sAPOS SENTADOS Com o tempo passa Adaptação de texto de Edmundo Teixeira |
Uma moça triste apareceu à margem de um rio caudaloso e largo e foi procurar barqueiros para atravessa-la .
Dirigiu-se ao primeiro de ar revoltado, que respondeu em tom agressivo:
Vai mulher cruel! Jamais você passará!
A moça dirigiu-se a um segundo barqueiro, mas este, lançando-lhe um olhar trágico , virou-lhe as costas sem responder.
Restava, a pouca distância um terceiro barqueiro, já muito velho. Este a ouviu com simpatia e sorridente a levou ao barco.
A travessia foi longa, más as remadas ainda que lentas, eram firmes e seguras.
Antes de ir embora a moça curiosa, perguntou:
_Por que os outros dois barqueiros me recusaram atravessar?
No entanto o senhor fez questão em fazê-lo tão gentilmente?
_ Por que sabem que você é a Dor, o nome daqueles barqueiros: Ressentimento e Desconsolo.
Os dois, mesmo com reações diferentes não percebem que ao recusá-la , mais a retém junto a si! Eu não, eu posso passá-la.
_Más, quem é o senhor?
_Sou o Tempo.