Parabéns, Sr. Presidente, parabéns!!
Conseguiu montar o maior circo alguma vez visto em todo o regime democrático.
Com a agravante de o fazer numa época em que Portugal necessita de serenidade e coragem para enfrentar uma crise dupla: a própria e a exterior.
O que revela um sentido de Estado a toda a prova!!
Após o seu espectáculo às 20 H de ontem , transmitido directamente em todas as estações televisivas e em presença de todos os jornais , todas as diatribes de Alberto João Jardim perderam brilho , sem dúvida, e a sua habitual ferocidade contra o Governo em funções parece amadora.
Tanto mais que o senhor atacou o Partido vencedor das eleições, isto é, o mesmo onde assentava a maioria absoluta do Governo anterior. Para as relações futuras entre os dois orgãos máximos de soberania nacional , é um óptimo augúrio.
Fiquei com a impressão de que talvez a sua fúria tenha como alvo, ainda mais que o partido Socialista, quem votou nele e não no PSD.
Ou será que vai chegar ao ponto de não indigitar José Sócrates como Primeiro-Ministro?!
Agradeço-lhe a agradável sensação de, afinal, ter encontrado uma pessoa mais ignorante do que eu (!!!) acerca deste misterioso mundo dos computadores: jamais imaginei ser necessário consultar entidades oficiais para se saber da não existência em parte alguma do planeta de sistemas informáticos invulneráveis!!
Talvez fosse bom o Governo oferecer-lhe um Magalhães.
Também fiquei a saber da pouca importância dada pelo senhor às eleições autárquicas, cuja natureza sendo diferente da das legislativas não reveste menor importância. Pelo que deveriam ter merecido igual resguardo!
Ou receou outro resultado desastroso para o PSD?
Por incapacidade minha, decerto, não percebi nada do que pretendeu dizer.
Melhor, entendi ter sido muitissimo infeliz e desadequado o desabafo público que entendeu fazer dos seus estados de alma.
Sendo católico, talvez tivesse sido mais conveniente ter escolhido um confessionário em vez da comunicação social.
E porque não a permissão de perguntas pelos jornalistas?
Relativamente à actuação de Fernando Lima , nada foi esclarecido.
O que me permite concluir que algo de grave aconteceu, realmente.
Há, no entanto, uma afirmação sua com a qual concordo de todo: "foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência".
Por si, Senhor Presidente, por si!
Consequentemente, DEMITA-SE !!!