Sou tua amiga sim. Apesar da dor de horas e do horário desgrenhado, tens amiga aqui. Ao meu jeito, bem o sabes, sem telemóveis nem coisas grupais, que a dois é bom mas três, bem o dizem, já é demais.
Gosto mais de ti no estado puro, sem interferências do exterior. Gosto de te ir tendo, de vez em quando, no teu dia, nos nossos locais, e saber por onde andas, por onde tens parado, que coisas novas me contas, o que tens aprendido, o que posso crescer, hoje, contigo.
Gosto de ti principalmente por seres diferente de mim. E de ti, e de ti, e de ti. E de comparar-nos e somar sempre esta diversidade, que faz de mim bocadinhos de pessoas que vêm e ficam, outras que vêm e vão mas permanecem. Continuo a evocar o teu nome em conversas e a relembrar-te com o mesmo sorriso de há uns anos. Continuo a tratar-te pela tua antiga alcunha, apesar de estares mais magro do que nós! Continuo a temer a tua tendência para não gostares da vida e espero bem que me tenha sucedido alguém que te faça gostar mais dela. Continuo a achar que fazemos uma bela dupla, desde os tempos da Patrulha Pinguim. Continuo a achar que entre nós há qualquer coisa bem maior que a diferença dos caminhos que tomámos, que é tão só seis sétimos de vida juntas.
De ti gosto dos olhos verdes, principalmente a berrar cor e lágrimas. De ti dos pés pequeninos desinquietos, a serigaitar sempre. De ti do teu lado hippie de dar restos de pão a patos lisboetas. De ti do lado de Solar dos Presuntos com um sentido crítico de cair para o lado. De ti e da tua bondade desinteressada. De ti e de me rir com as tuas aventuras em motas e bicicletas. De ti e das tuas cartas de Trivial Pursuit de bolso, para melhorar a cultura geral! De ti e da tua tendência de pores um -inho depois de todos os adjectivos. De ti, e também de ti e de ti. Alguns "tis" mas não muitos. Os que cabem bem debaixo da minha asa, no sentido mais maternal ou amigal da expressão.
E é assim, como sabes, se me conheces desde pequena, que levo as coisas e que TE levo_ a sério. E se me conheceste já grande, não grande coisa, é igual para ti. Isto de levar as coisas e levar-TE a sério tem o seu peso. Faz-me não gostar de quem te faz mal, faz-me ter medo do que te assusta e mesmo assim querer proteger-te. Quando me escasseias as palavras...dói-me. Quando reconheço que estás em onda de azar...dói-me. Quando dou por mim a lamentar, sem te aperceberes, o que te inquieta...dói-me.
E depois disto te digo: não tenho tempo para chatices. E mais importante_ não me interesso minimamente por isso. Gosto de ti, ponto final. E ando por aí de nariz no ar (muito mais de desatenta e distraída do que de empinado) a levar as minhas coisinhas a sério e de repente testemunho uma ou outra facadinha, que não é de todo novidade para mim, só me desilude do fundo do coração, e nem sequer precisa de acontecer comigo.
Seriamente na boa, sei que tens aí o meu bocado, que não to roubo nem invejo de outros porque esse aí, à nossa maneira, é meu. Obrigado.
Gosto mais de ti no estado puro, sem interferências do exterior. Gosto de te ir tendo, de vez em quando, no teu dia, nos nossos locais, e saber por onde andas, por onde tens parado, que coisas novas me contas, o que tens aprendido, o que posso crescer, hoje, contigo.
Gosto de ti principalmente por seres diferente de mim. E de ti, e de ti, e de ti. E de comparar-nos e somar sempre esta diversidade, que faz de mim bocadinhos de pessoas que vêm e ficam, outras que vêm e vão mas permanecem. Continuo a evocar o teu nome em conversas e a relembrar-te com o mesmo sorriso de há uns anos. Continuo a tratar-te pela tua antiga alcunha, apesar de estares mais magro do que nós! Continuo a temer a tua tendência para não gostares da vida e espero bem que me tenha sucedido alguém que te faça gostar mais dela. Continuo a achar que fazemos uma bela dupla, desde os tempos da Patrulha Pinguim. Continuo a achar que entre nós há qualquer coisa bem maior que a diferença dos caminhos que tomámos, que é tão só seis sétimos de vida juntas.
De ti gosto dos olhos verdes, principalmente a berrar cor e lágrimas. De ti dos pés pequeninos desinquietos, a serigaitar sempre. De ti do teu lado hippie de dar restos de pão a patos lisboetas. De ti do lado de Solar dos Presuntos com um sentido crítico de cair para o lado. De ti e da tua bondade desinteressada. De ti e de me rir com as tuas aventuras em motas e bicicletas. De ti e das tuas cartas de Trivial Pursuit de bolso, para melhorar a cultura geral! De ti e da tua tendência de pores um -inho depois de todos os adjectivos. De ti, e também de ti e de ti. Alguns "tis" mas não muitos. Os que cabem bem debaixo da minha asa, no sentido mais maternal ou amigal da expressão.
E é assim, como sabes, se me conheces desde pequena, que levo as coisas e que TE levo_ a sério. E se me conheceste já grande, não grande coisa, é igual para ti. Isto de levar as coisas e levar-TE a sério tem o seu peso. Faz-me não gostar de quem te faz mal, faz-me ter medo do que te assusta e mesmo assim querer proteger-te. Quando me escasseias as palavras...dói-me. Quando reconheço que estás em onda de azar...dói-me. Quando dou por mim a lamentar, sem te aperceberes, o que te inquieta...dói-me.
E depois disto te digo: não tenho tempo para chatices. E mais importante_ não me interesso minimamente por isso. Gosto de ti, ponto final. E ando por aí de nariz no ar (muito mais de desatenta e distraída do que de empinado) a levar as minhas coisinhas a sério e de repente testemunho uma ou outra facadinha, que não é de todo novidade para mim, só me desilude do fundo do coração, e nem sequer precisa de acontecer comigo.
Seriamente na boa, sei que tens aí o meu bocado, que não to roubo nem invejo de outros porque esse aí, à nossa maneira, é meu. Obrigado.