março 30, 2004
Mar Lúcido
Ontem tive o privilégio de assistir ao lançamento do livro de Saramago, o "Ensaio Sobre A Lucidez", bem como aos comentários-debate com que José Barata Moura, Mário Soares, Marcelo Rebelo de Sousa, para além do autor, obsequiaram os presentes.
Algumas ideias-mestras interessantes para reflexão, sugeridas pelos intervenientes:
1. Porque não se discute ou discute tão pouco a democracia e o seu estado actual de 'bloqueamento'?
2. O cidadão global, enquanto conceito (realidade) de combate à globalização imposta pelos grandes interesses económicos.
3. A precaridade do emprego é uma fatalidade irremediável? Quais as causas para que os governos do 'mundo ocidental' tenham, nesta matéria, invertido em 180 graus as respectivas políticas, ao longo dos últimos vinte anos?
4. É o Saramago que está amargo e pessimista ou, conforme as suas palavras, o mundo é que está péssimo?
5. Se a democracia não se esgota nos partidos, ainda que estes sejam necessários, que fazer, até como exercício de cidadania?
6. O voto em branco pode ser útil? Em Espanha, 600.000 terão votado em branco, nas últimas eleições, o que representa mais votos do que alcançaram alguns partidos com assento nas cortes.
7. E depois de Bush? E o que é que isso interessa?...
março 29, 2004
Mar Interior
Como sequela da entrada anterior, dei-me conta da generalizada indignação provocada pela situação relatada por João Tilly, que culminou com a morte do seu pai.
Razões sobre o irrazoável, explicações sobre o inexplicável, todos poderemos arquitectar algumas. A verdade é esta: o desleixo ou desinteresse generalizados que grassam por este país são preocupantes.
Demitimo-nos de tudo? Só o 2004 nos redimirá? Ou será o Rock in Rio?... O que nos resta, no meio da desgraça? A lágrima de crocodilo?
As pessoas, o tal capital mais importante, onde estão?
Se a lei da selva já tiver sido institucionalizada, por favor, avisem-me. Entretanto, a carolice ao poder!
O marzinho em que vivemos
Li... e duvidei. Por fim, até vergonha senti. Já nem sei bem se por ter duvidado, se por viver num país onde acontecem coisas destas.
Vão até ao endereço abaixo. Não farei mais comentários.
http://joaotilly.weblog.com.pt/arquivo/cat_jornalismo_puro_e_duro.html#085639
março 24, 2004
Mar (ainda) incrédulo... E, talvez, um pouco ingénuo (Mamã, estou aqui!...)
Dia 22, a OrCa pegou num dos seus dias de férias e foi passá-lo à Biblioteca de Sintra. Tratava-se de assistir a uma Maratona de Poesia, com início às 10h da manhã e até às 02h do dia seguinte... O amor à arte também passa por algum sofrimento.
Correu tudo muito bem, muito obrigado, mais ou menos... A organização estava um pouco constipada, mas o saldo foi largamente positivo.
Agora, o que esta OrCa não consegue entender é o temor reverencial pelas televisões. Sim, porque foram lá todas. Mas é um despautério, sempre que alguma dá à costa. Tudo pára. Tudo se empertiga. Tudo cospe nos sapatos, para lhes dar brilho. O mundo suspende-se e endireita a gravata, quando o holofote se acende e a menina da praxe estende aquela espécie de gelado sem gosto ao entrevistado.
Então, esses jovens televisivos e pressurosos, tudo avassalam, tudo atropelam, tudo abandalham, tudo conspurcam, à lógica do tempo de antena. E o povo, de esquerda, de direita ou mesmo muito pelo contrário, todo ele sorri, patético e fantástico, sem tempo, nem ordem... às vezes, até me parecia um pouco sem Poesia.
Será que, quando eu for famoso, também ficarei assim perante a hipótese de ser entrevistado ou, até, de aparecer fugazmente, num cantinho do écran?
março 22, 2004
Mar Alto
Mar primaveril
Dia 21, dia da Primavera, da Árvore, da Floresta, da Poesia... Enfim, perdi-me.
Fui até um bosque, espreitei uma flor a abrir e disse-lhe um pequeno poema. Perdi-me das horas. Perdi-me do mundo. Quando voltei a pôr os pés no chão, já era amanhã, o trânsito era intenso e tudo voltara às suas rotinas.
