sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Jornal Nacional"... cilindrado!



Durante quatro anos a fio o PS comporta-se como um rolo compressor. Os elementos desagradáveis ao chefe, em vários sectores da sociedade, são terraplanados, arrasados, ou pura e simplesmente tirados do caminho. Durante meses e meses os ministros de Sócrates boicotam o “Jornal Nacional” da TVI. Em público e perante todas as televisões, o chefe desanca o canal de televisão em causa e chama ao referido jornal e aos seus jornalistas o que Maomé não chamou ao toucinho.

Agora, em plena campanha eleitoral, campanha que não está a revelar-se fácil para o partido do poder e exactamente na véspera do regresso às emissões do jornal de Manuela Moura Guedes, a qual se preparava (segundo disse) para divulgar material inédito sobre o caso Freeport, a administração da Media Capital, a mando da espanhola Prisa, liquida o programa... sem mais.

O Governo do PS pode, ou não, ter pressionado a empresa para conseguir este desfecho.

Os principais donos e accionistas da empresa podem, ou não, ter sido mais papistas que o Papa e decidido fazer o “jeito” ao Primeiro Ministro, por cobardia ou pura cupidez. Tudo pode ter acontecido, mas o resultado não se altera. É uma vergonha!


Desculpar-me-ão, mas (como muitos portugueses) tenho a maior das dificuldades em acreditar. Também estou no meu direito!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sinais contraditórios



Alguns de vós lembram-se ainda, certamente, do tempo em que praticamente não existiam semáforos. Lembram-se então, igualmente, dos polícias sinaleiros perigosamente empoleirados naqueles pequenos palanques redondos, pintados de vermelho e branco, instalados no centro dos cruzamentos das ruas mais movimentadas das cidades, do cimo dos quais iam gesticulando para os automobilistas, na esperança de que estes obedecessem aos seus sinais.

Agora façam um exercício de imaginação e pensem na confusão de dimensões verdadeiramente “bíblicas” que esta jovem provocaria, instalada em cima de um desses palanques, enviando para o trânsito esta profusão de “sinais contraditórios”.

Enviar sinais contraditórios é perigoso, seja sobre a economia, a saída da crise, o emprego, a saúde, a segurança... e uma campanha eleitoral é uma boa ocasião para pensar nisso.

Haja resistência!


Paulo Portas é uma personalidade que não me interessa! Gosto de agricultura, não da “lavoura”. Gosto de bem estar e qualidade de vida, não de “segurança policial”. Gosto de justiça social, não de assistencialismo bolorento e “caridoso”. Resumindo, não gosto de Paulo Portas, nem de nada do que vende... mas este texto era suposto ser sobre o debate deste serão que passou.

Foi um empate. Sobretudo, de tempo. Assim, aquilo que me intriga nos restantes debates que aí vêm, com a participação de Sócrates, é saber qual o limite da nossa resistência para ouvir o chefe do governo enumerar as excelentes medidas que tomou, mas que nós não “entendemos”, ora por má vontade, ora por estupidez. Qual o limite da nossa resistência para assistir a este espectáculo esquizofrénico bipolar de um Primeiro Ministro que oscila constantemente entre o arrogante que conhecemos bem e o bonzinho que, se for de novo eleito, tudo fará para tratar dos problemas dos portugueses... “com mais delicadeza”, embora me pareça que se lembrou disso um "cadito" tarde, a ver pelas reacções de uns e de outros...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tony Carreira & Manuel Pinho – “Corner Main Street”



O meu esforçado colega de profissão, Tony Carreira, decidiu enveredar pela militância musical em favor das energias renováveis. Para isso, conta com o apoio de algumas empresas e bancos... e faz ele muito bem!

