De passeio pelos blogs a que me fui habituando, dou com um comentário de
Daniel Oliveira a um escrito de
Maradona, blogger que várias vezes vejo citado aqui e ali, normalmente acompanhado do já recorrente
"oh, mas que bem escreve!" Nada melhor do que ir lá bisbilhotar a tal maravilhosa escrita com que o Daniel não engraçou.
Chegado, dou com uma citação qualquer de Victor Hugo. Traduzida do francês para português? Não! Em inglês! É muito mais fino e "internacional... Um qualquer equivalente deste Maradona nos anos sessenta teria feito exactamente o contrário. Sinal dos tempos, mas igualmente pobre.
E finalmente lá está um bom pedaço da escrita sempre tão aplaudida. Em vários posts sobre isto e aquilo, a mesma fórmula: bom domínio das palavras, uns palavrões artisticamente semeados pelos textos, algum humor, que o mais das vezes é mais comédia ou "engraçadismo", como lhe chama Pacheco Pereira (de vez em quando acerta).
Mas sobre o post em questão. Trata-se de justificar o "feito" de Scolari, argumentando que o que interessa analizar nas pessoas que contratamos seja para o que for, são os resultados, nomeadamente com tiradas como "É a mesma coisa com os políticos. Eu quero poder votar num mentiroso. Se um mentiroso me governar melhor que uma pessoa honesta, por que razão me hei-de prejudicar?", ou lá mais para o fim, qualquer coisa a querer dizer que os desportistas não têm nada que dar exemplo de coisa nenhuma a quem ele chama numa bela tirada de arte e modernidade, "as putas das criancinhas".
Fico na minha. Escrever bem, ou mesmo muito bem, mas com estas ideias como sumo, não passa de fogo de artifício, francamente, uma arte que nunca me conquistou.