Mas chegara a Primavera e, até prova em contrário, isso há-de ser uma coisa importante...
março 20, 2004
Uma corrente contra a guerra
Em Lisboa, pelas 15 horas, no Largo Camões...
março 17, 2004
Correntes de Poesia
Com as vénias todas, dou a palavra a quem fala de Poesia com os atributos todos no sítio:
Sobre JOAQUIM PESSOA, Poeta português, nascido "no Barreiro em 22 de Fevereiro de 1948, escreveu
David Mourão-Ferreira:
"(...) Quando se fala de respiração, aplicando-se esta palavra ao domínio poético, inevitavelmente nos ocorrem os casos de uns tantos poetas de hoje que parecem nunca ter sabido para que servem os pulmões; e de tal modo que chegamos a duvidar se alguma vez os terão tido ou se pelo menos os terão utilizado. É nos antípodas de todos esses que se vem erguendo a voz de Joaquim Pessoa.
Inútil acrescentar que respiração poética se faz também ao invés da respiração biológica: seja oxigénio ou anidrido carbónico o que se inspira, é sempre oxigénio o que se restitui. E aí também há duas diferentes famílias de poetas: a dos que só buscam certo oxigénio para a inspiração, a dos que não recuam tão-pouco diante do anidrido que é necessário absorver.
A esta última pertence Joaquim Pessoa: não são apenas os temas já poeticamente oxigenados ou de antemão oxigenadamente poéticos os que por força o seduzem, mas igualmente os que vêm poluídos por todo o anidrido carbónico das injustiças sociais, das convenções e dos interditos, dos mil e um rótulos do parece mal. Mas é em oxigénio, e do mais puro, que ele depois os transforma.
Finalmente, quando em termos poéticos se fala de respiração, também a isto se associa a ideia do ritmo que fatalmente lhe anda implícita. E, eis que tal ritmo se apresenta renovadoramente ampliado, mercê do emprego muito mais sistemático do verso livre — como forma de naturalíssimo equilíbrio entre o poema tradicional e o poema em prosa que até agora constituíram os modos mais reiterados da respiração poética de Joaquim Pessoa".
Estas citações, extraímo-las de Joaquim PESSOA - 125 Poemas: Antologia Poética
março 16, 2004
"Há mar e mar. Há ir e voltar..."
Perpassei, perplexo, pelo Abrupto e pelo eco que faz de comentários desvairados dos seus (dele) estimados leitores, defensores da tese de que os eleitores espanhóis se terão acobardado pelos atentados da Al Qaeda, tendo ido a correr votar no PSOE...
Corajosos, somos nós! E de garganta, então!...
Grande parte do chamado cidadão comum espanhol confirmou, da pior forma possível, os 'efeitos colaterais' do apoio que o seu governo deu a Bush na invasão - unilateral e infundada - do Iraque. Que, aliás, o povo espanhol largamente condenou. E o tal cidadão decidiu agir em conformidade. Honra lhe seja. Para isso se vai a votos, em democracia.
Nós, por cá, é que somos os maiores: primeiro, o semi-Durão pôe-se em bicos de pés para o verem na fotografia a 3 e1/2, lá pelos Açores, sem pedir ou dar satisfações ao povo. De seguida, manda um contingente, com material emprestado, para o Iraque, segundo parece mais para a defesa do próprio local onde se encontravam instalados do que para outra qualquer missão, outra vez esquecendo-se do povo. Por fim, temos os nossos jornalistas a acender velinhas a Nossa Senhora de Fátima para que haja um atentado no 2004, mesmo que os terroristas internacionais não estejam para aí virados...
Será para assumirmos importância no mundo, buscando tradições históricas de martírio? Ou será mesmo só por parvoíce destes jornalistas, a quererem vingar-se de uma bala que feriu uma lusitana nádega jornalista?
Felizmente, com estas especulações, há já três dias que não se fala da Casa Pia, terrorismo doméstico que ninguém parece saber (querer?...) combater. Cuidado, irmãos, que ainda o pagareis caro nas eleições!...
março 15, 2004
Carpe Diem
A minha jovem madrinha de blog, a Thita, a propósito de um lamento meu, aflige-se com a perspectiva do mundo poder estar a mudar talvez para pior...
