Esperei-te sentada no banco de madeira
em silêncio.
Procurei-te entre o vento
e o pôr do sol,
em vão.
Cerrei as pálpebras
com um enorme vazio dentro de mim.
Precisava de te ver.
Tinha tantas perguntas,
precisava de tantas respostas!
Subi a rua,
voltei a descer até ao mar.
Descobri-te majestosa,
entre o verde das árvores
e a cidade iluminada.
Sorriste-me!
Lá estavas tu, serena e confiante.
A tua alma tocou a minha
e o vazio tornou-se num
mar cheio de luz.
Eloquente sussurraste:
já ouviste hoje o teu coração?
Ele te dará todas as respostas.
Olhei-te candidamente e sorri.
Subi a rua
e adormeci no banco de madeira.