Durante quatro anos a fio o PS comporta-se como um rolo compressor. Os elementos desagradáveis ao chefe, em vários sectores da sociedade, são terraplanados, arrasados, ou pura e simplesmente tirados do caminho. Durante meses e meses os ministros de Sócrates boicotam o “Jornal Nacional” da TVI. Em público e perante todas as televisões, o chefe desanca o canal de televisão em causa e chama ao referido jornal e aos seus jornalistas o que Maomé não chamou ao toucinho.
Agora, em plena campanha eleitoral, campanha que não está a revelar-se fácil para o partido do poder e exactamente na véspera do regresso às emissões do jornal de Manuela Moura Guedes, a qual se preparava (segundo disse) para divulgar material inédito sobre o caso Freeport, a administração da Media Capital, a mando da espanhola Prisa, liquida o programa... sem mais.
O Governo do PS pode, ou não, ter pressionado a empresa para conseguir este desfecho.
Os principais donos e accionistas da empresa podem, ou não, ter sido mais papistas que o Papa e decidido fazer o “jeito” ao Primeiro Ministro, por cobardia ou pura cupidez. Tudo pode ter acontecido, mas o resultado não se altera. É uma vergonha!
Claro que Sócrates, o Partido Socialista e o Governo, vêm clamar a sua inocência em todo este processo. Estão no seu direito.
Desculpar-me-ão, mas (como muitos portugueses) tenho a maior das dificuldades em acreditar. Também estou no meu direito!