domingo, 21 de junho de 2015
Sobre a noite longa que contemplo
Se desenha um céu de estrelas ao alto
Que na visão se perde pois é amplo
Derrame de negro e luzes em salto
Brilhos que se movem em suspensão
Desenhando naquela leve imensidão
A pintura mais profunda e abstracta
Retrato de uma emoção pouco intacta.
Ah, e sobe, sobe, este meu coração
Inebriado por aquele mar feito celeste
Assim vai em seu ar quente, qual balão
Que se perde nos ventos de este a oeste.
Na altitude ganha a esperança certa
De, ao que antes observava, se juntar
Mas é fruto de uma paixão que aperta
A certeza entre a ilusão de amar.
E o coração, sobe, sobe,
sobe até onde conseguir respirar
porque mais nada interessa
Quando a paixão toma a dianteira
E não deixa nem o coração parar.
E o mundo avança - ora essa!
Quando tenho essa alavanca
Que faz tudo o resto haurir
Sob a máscara verdadeira
Que grita: quero estar! quero sentir!
Quero? Não, me entrego.
E estou e sinto.
E sou...