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26 abril 2019

Poema


Pouco a pouco desfolharam-se as rosas
em todos os jardins iniciando o enredo
das chuvas sobre as casas.
Estávamos no mês em que os crisântemos
se tornam mais brancos.
 
Contra a luz não ousávamos quebrar
o silêncio que na música se abrigava.
Schubert e as canções sem palavras.
O arco da voz preso no violoncelo.
 
O piano e o rumor sublime dos anjos.
Escutávamos a palavra não dita da sonata:
o azul dos lírios em quintais antiquíssimos!
 
Graça Pires.
 
 

06 abril 2019

Silêncio e Solidão

O silêncio abastece
a solidão e dá de comer aos peixes
nas sombras do fundo.
Guarda-nos a casa
tal como o pó, com essa
quieta mansidão
da misericórdia,
e vigia o esquecimento,
a virtude do óleo,
o fio dos verbos
com que nos castigamos.
O silêncio busca-se
para se fazer mais fundo
nos desfiladeiros do sussurro,
na desolação, lá
onde as palavras não alcançam
e o amor se abriga do assédio
das profanações.
 
José A. Ramírez Lozano.

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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