Não sei, Thita. Não quero acreditar nisso. Lá que o mundo está em mudança, é verdade. Mas sempre esteve e sempre estará. O ‘melhor’ e o ‘pior’ somos nós que o fazemos.
Cada dia é nosso. É de cada um de nós. Mas é sempre nosso. O dia fica ‘pior’ quando permitimos que os outros tomem conta dele. A nossa vida não pertence a ninguém, a não ser a cada um de nós. Pode até ser-nos retirada, ser espartilhada, ser enxovalhada. Mas, ainda assim, não deixa de nos pertencer. E, na hora da partilha, também aí deve ser nossa a escolha.
A cada um compete procurar a sua justa medida das coisas. E nunca desistir dessa busca. Um dia mais, talvez. Talvez menos, noutro dia. Mas aproveitar sempre o dia que temos e em que estamos.
Para quê? Ora, se calhar só para sermos dignos da vida. Dar, em cada dia, um passo no sentido da utopia... Porque ela existe, Thita! Há quem passe a vida a escondê-la. A fome, a miséria, a exclusão, escondem-na, também. Mas ela existe, se calhar bem perto de nós, “como bola colorida entre as mãos de uma criança”.
E eu julgo que tu sabes procurá-la. Nunca te esqueças.
março 14, 2004
Mar de Ver
'Pensar A Guerra', eis o que fez Umberto Eco, em meia-dúzia de interessantes páginas que se recomendam vivamente.
Encontra-se em edição da DIFEL, integrado num livrinho intitulado 'Cinco Escritos Morais', em edição de 1998. E cito, apenas para aguçar curiosidades:
"Esta descida (a circunstância da guerra) não se pode justificar, porque - em termos de direitos da espécie - é pior que um crime: é um desperdício."
Como se pode ver, nunca estamos sozinhos...
março 12, 2004
Hoje, um lamento por Espanha...
Desta vez, os Cavaleiros do Apocalipse cruzaram as terras de Espanha.
Uma vez mais, o sangue humano foi violentamente derramado em pura perda. Ontem, em Espanha. Em qualquer parte do mundo, sempre.
Nós, sempre tão dispersos, e a barbárie aqui tão perto, tão dentro de nós...
Não! Não é xenofobia, nem nada disso. Estou mesmo a pensar em NÓS, habitantes da Terra!
Todos!
março 10, 2004
Mar reflexo
Temos um poder que se agita contra a 'interrupção voluntária da gravidez', se 'perturba' pelo decréscimo de natalidade e, ao mesmo tempo, encerra unidades hospitalares de Ginecologia/Obstetrícia em grandes centros urbanos.
Temos um poder que se aflige pela crise de valores, mas que dá, das próprias instituições que tutela, a mais cristalina imagem de continuado descrédito.
Temos um poder que bem pode limpar as mãos à parede!
março 08, 2004
Mares de hipocrisia
A propósito do Dia Internacional da Mulher - que considero uma baboseira, pois ao contrário do Natal, o dia da Mulher é todos os dias, quer se queira quer não - ocorre-me discorrer um pouco sobre uma notícia que veio a lume (Público) no dia 05 do corrente:
A Comissão de Assuntos Constitucionais discorreu sobre a criminalização da mutilação genital feminina (ablação do clítoris), prática vulgar ou comum em vários países africanos. Por força de importações culturais, há já conhecimento da sua ocorrência em território português, nomeadamente na comunidade muçulmana guineense.
Até aqui, tudo bem. Legisle-se e criminalize-se tal prática. À falta de melhor, com a invocação de um antigo argumento: em Portugal, sê português! E quem quiser cortar alguma coisa, que se entretenha a cortá-la a si mesmo e deixe os demais sossegados.
Não posso, no entanto, deixar de me abismar com algumas questões colocadas em sede parlamentar sobre esta matéria, como: "a importância do clítoris é algo subjectiva..."; "a sua mutilação não afecta nenhuma função vital" nomeadamente "a função reprodutiva"...
Parece que estas angústias advêm do facto do Código Penal apenas prever penas de 2 a 10 anos de prisão para quem "ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa por forma a privá-lo de importante órgão ou membro ou a desfigurá-lo grave e permanentemente" (artº. 144º). Ocorre que parece haver deputados que têm dúvidas sobre se o clítoris poderá ser chamado de órgão ou membro e - pior ainda - se será importante... Claro que considerar o prazer sexual uma função vital não há-de caber no bestunto de tamanhos angustiados.
