar, também, o céu por baixo...
Também da varanda se tem uma vista privilegiada para a Sé de Miranda, beijada pelo sol matinal, eespreitando o pormenor, o embarcadouro onde tomaremos o barco especial que nos levará, rio acima, até onde a albufeira for navegável, num passeio ecológico que faço sempre que lá vou e do qual nunca me enfastio.
Pequeno-almoço tomado - sempre com aquela magnífica vista sobre a albufeira, e rumámos aos meus lugares de meninice, agora redimensionados ao olhar adulto, mas onde o veludo gritante das papoilas mantém a sua consistência e uma multidão de bichinhos, bichos e bicharocos lá faz pela vida, pois, pelos vistos, para eles não era dia de férias...
Verifico, uma vez mais, com algum espanto e satisfação, que a nossa velha casa de madeira, cedida a meus pais pela Hidro-Eléctrica do Douro, lá pelos idos de 60 - e que era suposto apenas se aguentar uns dez anitos - lá se mantém, aparentemente para lavar e durar, ainda que sem a cercadura de cultivo que lhe conhecia quando a habitámos.
Os socalcos de xisto, que definiam as culturas - aqui alfaces, ali couves, além morangos, ao fundo batatas... - esses lá estão, bandeira de sólida construção, que o tempo parece não querer estragar.
Bem como a árvore, imensa, que sombreava a piscina das aventuras de juventude, e que já me pareceu ter ido desta para melhor, em anterior visita, agora me recebeu revigorada, com o verde a recobrir a galharia antiga e morta.
O que não se altera na sua decadência é a (ainda) bela edificação que é a estação de caminhos de ferro de Duas Igrejas, com os seus interessantes painéis de azulejos, retratando usos e costumes da região.
A forretice do Estado Novo achou por bem terminar ali a linha de comboio, por ser o local dos silos cerealíferos, ao tempo da campanha do trigo, que abrangeu não só o Alentejo, mas também o planalto nordestino transmontano... e não estendeu a linha até Miranda do Douro, a escassa meia-dúzia de quilómetros!
Hoje, assim como assim, já nem a Duas Igrejas chega. Dir-se-ia que o nível de forretice se agravou, de modo muito substancial.
Aproveitam-na, à estação, as andorinhas, espantadas com aquela não esperada invasão, espreitando de um ninho a metro e meio do pavimento. Que alguém a aproveite, enfim.
A seguir, uma saltada até à aldeia de Picote, para ver o seu velho e tradicional casario, bem como para nos chegarmos à Peinha de'l Puio, a juzante da barragem do Barrocal do Douro (Picote), onde o rio nos dá conta das voltas que a vida dá e que ele próprio teve de procurar, no seu caminho até ao longínquo Porto, para cumprimento do seu ciclo de vida.
E, a cada passo, o nosso olhar a desviar-se para as coisas triviais que, em determinados enquadramentos, parecem assumir outra diversa dimensão e sentido.
Lada a lado com a natureza, a mão do homem, em apuros de ancestralidade e que ali estão, ainda operacionais, ajudando ao pão nosso de cada dia...
Farei aqui um outro intervalo, este ligeiramente mais longo pois estou a caminho de
CUCUJÃES (Oliveira de Azeméis), onde me espera mais um regabofe que não dispenso. Eu volto já...
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