PRESENÇA DE ESPÍRITO (II) Outro episódio passado nas guerras civis é evocativo da presença de espírito de César: a armada de Pompeu controlava o Adriático. A bordo de uma pequena embarcação e na companhia de alguns (poucos) homens, César aventurou-se a atravessar de Itália para a costa do Epiro. Não tardou a ser detectado e alcançado pela armada inimiga. Praticamente indefeso perante uma força várias vezes maior, César manteve a calma e, majestaticamente, exigiu ao comandante republicano que se rendesse imediatamente. E eis que para espanto geral, este se rendeu juntamente com todos os seus homens.
Provavelmente, o comandante inimigo não tinha consciência da superioridade que possuía; deve ter pensado que César não seria doido a ponto a se aventurar praticamente sozinho por território inimigo e que, por isso, devia andar por perto o grosso das forças cesaristas.
Roma Antiga
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quinta-feira, agosto 25, 2005
PRESENÇA DE ESPÍRITO Suetónio conta um episódio curioso passado quando Júlio César desembarcou no Norte de África, durante as guerras civis contra a facção "republicana": o general saltava da barcaça que o transportava para a praia, quando escorregou e se estatelou no chão. Os Romanos eram muito supersticiosos, pelo que qualquer pequeno incidente poderia ser visto como mau augúrio. Tropeçar e cair no exacto momento em que desembarcava em África, poderia ser visto como um sinal de que a campanha culminaria num fracasso. Sabendo disso, César deu a volta à situação em poucos segundos; o ditador "abraçou" o chão e beijou a areia, ao mesmo que tempo que exclamava: "África, és minha!"