Realmente, nós temos peculiaridades curiosas enquanto bicharada que legisla! Finalmente percebo porque é a "facada nas costas" uma prática tão corriqueira e comunmente aceite cá pelo burgo. Desde que dada com jeito e não afectando nenhum órgão importante, estejam à vontade, que a lei não criminaliza.
Pergunto-me se uma discreta lobotomia perpetrada em quem manifesta dúvidas daquele teor poderá ser considerada crime...
Contra a maré
Dia Internacional da Mulher para quê?
Deixo hoje aqui depositados os espinhos da rosa que lhes ofereço em cada dia.
março 07, 2004
Muito boa onda
De um elo da corrente amiga e solidária que tenho o prazer de ver entrar na minha caixa de correio, recebi a transcrição parcial de um artigo recente do Público, da arqueóloga Faiza Hayt, que faço questão de partilhar:
"
Quem faz por paixão o que lhe calhou por ofício nunca envelhece. A paixão combate a corrosão do tempo"
"Há dias num autocarro, ouvi duas mulheres, na casa dos quarenta, a conversarem sobre o futuro. Ambas ambicionavam o mesmo: a reforma. 'E depois de te reformares o que vais fazer? - perguntou a primeira; a segunda encolheu os ombros magros - Nada!' disse, e havia no abandono com que o disse um tal vazio, tanto tédio futuro, que ainda agora, sempre que me lembro estremeço de puro horror.
Sim, eu sei que para se aproximarem do nada os monges budistas consomem uma vida inteira de esforço e de meditação. O nada, se for levado a sério, dá um trabalho danado. Também sei que há vazios esplendorosos. Basta pensar, por exemplo, no silêncio estrelado de uma noite de Verão, no deserto. O nada que aquela mulher ambicionava, porém, era o nada da morte. O mesmo nada a que uma abóbora, apodrecendo ao sol, haveria de nomear se acaso a interrogassem 'O que fazes amanhã? Amanhã? Outra vez nada!'
(...) Ao contrário daquelas duas mulheres, quando penso no futuro imagino-me a trabalhar. Quero fazer tudo. Não odeio as manhãs das segundas feiras. Não conto os meses que faltam para ter férias. Sinto-me em férias, isto é, experimento a vertigem da liberdade, de todas as vezes que a minha profissão (sou arqueóloga) me leva algures, a um deserto, a uma cidade milenar, à descoberta de vozes remotas
Não são as rugas ou os cabelos brancos, nem sequer o cansaço físico, que anunciam, ou denunciam, a velhice. Um sujeito sem qualquer tipo de curiosidade, sem ideais, cínico, quezilento, sofrendo de cansaço antecipado nas manhãs de segunda feira - eis um velho. Há muitos cremes, muitas poções mágicas, destinadas a combater as rugas. Em nenhum lugar, porém se vende um xarope para curar o cinismo.
Eu cuido muito bem dos meus cabelos brancos. Penso em cada um deles como representando um projecto que gostaria de cumprir. Quanto mais os anos passam mais projectos me animam. Só peço a Deus que me salve da reforma."
março 06, 2004
Mares (imensos) dos outros
Do meu querido amigo
RF(porque ele é um homem reservado...), não resisti a copiar para os Sete Mares o
mail que dele recebi, com a devida vénia e enorme reconhecimento. Desfrutem-no:
"Não pontapeou material de arbitragem.
Não morreu num campo de futebol em directo.
Não sei se aparecerá no Jornal da Noite, mas ninguém lhe dedicou muito tempo...
Era "Americano" (estadunidense de Atlanta, Geórgia).
Morreu.
Pneumonia.
Roubei-lhe as palavras e as ideias quando comprei:
"Os Descobridores (...)"
"Os Criadores (...)"
"Os Pensadores (...)"
E há mais.
Obrigado Gradiva.
Aqui ficam dois dos seus "aforismos"...
'O maior obstáculo à descoberta não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento.'
'O livro é o maior avanço técnico da humanidade.'
São dele.
Para nós.
Apesar dos seus inúmeros defeitos, aprendi bastante com o seu legado.
Talvez isto não vos interesse nada...
