Outra das obras saídas em 2006, a título de homenagem póstuma a Jorge Borges de Macedo (JBM), nos 10 anos da sua morte. Trata-se duma reedição, a segunda, desta vez com a chancela da Tribuna da História, na colecção História e Actualidade, numa edição que contou com a colaboração do Instituto de Defesa Nacional, e com os patrocínios da Fundação Maria Manuel e Vasco de Albuquerque d'Orey, IICT, INATEL, Centro Português de Geopolítica e da Sociedade de Desenvolviemnto da Madeira. A História Diplomática Portuguesa - Constantes e Linhas de Força foi publicada pela primeira vez na revista Nação e Defesa, numa série de artigos, entre 1977 e 1985. Depois, sob a forma de livro, surgiu em 1987, numa edição do Instituto de Defesa Nacional, que incluia ainda um prefácio do autor. Mas rapidamente desapareceu do mercado, até porque a tiragem foi pequena e a distribuição restrita. Como explica o editor, em nota ao novo volume, "impunha-se uma 2.ª edição, justificável, ao contrário da reimpressão, por um segundo (e forte) motivo: os artigos originais, publicados apressadamente e em condições difíceis, não satisfaziam, no respeitante à edição, nem autor nem editor". Uma revisão profunda tornou-se impossível, pelo morte de JBM, mas a actualidade e a qualidade da obra exigiam uma solução. Optou-se assim por uma revisão de forma, não de conteúdo, em estrita observância pelo texto original. O livro foi ainda enriquecido e valorizado com uma pequena apresentação de João Marques de Almeida, um prefácio à segunda edição, de Jorge Braga de Macedo, filho do autor, um conjunto de mapas e um útil indice remissivo. E em boa hora dado à estampa, pois trata-se de um dos principais livros de JBM, uma das obras fundamentais da historiografia portuguesa da segunda metade do século XX e sem dúvida uma "referência fundamental para quem se dedica ao estudo da história diplomática, da estratégia e da política externa portuguesa". Com efeito, a História Diplomática foi e continua a ser uma leitura obrigatória para os estudantes e historiadores mas também para os diplomatas, estudiosos de estratégia, geopolítica nacional, ciência política ou de relações internacionais ou política externa, que passam a dispor agora de um livro mais "completo", com outro aspecto gráfico, mais apelativo à leitura, que é o se pretende. De leitura obrigatória ainda, talvez sobretudo, pela concepção de geopolítica que apresenta, concebida a partir da pequena dimensão, dos pequenos estados, que importa não esquecer. Geopolítica que é indissociável da "nossa diferencialidade", como salienta Jorge Braga de Macedo. Ficamos pois à espera do segundo volume, ainda inédito, para o período posterior ao século XIX.
terça-feira, 10 de julho de 2007
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