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Posso dizer-te num poema
a música já ouvida
do outro lado do mar
e posso contar-te
a minha ideia de poder
sentir a vida
em cada verso.
Eu - num poema -
poderei falar-te de tanto
e tu não saberás
entender de onde vem o som
da saudade;
nem (sequer)
procurarás ouvir
a tonalidade magoada
da tua própria respiração.Foto minha.
-Sabes por que vejo azul
nas tuas páginas?
Os teus poemas são feitos
de mim e de mim cantam
as tuas palavras.
-Sabes por que de azul
vestes os teus quadros?
As tuas pinturas são feitas
de mim e de mim cantam
os teus dedos.
De azul é a minha vida
(pelos meus olhos)
quando por ti chamo;
e tu - de azul -,
me respondes:
Amor.Foto minha.
Já te falei do cansaço
após a viagem?
Falei-te da falta que me fazes?
Talvez te tenha falado
como me fatigam
as palavras que se têm que dizer.
Falei-te - certamente -
da incompreensão
com que esbarro a cada passo.
Por tudo o que te falei
ou não falei
- talvez te tenha dito -
não regressarei.Foto minha.
Hoje fui avó pela 6ª vez.
Matilde.
Nasceu em Inglaterra às 20h55m. Filha do meu filho mais novo.
Celebro o nascimento. Uma coisa que sempre me emociona(ou/ará)) e me transcende(eu/erá)).
VIVA!
Diria que o arrepio
é de frio - está frio -,
mas eu penso
que o som da música
influencia este arrepio.
Não será frio,
talvez seja o calor
da lareira e o laranja
das chamas
a atrairem a minha atenção.
Arrepio-me, verdadeiramente,
como se o frio penetrasse
pela ponta de uma faca
- está frio -,
mas é o calor
que me arrepia
e me submete
à condição final
de pedra.Foto minha.