O Partido Socialista há muito se habituou a manejar Fundações várias, da mesma maneira que os cidadãos comuns manejam os seus porta moedas. A grande diferença é a dimensão dos orçamentos. Desde que foi imperioso para Soares e para os seus cúmplices, à época, poderem movimentar milhões às escondidas, para financiar a contra-revolução, fazendo entrar no país rios de dinheiro vindo dos EUA, da Alemanha, etc, para o fazer chegar às mãos de toda a sorte de crápulas, cobrindo um vasto leque que terá ido desde redes bombistas e incendiários “espontâneos” de Centros de Trabalho do PCP, até à criação de sindicatos “amarelos”, o PS não consegue passar sem ter sempre uma ou duas “Fundações” ao seu dispor para gerir as suas redes de influências e interesses.
Tal é o vício, que mesmo enquanto Governo, não resiste à tentação de ter maneira de fazer chegar às mãos “amigas” os pagamentos de favores, sem ter que se aborrecer com papeladas, concursos, explicações e todo esse tipo de empecilhos... e lá vai “Fundação” p’ra cima! Ele já foi a do Armando Vara, que supostamente tratava da segurança rodoviária, ele agora é esta das comunicações móveis... é um fartar!
Paralelamente, como que por castigo pela nossa passividade, vamos assistindo às dezenas de passagens por cargos ministeriais e postos menores em Secretarias de Estado, que acabam, invariavelmente, em belos “empregos”, com belos nomes e ainda mais belos ordenados. As maiores empresas portuguesas, principalmente as que têm participação pública, a Caixa Geral de Depósitos e até outros bancos, em vez de criarem riqueza para o país, são sangradas diariamente por exércitos de assessores, vogais, conselheiros e, principalmente, conselhos de administração, tão gigantescos quanto inúteis.
Todo este filme me passou à frente, lendo mais uma estória de um ex-chefe de gabinete de Sócrates que se “deu muito bem”.
PS, PSD e CDS, tornaram-se especialistas em fornecer “gestores”. Os génios que cá, como no resto do mundo, arrastaram a economia para a pocilga em que está a chafurdar.
Alguns, ingenuamente, tentam a sorte por sua conta. O meu pensamento “solidário” vai muitas vezes para essa gente, os Isaltinos, as Fátimas Felgueiras, os Mesquitas Machados, etc, etc, etc. Quando passam, como toda a gente, os olhos pelas notícias, devem sentir-se tão pequenos, tão ingloriamente apanhados, tão burrinhos...