Bem sei que não sou a MMGuedes para vos trazer assuntos de pertinência indubitável e de inexcedível interesse nacional.
Mas talvez por isso sentisse necessidade de escrever esta breve nota sobre ele. Ele que gostava de livros.
Cordiais saudações
RF"
março 04, 2004
À procura de uma boa onda...
De repente, apercebi-me, cá pelos Sete Mares, de um cheiro desagradável no ar...
Haverá alguém que tenha uma boa notícia que queira partilhar?... Nem que seja só para melhorar o ambiente.
Muito obrigado.
Maré reticente...
1. O boletim do concurso para colocação de professores passou a ter 12 páginas para preenchimento. A declaração para o IRS quase triplicou em papelada... Trata-se aqui de escoar papel excedentário por tanta árvore ardida ou de alguma forma revolucionário de obrigar o povinho a combater a iliteracia? Para ajudar, no que toca ao concurso de professores, os diversos documentos 'de apoio' vêm cheios de gralhas. Aquilo é só para ver se os profs estão atentos!
2. A um parvo que se queixa de que o mordomo lhe roubou as pratas, o dito, ofendido, afinfou-lhe com um ferro de engomar no frontespício... Parece que o ferro estaria desligado. A ser verdade, há formas de justiça primárias que só pecam por defeito.
3. O Jorge Sampaio achou mal que se comentasse tanto o pseudo-'caso' do Adelino Ferreira Torres, com tanta coisa importante para tratar, neste país? Uma vez mais, se é verdade, trata-se de um erro de análise do nosso Presidente. Aquela personagem apalhaçada representará, porventura, quase tudo aquilo contra o que o sr. Presidente se vem referindo no panorama nacional. Não é o AFT um 'poderoso'? E assumido prepotente? E presumido impune? Não percebi...
A propósito: a três dias de um julgamento, acusado de peculato e etc. e tal, o AFT, presidente da Câmara do Marco, desata aos escândalos num estádio de futebol?... Huummmm... Vão ver que é uma manobra de diversão...
4. O tal director da PSP que se espalhou em artéria de trânsito vedado a motociclos quando conduzia a sua mota pagou a multa pela infracção... e pronto! Lá passou, uma vez mais, a mulher de César por galdéria... E eu perdi um almoço de aposta, pois estava convencido que o homem se demitiria, só para dar o exemplo. Cada vez estou a ficar (eu também) mais parvo e desfocado!...
5. Li que, nesta altura de promoção do queijo da Serra da Estrela, não há viatura de organismo oficial que não tresande a queijo. De ministros a secretários, de chefes de gabinete a assessores, é uma romaria ao sopé da Estrela para abastecimento do belíssimo produto regional... Claro que a gasolina pagamo-la nós. Mas quem é que pagará os queijos?
Nota: Quem tiver dúvidas da veracidade, pode sempre experimentar cheirar alguma viatura oficial que lhe passe por perto.
6. Portugal poderá ser o país da Europa com menor capitação em cursos superiores. As carências, em todos os sectores de actividade, são gritantes. Mas, em 2003, o número de licenciados sem emprego aumentou 35%.
Eheheh!... Andamos todos a dormir, não andamos?
março 01, 2004
Maré muito baixa
Dos jornais: "Avelino Ferreira Torres, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canavezes, foi ontem um inesperado protagonista nos minutos finais do Marco-Santa Clara, jogo da Liga de Honra que terminou empatado a uma bola"...
Todos terão visto nas televisões. Atitudes demenciais, pontapeando despautérios, porque uma qualquer grande penalidade não terá sido assinalada.
Grave? Nem nada!Só mais um desvio apalhaçado do "desporto" que temos.
O que me preocupa é o seguinte: eu não, que não vou à bola, mas se um qualquer adepto tivesse tomado idêntica atitude, o que teriam feito os gê-nê-rês? Aquilo não é desacato?
E aquele cidadão é inimputável?
Ao sr. presidente da Câmara de Marco de Canavezes não seria profilático levá-lo 'de cana' às vezes?
Nota de rapa-pé: e, já agora, será que, neste país de anestesias, a responsabilização dos presumíveis 'poderosos' se esgotou no 'processo Casa Pia'? Terão os mentores das consciências considerado que 'tá-bem-já-chega de exposição pública de malandrices ou sacanagens?
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