sexta-feira, novembro 30, 2007
QUEM SOMOS NÓS, ALÉM AO FUNDO?
terça-feira, novembro 27, 2007
DO MÉDIO ORIENTE A SETUBAL
domingo, novembro 25, 2007
UM PERFIL PORTUGUÊS
segunda-feira, novembro 12, 2007
OLHAR PARA PEARL HARBOR EM 7.12.1941
Hoje, em Novembro de 2007, algures numa das guerras que se travam no mundo
sexta-feira, novembro 09, 2007
BREVE VISITA A ANTONIO CLAVÉ
quarta-feira, novembro 07, 2007
ARTISTAS PORTUGUESES CONTEMPORÂNEOS | Isabel Sabino
Donde, o quê, para onde? 2007
2007 Stridons Lassü
1987 técnica mista
sábado, novembro 03, 2007
ESTRANHEZA E FEALDADE NAS BELAS-ARTES
Em todos os séculos, filósofos e artistas sempre forneceram definições do belo; por isso, graças aos seus testemunhos, é possível reconstruir uma história das ideias estéticas através dos tempos. Mas, com a fealdade aconteceu de maneira diferente. Na maioria dos casos, definiu-se o feio em oposição ao belo, mas quase nunca se lhe dedicaram tratados extensos, somente alusões parentéticas e marginais. Portanto, embora uma história da beleza se possa servir de uma ampla série de testemunhos teóricos (dos quais se pode deduzir o gosto de uma época), uma história da fealdade terá, na maioria dos casos, de ir procurar os seus documentos às representações visuais ou verbais de coisas ou pessoas, de algum modo, consideradas «feias». Contudo, uma história da fealdade tem algumas características em comum com uma história da beleza. Antes de tudo, podemos somente supor que os gostos das pessoas comuns corresponderiam de algum modo aos gostos dos artistas do seu tempo. Se um visitante vindo do espaço entrasse numa galeria de arte contemporânea e visse rostos femininos pintados por Picasso e ouvisse os visitantes a julgá-los «belos», poderia conceber a ideia errada de que, na realidade quotidiana, os homens do nosso tempo achassem belas e desejáveis criaturas femininas com rostos semelhantes aos representados pelo pintor. Todavia, o visitante espacial poderia corrigir a sua opinião se assistisse a um desfile de moda ou a um concurso de Miss Universo, em que veria celebrados outros tipos de beleza. A nós, ao contrário, isto não é possível, porque, quando visitamos épocas remotas, não podemos fazer verificações nem em relação ao belo nem relativamente ao feio, porque dessas épocas só nos restaram testemunhos artísticos. Outra característica comum tanto à história do feio como do belo é a que devemos limitar-nos a registar as vicissitudes destes dois valores na civilização ocidental. Para as civilizações arcaicas e para os povos chamados primitivos, temos achados artísticos, mas não dispomos de textos teóricos que nos digam se aqueles se destinavam a provocar o deleite estético, o terror sagrado ou hilaridade. ________________________________________________ Citação da abertura da História do Feio dirigida por Umberto Eco
Frank Frazetta