De qualquer maneira, ao que parece, vai dar o que pode bem ser um passo em falso, ao participar com o seu enérgico e renovável show, numa homenagem ao ex ministro Manuel Pinho, que terá, a partir de agora, uma artéria com o seu nome, em Paços de Ferreira. É que pode acontecer com esta homenagem musical e toponímica ao patusco ex ministro o mesmo que aconteceu à outra homenagem, aquando do célebre jantarzinho de despedida no “Solar dos Presuntos”, o qual sofreu tal acidente que andou por aí um “ror” de tempo com uma “factura exposta”.

"Boca do inferno"






Ricardo Araújo Pereira tem graça! Tem graça, reiteradamente e com uma frequência muito acima da média dos portugueses, mesmo daqueles bastante convencidos que são engraçados. Não vale a pena lembrar a rábula do seu “prof. Marcelo” dissertando sobre o aborto, a irrepetível “tranquilidade” do seu “Paulo Bento”, o irritante e afectado “Engenheiro Sócrates”, etc, etc, para puxar a brasa à sardinha desta minha opinião.

Duas coisas, principalmente, fazem-me continuar a comprar, mesmo que não todas as semanas, a “Visão”: uma manifesta falta de apego ao dinheiro (de que devia tratar-me) e a crónica do Ricardo Araújo Pereira (RAP), a qual, se não contarmos com os períodos de férias do cronista (ainda não descobriram o correio electrónico, na “Visão”?), não falham a última página, com o já bem conhecido nome de “Boca do inferno”.

Esta semana, RAP resolveu brincar com alguns dos cartazes de propaganda eleitoral dos diversos partidos... e lá foi tendo a graça que lhe foi possível. Chegado ao PCP, resolveu escrever:


Sem querer armar-me em crítico de crónicas, diria que a fatia do PS tem graça, as do PSD e do PCP estão fraquinhas, a do CDS está com piada e a alfinetada no seu próprio partido, o BE, é finíssima e, decididamente, a ganhadora.

Há, de qualquer modo, uma coisa que não entendo. Poder-se-á apontar ao RAP muitos defeitos, como a toda a gente, mas ignorância e falta de informação não são decididamente dois deles! Ora, este “assunto” do plágio pela parte do PCP, da “Change” e do “Yes, we can” do Obama, que andou nas bocas do mundo e dos blogues aqui há uns tempos, fait-divers que foi desmontado por várias pessoas que deixaram provado (por A mais B e com documentos a demonstrá-lo) que a campanha “Sim, é possível”, do PCP, já andava aí na rua, em cartazes e panfletos vários anos antes do Ricardo Araújo Pereira ter a mais pequena ideia de quem raio era Barack Obama, é um “assunto” que não faz mais sentido. Sendo assim, que diabo terá levado o RAP a servir-se deste tema frio, batido, desmentido por quem de direito... e que já deve ter feito corar de vergonha alguns dos que antes dele o utilizaram? Mistério...

Por morrer uma andorinha...

Claro que continuarei a ler as futuras “Boca(s) do inferno” do RAP e a rir com gosto dos seus “bonecos” televisivos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Não se pode ter tudo...



Acabou a "grande entrevista" de José Sócrates... o que é sempre bom!

Já o facto de se me ter acabado tanto a "água das pedras" como o "alka-seltzer"... é péssimo!

Ele querer, querer... não queria...






O Presidente da República promulgou o novo regime contributivo da Segurança Social. Quem está muito melhor colocado do que eu para classificar este novo Código, acha-o um Código iníquo, como se pode ler aqui ou aqui.

Como ultimamente Cavaco Silva vive nesta “ciguêra” de provar que o seu PPD-PSD é muito diferente do PS de Sócrates, promulgou a coisa... mas justificando-se e queixando-se muito. Ah, sei lá... que a promulgação de um diploma “não implica necessariamente a adesão do Presidente da República às opções políticas a ele subjacentes, nem implica o seu comprometimento institucional com todas as soluções normativas nele inscritas”… acrescentando que pensou muito, reflectiu imenso, enfim, uma trabalheira!

Faz-me lembrar a “virgem ofendida” que terá dito, escandalizadíssima, ao namorado fogoso:

- Tens 45 minutos para tirar isso daí… senão…